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Depois de transcorridas diversas etapas necessárias ao desenvolvimento de uma pesquisa, percebe-se a necessidade de se dar prosseguimento ao assunto em tela, seja por meio de futuros estudos no mesmo ambiente, seja por meio de novas proposições, utilizando-se estas análises como degraus para outros conceitos e desafios.

Não apenas na função confiabilidade, mas também na atividade de pesquisa, o fator tempo é primordial e atua como variável delimitadora. Assim sendo, após análise dos dados da primeira coleta, determinação das oportunidades de melhoria e definição das ações a serem implementadas, buscou-se comparar os dados de ambas as coletas para se verificar a eficácia de tais ações. Apesar de se ter logrado êxito, constatando-se uma melhor performance do componente DC, permanece a necessidade de se quantificar esta melhora. Sugere-se, então, que se dê continuidade ao acompanhamento do desempenho do referido componente, analisando-se a eficiência das medidas adotadas, e julgando-se a pertinência de uma nova busca por oportunidades de melhora.

Analogamente, novos estudos dessa natureza que contemplem outros componentes críticos, podem ser desenvolvidos, visando melhorar a confiabilidade e a disponibilidade do sistema estudado. Entende-se que, quanto maior a quantidade de atividades científicas realizadas em um ambiente, tanto melhor para o desenvolvimento e sucesso desse próprio ambiente. Assim sendo, as Instituições públicas e privadas devem buscar abrir suas portas para a comunidade científica, respeitando-se o trato de dados estratégicos e classificados, obviamente.

Ressalta-se que o simples fato de se pesquisar, já promove um ambiente no qual as análises tornam-se mais profundas, embasadas e relevantes. Além disso, o sucesso das organizações modernas vem sendo influenciado, cada vez mais, pelo conhecimento, habilidades, criatividade e motivação de seus colaboradores (FPNQ, 2004). Como afirma TAGLIAPIETRA (2000), no contexto atual de mercado, com forte competição e rápidas mudanças, pessoas de empresas inteligentes conseguem mantê-la atualizada, garantindo sua sobrevivência. Percebe-se, então, que um

ambiente aberto à pesquisa resulta em um clima orientado para o aprendizado e, conseqüentemente, para o sucesso.

Outra sugestão para futuras pesquisas repousa na constatação da lacuna existente na atual literatura, referente aos métodos de manutenção existentes em componentes críticos. Há que se analisar a viabilidade da construção de uma matriz teórica que contemple fatores como custo, disponibilidade, segurança, tamanho da frota e outros, como auxílio para uma decisão multicritério acerca da metodologia ótima de intervenção. Uma ferramenta de decisão multicritério apresenta um caráter científico e, ao mesmo tempo, subjetivo, pois consegue agregar todas as características relevantes, quantitativas e qualitativas (GOMES; ARAYA e CARIGNANO, 2003).

Por fim, percebe-se a necessidade de se questionar os velhos paradigmas da manutenção e da confiabilidade, que nos induzem aos mesmos erros e bloqueiam a criatividade dos atuais operadores e mantenedores de frota, aceitando especificações e planos de manutenção concebidos por fabricantes, que nem sempre são profundos conhecedores da operação de seu próprio sistema. Questionar não é um ato de transgressão ou rebeldia. Funciona como um catalisador para renovação e atualização das estratégias e táticas reinantes. Além disso, há possibilidade de se verem confirmadas e revalidadas as práticas existentes. Em ambos os casos, todos auferem os lucros da operação segura e confiável. Assim sendo, sugere-se que sejam realizados estudos nos quais a própria engenharia da confiabilidade seja criticada, com geração de novas teorias, visando sua atualização e adequação aos anseios atuais.

Sem dúvidas, diversos outros estudos, além deste, teriam maior rapidez e pertinência na obtenção de resultados, caso as normas da ABNT, estivessem disponíveis nas bibliotecas, seja por aquisição ou assinatura, como ocorre no portal ‘periódicos CAPES’. Consultar, em âmbito mundial, artigos científicos recentes é infinitamente mais fácil do que acessar normas brasileiras, mesmo que tenham sido publicadas há mais de 15 anos.

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ANEXO 1

ANEXO 2

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