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Questionários

No documento A relação escola-família: (páginas 120-123)

CAPÍTULO III – PROJETO DE INVESTIGAÇÃO

1. O Projeto de Investigação

1.9. Apresentação, análise e discussão dos resultados

1.9.3. Análise e discussão dos resultados

1.9.3.1. Questionários

Serão aqui analisados e discutidos os resultados partindo da análise rigorosa e individualizada a cada pergunta do questionário que se apresenta em anexo (Anexo J – análise individualizada das respostas ao questionário), o qual poderá ser consultado de forma a melhor se entender os resultados. Para facilitar a consulta dos dados em anexo, dividiram-se os dados das questões por objetivos, ou seja, refere-se por exemplo que para responder ao objetivo 1 - entender como é que os encarregados de educação acham que está a ser gerida a relação escola-família se recorreu à análise dos dados das questões 2.1; 3.1; 3.1.1; 3.2; 3.3; 3,8; 3,8,1 e 3.11. Os dados obtidos nessas questões estão explícitos em tabelas e gráficos, bem como, num pequeno texto em seguida. Assim, para cada análise e discussão apresentada neste ponto, será referido o anexo J e o número do objetivo de onde se pode inferir tais afirmações.

95 Os encarregados de educação apresentam, de uma forma geral, uma postura positiva no que diz respeito à relação escola-família.

Depois de analisadas as respostas dadas pelos encarregados de educação observa-se que, salvo em uma ou duas questões não há grandes diferenças na forma de encarregados de educação da educação pré-escolar e encarregados de educação do 1º CEB verem e vivenciarem esta relação. É então possível inferir que não se pode afirmar que haja diferença entre eles, ou seja, que uns encarregados de educação valorizem mais esta relação do que outros. É certo que na sua individualidade haverá certamente encarregados de educação que a valorizam mais do que outros, mas como grupo não será possível afirmar que os encarregados de educação da educação pré-escolar valorizam mais esta relação do que os encarregados de educação do 1º CEB e vice-versa. Assim, parte-se para uma análise geral sem que haja divisão dos encarregados de educação, sendo esta referida somente quando se justificar.

Em relação à forma como está a ser gerida a relação escola-família os encarregados de educação afirmam que se sentem bem-vindos na escola considerando-a aberta à sua participação. Para além disso a maioria afirma ser fácil a comunicação com a direção e com os docentes existindo uma boa relação escola- família e bastante colaboração. Os encarregados de educação mostram ter bastante conhecimento das atividades e participar nas mesmas de forma ativa. De uma forma geral são poucas vezes chamados à escola e a grande maioria vê o docente como flexível na marcação das reuniões. (Anexo J, objetivo 1)

No que diz respeito à comunicação entre a escola e a família a frequência com que esta é efetuada não é motivo de concordância entre os encarregados de educação, as suas respostas dividem-se essencialmente por uma vez por período, diariamente, somente quando há algum problema com o educando e semanalmente. No entanto são os encarregados de educação da educação pré-escolar que mais referem que esta é realizada diariamente. O recurso à caderneta do aluno e contacto pessoal são as formas mais comuns de comunicação. Para além disso a grande maioria dos encarregados de educação refere que são realizadas reuniões com a sua participação e que participam sempre ou muitas vezes. (Anexo J, objetivo 2)

As razões que mais levam os encarregados de educação a recorrer ao contacto com o(a) educador(a)/professor(a) prendem-se maioritariamente com a procura de informação sobre a forma como podem ter um papel mais ativo no processo de aprendizagem do seu educando e para receberem informações de um modo geral. Para obterem estas informações os encarregados de educação apontam

96 para frequências distintas de deslocação à escola, observando-se uma heterogeneidade. De referir ainda que são os encarregados de educação da educação pré-escolar que afirmam que se deslocam à escola sem ser para reuniões com maior frequência. A receção de informação acerca do que podem fazer em casa para ajudar os seus educandos é considerada muito importante e por sua vez são os encarregados de educação do 1º CEB aqueles que mais lhe conferem esta importância. A maioria dos encarregados de educação dá importância a esta informação dado que lhes permite ajudar o seu educando, promover o seu desenvolvimento e aprendizagens e/ou nas mudanças de comportamento. Tendo este panorama geral é possível inferir que apesar de serem os encarregados de educação da educação pré-escolar aqueles que mais se deslocam à escola para comunicar com o(a) educador(a)/professor(a), são os encarregados de educação do 1º CEB aqueles que maior importância conferem à informação que lhes é transmitida pelo docente. (Anexo J, objetivo 3)

A relação escola-família é vista pela grande maioria dos encarregados de educação com grande importância e a sua justificação prende-se mais uma vez pela possibilidade que lhes dá para ajudar o seu educando na promoção do seu desenvolvimento e aprendizagens e/ou nas mudanças de comportamento. Para os encarregados de educação é ainda importante reunirem com os docentes essencialmente para receberem informações acerca dos seus educandos. No entanto, não há uma conceção do que é a relação escola-família que seja consensual, o que não é de admirar uma vez que tal como já foi visto neste estudo é possível que existam vários conceitos e definições para o mesmo termo. (Anexo J, objetivo 4)

Quando nos referimos ao principal objetivo da relação escola-família, é consensual inferir que diz respeito à promoção do desenvolvimento e da aprendizagem do educando. Os encarregados de educação referem ainda na sua maioria, manter uma boa relação escola-família justificando a sua afirmação com o facto de estarem atentos às comunicações, participarem nas reuniões, manterem comunicação com o(a) educador(a)/professor(a), mostrarem-se disponíveis e participarem na vida da escola. (Anexo J, objetivo 5)

As vantagens para os encarregados de educação (e indiretamente para os educandos) que estes veem na relação escola família foram variadas sendo que todas as opções apresentadas foram bastante selecionadas: permitir saber quais são as dificuldades dos educandos, receber informação acerca do seu comportamento na escola, saber que será avisado se algo estiver fora do normal e ser um encarregado

97 de educação mais atento. Já em relação às vantagens observadas nos educandos referem maioritariamente que esta relação lhe confere segurança, no entanto, referem ainda que o seu comportamento é melhor, que se esforça mais, que se sente motivado e que os seus resultados podem melhorar. Quando se referiu numa das frases sugeridas que esta relação não influenciaria o encarregado de educação, as respostas voltaram a ser heterogéneas. Embora muitos encarregados de educação referissem discordar totalmente, outros referiram concordar, pondo em causa as afirmações que teriam assinalado anteriormente. Considera-se então que pelo facto de todas as frases serem afirmações e esta ser uma negação, poderá ter havido alguma confusão na resposta dada. (Anexo J, objetivo 6)

Em relação ao que os encarregados de educação mais gostariam que mudasse na relação escola família as suas respostas dividem-se maioritariamente pelos horários mais flexíveis e por uma maior solicitação dos(as) educadores(as)/professores(as) para que participem em atividades. (Anexo J, objetivo 7)

No documento A relação escola-família: (páginas 120-123)

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