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6 AVALIAÇÃO DE RISCOS POTENCIAIS EM SERVIÇOS DE

6.3 RADIOGRAFIA CONVENCIONAL

Conforme a Tabela 2, foram avaliados 60 equipamentos de raios-X convencional de 38 instituições, estando 22 funcionando em serviços públicos e 38 em serviços privados. Entre os procedimentos avaliados, 12 (20%) estavam com avaliação de risco potencial aceitável, 11(18%) tolerável e 37 (62%) inaceitável, conforme representado na Figura 7. Entre os 37 procedimentos em situação de risco potencial inaceitável, 11 eram de instituições públicas e 26 de unidades privadas.

Uma síntese dos indicadores, que apresentaram valor menor que o nível de controle aceitável (nível 1 de controle significa CR=1), é representada no Quadro 7. Estes indicadores, críticos ou não-críticos, tiveram valor zero.

As principais não conformidades de indicadores críticos foram a ausência de equipamentos de proteção individual em 20 (33,3%) salas de exames, a potência dos equipamentos em 19 (32%) (igual ou inferior a 4kw ~ <100mA, todos com gerador monofásico de retificação de meia-onda) e 11 (18,3%) não possuíam filtro e colimador (Figuras A-1 a A-26).

Figura 7 – Gráfico do espaço de risco potencial para procedimento de Radiografia

Espaço de Risco Potencial

0.000 0.200 0.400 0.600 0.800 1.000 0 1 2 3 4 5 Controle de Risco R isco P o te n c ia l Radiografia Convencional Risco Potencial Aceitável Risco Potencial Tolerável Risco Potencial Inaceitável

12 20% 11 18% 37 62% ( CR ) ( RP )

Quadro 7 – Síntese dos indicadores de controle de risco em radiografia com valor zero (0- inexistente ou inaceitável)

Indicador de Controle de Risco Risco Qualificação Resp. Direta Resp. Comp Cont. Sanitário Cont. Sanitário Comp. Quant Ind Zero

Licença Sanitária CL C RL Equipe Técnica DIVISA 6

Responsabilidade Técnica (Radiologista) CL C RL Equipe Técnica DIVISA Cons. Profissionais 7

Contratação de Técnico em Radiodiagnóstico CL C RL Equipe Técnica DIVISA Cons. Profissionais 3

Levantamento Radiométrico CL; RP NC RL SRP DIVISA 22

Teste de Aceitação dos Equipamentos RP; QI NC RL RT DIVISA 20

Programa de Garantia de Qualidade RP; QI NC RL SRP DIVISA Cons. Profissionais 59

Manutenção RP; QI NC RL RT DIVISA 16

Instrumentação Técnica da Empresa de Manutenção RP; QI NC RL RT DIVISA Cons. Profissionais 14

Registro do Equipamento CL C RL RT; Indústria ANVISA DIVISA 3

Utilização de Equipamento de Raios-x Fixo RP; QI NC RL RT; Indústria ANVISA DIVISA 14

Potência do Equipamento de Raios-X (> 4kW) RP; QI C RL RT; Indústria ANVISA DIVISA 19

Produção de Raios-x (Onda Comp., Tri Fásico, AF, BC) RP; QI C RL RT; Indústria ANVISA DIVISA 4

Sistema de Colimação RP; QI C RL RT; Indústria ANVISA DIVISA 10

Sistema de Filtração (Inerente + Adicional) RP; QI C RL RT; Indústria ANVISA DIVISA 9

Indicador de Angulação RP; QI NC RL RT; Indústria ANVISA DIVISA 42

Inspeção Visual do Equipamento de Raios-x RP; QI NC RL Equipe Técnica DIVISA 13

Mesa Radiológica com Grade Anti-difusora RP; QI NC RL RT DIVISA 10

Bucky Mural com Grade Anti-difusora RP; QI NC RL RT DIVISA 11

Calibração do Equipamento de Raios-x RP; QI NC RL SRP DIVISA 12

Dose de Entrada na Pele do Exame de Tórax RP NC RL RT DIVISA 16

Medidas de Levantamento Radiométrico RP C RL SRP DIVISA 2

Equipamentos de Proteção Individual RP C RL SRP DIVISA 20

Uso de Dosímetro Pessoal RP C RL SRP DIVISA CNEN 6

Leitura da Dosímetria Pessoal RP C RL SRP DIVISA CNEN 1

Proteção do Técnico no Comando RP C RL SRP DIVISA 5

Visualização do Paciente e Acessos RP NC RL SRP DIVISA 11

Proteção dos Chassis na Sala de Exames RP; QI NC RL Equipe Técnica DIVISA 13

Controle de Tempo e Temperatura Proc Aut RP; QI NC RL SRP DIVISA 13

Controle de Tempo e Temperatura Proc Manual RP; QI NC RL SRP DIVISA 43

Sensitometria do Processamento de Filmes RP; QI NC RL SRP DIVISA 51

Coleta ou Tratamento dos Químicos Ambiental NC RL Equipe Técnica DIVISA 38

Inspeção Visual dos Chassis e Ecrans RP; QI NC RL Equipe Técnica DIVISA 30

Velamento da Câmara Escura RP; QI NC RL SRP DIVISA 44

Revestimentos e Adequação da Câmara Escura RP; QI NC RL SRP DIVISA 41

Avaliação da Imagem do Fantom RP; QI NC RL RT DIVISA 2

Sala de Laudos QI NC RL RT DIVISA 37

Iluminância da Sala de Laudos (< 100 lux) QI NC RL RT DIVISA 5

luminância dos Negatoscópios (> 1500nit) QI NC RL RT DIVISA ANVISA 51 4 8 Sala de Laudos Sala de Processamento GERAL Sala de Exames RADIOGRAFIA CONVENCIONAL Número de Instituições e Procedimentos Avaliadas:

Número de Procedimentos em Instituições Públicas: Número de Procedimentos em Instituições Privadas: Procedimento Avaliado 38 22 Procedimentos Aceitáveis 38 Instituiçoes e 60 Procedimentos Procedimentos Aceitáveis

Com relação às salas de exames, 12 (20%) não possuíam bucky com grade anti- difusora (figuras A-27 a A-32) e 26 (43,3%) tinham guarda de chassis em seu interior sem nenhuma proteção. 12 (20%) serviços utilizavam processamento manual sem controle de tempo e temperatura (figuras A-49 a A-66) e 30 (50%) utilizavam chassis danificados. Nas salas de laudos, 51 (85%) dos negatoscópios estavam com luminância inferior a 800 nit, quando o mínimo recomendado é 1500 nit (Figuras A-57 a A-68).

No que se refere aos procedimentos, 21 (35 %) produziram imagens de phantom que não tinham condições de avaliação, pois apresentavam baixa densidade ótica (~ 0,4) e 14 (23,3%) dos equipamentos portáteis eram utilizados como fixo (figuras A-27 a A-32). A utilização de raios-X portátil como fixo, não é recomendada pela Portaria 453/98.

As não conformidades encontradas na radiografia convencional podem ser consideradas muito graves, conforme apresentado e serão discutidas posteriormente. Entretanto, a radiografia convencional pediátrica apresentou uma situação de inadequação de equipamentos e procedimentos ainda mais grave. Foram avaliados 6 equipamentos que eram utilizados em pediatria, incluindo UTI neo-natal. Todos os equipamentos eram de até 100 mA (quando o recomendado é de 500 mA) e não possuíam filtro nem colimador, quando a utilização é obrigatória.

Mais uma vez, vale salientar que apenas uma instituição possuía programa de garantia de qualidade.