A voz das raízes149
“Vozes de estranho som se alteiam em meu canto. Vibram-me dentro de minhas almas que não são minhas. Atrás de mim, vozeia e tumulta,
Anseia e chora, e ri, arqueja e estua A imensa multidão dos ancestrais, Que me bate e rebate, inexorável,
Como o oceano com ressaca açoita o cais”.
(Helena Kolody)
Retomar a questão das raízes é uma tarefa importante e difícil. Pelos relatos
dos depoentes e utilizando a parábola do filho pródigo, citada no início do Cap.III, penso
que, oferecer-se como um rosto humano, um olhar para quem está morto em vida, pode ter
um efeito ressucitador, de criação, de re-posicionar o homem no mundo, nas suas origens,
nas suas raízes, é re-conectá-lo, re-articulá-lo, podendo celebrar a vida, festejando-a. O
festejo é uma celebração do sagrado, da carne que se presentificou, do filho “perdido” que
pode aceitar a sua limitação e condição, para solicitar e receber a ajuda do pai. A
compaixão ultrapassa os aspectos psicológicos e emocionais que poderiam ter provocado a
retirada do filho, como abandono ou rejeição. É uma perspectiva ontológica, que funda o
ser no mundo, podendo constituí-lo. Recuperar a dignidade de um homem é enraizá-lo, é
colocá-lo numa posição de reconhecimento compartilhado com outros homens.
Manter a tradição é fundamental para o enraizamento. A tradição tem um efeito
curativo, por ser um elemento que sustenta e atravessa a árvore da família, da etnia,
daquilo que dá lugar e reconhecimento. A tradição funda, atravessa, articula e pode
também ser favorecedora da integração. A tradição e a memória da tradição estão no
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registro ontológico da existência. Apesar do esgarçamento do desenraizamento, é possível
a continuidade de ser pela tradição, não no aspecto individual, ou familiar, mas por uma
comunidade que o enraiza.
As raízes partem-se mas não se quebram, o que possibilita a sua preservação e
seu possível novo enraizamento. Uma palmeira pode ser re-plantada em outro local, com
outras condições climáticas, com as cicatrizes e perdas que podem ter ocorrido, mesmo
sem a brisa do mar que antes balançava seu tronco e suas folhas.
Retomar a origem é fundamental, mesmo para assinalar o que se partiu, se
deixou, se ansiou ou ainda pode vir a se buscar. Recuperar a memória do ethos é recuperar
a memória do que se esqueceu, do que se fundou, mesmo daquilo que nunca se pensou a
respeito ou se teve acesso, é o que atravessa gerações e constitui a forma de ser de cada
um, com suas fraturas, realizações, sonhos, conquistas.
Criar a possibilidade de história e memória para os imigrantes que sofreram
rupturas significativas, que viveram o desenraizamento, pode ser uma possibilidade de
saída, pois apesar de parecer que o peso, a dor e o sofrimento ganham destaque, há
paradoxalmente muita realização e potencialidades, em relação ao que se vislumbra, do
que pôde ocorrer e do que pode vir a ocorrer. Os objetos culturais resgatam a origem e a
presença de um mais além que está constituído no objeto, com o sentido de espiritualidade
a que Stein se refere, em que, na materialidade, podemos experimentar pela sensibilidade a
presença de espírito.
O sonho é um lugar de esperança e preservação para os imigrantes que muitas
vezes sonham com o que precisam realizar, com o que buscam, na língua do país de
origem. A coragem e a persistência são marcas que acompanham os imigrantes e seus
familiares, pela necessidade de querer desbravar terrenos desconhecidos, seja tendo que vir
fugido, ou por ter “escolhido” migrar.
Dar continuidade às suas histórias é fundamental. Contar sua história
possibilita a constituição de uma narrativa que apresenta o vivido, o experienciado, as
saudades de raízes que também não se conheceram, podendo ter um efeito curativo, de
enraizamento. Contar sua história é uma forma de criar uma nova narrativa, que pode ter
efeitos curativos, na medida em que possibilita à memória enraizar-se numa comunidade.
Pode então criar-se uma relação de interdependência, ou seja, uma comunidade de destino,
onde a amizade e a solidariedade não são afetos, mas um lugar de existência e constituição.
Os três momentos de intervenção com os depoentes foram frutíferos e tiverem
efeitos e repercussões, neles e em mim: a entrevista gravada, a transcrição com suas
correções por parte do depoente e a reflexão sobre os comentários realizados. Houve uma
participação deles na construção da narrativa e de uma melhor compreensão de suas
histórias nesses três momentos. Eu e os depoentes passamos a constituir uma comunidade
de destino, na medida em que se criou uma interdependência. Além desses três momentos
formais, temos conversado várias vezes por telefone, o que em algumas situações percebo
ser de grande contribuição para o depoente saber que pode contar com uma “mão-amiga”,
de alguém que o acompanhou por um ano e meio, entre as entrevistas, transcrições,
transcriações e reflexão sobre os comentários, uma elaboração conjunta que fez sentido
para vida deles e para a minha.
Há um ônus para quem vive isso mas também uma realização, não apenas para
o imigrante e sua família mas como uma contribuição para a humanidade. Se pensarmos do
muito mais que viajar de um país a outro, é contribuir para uma jornada coletiva. Há um
sofrimento intenso vivido mas, paradoxalmente, cada um pode contar com uma “mão
amiga”, fundamental para poder fazer parte e se enraizar nas terras desconhecidas. Apesar
do sofrimento, é uma oportunidade de ser um imigrante que viveu a experiência de
atravessar o desconhecido, mergulhar nas profundezas de si mesmo e buscar um sentido
existencial como um peregrino, que está para além de si mesmo, num caminho da
espiritualidade. Voltamos à necessidade de raízes a que se refere Weil, como uma das
necessidades fundamentais e desconhecidas da alma humana, e à noção de espírito, de
espiritualidade que favorece o enraizamento.
O aspecto psíquico, emocional, também é relevante de ser considerado e
discutido na situação de imigração. A escolha em enfocar o desenraizamento não foi para
reduzir a experiência vivida mas destacar esse aspecto que comumente não é levado em
consideração na clínica e cuja ausência é prejudicial no trabalho clínico. A minha
experiência como paciente foi extremamente solitária e de não compreensão de aspectos
importantes de minha história e de minha família. A possibilidade de resgatar a música
árabe, a poesia, a história, os objetos, foi extremamente terapêutico e enraizador para mim.
Lembrar-me de que eu sentava como beduíno, que eu sabia ler em árabe, da minha viagem
ao Líbano, trouxe-me aspectos esquecidos, porém muito presentes na minha forma de ser e
que são os aspectos étnicos do self. A descoberta da história da família de meu pai foi
surpreendente e gratificante, pois confirmou que a história das gerações que antecedem
atravessam e constituem as seguintes, criando um fio condutor que possibilita um maior
enraizamento, na medida em que se pode ter acesso a história a essa história. A história é
extremamente importante para a pessoa, que a re-situa e re-posiciona frente aos seus
Percebemos que a memória pode ter um uso clínico, onde os três momentos, a
entrevista, a narração e a reflexão podem resgatar aspectos importantes da origem, tendo
um efeito enraizador. Nessa direção podemos pensar numa contribuição para o trabalho
clínico, seja dentro ou fora da situação de consultório.
O estudo realizado foi um dos territórios de se pesquisar o adoecimento do
desenraizamento, podendo-se perceber esta questão em diversas outras situações na
atualidade, para além da imigração, mas com características de sofrimento e problemática
semelhantes. Há presença de corte de raízes no cotidiano, nas relações entre as pessoas, no
trabalho, na vida acadêmica, na relação da ciência com a religião. A Psicologia Clínica, a
Psicanálise, discorreram significativamente sobre o sofrimento psíquico do ponto de vista
de dinamismos psíquicos. Este registro é importante também, porém, seja no sofrimento de
imigrantes, ou de situações de ruptura de raízes, a compreensão e a intervenção clínica não
podem se utilizar apenas desse instrumental.
Sua Santidade o Dalai Lama XIV, referindo-se ao século XX, diz:
“Nunca um século arrancou tantas raízes”.150
Vivemos num mundo onde o desenraizamento é freqüente, e a necessidade de
se falar, de se ouvir suas histórias, num território legitimado, é fundamental. Preservar as
raízes, mesmo que na contra-mão de um mundo onde a hipervalorização de bens sufoca e
às vezes abafa a poesia, a história e o cântico que cada pessoa tem, seja ela imigrante ou
não, é essencial. Todos os seres humanos somos um pouco estrangeiros, nesse mundo
paradoxal, de ser igual e ser diferente. A exclusão e o desenraizamento não ocorrem apenas
150
Dalai Lama XIV – A força do budismo: uma conversa sobre viver melhor no mundo de hoje/Sua Santidade o Dalai-Lama e Jean- Claude Carrière. São Paulo: Mandarim, 1996, pág.148.
com imigrantes. Ficar aderido ao mundo também pode ser uma forma de desenraizamento,
na medida em que não se possa ficar conectado com suas raízes. Poder transitar no mundo
sem ser do mundo é um desafio, para todas as pessoas, e principalmente para quem se
propõe a cuidar de pessoas, como clínicos. É uma tarefa instigante e desafiadora. É
necessário que o gesto clínico e político criem situações de saída para as fragmentações
vividas. Para que se esteja mais enraizado é preciso descriar-se, mudando a ênfase do eu-
indivíduo para o nós-coletivo, criando-se o lugar ontológico da amizade.
Percebemos que podemos fazer usos clínicos da memória e que isso pode ter
um efeito curativo, no sentido de possibilitar o enraizamento, como uma das necessidades
fundamentais para que o ser humano possa se realizar e caminhar em sua espiritualidade.
Para terminar esse percurso, gostaria de ilustrar com alguns aspectos que
descobri ao pesquisar sobre imigração dos libaneses e sírios em São Paulo, retomando as
questões de origem que me instigaram a debruçar e pesquisar esse trabalho. Achava que a
origem da família de meu pai era o Líbano, quando me surpreendi em saber que é a Síria.
A origem da família Maalouf (ortografia no francês) ou Maluf, é na Síria, em Hurán, que é
uma região que fica na Síria, ao lado das colinas de Golan e limita-se com a capital de
Damasco. Chama-se atualmente “Montanha dos Drusos”- em árabe Djabal el Druz -,
porque hoje, a maior parte dos seus habitantes é constituída de drusos. A família Maalouf
era de cristãos que lá residiam. Eram “isentos de impostos”, em árabe “maiouf”. Somos
descendentes da dinastia dos Ghassan, que reinaram no Hurán de 37 a 623 d.C.. A dinastia
teve trinta e dois reis e desapareceu quando houve a ocupação muçulmana. Em 1511, a
família Maluf migrou para o Líbano. “Maluf” em árabe também significa “engordado”. No
engordarem e acumularem bastante gordura, daí serem chamados “kharuf”, carneiro. O
nome primitivo era maiouf que, quando vieram para o Líbano, mudou para Maluf.
Quanto à família de minha mãe, de sobrenome “Maalouli”, eu sabia que tinha
origem em uma cidade da Síria, chamada Malula, mas não sabia por que eles saíram da
Síria e foram para o Líbano. Perguntei a minha mãe sobre a origem de sua família. Ela
disse que se contava que quatro irmãos tiveram que fugir quando um deles cometeu um
assassinato. Dois foram para uma cidade no Líbano, um foi para uma cidade da Síria,
próxima a Damasco, e o outro irmão foi para uma outra cidade do Líbano.Há uma árvore
genealógica escrita em árabe na casa de meu tio materno.
Uma parte da minha origem eu descobri, foi importante e desvelador, mas fica
uma questão importante:
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