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composição corporal aos 6 anos de idade: um

estudo de coorte prospectiva”

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Requisitos para publicação do artigo 3 intitulado “Rápido ganho de peso e rápido ganho em estatura nos primeiros anos de vida e composição corporal aos 6 anos de idade: um estudo de coorte prospectiva” na revista “Pediatrics”.

Manuscript Preparation

All submissions must adhere to the following format: —Times New Roman font, size 12

—Title Page, Contributor’s Statement Page, Abstract, Acknowledgments, and References should be single-spaced

—Main Body Text should be double-spaced

—Main Submission Document as Microsoft Word or RTF file (no PDFs)—Do not include page headers, footers, or line numbers Refer to the “Article Types” section (below) for specific guidelines on preparing a manuscript in each specific category; note in particular the requirements regarding abstracts for different categories of article.

Title Page

The “title page” should be the first pages of your main document, and depending on the individual needs of a paper may encompass more than one page. Title pages for all submissions must include the following:

1) Title (97 characters [including spaces] or fewer)

2) Full names for all authors, including degrees, and institutional/professional affiliations.

3) Contact information for the Corresponding Author (including: name, address, telephone, and

e-mail).

4) A short title (55 characters [including spaces] or fewer). Please note: the short title may be used on the cover of the print edition.

5) Abbreviations in alphabetical order. 6) Key words.

7) Funding source. Research or project support, including internal funding, should be listed here; if the project was done with no specific support, please note that here. Technical and other assistance should be identified in Acknowledgments

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8) Financial Disclosure Statement (if there is nothing to disclose, please state so). 9) Conflict of Interest Statement for all authors (if there are no conflicts, please state so).

10) If applicable, Clinical Trial registry name and registration number

11) For regular article submissions, include the “What’s Known on This Subject; What This Study Adds” (see below under article type for description). This is not needed for any other article type. If a title page does not include all of the above items, the submission may be returned to the authors for completion.

American Academy of Pediatrics || Pediatrics Article Types - Regular Article

Abstract length: 250 words or fewer (structured) Article length: 3,000 words or fewer

NOTE: Title Page, Contributor’s Statement Page, Abstract, Acknowledgments, and References are not included in the article length limit. Regular Articles are original research contributions that aim to inform clinical practice or the understanding of a disease process. Regular Articles include but are not limited to clinical trials, interventional studies, cohort studies, case-control studies, epidemiologic assessments, and surveys.

Components of a Regular Article include:

What’s Known on This Subject; What This Study Adds

Brief summaries on the topic of “What's Known on This Subject” and “What This Study Adds” are each limited to 40 words. For this section, please use precise and accurate language in paragraph form (i.e., not bullet points). For manuscripts accepted as regular articles, these summaries will become a highly visible part of your published paper, with prominence on the first page. Moreover, these summaries will be highlighted and presented in other areas of the journal, namely Pediatrics Digest. It is therefore paramount that you use language of the same caliber as the rest of your paper.

Structured Abstract

A structured abstract must include headings such as: Objective (or Introduction), Methods (or Patients and Methods), Results, and Conclusions. The objective should

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clearly state the hypothesis; patients and methods, inclusion criteria and study design; results, the outcome of the study; and conclusions, the outcome in relation to the hypothesis and possible directions of future study.

Introduction

A 1- to 2-paragraph introduction outlining the wider context that generated the study and the hypothesis.

Methods

A “Patients and Methods” or a “Methods” section detailing inclusion criteria and study design to ensure reproducibility of the research.

Results

This section should give specific answers to the aims or questions stated in the introduction. The order of presentation of results should parallel the order of the methods section.

Discussion

The section should highlight antecedent literature on the topic and how the current study changes the understanding of a disease process or clinical situation, and should include a section on the limitations of the present study.

Conclusion

A brief concluding paragraph presenting the implications of the study results and possible new research directions on the subject.

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Rápido ganho de peso e rápido ganho em estatura nos primeiros anos de vida e composição corporal aos 6 anos de idade: um estudo de coorte prospectiva

Maria Aurora D Chrestani* Iná S Santos** Bernardo L Horta**

* machrestani@uol.com.br ** inasantos@uol.com.br *** blhorta@gmail.com

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O que se sabe sobre este assunto

Determinantes pré-natais e velocidade de ganho de peso pós-natal têm sido associados a sobrepeso/obesidade na adolescência e vida adulta. O período na infância em que o rápido ganho de peso e estatura representa risco de sobrepeso/obesidade ainda é controversa.

O que este artigo acrescenta

Rápido ganho de peso (RGP) e estatura (RGE) entre 0-3, 3-12, 12-24 e 24-48 meses estão associados a maior massa gorda e sobrepeso/obesidade aos 6 anos. RGP e RGE continuados entre 0-48 meses associam-se a risco aumentado de sobrepeso/obesidade.

Resumo

Objetivo: avaliar a relação entre rápido ganho de peso (RGP) e estatura (RGE) entre 0-48 meses de idade e adiposidade aos 6 anos.

Métodos: 3428 crianças da Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2004. O índice de massa gorda (IMG) e massa magra (IMM) foram avaliados pelo BodPod e DXA e RGP e RGE definidos por análise condicional. Análises multivariadas foram realizadas por regressão linear.

Resultados: tanto IMG quanto IMM associaram-se ao RGP. Entre os meninos, o maior IMG associou-se a RGP entre 24-48 meses (1,12; IC95% 1,03-1,20). Para IMM, todos os períodos estiveram associados, não havendo um mais importante. Entre as meninas, a associação entre RGP e IMG ocorreu a partir dos 3 meses, mas sem um período específico de maior risco. Para IMM, somente o RGP até 12 meses associou-se ao aumento do IMM. O RGE entre meninos associou-se ao IMG em todos os períodos; e, entre as meninas, somente quando ocorrido entre 3-12 meses (1,15; IC95% 0,27 2,02). Não houve associação entre RGE e IMM para ambos os sexos. Quando RGP e RGE foram categorizados em “precoce” (0-2 anos), “tardio” (2-4 anos) e “precoce e tardio” (0-4 anos), as médias de peso e IMG foram maiores entre as crianças com RGP “precoce e tardio”.

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Conclusão: realizar RGP ou RGE nos primeiros 2 anos ou entre 2-4 anos aumenta o IMG. Mas, em ambos os sexos, esta associação foi mais forte quando o RGP e RGE iniciaram entre 0-2 anos e se mantiveram até os 4 anos de idade.

Abstract

Objective: To assess the relationship between rapid weight gain (RWG) and rapid growth in height (RGH) in children 0 to 48 months of age and adiposity at 6 years of age.

Methods: A total of 3,428 children from the 2004 Pelotas Birth Cohort were studied. The fat mass index (FMI) and fat-free mass index (FFMI) were determined by dual- energy X-ray absorptiometry (DXA) and air displacement plethysmography (Bod Pod). Both RWG and RGH were defined as conditional gain. Multivariate analyses were conducted using linear regression.

Results: Both FMI and FFMI were associated with RWG. Among male children, the highest FMI was associated with RWG at 24–48 months of age (1.12, 95% CI 1.03– 1.20) and FFMI was associated with RWG in all age groups. Among female children, there was found an association between RWG and FMI in those aged 3 months but without any specific age of greatest risk. An association of RWG and increased FFMI was seen only at 12 months. RGH was associated with FMI in males at all ages and in females at 3–12 months only (1.15, 95% CI 0.27–2.02). No association between RGH and FFMI was found in both sexes. When RWG and RGE were categorized into early (0–2 years of age), late (2–4 years), and early and late (0–4 years), mean weights and FMI were greater among children showing early and late RWG. Conclusions: RWG or RGH during the first 2 years or between 2 to 4 years of life are associated with increased FMI. But this association was stronger in both male and female children when RWG and RGH started between 0–2 years and persisted through 4 years of age.

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Introdução

A identificação dos períodos de vida de maior risco para o desenvolvimento da obesidade tem sido um dos principais objetivos da pesquisa epidemiológica mundial. A literatura mostra que desde a fase fetal até a adolescência, há vários momentos de risco para o desenvolvimento de obesidade na vida adulta. As condições em que o crescimento fetal ocorre e a velocidade de crescimento neonatal têm relação com aumento das medidas de adiposidade, tanto na infância quanto na vida adulta1-7. Crianças com restrição do crescimento intrauterino (RCIU), ou com baixo peso ao nascer precisam recuperar o peso e/ou comprimento e para isso ganham peso e crescem mais rapidamente, processos que podem levar a morbidades na vida adulta. Entretanto, existem estudos com crianças que nasceram com peso adequado para a idade gestacional, mas que também experimentam rápido ganho de peso (RGP) e, consequentemente, ficam sujeitas a riscos na vida adulta, semelhantes aos das que sofreram RCIU ou nasceram com baixo peso4,8-10.

A avaliação do crescimento fetal é difícil de ser realizada, uma vez que depende de ultrassonografia seriada durante o período gestacional. Já a velocidade de crescimento no período neonatal tem sido objeto de vários estudos. Entretanto, as definições de velocidade de crescimento empregadas e os períodos de idade analisados têm variado em diferentes estudos. Grande parte das pesquisas avaliou o RGP entre 0-2 anos de vida e encontraram associação positiva com obesidade ainda na infância, adolescência e na vida adulta8-13. Da mesma forma, estudos que avaliaram o efeito do RGP também em idades um pouco maiores (em geral, além dos 4 anos de idade) identificaram maior risco de obesidade ou de maiores medidas de adiposidade na adolescência ou na vida adulta14,15,16. Já o crescimento acelerado (em estatura) mostrou-se mais associado à altura e a massa magra na vida adulta do que às medidas de adiposidade17,18.

No acompanhamento dos seis anos de idade da Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2004 foi realizada a avaliação da composição corporal das crianças através de métodos indiretos. O objetivo deste estudo foi investigar a associação entre a velocidade de ganho de peso e de crescimento nos períodos de 0-3 meses, 3-12 meses, 12-24 meses e 24-48 meses e as medidas de adiposidade e massa magra aos seis anos.

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Metodologia

Pelotas é um município de aproximadamente 340 000 habitantes, localizada no interior do estado do Rio Grande do Sul, no Brasil. No ano de 2004, todas as mães das crianças nascidas nos hospitais do município e que residiam na zona urbana de Pelotas receberam o convite para que seus filhos participassem da Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2004. Neste ano nasceram no município 4263 crianças, sendo que 32 mães recusaram-se a participar do estudo. No total, 4231 crianças vivas foram incluídas no estudo de coorte.

As taxas de participação da Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2004 em cada um dos acompanhamentos foram 99,2% ao nascer, 95,7% aos 3 meses, 94,3% aos 12 meses, 93,5% aos 24 meses, 92,0% aos 48 meses e 90,2% aos 6 anos de idade. Neste estudo foram incluídas as crianças que tinham todas as medidas de peso e comprimento/altura até os 48 meses e que não eram gemelares, totalizando 3428 crianças analisadas.

Logo após o nascimento, as mães responderam um questionário ainda no hospital e o comprimento dos recém-nascidos foi coletado pela entrevistadora no momento da entrevista. O comprimento foi medido através do infantômetro Harpeden® com 1mm de precisão. A criança logo após o nascimento foi pesada em balança pediátrica, especialmente fornecida às maternidades do município pelo estudo, de modo que a medida do peso ao nascer foi buscada nos registros da enfermagem. A idade gestacional foi obtida através da data da última menstruação, mas se a mesma fosse desconhecida ou incompatível com o peso ao nascer, comprimento e perímetro cefálico, dados da primeira ultrassonografia eram utilizados para cálculo da idade gestacional, desde que tivesse sido realizada até a vigésima semana de gestação. Caso as mães não dispusessem de nenhum destes dados, a idade gestacional era calculada através da avaliação da maturidade física e neurológica do recém-nascido através do método de Dubowitz19.

Aos 3 meses de idade, as crianças receberam a visita de uma entrevistadora no próprio domicílio e, após a entrevista com a mãe, tiveram o peso e o comprimento medidos através da balança eletrônica Soehnle 8300® com precisão de 100g e do infantômetro Harpeden® com precisão de 1mm, respectivamente. Aos 12 meses, nova entrevista foi realizada com a mãe e o peso da criança foi obtido

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através da subtração do peso da mãe com a criança no colo do peso da mãe sozinha. Foi utilizada a balança eletrônica Tanita HD-317® para medida do peso com precisão de 100g e antropômetro de madeira dobrável para o comprimento. As medidas antropométricas foram coletadas dessa mesma forma nos 24 meses. Aos 48 meses, as crianças foram pesadas individualmente através da balança TANITA HD-317® com 100 g de precisão e a altura, medida através de estadiômetro portátil, com 1 mm de precisão, construído para o estudo.

Aos 6 anos as crianças foram acompanhadas em uma clínica especialmente arquitetada para os estudos de coorte do município de Pelotas, localizada no Centro de Pesquisas em Saúde Doutor Amilcar Gigante. As mães foram entrevistadas e as crianças avaliadas quanto a composição corporal através do método Air-

Displacement Plethysmography (ADP), pelo aparelho Bod Pod Body Composition Sistem (Bod Pod) e do Dual-Energy X-Ray Absorptiometry (DXA). O peso das

crianças utilizado nas análises dos 6 anos são provenientes da balança acoplada ao BodPod, com precisão de 1 grama. A altura foi medida através de estadiômetro Harpeden® com 1 cm de precisão.

Em todos os acompanhamentos, as entrevistadoras foram treinadas para aplicação dos questionários e padronizadas para a tomada das medidas antropométricas. No acompanhamento dos 6 anos, uma parte das entrevistadoras foi treinada para realizar o acompanhamento na clínica e outra parte para aplicar o questionário e tomar as medidas antropométricas no próprio domicílio. Esta estratégia foi utilizada para não perder o acompanhamento das crianças, cujas mães tinham dificuldades em comparecer a clínica. Do total de 3722 crianças que participaram do acompanhamento de 6 anos, 67,7% foram avaliadas exclusivamente na clínica. As demais foram acompanhadas em casa e destas, 86,2% deslocaram-se posteriormente até a clínica para realizar a avaliação da composição corporal. O fluxograma da Figura 1 mostra o número de crianças sem WAZ e/ou HAZ em cada acompanhamento e o número total daquelas que realizaram as medidas de composição corporal aos 6 anos.

A entrevista com a mãe ou responsável pela criança, em todos os acompanhamentos, só foi realizada após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e a atual análise foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Pelotas.

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Como desfechos, foram considerados o índice de massa gorda (IMG) e o índice de massa magra (IMM). O IMG foi calculado através da razão entre massa gorda (em kg) e a altura (em metro) ao quadrado aos 6 anos de idade. A massa gorda foi medida através da medida fornecida diretamente pelo BodPod20. O IMM foi calculada através da razão entre massa magra (em kg) e a altura (em metro) ao quadrado aos 6 anos. A massa magra foi obtida pelo DXA e ajustada para o peso fornecido pela balança acoplada ao BodPod. Tal ajuste foi realizado porque o DXA mostrou valores menores de massa corporal total em comparação a fornecida pela balança do BodPod. A massa gorda foi obtida pelo BodPod porque este fornece uma medida mais acurada em comparação ao DXA.

As exposições de interesse neste estudo são o RGP e o rápido ganho em estatura (RGE) (comprimento ou altura). Inicialmente, o peso foi transformado em escore Z de peso para a idade (WAZ) e o comprimento/altura em escore Z de comprimento/altura para a idade segundo as curvas de crescimento da Organização Mundial da Saúde (OMS)19. As velocidades de ganho de peso e crescimento foram calculadas através da construção de variáveis condicionais21,22. A variável de ganho de peso condicional foi obtida a partir de uma equação de regressão do WAZ e HAZ atuais em relação às medidas anteriores. Por exemplo, para obter o RGP entre 0-3 meses, inicialmente fez-se uma regressão linear do WAZ aos 3 meses levando em conta o WAZ ao nascer e o HAZ ao nascer e aos 3 meses. Os resíduos obtidos desta regressão constituíram o RGP entre 0-3 meses de idade. Entre 3-12 meses, a regressão do WAZ aos 12 meses considerou o WAZ e HAZ ao nascer e aos 3 meses e o HAZ aos 12 meses e assim sucessivamente para os demais períodos. Para o crescimento condicional, foi inserida na equação de regressão o HAZ atual e os anteriores, assim como o peso somente até a idade do período anterior. Os valores positivos obtidos dos coeficientes das variáveis condicionais indicam que a criança apresentou maior velocidade de crescimento do que o esperado no período analisado, considerando as suas próprias medidas e a das demais crianças da coorte30.

Para avaliar a associação entre a velocidade de ganho de peso e de crescimento e as medidas de composição corporal (IMG e IMM), realizaram-se análises bruta e ajustada, através de regressão linear. Nessas análises, a velocidade de ganho de peso e de crescimento foi definida, respectivamente, como

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ganho condicional em peso e em comprimento/altura. O modelo ajustado 30 incluiu a idade gestacional (em semanas), idade atual da criança (em meses) e situação socioeconômica ao nascer obtida através do Indicador Econômico Nacional (IEN), que considera a posse de bens no domicílio e o grau de escolaridade do chefe da família24.

Análises adicionais para explorar a combinação da velocidade de ganho de peso e estatura e o período em que ocorreram com o peso, IMG, IMM e prevalência de sobrepeso ou obesidade aos 6 anos foram realizadas. Nestas análises o sobrepeso foi definido como escore Z de índice de massa corporal > +1 e ≤ +2 desvios-padrão (DP) e obesidade, como Escore Z de índice de massa corporal > +2 DP25, como O RGP e o RGE foram ainda categorizados em “precoce” (crianças que tiveram RGP ou RGE entre 0-3 meses e/ou 3-12 meses e/ou 12-24 meses), “tardio” (quando o RGP ou RGE ocorreu somente entre 24-48 meses) e “precoce e tardio” (quando ocorreu em algum dos períodos anteriores aos 24 meses e também entre 24-48 meses). O efeito sobre o IMG, IMM, peso médio e prevalência de sobrepeso e obesidade foram estimados em comparação as crianças com ganho lento de peso (coeficientes negativos) entre 0-48 meses, tomados como referência.

Resultados

Em comparação as incluídas na análise, as crianças que não tinham as 5 medidas antropométricas foram semelhantes quanto a situação socioeconômica, escolaridade materna, sexo, ser pequena para a idade gestacional, ganho de peso, hipertensão e fumo materno durante a gestação. Entre as excluídas, houve maior proporção de crianças com menor idade gestacional, menor peso ao nascer e entre as filhas de mães com maior paridade. Das 3428 crianças que possuíam registro de peso e de estatura em todos os acompanhamentos 2998 fizeram avaliação da composição corporal com BodPod e 2950, com o DXA. Em comparação às crianças que fizeram exames de composição corporal, as que não fizeram BodPod e DXA tiveram a mesma média de IMG e IMM.

As crianças que fizeram parte desta análise eram 52% do sexo masculino, 62% tinham mães com cor da pele branca e a média de escolaridade materna era de 8 anos (3,4 anos DP). Nasceram pesando em média 3200 g (496 g de DP) e com

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48 cm de comprimento (2,3 cm DP) (Tabela 1). Em termos de peso, estiveram abaixo da população de referência da OMS somente até os 3 meses de idade, mas o comprimento esteve sempre abaixo desta população em todos as idades de acompanhamento, independente do sexo (dados não mostrados). Cerca de 18% das crianças da coorte tinham sobrepeso e 17% obesidade aos 6 anos de idade. A média do IMG foi de 4,2 kg/m2 e do IMM de 3,7 kg/m2.

A Tabela 2 mostra as análises brutas da associação entre RGP e RGE com o IMG e IMM. Para os meninos, o RGP em todos os períodos esteve associado significativamente a mais alto IMG aos 6 anos, especialmente quando ocorreu entre 24-48 meses (1,12; IC95% 1,03 1,20). Entre as meninas, ocorreu o mesmo, a exceção de que não houve período com maior medida de efeito, uma vez que os intervalos de confiança de 95% sobrepuseram-se. Com relação ao RGE, entre os meninos, este se associou significativamente a IMG em todos os períodos, mas não houve um período de maior risco. Entre as meninas, a associação foi positiva e

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