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VII,VIII,XIX,XX, XXI,

REALIZA O CONTROLE

1.1. Controle Político – Realizado por entes diversos do Poder Judiciário.

1.2. Controle Jurisdicional – Quando o órgão encarregado de realizar o controle de constitucionalidade é o Poder Judiciário.

1.3. Controle Misto – Quando o controle de constitucionalidade é realizado tanto pelo Poder Judiciário, quanto por outros entes, como é o caso brasileiro.

2. INCONSTITUCIONALIDADE QUANTO AO MOMENTO DE SUA ARGÜIÇÃO

2.1.Controle Preventivo – É aquele realizado durante o

processo legislativo.

Normalmente é realizado pelo Legislativo quando da passagem pelo projeto de lei pela Comissão de Constituição e Justiça, tanto na Câmara quanto no Senado.

Ao Poder Executivo também é permitido realizar este controle de forma preventivamente quando do veto, visto que como apontado no art. 66, § 1º, da CF, o presidente poderá vetar um projeto se entender por Inconstitucional.  Excepcionalmente existirá o controle preventivo da

norma a ser realizado pelo Poder Judiciário, tal fato pode ocorrer através de um Mandado de Segurança quando o parlamentar, e somente ele, verificar que o processo legislativo de uma Emenda não seguiu os trâmites constitucionais.

2.2. Controle Repressivo- Tal controle é realizado

quando da existência da lei em nosso ordenamento jurídico. O ato a ser atacado é uma lei e não apenas um projeto de lei.

É tipicamente realizado pelo Poder Judiciário a quem cabe analisar a Constitucionalidade ou não de determinadas matérias.

A doutrina também aponta duas outras situações que poderá ser realizado o Controle Repressivo de Constitucionalidade. Contudo, tais situações são permitidas apenas ao Poder Legislativo realizar este controle.

Primeira hipótese de realização do Controle Repressivo de Constitucionalidade pelo Poder Legislativo quando da análise deste poder sobre uma Medida Provisória editada. De acordo com os novos dispositivos do art. 62, da CF, as comissões tanto da Câmara quanto do Senado terão a incumbência de verificar a existência dos pressupostos de constitucionalidade da Medida Provisória. Neste caso, será feito um controle de constitucionalidade, como a medida provisória já entrou em nosso ordenamento jurídico, o controle a ser realizado será o repressivo A segunda situação em que o Poder Legislativo pode realizar este controle temos com o disposto no art. 49,IV, da CF.

Este dispositivo apresenta a possibilidade do Legislativo sustar o andamento de uma delegação legislativa quando o Poder Executivo exorbitar o andamento do feito.

3. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A FORMA DE CONTROLE:

3.1. Controle Difuso 3.2. Controle Abstrato

3.1.1. CONTROLE DIFUSO (CONCRETO) – Indireto, Incidental ou via de Exceção.

No chamado controle difuso de constitucionalidade, importa saber o caso concreto e não a discussão se a lei é o não constitucional. A parte na situação concreta questiona entre outras matérias a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo. É um incidente processual. A discussão acerca da constitucionalidade ocorre de forma indireta, não é o objeto principal da ação.

3.1.2. Legitimação Ativa do Controle Difuso : a) As partes do processo;

b) O representante do Ministério Público atuante no processo;

c) O juiz ou tribunal, de ofício.

3.1.3. Competência para argüir a inconstitucionalidade no controle difuso.

O controle difuso de constitucionalidade pode ser realizado por qualquer juiz ou tribunal.

3.1.4. Cláusula de Reserva de Plenário:

De acordo com o disposto no art. 97 da CF, os tribunais não poderão, via de regra, declarar a inconstitucionalidade de uma lei através de seus órgãos fracionários (turmas, sessões ou câmaras). A declaração de inconstitucionalidade só poderá ocorrer pelo órgão pleno do tribunal ou se tiver pelo órgão especial do mesmo tribunal (art. 93. IX).

O dispositivo sob comento determina que a inconstitucionalidade de uma matéria só seja declarada se afirmada pela maioria absoluta de seus membros. Tal processo ocorre para valorizar o princípio da constitucionalidade das normas infra-constitucionais, pois, se não declarada pela maioria de seus membros a inconstitucionalidade, deve ser tida como constitucional a norma.

3.1.5. EFEITOS DA DECISÃO NO CONTROLE DIFUSO 3.1.5.1. Quando o Poder Judiciário declara a inconstitucionalidade da medida temos que esta decisão somente beneficia a quem ingressou com a referida medida.

Desta forma, a decisão terá efeito inter partes, ou seja, somente para a pessoa que ingressou com a medida, não favorecendo a outras pessoas que estejam em situação semelhante. A lei continua em vigor, não é retirada do nosso ordenamento jurídico.

Além do efeito inter partes a decisão também terá efeito

ex tunc, quer dizer, que ela retroagirá.

3.1.5.2. Sustação da Lei pelo Senado Federal (Art. 52, X) O Senado Federal poderá ser comunicado pelo STF da declaração de inconstitucionalidade da lei processada por aquele tribunal. Neste caso, ao Senado é permitido suspender a execução da lei, o que se realizado provocará outros efeitos ao controle difuso.

O Senado suspendendo a lei causará um efeito erga

omnes, ou seja, contra todos, face retirar a lei de nosso

ordenamento jurídico beneficiando não só quem ingressou com a ação, mas todas as pessoas que eram atingidas pela lei suspensa. Ademais, o efeito da suspensão só ocorrerá a partir da decisão do Senado, ou seja, os efeitos gerados serão ex tunc, ou, a partir da suspensão, sem efeitos retroativos.

Interessante notar que o professor Vicente Paulo ensina que a suspensão da lei pelo Senado Federal gera efeito

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determina o Decreto nº 2.346 de 10 de outubro de 1997. Vejamos:

“ É importante, todavia, observar que, no âmbito do Poder Executivo federal, a resolução do Senado produz efeitos retroativos (ex tunc), ou seja, desde a entrada em vigor da norma declarada inconstitucional.” (Paulo, Vicente, Controle de Constitucionalidade, editora Impetus, Rio de Janeiro, 2004, pág. 77).

3.1.5.2.1 A Suspensão da lei pelo Senado é ato discricionário do Senado Federal, não sendo o mesmo obrigado a fazer qualquer suspensão.

3.1.5.2.2. O Senado não tem prazo para efetuar esta suspensão.

3.1.5.2.3. O Senado federal expedirá uma resolução para suspender tal lei declarada inconstitucional, ou seja, a espécie normativa é a Resolução.

3.1.5.2.4. Quanto a extensão, o Senado fica vinculado à decisão do STF. Portanto, o Senado não pode suspender além ou ficar aquém da decisão proferida pelo tribunal maior.

3.1.5.2.5. Quanto ao alcance da decisão do Senado Federal, temos que alcança leis federais, estaduais e municipais.

3.1.6. AÇÃO CIVIL PÚBLICA

A ação civil pública poderá ser utilizada como controle de constitucionalidade, desde que no controle difuso, nunca com eficácia erga omnes

3.2. CONTROLE ABSTRATO DE CONSTITUCIONALIDADE

O controle de constitucionalidade abstrato ou também chamado concentrado, pois, tem por escopo retirar do ordenamento jurídico, norma incompatível com a Constituição Federal. Ataca através deste controle a lei “em tese”, e nunca um caso concreto.

Não existe lesão a um direito próprio, ou lesão subjetiva. Desta forma a jurisprudência nossa tem admitido que o controle concentrado é chamado de objetivo, ante a inexistência de partes, visa a defesa da Constituição.

O Controle Concentrado de Constitucionalidade será realizado pelas seguintes ações:

a) ADIN – Ação Direta de Inconstitucionalidade;

b) ADIN (OMISSÃO) – Ação Direta de Inconstitucionalidade;

c) ADECON – Ação Declaratória de Constitucionalidade; d) ADPF – Argüição de Descumprimento de Preceito

Fundamental.

3.3. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.3.1. Introdução

Tem por objetivo como o próprio nome diz o de declarar a inconstitucionalidade da medida. O escopo principal é a defesa de Constituição, suprimindo de nosso ordenamento os atos normativos que apresentem conflito com o texto maior.

3.3.2. Legitimados

Os legitimados para apresentar uma Adin estão expressos no art. 103, da CF.

a) Presidente da República; b) Mesa do Senado Federal; c) Mesa da Câmara dos Deputados;

d) Mesa da Assembléia Legislativa ou a Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal;

e) Governador de Estado ou o Governador do Distrito Federal;

f) Procurador-Geral da República; g) Conselho Federal da OAB;

h) Partido Político com Representação no Congresso Nacional;

i) Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional;

3.3.3. Pertinência Temática

Importante perceber que existe uma divisão entre os legitimados para ingressar com uma Adin. Existem aqueles que podem ingressar em qualquer momento com a ação, são os chamados legitimados universais como o caso do Presidente da República.

De outro lado, existem aquelas pessoas que para ingressar com uma Adin, tem que ter relação de pertinência com o tema, a chamada pertinência temática. A falta deste requisito causará a falta de interesse de agir do autor. São os legitimados especiais.

São legitimados especiais: os Governadores de Estado; as mesas das assembléias legislativas dos Estados e as Confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional. Os outros legitimados são universais.

3.3.4. ADIN E COMUNICAÇÃO AO SENADO FEDERAL A Adin não necessita de comunicação ao Senado Federal, visto que o efeito que o órgão do Poder Legislativo daria já é alcançado pela decisão do Poder Judiciário.

3.3.5. ADIN E SEUS EFEITOS

A Adin tem os seguintes efeitos que serão explicados em sala de aula:

* Ex tunc * Erga Omnes * Vinculante

3.3.6. Caráter Dúplice ou Ambivalente

Ao ingressar com a ação o autor da Adin busca que o STF declare a inconstitucionalidade do ato atacado, retirando do nosso ordenamento jurídico tal ato. Contudo, o Poder Judiciário não é obrigado, por óbvio, a declarar de acordo com o pedido, podendo desta forma, declarar a Constitucionalidade da medida. Desta forma, resta claro o efeito dúplice, posto pode o STF tanto declarar a Constitucionalidade quanto a inconstitucionalidade do ato normativo questionado.

3.3.7. Impossibilidade de desistência de uma Adin

O autor não está obrigado a ingressar com a medida, mas ao fazê-lo não pode se arrepender e querer desistir de tal medida. Tal impossibilidade ocorre face à vinculação de tal ato ao Poder Judiciário, sendo este o responsável da ação a partir do protocolo da mesma. 3.3.8. Papel do Advogado Geral da União

O AGU tem importante papel na Adin. Como este processo é também chamado de objetivo visto não termos partes, a ação já é direta contra a lei. Nesta situação, a lei

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precisa que alguém faça o contraditório e quem fará será o advogado geral da união.

Cuidado. Jurisprudência do STF 10/2009, informa que o AGU poderá deixar de defender a constitucionalidade da lei.

3.3.9. Papel do Procurador Geral da União na Adin O PGR é um dos legitimados da Adin. Além disso cabe ao PGR participar de todos os processos junto ao STF, emitindo parecer.

3.4. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO

3.4.1. Objeto

Tem por escopo a Adin por omissão suprir a omissão. 3.4.2. Competência para Declarar a Inconstitucionalidade Na Adin por omissão é o STF o único legitimado para declarar a inconstitucionalidade.

3.4.3. Legitimados para Argüir a Adin

Os mesmos legitimados da ADin. O rol do art. 103 da CF. 3.4.4. Papel do PGR na Adin por Omissão

3.4.5. Diferença da Adin por Omissão e do Mandado de Injunção

Existem diferenças com relação aos legitimados. Competência para declaração. Procedimento. Possibilidade de medida cautelar. Efeitos.

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