• Nenhum resultado encontrado

É salutar que os gestores da UFC providenciem o desenvolvimento de ações objetivando a disseminação, capacitação e treinamento sobre as normas de conduta ética para os servidores docentes e técnico-administrativos. O Código de Ética indica seminários, cursos e conferências para debaterem sobre o uso das recomendações de boas condutas contidas no Código de Ética Profissional do Servidor Público Federal o Decreto n° 1.171, de 1994, e o Decreto n° 6.029, de 2007, que institui o sistema da gestão da ética para todos os órgãos e entidades vinculados ao Poder Executivo federal.

Isto se faz necessário porque alguns servidores consideraram irrelevante o conhecimento do Código de Ética Profissional do servidor público. Para eles, ética profissional é o dia a dia do servidor, o que é preocupante. Sabe-se que a ética está ressurgindo no cenário mundial como elemento de freio e contrapesos aos desmandos em relação à coisa pública. Sua importância nas instituições públicas é fundamental, e ressaltar seus fatores positivamente faz toda a diferença no mundo globalizado e num país com larga experiência em políticas públicas neoliberais, como o Brasil.

Há no ordenamento jurídico brasileiro respaldo legal para o desenvolvimento da promoção da ética profissional no âmbito da UFC: o Decreto n° 1.171, de 1994, combinado com o Decreto n° 6.029, de 2007, a Resolução nº 10, de 2008. No âmbito doutrinário, há uma gama de bibliografias que fundamentam o tema, conceituando, refletindo sobre suas teorias, distinguindo as nuanças que caracterizam suas realidades que inspiram e fundamentam a criação de regras deontológicas no serviço público.

Recomenda-se, ainda, que os gestores da UFC solicitem aos membros da Comissão de Ética Pública da Universidade Federal do Ceará, instituída pela Portaria nº 1551, de 29.08.2007, do magnífico Reitor, um estudo a fim de elaborar um projeto voltado para a implementação da promoção da ética profissional com todos os servidores docentes e técnico- administrativos. Isto porque a finalidade da criação da Comissão de Ética da UFC foi atender exigência do Tribunal de Contas da União – TCU em cumprimento ao disposto no art. 2º do Decreto nº 1.171, de 1994, e não para promover a ética no âmbito da UFC.

Conforme sugestão do Código de Ética as instâncias superiores dos órgãos e entidades devem observar e fazer observar as normas de ética e disciplina; garantir os recursos humanos, materiais e financeiros para que a Comissão cumpra com suas atribuições.

Criar meios que possibilitem conscientizar os servidores dos seus deveres, obrigações e proibições com relação aos princípios éticos profissionais e valores morais,

aqueles consignados no Código de Ética do Servidor e demais normas de conduta, é um dever da UFC, haja vista que o próprio Código, o Decreto nº 1.171, de 1994, Decreto nº 6.029, de 2007, e a Resolução nº 10, de 2008, indicam a direção para a divulgação e promoção da ética, fazendo com que à ética profissional aconteça em todo o ambiente da UFC. A conscientização dos princípios éticos e valores morais irão capacitar os servidores a desenvolver e manter uma conduta ética profissional à luz do Código de Ética do Servidor.

Após essa capacitação, mediante a oferta de cursos, seminários e outros, sobre ética profissional do servidor poderá ser verificado se houve aumento na satisfação dos usuários dos serviços públicos prestados pela UFC, e também observar se houve aumento na satisfação dos servidores. Esta questão poderá ser objeto de uma pesquisa com esse intuito.

REFERÊNCIAS

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

AMARAL, Ricardo. Crise no Senado. Revista Época, São Paulo, v. 8, n. 586, p. 40-45, ago. 2009.

BARBOSA, Francisco Valfrido. Direito, política e valores. Fortaleza: Imprece, 2011. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Brasília: Senado Federal, 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/>. Acesso em: 11 nov. 2011.

BRASIL. Decreto n.º 6.029, de 1ª de fevereiro de 2007. Institui Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2 fev. 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2011.

BRASIL. Decreto n.º 1.171, de 22 de junho de 1994. Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 jun. 1994. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2011. BRASIL. Lei n.º 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. Diário

Oficial da União, Brasília, DF, 19 abr. 1991. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/>.

Acesso em: 10 nov. 2011.

BRASIL. Lei n.º. 8.429, de 2 de junho de 1992. Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos

agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências.

Diário Oficial da União, Brasília, DF, 3 jun. 1992. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2011.

BRASIL. Resolução nº 10, de 29 de setembro de 2008. A Comissão de Ética Pública, José Paulo Sepúlveda Pertence. Presidente da Comissão de Ética Pública. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/>. Acesso em: 15 fev. 2012.

BRASIL. Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Texto compilado Código Penal

Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/>. Acesso em: 10 jul. 2012.

BRUNO, Luciana Fernandes. Aspecto psico-antropológicos da Filosofia do Direito dos

Sofistas. Fortaleza: ABC, 2009.

COHN, Jonas E. Os grandes pensadores: introdução histórica à Filosofia (Conferências Filosóficas). Tradução de Oscar d’Alva e Souza Filho. Fortaleza: ABC, 2010.

COMPARATO, Fábio Konder. Ética: direito, moral e religião no mundo moderno. 3. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

COSTESKI, Evanildo. Atitude, violência e estado mundial democrático: sobre a filosofia de Eric Weil. São Leopoldo: Unisinos; Fortaleza: UFC, 2009.

FILGUEIRAS , Fernando. A tolerância à corrupção no Brasil: uma antinomia entre normas morais e prática social. Opinião Pública, Campinas, v. 15, n. 2, p. 386-421, nov. 2009. GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia: romance da história da filosofia. Tradução João Azenha Jr. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

GSCHWENDTNER, Loacir. Deontologia jurídica: ética e legislação. Disponível em: <http://www.oab-sc.org.br/documentos/ted/artigos/deontologia.doc>. Acesso em: 22 out. 2009.

MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2003. MORIN, Edgar - Os sete Saberes Necessários à Educação do Futuro 3. ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2001.

PINTO, Antonio Luiz de Toleto; WINDT, Márcia Cristina Vaz dos Santos; Céspedes, Livia (Col.). Vade Mecum. 10. ed. atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2010.

PIRES, J. Herculano. Os Filósofos. 2. ed. São Paulo: FEESP, 2001.

PLAISANCE, Eric. Ética e inclusão. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 40, n. 139, p. 13- 43, jan./abr. 2010.

SCHEIN, Edgar Henry. Cultura organizacional e liderança. São Paulo: Atlas, 2009.

SILVA, Sidney Reinaldo da. Ética pública e formação humana. Educ. Soc., Capinas, v. 27, n. 96, p. 645-665, out. 2006. Disponível em: <http://www.cedes.unicamp.br>. Acesso em: 22 out. 2009.

SOUZA FILHO, Oscar d’Alva e. Conduta Moral Profissional & O Código de Ética da

Magistratura Nacional. Fortaleza: ABC, 2010.

SOUZA FILHO, Oscar d’Alva e. Ética Individual & Ética Profissional (princípios da

razão feliz). 3. ed. Fortaleza: ABC, 2003.

SROUR, Robert Henry. Poder, cultura e ética nas organizações: o desafio das formas de gestão. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ. Lema, missão e visão. Disponível em: <www.ufc.br/lema.missão.visão>. Acesso em: 20 jan. 2012.

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Mestrado Profissional em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior - POLEDUC

Prezado servidor(a) este questionário tem por objetivo avaliar seu nível de conhecimento sobre o Código de Ética do Servidor Público Civil Federal do Poder Executivo, instituído pelo Decreto nº 1.171, de 1994.

01. Assinale a carreira que pertence:

( ) Docente; ( ) Técnico-Administrativo.

02. Sexo:

( ) Masculino; ( ) Feminino.

03. Religião de preferência:

( ) Católica; ( ) Evangélica; ( ) Outras.

04. Nível de escolaridade:

( ) Superior completo; ( ) Superior incompleto;

( ) Segundo Grau; ( ) Primeiro Grau; ( ) Pós-Graduação.

05. Quanto tempo trabalha na UFC.

( ) menos de 5 anos; ( ) entre 6 e 15 anos; ( ) entre 16 e 25 anos; ( ) entre 26 a 35 anos; ( ) mais de 35 anos.

06. Unidade de lotação. _________________________________________________. 07. Na sua compreensão, o Código de Ética Profissional do servidor é:

( ) Um código que discrimina condutas que orientam os atos pessoais do servidor segundo os valores do bem e da decência pública, em benefício da coletividade;

( ) Uma orientação de conduta ética somente para os gestores; ( ) Punição para os servidores subalternos;

( ) Não sei sua utilidade.

Outros.________________________________________________________________

08. Na sua concepção qual das expressões abaixo define uma conduta ética profissional?

( ) ser honesto e justo, demonstrando integridade de caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum;

( ) Servir bem ao público, somente quando for conveniente e oportuno; ( ) Ausentar-se das funções, sem a autorização da chefia;

( ) Não respeitar as limitações individuais dos usuários do serviço público.

( ) Quando não tem consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços públicos;

( ) Quando respeita à hierarquia, porém sem nenhum temor; ( ) Quando é assíduo e frequente ao trabalho:

( ) Quando mantem-se atualizado com as normas de conduta do órgão.

10. Você conhece o seu Código de Ética, o Decreto nº 1.171, de 1994?

( ) sim. ( ) não.

11. Você considera importante um curso de curta duração sobre ética profissional do servidor

público, no âmbito da UFC?

( ) Sim ( ) Não

Por que?______________________________________________________________

12. Você considera que existe uma cultura ética profissional ideal no âmbito da UFC?

( ) Sim, porque os servidores conhecem bem o código de ética do servidor; ( ) Sim, porque ética profissional é o dia a dia do servidor;

( ) Pouco, porque quase não se fala em conduta ética;

( ) Pouquíssimo, porque não conhecemos os princípios e as diretrizes que orientam uma cultura ética profissional do servidor público;

( ) Não sei avaliar.

13. Assinale a expressão que completa a afirmação: Ética Profissional se pratica:

( ) Na família; na escola, na igreja, na comunidade;

( ) No exercício da profissão quando se obedecem às normas de conduta ética;

Outros.________________________________________________________________

14. Qual a contribuição do código de ética profissional para o ambiente de trabalho?

( ) Contribui na orientação da tomada de decisão em benefício da coletividade; ( ) Contribui para que o servidor observe as regras de conduta previstas no Código; ( ) Contribui para aumentar a qualidade dos serviços públicos;

( ) Contribui para que o servidor preservar em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão de servidor público;

( ) Todas estão corretas.

15. Após lê e responder este questionário, descreva o que você entende por código de ética

profissional?_________________________________________________________________

Obrigada pela valiosa colaboração.

ANEXO A – DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994

Presidência da República

Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994

Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e

VI, e ainda tendo em vista o disposto no art. 37 da Constituição, bem como nos arts. 116 e 117 da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e nos arts. 10, 11 e 12 da Lei n° 8.429, de 2 de junho de 1992,

DECRETA:

Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, que com este baixa.

Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta impl ementarão, em sessenta dias, as providências necessárias à plena vigência do Código de Ética, inclusive mediante a Constituição da respectiva Comissão de Ética, integrada por três servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente.

Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética será comunicada à Secretaria da Administração Federal da Presidência da República, com a indicação dos respectivos membros titulares e suplentes.

Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de sua publica ção.

Brasília, 22 de junho de 1994, 173° da Independência e 106° da República. ITAMAR FRANCO

Romildo Canhim

Este texto não substitui o publicado no DOU de 23.6.1994. ANEXO

Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal CAPÍTULO I

Seção I

Das Regras Deontológicas

I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.

II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal.

III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.

IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como consequência, em fator de legalidade.

V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.

VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar.

VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.

IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los.

X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos.

XI - 0 servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública.

XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas.

XIII - 0 servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade pública é a grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nação.

Seção II

Dos Principais Deveres do Servidor Público

XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de que seja titular;

b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário;

c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum;

d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo;

e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com o público;

f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços públicos;

g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral;

h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal;

i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las;

j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da vida e da segurança coletiva;

l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema;

m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis;

n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais adequados à sua organização e distribuição;

o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício de suas funções, tendo por escopo a realização do bem comum;

q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinente ao órgão onde exerce suas funções;

r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem.

s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito;

t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos;

u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei;

v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste Código de Ética, estimulando o seu integral cumprimento.

Seção III

Das Vedações ao Servidor Público

XV - E vedado ao servidor público;

a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem;

b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles dependam;

c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão;

d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material;

e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento

Documentos relacionados