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Texto 1A1-I 1

O direito tributário brasileiro depara-se com grandes desafios, principalmente em tempos de globalização e interdependência dos sistemas econômicos. Entre esses pontos de atenção, destacam-se três.

O primeiro é a guerra fiscal ocasionada pelo ICMS. O principal tributo em vigor, atualmente, é estadual, o que faz contribuintes e advogados se debruçarem sobre vinte e sete diferentes legislações no país para entendê-lo.

Isso se tornou um atentado contra o princípio de simplificação, contribuindo para o incremento de uma guerra fiscal entre os estados, que buscam alterar regras para conceder benefícios e isenções, a fim de atrair e facilitar a instalação de novas empresas. É, portanto, um dos instrumentos mais utilizados na disputa por investimentos, gerando, com isso, consequências negativas do ponto de vista tanto econômico quanto fiscal.

A competitividade gerada pela interdependência estadual é outro ponto. Na década de 60, a adoção do imposto sobre valor agregado (IVA) trouxe um avanço importante para a tributação indireta, permitindo a internacionalização das trocas de mercadorias com a facilitação da equivalência dos impostos sobre consumo e tributação, e diminuindo as diferenças entre países. O ICMS, adotado no país, é o único caso no mundo de imposto que, embora se pareça com o IVA, não é administrado pelo governo federal — o que dá aos estados total autonomia para administrar, cobrar e gastar os recursos dele originados. A competência estadual do ICMS gera ainda dificuldades na relação entre as vinte e sete unidades da Federação, dada a coexistência dos princípios de origem e destino nas transações comerciais interestaduais, que gera a já comentada guerra fiscal.

A harmonização com os outros sistemas tributários é outro desafio que deve ser enfrentado. É preciso integrar-se aos países do MERCOSUL, além de promover a aproximação aos padrões tributários de um mundo globalizado e desenvolvido, principalmente quando se trata de Europa. Só assim o país recuperará o poder da economia e poderá utilizar essa recuperação como condição para intensificar a integração com outros países e para participar mais ativamente da globalização.

1.

CESPE – SEFAZ/RS – Auditor – 2019

A correção gramatical e os sentidos originais do texto 1A1-I seriam preservados se, no trecho “A competência estadual do ICMS gera ainda dificuldades na relação entre as vinte e sete unidades da Federação” (R. 26 a 28), o vocábulo “ainda” fosse substituído pela seguinte expressão, isolada por vírgulas.

a) até então b) ao menos c) além disso d) até aquele tempo e) até o presente momento RESOLUÇÃO

A expressão “ainda” introduz uma ideia de adição. Além de dar aos estados autonomia para administrar os recursos do ICMS, a competência estadual do ICMS gera dificuldades na relação entre as vinte e sete unidades da Federação.

A resposta, portanto, é a letra C: “além disso”.

Resposta: C

Texto 1A3-I 1

A política tributária não se restringe ao objetivo de abastecer os cofres públicos, mas tem também objetivos econômicos e sociais. Se fosse aumentada a tributação sobre um produto considerado nocivo para o consumidor ou para a sociedade, o seu consumo poderia ser desestimulado. Caso a intenção fosse promover uma melhor distribuição de renda, o Estado poderia reduzir tributos incidentes sobre os produtos mais consumidos pela população de renda mais baixa e elevar os tributos sobre a renda da classe mais alta.

Por outro lado, se o Estado reduzisse a tributação de determinado setor da economia, os custos desse setor diminuiriam, o que possibilitaria a queda dos preços de seus produtos e poderia gerar um crescimento das vendas. Outro efeito viável dessa política seria o aumento do lucro das empresas, favorecendo-se, assim, a elevação dos seus investimentos — e, consequentemente, da produção — e o surgimento de novas empresas, o que provavelmente resultaria no crescimento da produção, bem como no acirramento da concorrência, com possíveis reflexos sobre os preços. Em qualquer um desses cenários, o setor seria estimulado.

2.

CESPE – SEFAZ/RS - Auditor – 2019)

No texto 1A3-I, a oração “se o Estado reduzisse a tributação de determinado setor da economia” (R. 10 e 11) apresenta, no período em que se insere, noção de

a) concessão, uma vez que representa uma exceção às regras de tributação do país.

b) explicação, uma vez que esclarece uma ação que diminuiria os custos do referido setor.

c) proporcionalidade, uma vez que os custos do referido setor diminuiriam à medida que se diminuísse a tributação.

d) tempo, uma vez que a diminuição dos custos do referido setor ocorreria somente após a redução da tributação sobre ele.

e) condição, uma vez que a diminuição dos custos do referido setor dependeria da redução da tributação sobre ele.

RESOLUÇÃO

O “se” é um típico conector de valor condicional. Levanta-se uma hipótese, cuja concretização pode resultar em diminuição de custos.

A resposta é, portanto, a letra E: “condição, uma vez que a diminuição dos custos do referido setor dependeria da redução da tributação sobre ele”.

Resposta: E

Texto 1A3-II 1

Entre os maiores poderes concedidos pela sociedade ao Estado, está o poder de tributar. A tributação está inserida no núcleo do contrato social estabelecido pelos cidadãos entre si para que se alcance o bem comum. Desse modo, o poder de tributar está na origem do Estado ou do ente político, a partir da qual foi possível que as pessoas deixassem de viver no que Hobbes definiu como o estado natural (ou a vida pré-política da humanidade) e passassem a constituir uma sociedade de fato, a geri-la mediante um governo, e a financiá-la, estabelecendo, assim, uma relação clara entre governante e governados.

A tributação, portanto, somente pode ser compreendida a partir da necessidade dos indivíduos de estabelecer convívio social organizado e de gerir a coisa pública mediante a concessão de poder a um soberano.

Em decorrência disso, a condição necessária (mas não suficiente) para que o poder de tributar seja legítimo é que ele emane do Estado, pois qualquer imposição tributária privada seria comparável a usurpação ou roubo.

Internet: (com adaptações).

3.

CESPE – SEFAZ/RS - Auditor – 2019)

A correção gramatical e os sentidos do texto 1A3-II seriam preservados se o termo “Em decorrência disso” (R.16) fosse substituído pela seguinte expressão.

a) Devido isso b) Em suma c) Por conseguinte d) Consoante isso e) Para tanto RESOLUÇÃO

“Em suma” estabelece uma relação de síntese do exposto, o que não é o caso, pois há uma soma de ideia.

“Consoante” estabelece uma ideia de conformidade, concordância, o que não é o caso. Há sim a introdução de um resultado daquilo que foi exposto.

“Para tanto” estabelece uma ideia de finalidade, ao passo que se quer introduzir uma consequência ou conclusão do que foi exposto.

A construção “Devido isso” está errada. O certo seria “Devido a isso”.

Por fim, resta “Por conseguinte”, responsável por introduzir um resultado (conclusão) daquilo que foi exposto.

A resposta é, portanto, a letra C: “Por conseguinte”.

Resposta: C

A vida humana só viceja sob algum tipo de luz, de preferência a do sol, tão óbvia quanto essencial. Somos animais diurnos, por mais que boêmios da pá virada e vampiros em geral discordem dessa afirmativa. Poucas vezes a gente pensa nisso, do mesmo jeito que devem ser poucas as pessoas que acordam se sentindo primatas, mamíferos ou terráqueos, outros rótulos que nos cabem por forca da natureza das coisas.

A humanidade continua se aperfeiçoando na arte de afastar as trevas noturnas de todo habitat humano.

Luz soa para muitos como sinônimo de civilização, e pode-se observar do espaço o mapa das desigualdades econômicas mundiais desenhado na banda noturna do planeta. A parcela ocidental do hemisfério norte e, de longe, a mais iluminada.

Dispor de tanta luz assim, porém, tem um custo ambiental muito alto, avisam os cientistas. Nos humanos, o excesso de luz urbana que se infiltra no ambiente no qual dormimos pode reduzir drasticamente os níveis de melatonina, que regula o nosso ciclo de sono-vigília.

Mesmo assim, sinto uma alegria quase infantil quando vejo se acenderem as luzes da cidade. E repito para mim mesmo a pergunta que me faço desde que me conheço por gente: quem e o responsável por acender as luzes da cidade? O mais plausível e imaginar que essa tarefa caiba a sensores fotoelétricos espalhados pelos bairros. Mas e antes dos sensores, como e que se fazia? Imagino que algum funcionário trepava na antena mais alta no topo do maior arranha-céu e, ao constatar a falência da luz solar, acionava um interruptor, e a cidade toda se iluminava.

Não consigo pensar em um cargo público mais empolgante que o desse homem. Claro que o cargo, se existia, já foi extinto, e o homem da luz já deve ter se transferido para o mundo das trevas eternas.

4.

CESPE – PRF – 2019)

A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso se suprimisse o trecho “é que”, em “como é que se fazia” (ℓ.27).

( ) CERTO ( ) ERRADO RESOLUÇÃO:

A expressão “é que” é expletiva. Sua única função é realçar (adornar), não cumprindo qualquer função morfossintática. Sua exclusão não acarreta prejuízo gramatical nem implica alteração de sentido.

Resposta: CERTO

5.

CESPE – PRF – 2019)

A correção gramatical do texto seria mantida, mas seu sentido seria alterado, caso o trecho “que se infiltra no ambiente no qual dormimos” (ℓ. 18 e 19) fosse isolado por vírgulas.

( ) CERTO ( ) ERRADO RESOLUÇÃO:

Na redação original, o fato de o trecho oracional introduzido pelo relativo “que” não estar isolado por vírgulas confere caráter restritivo, dando a entender quem nem toda luz urbana se infiltra no ambiente em que dormimos. Com o isolamento do trecho por vírgulas, o trecho adquire caráter explicativo, dando a entender que toda luz urbana se infiltra no ambiente em que dormimos.

A correção gramatical não é afetada, mas o sentido, como explicado anteriormente, é alterado com a mudança.

Resposta: CERTO

6.

CESPE – PRF – 2019)

Se prestarmos atenção a nossa volta, perceberemos que quase tudo que vemos existe em razão de atividades do trabalho humano. Os processos de produção dos objetos que nos cercam movimentam relações diversas entre os indivíduos, assim como a organização do trabalho alterou-se bastante entre diferentes sociedades e momentos da história.

A locução “em razão de” (.9) expressa uma ideia de causa.

RESOLUÇÃO:

Facilmente podemos substituir “em razão de” por “devido a”.

Resposta: CERTO

7.

CESPE – PRF – 2019)

As atividades pertinentes ao trabalho relacionam-se intrinsecamente com a satisfação das necessidades dos seres humanos — alimentar-se, proteger-se do frio e do calor, ter o que calçar etc. Estas colocam os homens em uma relação de dependência com a natureza, pois no mundo natural estão os elementos que serão utilizados para atendê-las.

Se prestarmos atenção à nossa volta, perceberemos que quase tudo que vemos existe em razão de atividades do trabalho humano. Os processos de produção dos objetos que nos cercam movimentam relações diversas entre os indivíduos, assim como a organização do trabalho alterou-se bastante entre diferentes sociedades e momentos da história.

De acordo com o cientista social norte-americano Marshall Sahlins, nas sociedades tribais, o trabalho geralmente não tem a mesma concepção que vigora nas sociedades industrializadas. Naquelas, o trabalho está integrado a outras dimensões da sociabilidade — festas, ritos, artes, mitos etc. —, não representando, assim, um mundo à parte.

Nas sociedades tribais, o trabalho está em tudo, e praticamente todos trabalham. Sahlins propôs que tais sociedades fossem conhecidas como “sociedades de abundância” ou “sociedades do lazer”, pelo fato de que nelas a satisfação das necessidades básicas sociais e materiais se dá plenamente.

No trecho “Os processos de produção dos objetos que nos cercam movimentam relações diversas entre os indivíduos”, o sujeito da forma verbal “cercam” é “Os processos de produção dos objetos”.

( ) CERTO ( ) ERRADO RESOLUÇÃO:

O sujeito de “cercam” é o pronome relativo “que”, que retoma o termo antecedente “objetos” – são os objetos que nos cercam.

8.

CESPE - TCE-PB - 2018 Texto

O medo do esquecimento obcecou as sociedades europeias da primeira fase da modernidade. Para dominar sua inquietação, elas fixaram, por meio da escrita, os traços do passado, a lembrança dos mortos ou a glória dos vivos e todos os textos que não deveriam desaparecer. A pedra, a madeira, o tecido, o pergaminho e o papel forneceram os suportes nos quais podia ser inscrita a memória dos tempos e dos homens.

No espaço aberto da cidade, no refúgio da biblioteca, na magnitude do livro e na humildade dos objetos mais simples, a escrita teve como missão conjurar contra a fatalidade da perda. Em um mundo no qual as escritas podiam ser apagadas, os manuscritos podiam ser perdidos e os livros estavam sempre ameaçados de destruição, a tarefa não era fácil. Paradoxalmente, seu sucesso poderia criar, talvez, outro perigo: o de uma incontrolável proliferação textual de um discurso sem ordem nem limites.

O excesso de escrita, que multiplica os textos inúteis e abafa o pensamento sob o acúmulo de discursos, foi considerado um perigo tão grande quanto seu contrário.

Embora fosse temido, o apagamento era necessário, assim como o esquecimento também o é para a memória.

Nem todos os escritos foram destinados a se tornar arquivos cuja proteção os defenderia da imprevisibilidade da história. Alguns foram traçados sobre suportes que permitiam escrever, apagar e depois escrever de novo.

Roger Chartier. Inscrever e apagar: cultura escrita e literatura (séculos XI-XVIII). Trad.: Luzmara Curcino Ferreira. São Paulo: UNESP, 2007, p. 9-10 (com adaptações).

No texto, as relações sintático-semânticas do período “Embora fosse temido, o apagamento era necessário, assim como o esquecimento também o é para a memória” seriam preservadas caso a conjunção “Embora” fosse substituída por:

a) Por conseguinte.

b) Ainda que.

c) Consoante.

d) Desde que.

e) Uma vez que.

RESOLUÇÃO:

ALTERNATIVA A: O conectivo “por conseguinte” tem valor conclusivo e pode ser substituído por

“portanto”, que também é conclusivo, e não por “embora”, que é concessivo.

ALTERNATIVA B: “Embora” é conjunção modelo para todas as conjunções concessivas. Assim, ela pode ser substituída corretamente por “ainda que”, que tem o mesmo valor.

ALTERNATIVA C: “Consoante” indica conformidade e não substitui o conectivo “embora”, de valor concessivo.

ALTERNATIVA D: A depender da frase “desde que” pode indicar tempo ou condição. Assim, não tem valor de “embora”, que, como anteriormente dito, é concessivo.

ALTERNATIVA E: “Uma vez que” tem valor causal. Desse modo, não substitui corretamente a conjunção subordinativa “embora”.

Resposta: B

9.

CESPE - Del Pol/PC MA/2018 Texto

A paz não pode ser garantida apenas pelos acordos políticos, econômicos ou militares. Cada um de nós, independentemente de idade, sexo, estrato social, crença religiosa etc. é chamado à criação de um mundo pacificado, um mundo sob a égide de uma cultura da paz.

Mas, o que significa “cultura da paz”?

Construir uma cultura da paz envolve dotar as crianças e os adultos da compreensão de princípios como liberdade, justiça, democracia, direitos humanos, tolerância, igualdade e solidariedade. Implica uma rejeição, individual e coletiva, da violência que tem sido percebida na sociedade, em seus mais variados contextos. A cultura da paz tem de procurar soluções que advenham de dentro da(s) sociedade(s), que não sejam impostas do exterior.

Cabe ressaltar que o conceito de paz pode ser abordado em sentido negativo, quando se traduz em um estado de não guerra, em ausência de conflito, em passividade e permissividade, sem dinamismo próprio; em síntese, condenada a um vazio, a uma não existência palpável, difícil de se concretizar e de se precisar. Em sua concepção positiva, a paz não é o contrário da guerra, mas a prática da não violência para resolver conflitos, a prática do diálogo na relação entre pessoas, a postura democrática frente à vida, que pressupõe a dinâmica da cooperação planejada e o movimento constante da instalação de justiça.

Uma cultura de paz exige esforço para modificar o pensamento e a ação das pessoas para que se promova a paz. Falar de violência e de como ela nos assola deixa de ser, então, a temática principal. Não que ela vá ser esquecida ou abafada; ela pertence ao nosso dia a dia e temos consciência disso. Porém, o sentido do discurso, a ideologia que o alimenta, precisa impregná-lo de palavras e conceitos que anunciem os valores humanos que decantam a paz, que lhe proclamam e promovem. A violência já é bastante denunciada, e quanto mais falamos dela, mais lembramos de sua existência em nosso meio social. É hora de começarmos a convocar a presença da paz em nós, entre nós, entre nações, entre povos.

Um dos primeiros passos nesse sentido refere-se à gestão de conflitos. Ou seja, prevenir os conflitos potencialmente violentos e reconstruir a paz e a confiança entre pessoas originárias de situação de guerra é um dos exemplos mais comuns a serem considerados. Tal missão estende-se às escolas, instituições públicas e outros locais de trabalho por todo o mundo, bem como aos parlamentos e centros de comunicação e associações.

Outro passo é tentar erradicar a pobreza e reduzir as desigualdades, lutando para atingir um desenvolvimento sustentado e o respeito pelos direitos humanos, reforçando as instituições democráticas, promovendo a liberdade de expressão, preservando a diversidade cultural e o ambiente.

É, então, no entrelaçamento “paz — desenvolvimento — direitos humanos — democracia” que podemos

Leila Dupret. Cultura de paz e ações sócio-educativas: desafios para a escola contemporânea. In: Psicol. Esc.

Educ. (Impr.) v. 6, n.º 1. Campinas, jun./2002 (com adaptações).

No texto, em “É, então, no entrelaçamento ‘paz — desenvolvimento — direitos humanos — democracia’

que podemos vislumbrar a educação para a paz", o vocábulo “então” expressa uma ideia de a) conclusão.

b) finalidade.

c) comparação.

d) causa.

e) oposição.

RESOLUÇÃO:

ALTERNATIVA A: “Então” tem valor conclusivo. Pode ser substituído, sem alteração de sentido por

“portanto”, que tem a mesma carga semântica.

ALTERNATIVA B: As principais conjunções que indicam finalidade são “para que” e “a fim de que”, que não têm valor de “então”.

ALTERNATIVA C: A conjunção em destaque não indica comparação, como se vê nos conectivos “como”,

“assim como” e “tal como”, por exemplo.

ALTERNATIVA D: A ideia de causa não está presente na conjunção “então”, mas pode ser encontrada em conectivos como “porque”, “uma vez que”, “visto que”.

ALTERNATIVA E: Oposição pode ser encontrada nas conjunções coordenativas “mas”, “porém”,

“todavia”, “contudo”, “entretanto”, “no entanto’, por exemplo, e não no conectivo “então”.

Resposta: A

10.

CESPE - SM/PM MA/2018 Texto CG2A1CCC

A questão da segurança pública passou a ser considerada problema fundamental e principal desafio ao Estado de direito no Brasil. A segurança ganhou enorme visibilidade pública e jamais, em nossa história recente, esteve tão presente nos debates.

A amplitude dos temas e problemas relativos à segurança pública alerta para a necessidade de qualificação do debate sobre segurança e para a incorporação de novos atores, cenários e paradigmas às políticas públicas.

O problema da segurança, portanto, não pode mais estar adstrito apenas ao repertório tradicional do direito e das instituições da justiça. Evidentemente, as soluções devem passar pelo fortalecimento da capacidade do Estado em gerir a violência, pela retomada da capacidade gerencial no âmbito das políticas públicas de segurança, mas também devem passar pelo alongamento dos pontos de contato das instituições públicas com a sociedade civil e com a produção acadêmica mais relevante à área.

Em síntese, os novos gestores da segurança pública devem enfrentar esses desafios, além de fazer o amplo debate nacional sobre o tema transformar-se em real controle sobre as políticas de segurança pública e, mais

ainda, estimular a parceria entre órgãos do poder público e da sociedade civil na luta por segurança e qualidade de vida dos cidadãos brasileiros.

Internet: <www.observatoriodeseguranca.org> (com adaptações).

Acerca das ideias e de aspectos linguísticos do texto CG2A1CCC, julgue o seguinte item.

A locução “mas também” estabelece uma relação de oposição no período em que ocorre.

( ) CERTO ( ) ERRADO RESOLUÇÃO:

A locução “mas também” não opõe termos, isto é, não tem valor adversativo. Essa locução tem valor aditivo, visto que conecta ideias somando, adicionando informação. Pode ser substituída pela locução “como também”, de mesmo valor.

Resposta: ERRADO

11.

CESPE - Esc Pol/PC MA/2018 Texto 1A1BBB

Se, nos Estados Unidos da América, surgem mais e mais casos de assédio sexual em ambientes profissionais — como os que envolvem produtores e atores de cinema —, no Brasil, o número de processos desse tipo caiu 7,5%

entre 2015 e 2016.

Até setembro de 2017, foram registradas 4.040 ações judiciais sobre assédio sexual no trabalho, considerando-se só a primeira instância.

Os números mostram que o tema ainda é tabu por aqui, analisa o consultor Renato Santos, que atua auxiliando empresas a criarem canais de denúncia anônima. “As pessoas não falam por medo de serem culpabilizadas ou até de represálias”.

Segundo Santos, os canais de denúncia para coibir corrupção nas corporações já recebem queixas de assédio e ajudam a identificar eventuais predadores. Para ele, “o anonimato ajuda, já que as pessoas se sentem mais protegidas para falar”.

A lei só tipifica o crime quando há chantagem de um superior sobre um subordinado para tentar obter vantagem sexual. Se um colega constrange o outro, em tese, não há crime, embora tal comportamento possa dar causa a reparação por dano moral.

Anna Rangel. Medo de represálias inibe queixas de assédio sexual no trabalho I.nternet:

<www1.folha.uol.com.br> (com adaptações).

No texto 1A1BBB, a correção gramatical e o sentido do trecho ‘O anonimato ajuda, já que as pessoas se sentem mais protegidas para falar’ seriam preservados caso se substituísse o termo “já que” por

a) a fim de que.

b) ainda que.

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