4 ELABORAÇÃO DE PROJETOS: TÉCNICAS PARA FORMATAÇÃO
4.1 EMPRESA A
4.1.5.3 Receitas
A receita da Empresa A provém da venda de produtos quimicos. No mercado, a empresa utiliza diferentes nomes comerciais, tais como: A25; A46; A75 etc. Os produtos se diferenciam de acordo com suas aplicações e tamanho da embalagem, entretanto, os custos de produção e preços de venda são similares. Dessa forma, a projeção de receita foi feita com base no preço da tonelada do produto químico.
A receita projetada para Ano 0 equivale ao dobro da receita gerada pela empresa no primeiro semestre, conforme balancete de 30/06/2008. Utilizando como base a receita projetada e a quantidade produzida, foi determinado o preço médio de vendas, em reais.
Para os anos subseqüentes, até o Ano 4, foi considerado um crescimento de 5,5%5 em relação à produção. Para isto, levou-se em consideração, além da taxa de crescimento do Produto Interno Bruto brasileiro, o próprio crescimento das vendas da Empresa A que atingiu, no primeiro semestre de 2008, um aumento de 9,0% em relação ao mesmo período do ano anterior, alavancado, principalmente, pelo setor de tinta destinada à construção civil, principal mercado consumidor da empresa.
Para o cálculo do preço de vendas no horizonte do projeto foi considerado o preço por tonelada do produto, cotado em dólar, por se tratar de commodities. A taxa de câmbio R$/USR$ utilizada foi dólar Ptax do dia 08/10/2008, consultada no site Banco Central do Brasil.
5 A taxa de crescimento de 5,5% a.a. corresponde a uma taxa média utilizada que leva em consideração o
crescimento da economia brasileira, sendo também, uma taxa considerada conservadora pela instituição financeira a qual se destina o projeto para captação de recursos.
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Produtos
Químicos 285.150.000, 329.744.000, 347.880.000, 367.613.000, 387.199.000,
Quadro 2.3: Receita Bruta Projetada (R$ milhões) Empresa A - Ano 0 -Ano 4
4.1.5.4 Custos
O cronograma do investimento prevê a execução de 10% do valor previsto ainda em 2008 (Ano 0), 85% no 1º semestre e 15% no 2º semestre de 2009 (Ano 1). Conforme detalhado anteriormente, a Empresa A reduzirá significativamente seus custos em decorrência da modernização e automação da Planta Industrial. Considerando que somente 10% do investimento está previsto para o final de 2008, o custo do Ano 0, assim como ocorre na receita, foi projetado a partir do custo observado no balancete de 30/06/2008. Para o Ano 1, os custos variam na mesma proporção de acordo com a implantação do projeto.
Tabela 2.10: Custos e Despesas da Empresa A
CONTAS/ANO ANO 0 ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4
Custo Prod.Vendidos -240.625.621,04 -243.772.581,15 -249.787.839,34 -260.146.592,04 -271.077.037,06 Desp.Comerciais -1.207.504,41 -1.396.428,21 -1.473.302,44 -1.554.288,49 -1.639.743,89 Desp.Administrativas -13.263.102,89 -19.294.541,89 -12.727.522,39 -12.727.522,39 -12.727.522,39 Desp.Gerais -2.482.353,30 -2.738.385,71 -2.869.735,50 -3.017.549,37 -3.173.520,73 Desp.Não Operac. 0,00 -3.643.775,23 -3.643.775,23 -3.643.775,23 -2.821.995,52 TOTAL -257.578.581,63 -270.845.712,20 -270.502.174,90 -281.089.727,53 -291.439.819,59 a) Custos de produção
Os custos variáveis incluem somente as matérias-primas e insumos utilizados para a produção de uma tonelada do produto químico. Para os insumos cotados em dólar, a taxa de câmbio R$/USR$ utilizada foi dólar Ptax do dia 08/10/2008, consultada no site do Banco Central do Brasil.
Assim como ocorre na receita, os custos variáveis para o Ano 0 foram projetados a partir do balancete de 30/06/2008. Para este ano não foi considerada nenhuma redução de custo em decorrência do projeto, tendo em vista que a maior parte do mesmo será implantada no Ano 1. A evolução da quantidade de matéria-prima utilizada no produto foi feita com base em sua composição atual e na composição projetada após a conclusão do projeto, ocorrendo a redução de forma gradual, conforme a implantação do projeto.
b) Salários e Encargos
Consta no quadro de mão-de-obra as despesas com funcionários, informando o salário anual e os encargos de 74,50%.
c) Impostos
Foram calculados os impostos ICMS, PIS e COFINS sobre o faturamento total, levando em consideração crédito e débito causados pelas diferentes alíquotas destes impostos cobrados pelos Estados, sendo a tarifa resultante incorporada ao sistema SEAP, e memória de cálculo em anexo.
A Empresa A possui, conforme Laudo Constitutivo nº 0062/2008 de 20 de maio de 2008, da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, o direito de redução de 75% de imposto de renda sobre o lucro oriundo da fabricação de Dióxido de Titânio, com prazo de 10 anos. Por este motivo foi adotada no SEAP uma alíquota de 3,75% de Imposto de Renda.
d) Outros custos de produção
Esta conta agrupa demandas diversas (ver planilha em anexo) associadas à produção do Dióxido de Titânio. Para o Ano 0, foi considerado dobrado o custo real ocorrido no 1º semestre, fornecido pela empresa. Estima-se, com a implantação do projeto, uma redução de aproximadamente 30% desses custos, em decorrência, principalmente, da redução de funcionários. A redução observada ocorre de forma gradual, conforme o cronograma de implantação do projeto.
e) Manutenção
A conta "Manutenção" agrupa as despesas com a conservação da estrutura física e de máquinas e equipamentos da empresa. Para esta conta, a projeção de redução em decorrência do projeto é de aproximadamente 25%, devido, principalmente, à readequação e renovação do maquinário da fábrica.
Como os custos de manutenção foram detalhados, no SEAP não foi considerado o percentual padrão, adotado em outros projetos.
f) Despesas Administrativas
Agrupa demandas diversas (ver planilha em anexo). Seu valor está baseado no orçado pela empresa para 2008, permanecendo fixo para os demais anos da projeção.
g) Armazenagem e Distribuição
O custo com "Armazenagem e Distribuição" está baseado no verificado atualmente pela empresa, variando, desta forma, conforme a quantidade produzida.
4.1.5.5 Notas explicativas
A taxa de depreciação utilizada no projeto é a mesma adotada pela empresa, que é de 2% para Construção Civil; 4% para máquinas, equipamentos e instalações; 10% para móveis e utensílios e 20% para veículos. Foi considerado o valor líquido dos ativos da empresa, conforme consta no relatório de 30/06/2008 fornecido pela empresa à Comissão de Valores Mobiliários.
4.2 EMPRESA B
a) Objetivo social
O objetivo social da empresa é prestação de serviços de alimentação para eventos e recepções - buffet.
b) Capital social
O capital social é de R$ 100.000,00 (cem mil reais), dividido em 100.000 (cem mil) quotas no valor nominal de R$ 1,00 (um real) cada, a ser integralizado em até 90 dias da data da constituição da empresa, em moeda corrente do país, assim distribuídas:
4.2.1 O projeto
a) Investimento programado
O projeto contempla o financiamento para a implantação da Empresa B, um Buffet dotado de completa infra-estrutura, destinada à alimentação para aniversários, casamentos e formaturas. Os recursos se destinarão as máquinas e equipamentos, móveis e utensílios, aquisição de software, veículo e capital de giro.
Para tanto, o valor total do investimento é de R$ 749.597,91(setecentos e quarenta e nove mil, quinhentos e noventa e sete reais e noventa e um centavos), sendo R$ 674.638,12 (seiscentos e setenta e quatro mil, seiscentos e trinta e oito reais e doze centavos) financiado, pelo FNE – Fundo Nacional de Financiamento do Nordeste. O valor dos recursos próprios corresponde a R$ 74.959,79 (setenta e quatro mil, novecentos e cinqüenta e nove reais e setenta e nove centavos).
USOS REALIZADO A REALIZAR TOTAL Máquinas e Equipamentos - 191.700,00 191.700,00 Móveis e Utensílios - 398.782,91 398.782,91 Capital de Giro - 87.647,00 87.647,00 Aquisição de Software - 4.670,00 4.670,00 Veículo - 66.798,00 66.798,00 TOTAL USOS - 749.597,91 749.597,91
Quadro 2.4: Investimento Total
b) Garantias
A Empresa B apresenta como garantia real um imóvel comercial urbano, possuindo 1.233,58m2 de área construída, localizado em João Pessoa. O imóvel está avaliado em R$ 2.625.369,00 (dois milhões, seiscentos e vinte cinco mil, trezentos e sessenta e nove reais). Considera-se, entretanto, que este imóvel possui uma hipoteca de 1º grau, correspondente a um financiamento anterior, cujo saldo devedor é de R$ 920.000,00 (novecentos e vinte mil reais). Desta forma a Empresa B, oferece o referido imóvel, em hipoteca de 2º grau, como garantia real, correspondendo a 130% do valor do financiamento pretendido, conforme normas da instituição, o que totaliza um valor de R$ 918.879,15 (novecentos e dezoito mil, oitocentos e setenta e nove reais e quinze centavos).
c) Recursos próprios
O valor dos recursos próprios corresponde a R$ 74.959,79 (setenta e quatro mil, novecentos e cinqüenta e nove reais e setenta e nove centavos), cuja aplicação será realizada concomitantemente à liberação das parcelas do financiamento efetuadas pelo FNE.
4.2.2 Localização do empreendimento
a) O empreendimento
A Empresa B na cidade de João Pessoa-PB
b) Características da localização do empreendimento
Os principais ramos da atividade econômica do município são: o setor de serviços, com mais de 61% da geração de emprego e renda; a atividade industrial, com 17%; e a
atividade de comércio de mercadorias, com 19%. Aproximadamente 93% das atividades produtivas do município de João Pessoa são núcleos polarizadores, exercendo influência direta, local e sub-regional entre os municípios do Estado.
Bairro Nível Médio de Rendimento (R$)
Cabo Branco 3.506,67
Tambaú 3.320,74
Jardim Oceania 3.312,24
Manaíra 3.106,08
Brisamar 3.067,40
Bairro dos Estados 2.919,48
Miramar 2.687,23
Bessa 2.491,48
Média dos bairros nobres 3.051,42
Média do município 998,25
Tabela 2.11: Nível médio de renda para área de influência primária da empresa B - João Pessoa - PB, 2008 Fonte: IBGE
4.2.3 Mercado
Através de um contrato de exclusividade firmado entre a Empresa B e a Empresa Parceira da Empresa BS consolida-se o mercado da Empresa B, que abrange a prestação de serviços de buffet, disponibilizando serviços de qualidade destinados a subsidiar festas de casamento, formaturas, aniversários, entre outros eventos e comemorações.
4.2.4 A empresa B no mercado
A parceria estabelecida entre a Empresa B e a Empresa Parceira da Empresa BS proporciona um mercado de grande potencial à Empresa B, tendo em vista a concepção pioneira, moderna e de alta qualidade da Empresa Parceira da Empresa B, e a sua potencialidade em termos de capacidade ocupacional e localização, a mesma classifica-se como um dos principais locais para realização de eventos na cidade.
Sendo assim, o contrato de exclusividade estabelecido entre essas duas empresas garante a Empresa B, o fornecimento de serviço completo, tanto para clientes interessados no serviço de buffet e organização de festas, quanto para clientes interessados em locar o espaço Empresa Parceira da Empresa BS.
a) Mercado alvo
A Empresa B tem na parcela da população da Região Metropolitana de João Pessoa com maior nível de renda, classes A e B, os seus potenciais consumidores.
A Empresa B destina-se a atender a demanda por serviços de buffet utilizando-se apenas das instalações da Empresa Parceira da Empresa B. No entanto, festas e comemorações, em geral, que exijam certo nível de serviço e qualidade, figuram como potenciais clientes da empresa, caracterizando um tipo de demanda vasta que também terão a disposição equipamentos de ponta e pessoal qualificado para atender às suas demandas.
b) Principais concorrentes
Casa Roccia - PB Maison Blu’nelle - PB Paço dos Leões - PB
c) Principais fornecedores
AmBev - PB EMPASA - PB Karne & Keijo - PE
4.2.5 Aspectos operacionais
4.2.5.1 Receita
A receita da empresa será composta pela venda do serviço do buffet para eventos como casamentos, aniversários e formaturas conforme contrato de parceria com a sua empresa parceira. Na receita com "Casamentos e Aniversários", foi estimada uma média anual de 6
eventos no ano 1, e 10 eventos no ano 3, ano de estabilização. Já para “Formaturas”, foram estimadas 20 no ano 1 e 24 no ano de estabilização. A formação da receita para estas duas atividades está baseada na venda dos serviços de buffet a um preço projetado de R$ 55,00 por pessoa. Estima-se que o público para estes eventos seja de 1.200 pessoas para “Casamentos e Aniversários” e 1.300 pessoas para “Formaturas.” Para estas atividades foi adotada uma postura conservadora, tendo em vista a crescente demanda da cidade e os diferenciais competitivos oferecidos pela EMPRESA B.
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aniversários e
Casamentos 396.000,00 528.000,00 660.000,00 660.000,00 660.000,00
Formaturas 1.430.000,00 1.573.000,00 1.716.000,00 1.716.000,00 1.716.000,00
TOTAL 1.826.000,00 2.101.000,00 2.376.000,00 2.376.000,00 2.376.000,00 Quadro 2.5: Receita Bruta Projetada (R$) EMPRESA B
4.2.5.2 Custos
Os custos da EMPRESA B foram estimados a partir de pesquisas realizadas junto a fornecedores e prestadores de serviço, e estão divididos em:
Tabela 2.12: Custos e Despesas da Empresa B
CONTAS/ANO ANO 0 ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 Custo Prod.Vendidos 0,00 -318.214,50 -318.214,50 -318.214,50 -318.214,50 Custo Serv.Prestados 0,00 -509.112,58 -585.786,16 -662.459,74 -662.459,74 Desp.Comerciais 0,00 -913,00 -1.050,50 -1.188,00 -1.188,00 Desp.Administrativas 0,00 -724.108,00 -852.518,00 -948.768,00 -948.768,00 Desp.Gerais 0,00 -8.282,40 -9.050,51 -9.818,62 -9.818,62 Desp.Não Operacional 0,00 -55.657,64 -55.657,64 -52.560,80 -47.477,57 TOTAL 0,00 -1.616.288,12 -1.822.277,32 -1.993.009,66 -1.987.926,43 a) Pró-Labore
Está previsto um pró-labore mensal de R$ 1.200,00 para cada uma das diretoras.
Foi estimado um custo mensal de R$ 500,00 para assessoria contábil.
c) Salários e Encargos
Consta no quadro de mão-de-obra as despesas com funcionários, informando o salário anual. E os encargos correspondem a 74,50%.
d) Serviços Prestados
A formação do custo com serviço vendido está baseada nos custos dos pratos quentes, saladas, sobremesas, salgados, doces e bebidas que serão oferecidos nos eventos. O serviço incluirá dois tipos de pratos quentes, um de salada, uma sobremesa, seis tipos de salgados, três tipos de doces além de bebidas como: água mineral, água de côco e refrigerantes. Com base em estudos do setor, estipulou-se uma média de consumo por pessoa, conforme fichas técnicas, em anexo. Para compor o custo final somaram-se todos os custos por pessoa, multiplicando pelo número de eventos e pelo número de pessoas em cada evento.
- Aniversários e Casamentos
O custo com o serviço de buffet para “Aniversários e Casamentos” corresponde a R$ 15,33 por pessoa. Desta forma, com uma média de 1.200 pessoas por evento, o custo total para cada evento é de R$ 18.401,66, conforme planilha em anexo.
- Formaturas
O custo com o serviço de buffet para “Formaturas” corresponde a R$ 15,33 por pessoa. Desta forma, com uma média de 1.300 pessoas por evento, o custo total para cada evento é de R$ 19.935,13, conforme planilha em anexo.
e) Impostos
Os impostos incidentes sobre a atividade da empresa são PIS (0,65%); COFINS (3,0%) e ISS (5,0%), além do IRPJ (15%), e CSLL (9%). A alíquota de ICMS varia de acordo com cada tipo de bebida, sendo 17% para refrigerantes e 7% para água mineral.
f) Despesas administrativas
Inclui despesas com “telefone e internet”, “suprimentos de limpeza”, “material de expediente”, “combustível” e “manutenção de softwares” sendo esta última apenas no Ano 1.
g) Aluguel
O aluguel corresponderá a 35% do faturamento bruto. Neste aluguel já estão inclusos custo com energia elétrica e despesas com água e condomínio.
4.3 A EMPRESA C
a) Objetivo social
A sociedade tem por objetivo o comércio varejista especializado de aparelhos de telefonia e comunicação, aparelhos e equipamentos eletro-eletrônico de uso pessoal, e serviços de telefonia móvel celular.
b) Capital social
O capital social é de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais), dividido em 50.000 (cinqüenta mil) quotas no valor de R$ 1,00 (um real) cada, totalmente integralizado em moeda corrente do país.
c) Breve histórico da Operadora de Celular no mercado nacional
O ano de 1995 constitui um marco para o setor de telecomunicações no Brasil. Neste período, foi dado início à ampla reforma do sistema regulatório, culminando no surgimento de diversas companhias telefônicas, quebrando o monopólio vigente e aumentando a concorrência no setor. Em 2003, as operadoras TCP, TCO, TSD, TLE e CRTPart, promoveram uma reestruturação acionária, resultando na criação desta operadora, que hoje é a maior companhia de telefonia móvel do país, detendo cerca de um terço do mercado nacional.
Priorizando a excelência na prestação de serviços, a empresa é hoje, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL, a empresa que oferece a melhor qualidade de ligação, em uma área de abrangência que engloba 22 Estados brasileiros, mais o Distrito Federal.
Atualmente a empresa está em processo de expansão de sua área de cobertura, tendo inaugurado recentemente revendas nos Estados do Ceará e Pernambuco, estando prevista, até o fim do ano, a inauguração de revendas nos Estados do Piauí, Rio Grande do Norte, Alagoas e Paraíba, onde, neste último, a Empresa C – objeto de financiamento – será uma de suas revendedoras, com uma loja em João Pessoa e outra em Guarabira.
4.3.1 O projeto
a) Investimento programado
Com o objetivo de implantar duas revendas da OPERADORA DE CELULAR uma no município de João Pessoa e a outra no município de Guarabira, a EMPRESA C apresenta junto ao Banco do Nordeste um Projeto de Financiamento destinado à construção civil, móveis e utensílios, veículos, instalações, estudos e projetos e capital de giro.
Para tanto, o valor do investimento programado é de R$ 217.702,91 (duzentos e dezessete mil, setecentos e dois reais e noventa e um centavos), sendo financiado pelo FNE – Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste o valor de R$ R$ 195.894,84 (cento e noventa e cinco mil, oitocentos e noventa e quatro reais e oitenta e quatro centavos) e R$ 21.808,07 (vinte e um mil, oitocentos e oito reais e sete centavos) correspondentes aos recursos próprios.
USOS REALIZADO A REALIZAR TOTAL
Construção Civil - 80.624,01 80.624,01 Móveis e Utensílios - 74.185,82 74.185,82 Veículos e Embarcações - 23.948,04 23.948,04 Instalações - 4.733,39 4.733,39 Estudos e Projetos 3.924,65 3.924,65 Capital de Giro - 30.287,00 30.287,00 TOTAL - 217.702,91 217.702,91
Quadro 2.6: Investimento Total - EMPRESA C
b) Garantias
A EMPRESA C oferece como garantia real ao Banco do Nordeste os bens imóveis, de propriedade dos sócios da empresa, avaliados em R$ 232.000,00 (duzentos e trinta e dois mil reais);
c) Recursos próprios
A participação de recursos próprios no empreendimento será de R$ 21.808,07 (vinte um mil, oitocentos e oito reais e sete centavos), cuja aplicação será realizada concomitantemente à liberação das parcelas do financiamento efetuadas pelo FNE.
4.3.2 Localização do empreendimento
a) O Empreendimento
A EMPRESA C terá sua matriz em João Pessoa – PB e uma filial situada na no município de Guarabira - PB.
b) Características da localização do empreendimento - O Município de João Pessoa
A capital do Estado possui aproximadamente 675 mil habitantes, que produzem um PIB de mais de R$ 4 bilhões. É dotada de serviços públicos de qualidade e destaca-se como uma das capitais com a melhor qualidade de vida do país.
Os principais ramos da atividade econômica do município são: o setor de serviços, com mais de 61% da geração de emprego e renda; a atividade industrial, com 17%; e a atividade de comércio de mercadorias, com 19%. Aproximadamente 93% das atividades produtivas do município de João Pessoa são núcleos polarizadores, exercendo influência direta, local e sub-regional entre os municípios do Estado.
- O Município de Guarabira
Segundo dados do IBGE, Guarabira possui uma extensão territorial de 181 Km2, onde residem, aproximadamente, 55.000 habitantes. Sua localização geográfica é estratégica, uma vez que a cidade polariza outros 26 municípios de sua região, e situa-se a aproximadamente 100 km de Campina Grande e João Pessoa, principais cidades do Estado.
Com um PIB, em 2005, de aproximadamente R$ 200 milhões, a economia local está baseada primordialmente no comércio. Entretanto, a avicultura e a atividade industrial, sobretudo o segmento têxtil, vêm observando um forte impulso nos últimos anos.
4.3.3 Mercado
Segundo previsões da União Internacional de Telecomunicações (UIT) o setor de telefonia móvel espera atingir até o término de 2008 mais de 4 bilhões de assinantes em todo mundo, um número cerca de 30% maior em relação ao ano anterior. Este segmento vem se expandindo desde a década de 90, quando o celular deixou de ser um acessório para as classes com maior poder aquisitivo e passou a ser uma importante ferramenta de comunicação. Nesse contexto, a necessidade de se comunicar com rapidez, tornou-se cada vez mais freqüente no cotidiano de milhares de pessoas em todo o mundo, propiciando um crescimento permanente do setor.
Países emergentes como China, Índia, Rússia e Brasil já são responsáveis por aproximadamente 1/3 das vendas de telefones móveis em todo o mundo, faturando milhares de dólares a cada ano.
255 234 173 121 105 547 0 100 200 300 400 500 600 China Estados Unidos
Índia Rússia Brasil Japão
Mi lh õe s de U ni da de s
Figura 2.9: Principais Mercados de Telefonia Celular no Mundo – 2007 Fonte: Teleco
Os principais fatores que contribuem para o crescimento desse mercado estão associados às constantes inovações por parte das operadoras. Hoje, não apenas o serviço de voz, mas o de e-mail, rádio, fotos, vídeos, mensagens e até mesmo a navegação pela internet são possíveis. Assim, esse mercado se torna mais abrangente, e também mais acessível.
É com base nessa perspectiva que o setor consegue agregar consumidores de todas as idades e faixas de renda, gerando excelentes expectativas de crescimento.
- O segmento de telefonia celular no Brasil
No Brasil, a telefonia móvel é o segmento que mais cresce no setor de telecomunicação. O país vem aumentando ano a ano o número de usuários, mantendo uma proporção de quase um celular para cada habitante, sendo o maior mercado da América Latina
e ocupando a quinta posição entre os países que mais crescem no mundo em produtos e serviços móveis.
Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), o número de telefones celulares em operação no Brasil cresceu 21% em 2007 – melhor desempenho desde o lançamento do serviço no país, atingindo 121 milhões de unidades. Desse total, 80,7% eram de terminais pré-pagos e 19,3% pós-pagos.
39,243 39,6 39,8 38,8 39,4 65,6 86,2 99,9 121 0 20 40 60 80 100 120 140 2003 2004 2005 2006 2007
Acesso Fixo em Serviços Acesso Móvel Pessoal
Figura 2.10: Evolução do Segmento Brasileiro de Telefonia (milhões de assinantes) Fonte: ANATEL.
A densidade de telefones móveis vem crescendo desde 1998, alcançando em 2007 a marca de 635,9 celulares para cada mil habitantes, mais do que o triplo da densidade da telefonia fixa. A cobertura geográfica do serviço móvel também vem apresentando uma trajetória ascendente, alcançando mais de 60% da população brasileira em 2007.
Nesse contexto, a receita líquida das operadoras de serviços manteve a tendência de elevação, atingindo o patamar de R$ 42,7 bilhões em 2007, crescimento de 20% em relação ao ano anterior, sendo as lojas de revenda especializada responsáveis por cerca de 30% de suas vendas de aparelhos e serviços de telefonia celular.
13,0 14,9 17,1 21,8 26,7 31,3 35,9 42,7 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 R$ M ilh õe s
Figura 2.11: Receita Líquida das Operadoras de Serviços Móveis - Brasil (2000-2007) Fonte: FGV/Instituto Brasileiro de Economia.
A evolução da quantidade de aparelhos ativos impulsiona, também, o fornecimento de serviços complementares como dispositivos, acessórios, suporte técnico e recargas, cuja receita gerada apresentou uma elevação de 15% entre 2005 e 2006.
O bom desempenho do setor de telefonia celular brasileiro é conseqüência da combinação de um ambiente altamente concorrencial e de constantes investimentos em infra- estrutura de serviços, que resulta em preços cada vez mais competitivos, por meio de uma imensa variedade de planos e da contínua implementação de novas tecnologias.
Dessa maneira, a qualidade na transmissão das ligações, a oferta de serviços e de