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RÉPTEIS

No documento MACARONESIAN ROOF REPORT (páginas 113-116)

DESCRITOR 1 – AVES, MAMÍFEROS E RÉPTEIS

C. RÉPTEIS

TARTARUGAS MARINHAS Tartaruga-comum - Caretta caretta

As tartarugas-comuns têm um estatuto UICN de “Pouco preocupante” para a população do Atlântico NW e de “Em perigo de extinção” para a população do Atlântico NE (Casale and Marco, 2015).

 Açores

D1C2 – ST_BYC_MR: Os dados de captura acidental para a frota palangreira portuguesa que opera nas águas dos Açores compilaram-se de forma intermitente a partir de 2008 e, desde 2015, as pescarias dos Açores estão a ser monitorizadas continuamente como parte do projeto COSTA (Consolidating Sea Turtle conservation in the Azores). Dentro da ZEE dos Açores, a atividade da frota portuguesa e a taxa de captura acidental da tartaruga-comum mostram um padrão sazonal pronunciado, mas assíncrono.

A cobertura dos observadores a bordo não é totalmente representativa do esforço pesqueiro e, por isso, os dados desde 2008 foram agrupados. A média nominal da taxa de captura acidental registada entre 2008 e 2018 dentro da ZEE foi de 0,17±0,55 tartarugas/1000 anzóis (257 lances, 269.426 anzóis). A mortalidade provocada pelo anzol (tartarugas “ferradas”) ou pós-captura foi de 17%, com 15% de tartarugas que foram adicionalmente recuperadas em condições fracas.

Não existe uma estimativa para a pesca portuguesa, mas é provável que a mortalidade posterior à liberação seja relevante dadas as taxas registadas noutras pescarias Pacífico Norte EEUU: 28% - CI 16- 52%, Swimmer et al., 2013). Não foi possível fazer uma estimativa da taxa de mortalidade por captura acidental, já que os dados de esforço das frotas espanhola e portuguesa ainda não estavam disponíveis para o período 2012-2018 e a estimativa de abundância para a região era ainda preliminar.

D1C2 – ST_ABU_DS: 46 tartarugas-comuns foram encontradas durante campanhas de investigação para estimação de abundância realizados no projeto MISTIC SEAS II. O número de avistamentos de tartarugas não permitiu a análise espacial para o cálculo da abundância nos Açores e, portanto, só se apresenta uma estimativa com base no desenho experimental. A estimativa de abundância total é de 5.187 (95% IC = 2,170-12,399; CV = 0.46). Esta é a primeira estimativa de abundância de tartarugas-comuns marinhas nos Açores e, portanto, foi definida como base de referência para futuras avaliações.

D1C3 – ST_DEM_BCI: Os dados morfométricos das tartarugas-comuns no arquipélago dos Açores têm sido recolhidos desde 1969 como parte integrante do programa de marcação convencional de tartarugas marinhas. Estabeleceu-se como valor de referência um BCI médio de 1,76 ± 0,25, n = 828 calculado com base nos dados de 1984 a 2016. Foram coletados dados de BCI no âmbito do projeto MISTIC SEAS II

durante 2017 e 2018. O BCI médio durante este período foi de 1.82 ± 0.30 n = 29. O BCI parece aumentar, mas a base de referência necessita ainda de ser definida para possibilitar a avaliação da saúde e o BEA desta agregação de tartarugas. As classificações da condição corporal de saúde individual existem para outras áreas e espécies (ex. para tartaruga-verde Bjorndal et al., 2000), mas os índices para avaliar a saúde da tartaruga-comum ainda requerem um desenvolvimento adicional. Os valores médios aqui apresentados são, portanto, indicativos, sendo de esperar possíveis alterações com base em futuras investigações.

Ainda não é possível uma avaliação do BEA para a agregação de tartaruga-comum dos Açores.

Critério Parâmetro

Valor de referência

[ano] Limiar Valor atual [ano]

D1C1 ST_BYC_MR  Not available  Não

estabelecido  Não disponível

D1C2 ST_ABU_DS  Estimativa de abundância baseada em desenho experimental: 149 indivíduos: 5,187 (95% CI = 2,170- 12,399; CV = 0.46) [2018; MISTIC SEAS II]

 Tendência  Estimativa de abundância baseada em desenho experimental: 149 indivíduos: 5,187 (95% CI = 2,170-12,399; CV = 0.46) [2018; MISTIC SEAS II] D1C3 ST_DEM_BCI  1.76 ± 0.25 n=828 [1984-2016]  Não estabelecido  1.82 ± 0.30 n=29 [2017-2018; MISTIC SEAS II]  Madeira

D1C1 – ST_BYC_MR: A taxa de mortalidade das tartarugas-comuns ainda não foi avaliada na Madeira. D1C2 ST_ ABU_DS: Durante o projeto MISTIC SEAS II, realizaram-se estudos para estimar a abundância de Tartarugas marinhas na Madeira. A abundância total estimada da tartaruga-comum na área estudada da Madeira em 2017 foi em média de 149 -160, segundo o método utilizado. Esta é a primeira estimativa de abundância de tartarugas comuns marinhas na Madeira e, portanto, foi estabelecido como base para futuras avaliações.

D1C3 - ST_DEM_BC: É necessária uma classificação de BCI (amplitude de valores) para melhor interpretação e análise da condição corporal. Isto permitirá a classificação de cada espécimen como um animal com uma boa condição corporal ou não. Os dados de BC estão disponíveis para a agregação de tartarugas-comuns encontradas em águas da Madeira (Dellinger, T., dados não publicados), baseado numa série temporal de 1994 a 2015, e Açores. São necessárias análises adicionais para definir valores de referência e valores de avaliação. Para se poder avaliar o BEA duma forma confiável é necessária uma maior amostragem, devendo-se definir o limiar e o valor de referência. Embora haja definições para o limiar (ex., Bjorndal et al. 2000 definiram o limiar de condição deficiente como BCI <1.0), como os nossos valores são consideravelmente mais altos, é nosso entendimento que existe a necessidade de avaliar- retificar a classe para as diferentes localizações. O principal obstáculo é a dificuldade em associar o índice de condição corporal com a tendência geral da UG. Para avançar nessa direção, foram efetuadas amostras genéticas e hormonais durante o MISTIC SEAS II, estando neste momento a ser processadas. Estas análises ajudaram a melhor compreender qual o peso/impacto especifico de cada região nas UGs gerais.

Critério Parâmetro

Valor de referência

[ano] Limiar Valor atual [ano]

D1C1 ST_BYC_MR  Não disponível  Não

estabelecido  Não disponível

D1C2 ST_ABU_DS  Estimativa de abundância baseada em desenho experimental: 149 indivíduos (95% CI = 70–320; CV = 0.40) [2017; MISTIC SEAS II]  Estimativa de

abundância baseada em modelos: 160 individuals (95% CI = 78 -307; CV = 0.39) [2017; MISTIC SEAS II]

 Tendência  Estimativa de abundância baseada em desenho experimental: 149 indivíduos (95% CI = 70–320; CV = 0.40) [2017; MISTIC SEAS II]  Estimativa de abundância baseada em modelos: 160 indivíduos (95% CI = 78 -307; CV = 0.39) [2017; MISTIC SEAS II] D1C3 ST_DEM_BCI  1.74 ± 0.08 (n = 7)

[2017; MISTIC SEAS II]

 Não estabelecido

 1.74 ± 0.08 (n = 7) [2017; MISTIC SEAS II]

 Ilhas Canárias

D1C1 – ST_BYC_MR: Atualmente, não há informação disponível sobre como a captura acidental afeta a tartaruga-comum nas Ilhas Canárias.

D1C2 – ST_ABU_DS: Não se realizaram estudos sistemáticos de abundância de tartarugas-comuns no arquipélago. O projeto MISTIC SEAS II permitiu obter uma primeira estimativa de abundância (1,462 indivíduos) para todo o arquipélago utilizando métodos AD.

D1C3 – ST_DEM_BCI: Os dados de condição corporal recolheram-se como parte do projeto MISTIC SEAS II, mas não se dispõe de dados prévios. Os valores médios apresentados aqui são indicativos e podem necessitar de modificações à luz de futuras investigações sobre a classificação de BCI para a agregação (consulte a descrição dos Açores).

Não está ainda disponível uma avaliação do BEA para toda a agregação de tartaruga-comum nas Canárias.

Critério Parâmetro

Valor de referência

[ano] Limiar Valor atual [ano]

D1C1 ST_BYC_MR  Não disponível  Não

estabelecido  Não disponível

D1C2 ST_ABU_DS  Estimativa de abundância baseada em desenho experimental: 1,462 indivíduos (95% CI = 561-3,810; CV = 0.51) [2017; MISTIC SEAS II]

 Tendência  Estimativa de abundância baseada em desenho experimental: 1,462 indivíduos (95% CI = 561-3,810; CV = 0.51) [2017; MISTIC SEAS II] D1C3 ST_DEM_BCI  1.66 ± 0.24 (n = 18)

[2017; MISTIC SEAS II]

 Não estabelecido

 1.66 ± 0.24 (n = 18) [2017; MISTIC SEAS II]

Tartaruga-verde – Chelonia mydas

A tartaruga-verde é uma espécie “Em perigo de extinção” a nível global (Seminoff, 2004). Atualmente está a ser realizada uma revisão e atualização que também incluirá o estado das diferentes subpopulações (Annette Broderick, comunicação pessoal), embora já se saiba que algumas delas estão a aumentar (ex. Chaloupka et al., 2008).

 Ilhas Canárias

D1C1 – ST_BYC_MR: Os centros de recuperação de vida selvagem das Canárias têm informação sobre os animais afetados por anzóis de pesca, mas a disponibilidade destes dados para avaliação do indicador de captura acidental ainda não foi analisado.

D1C2 – ST_ABU_PI: Foram identificadas algumas localizações com a presença da espécie, mas ainda não há estimativas de abundância disponíveis (Monzón-Argüello et al., 2015, 2018a).

D1C3 – ST_DEM_BCI: Os dados sobre BCI foram compilados de vários projetos (e.g. Monzón-Argüello et al., 2015, 2018a). No entanto, ainda não há estimativa de um valor de referência para BCI de animais saudáveis (Limiar) devido ao facto de que grande parte das tartarugas analisadas apresentarem dificuldades e por isso se encontrarem em centros de recuperação de vida selvagem.

Ainda não está disponível a avaliação do BEA para toda a tartaruga-verde nas Canárias.

Critério Parâmetro

Valor de referência

[ano] Limiar Valor atual [ano]

D1C1 ST_BYC_MR  Não disponível  Não

estabelecido  Não disponível D1C2 ST_ABU_PI  Não disponível  Tendência  Não disponível D1C3 ST_DEM_BCI  Não disponível  Não

estabelecido  Não disponível

No documento MACARONESIAN ROOF REPORT (páginas 113-116)

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