• Nenhum resultado encontrado

Recomendações e guidelines

As guidelines das sociedades internacionais ainda não foram atualizadas com os mais recentes avanços no conhecimento científico relativo ao encerramento percutâneo do FOP. No entanto, alguns grupos recomendam o recurso ao procedimento em situações específicas.

7.1. AHA/ASA (2014)

As guidelines mais recentes AHA/ASA são de 2014, prévias à publicação dos últimos 3 RCT. Nelas, apenas está recomendada a consideração do procedimento em doentes com FOP e AVC criptogénico, com evidência de TVP, dependendo do risco de recorrência de TVP (recomendação classe IIb, nível de evidência C).60

7.2. ESC – Stroke Council (Heart and Brain Workshop)

Em janeiro de 2018, o Heart and Brain Workshop da European Society of

Cardiology, um wokshop multidisciplinar focado na prevenção e tratamento de AVC

sugeriu um algoritmo de abordagem do AVC criptogénico associado ao FOP.61

Recomendam o encerramento do FOP em doentes com idade inferior a 60 anos: com evidência de shunt DE grave ou ASIA; ou shunt DE ligeiro a moderado e RoPE

score >5. Recomendam igualmente uma abordagem individualizada com

consideração de terapêutica médica ou encerramento percutâneo em doentes com idade inferior a 60 anos, shunt DE ligeiro a moderado e RoPE score ≤5, enquanto que, em doentes com idade ≥ 60 anos, apenas recomendam o recurso a terapêutica médica.

7.3. BMJ

O BMJ (British Medical Journal) publicou, em 2018, uma revisão sistemática acompanhada de uma compilação de Rapid Recommendations para a prática clínica na abordagem ao doente com FOP e AVC criptogénico.62 Todas as suas

25 AVC isquémico criptogénico. Dividem, posteriormente, esta população, de acordo com a possibilidade de recurso às diferentes terapêuticas possíveis.

Para doentes candidatos a qualquer abordagem terapêutica, fazem uma recomendação fraca para o encerramento percutâneo do FOP seguido de terapêutica antiplaquetária em detrimento de terapêutica anticoagulante isolada. Em doentes com contraindicação ou recusa de terapêutica anticoagulante, fazem uma recomendação forte para a escolha do encerramento percutâneo do FOP, seguida de terapêutica antiplaquetária, em alternativa a terapêutica antiplaquetária isolada. Em doentes com contraindicação ou recusa do procedimento do encerramento percutâneo do FOP, fazem uma recomendação fraca para a escolha de terapêutica anticoagulante, em lugar de terapêutica antiplaquetária.

7.4. European position paper on the management of patients with patent foramen ovale50 – task-force internacional multidisciplinar

Em 2019, uma task-force composta por investigadores europeus de diversas sociedades versadas neste tema, em vista do atraso nas atualizações das guidelines europeias oficiais, publicou um artigo que pretendeu alcançar um consenso europeu na abordagem de doentes com FOP. Abordam vários aspetos, desde o diagnóstico à seleção de doentes candidatos ao encerramento, fazendo algumas recomendações relativas ao procedimento.

Recomendam o encerramento percutâneo do FOP, após seleção cuidadosa, em doentes com idades entre os 18 e os 65 anos, com AVC criptogénico, AIT ou embolia sistémica confirmados e uma alta probabilidade de causalidade do FOP no seu mecanismo patológico, determinada por características clínicas, anatómicas e imagiológicas destes doentes.

Defendem que o procedimento deva ser proposto aos doentes, avaliando, individualmente, a probabilidade de benefício baseada numa avaliação tanto do papel do FOP no processo do evento tromboembólico, bem como dos resultados e riscos esperados de terapêutica médica antitrombótica por tempo indefinido. Adicionam que o doente deve ter uma participação proativa, com consideração do clínico pelos seus valores e preferências no que diz respeito aos outcomes e trade-

offs das terapêuticas, informando-o das incertezas científicas atuais sobre a sua

26

Com esta abordagem de tomada de decisão partilhada, o encerramento do FOP também pode ser considerado em doentes com idades superiores a 65 ou inferiores a 18 anos, tendo em consideração, caso a caso, a falta de evidência científica, os possíveis confundidores relacionados com a idade e os riscos adicionais tanto da intervenção como da terapêutica médica.

Apesar de não estar disponível informação específica, referem que a consideração do encerramento percutâneo parece justificado em doentes com AVC ou AIT criptogénicos ou embolia sistémica, ocorridos num doente sob terapêutica anticoagulante ou antiplaquetária.

Por fim, recomendam que a escolha do dispositivo deve considerar que a maior parte da evidencia científica disponível foi obtida com o Amplatzer PFO Occluder e o GORE® CARDIOFORM Septal Occluder. A utilização deste último deve ser ponderada, estando associado a uma taxa de encerramento completo inferior e um risco superior de desenvolvimento de FA. Mais ainda, a escolha de um outro dispositivo e os riscos inerentes à mesma deve participar na tomada de decisão conjunta com o doente, à luz das suas características técnicas, anatómicas e clínicas.

27

CONCLUSÃO

O FOP tem, na maioria dos casos, um comportamento clínico benigno e silencioso, mantendo-se assintomático durante toda a vida, razão pela qual, apesar dos avanços técnico-científicos neste domínio, o seu encerramento como prevenção primária não está indicado. Contudo, pelas suas associações patológicas estabelecidas e comprovadas cientificamente, existem indicações para recurso ao encerramento percutâneo do FOP, nomeadamente na síndrome platipneia- ortodeóxia e, agora, aparentemente num grande subgrupo de doentes com AVC, sendo a prevenção secundária destes doentes a maior parcela de candidatos ao mesmo. Estas indicações são mais frágeis na doença de descompressão e enxaqueca, sobretudo devido à escassez de RCT, culminando num défice de evidência científica.

Este tema foi bastante discutido e estudado pela comunidade científica desde que foi postulado, em 1992, como mecanismo de prevenção secundária de embolização paradoxal. Após vários anos de controvérsia e ceticismo relativamente à sua eficácia e segurança e uma comparação exaustiva, mas infrutífera, com a terapêutica médica antitrombótica, os estudos mais recentes vieram expor uma nova luz sobre este assunto. Demonstraram, em alguns grupos de doentes, a superioridade terapêutica do encerramento percutâneo do FOP na prevenção de recorrência do AVC isquémico criptogénico. Com base nestes novos dados científicos, alguns grupos arriscaram já algumas recomendações, apesar das sociedades internacionais ainda não terem atualizado as suas guidelines.

A investigação científica futura deve ter em conta as limitações passadas, aceitando o nicho clínico em questão, sobretudo no que toca ao recrutamento demorado e baixas taxas de eventos recorrentes. É importante que se garanta um follow-up de longo prazo, de forma a melhor inferir sobre a eficácia e segurança do procedimento. Com a evolução do conhecimento nesta matéria, fornecido pela continuação da investigação científica, será possível melhor compreender, determinar e refinar o processo de seleção dos doentes candidatos ao procedimento, avaliando os riscos inerentes e o potencial benefício, culminando no maior número de anos de vida com a melhor qualidade de vida possível. Da mesma forma, os avanços científicos produzirão, certamente, dispositivos melhores e tecnologicamente mais avançados, o que permitirá aumentar a taxa de sucesso da intervenção, minimizando os riscos e complicações associadas.

28

No que diz respeito aos clínicos, é importante cultivar e manter uma atitude multidisciplinar colaborativa, sobretudo com especialistas de neurologia, formulando uma equipa focada na interação coração-cérebro. É essencial manter uma abordagem terapêutica individualizada, focada no doente e com tomada de decisão partilhada, informando os doentes sobre os potenciais riscos e benefícios das terapêuticas possíveis.

Está aberta a porta para a definição de estratégias e abordagens destes doentes, rodeadas, num passado recente, de incerteza e alguma confusão. A atualização das guidelines internacionais e o avanço da investigação científica prometem clarificar este assunto, proporcionando a melhor qualidade de vida possível aos doentes.

29

Bibliografia

1. Danzi GB, Sesana M, Capuano C, Baglini R. Percutaneous closure of patent foramen ovale: pathophysiology, indications, and technique. Neurological Sciences. 2003;24(0):s17-s19. doi:10.1007/s100720300030

2. Abdelghani M, El-Shedoudy SAO, Nassif M, Bouma BJ, de Winter RJ. Management of Patients with Patent Foramen Ovale and Cryptogenic Stroke: An Update. Cardiology. 2019;143(1):62- 72. doi:10.1159/000501028

3. Mirzada N, Ladenvall P, Hansson P-O, Eriksson P, Taft C, Dellborg M. Quality of life after percutaneous closure of patent foramen ovale in patients after cryptogenic stroke compared to a normative sample. International Journal of Cardiology. 2018;257:46-49.

doi:10.1016/j.ijcard.2018.01.120

4. Palaiodimos L, Kokkinidis DG, Faillace RT, et al. Percutaneous closure of patent foramen ovale vs. medical treatment for patients with history of cryptogenic stroke: A systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Cardiovascular Revascularization Medicine. 2018;19(7):852-858. doi:10.1016/j.carrev.2018.02.014

5. Hildick-Smith D, Turner M, Shaw L, et al. Evaluating the cost-effectiveness of percutaneous closure of a patent foramen ovale versus medical management in patients with a cryptogenic stroke: from the UK payer perspective. Journal of Medical Economics. 2019;22(2):131-139. doi:10.1080/13696998.2018.1548355

6. Kleber FX, Stretz A. Percutaneous closure of patent foramen ovale. S W I S S M E D W K LY.:4. 7. Hart RG, Diener H-C, Coutts SB, et al. Embolic strokes of undetermined source: the case for a

new clinical construct. The Lancet Neurology. 2014;13(4):429-438. doi:10.1016/S1474- 4422(13)70310-7

8. Kwong JSW, Lam Y-Y, Yu C-M. Percutaneous closure of patent foramen ovale for cryptogenic stroke: a meta-analysis of randomized controlled trials. Int J Cardiol. 2013;168(4):4132-4138. doi:10.1016/j.ijcard.2013.07.077

9. Hernández-Enríquez M, Freixa X. Current Indications for Percutaneous Closure of Patent Foramen Ovale. Revista Española de Cardiología (English Edition). 2014;67(8):603-607. doi:10.1016/j.rec.2014.01.008

10. Hart RG, Diener H-C, Coutts SB, et al. Embolic strokes of undetermined source: the case for a new clinical construct. The Lancet Neurology. 2014;13(4):429-438. doi:10.1016/S1474- 4422(13)70310-7

11. Palaiodimos L, Kokkinidis DG, Faillace RT, et al. Percutaneous closure of patent foramen ovale vs. medical treatment for patients with history of cryptogenic stroke: A systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Cardiovascular Revascularization Medicine. 2018;19(7):852-858. doi:10.1016/j.carrev.2018.02.014

12. Rudolph V, Augustin J, Hofmann T, et al. Predictors of recurrent stroke after percutaneous closure of patent foramen ovale. EuroIntervention. 2014;9(12):1418-1422.

30

13. Hildick-Smith D, Turner M, Shaw L, et al. Evaluating the cost-effectiveness of percutaneous closure of a patent foramen ovale versus medical management in patients with a cryptogenic stroke: from the UK payer perspective. Journal of Medical Economics. 2019;22(2):131-139. doi:10.1080/13696998.2018.1548355

14. Bonvini RF, Sztajzel R, Dorsaz P-A, et al. Incidence of Atrial Fibrillation after Percutaneous Closure of Patent Foramen Ovale and Small Atrial Septal Defects in Patients Presenting with Cryptogenic Stroke. International Journal of Stroke. 2010;5(1):4-9. doi:10.1111/j.1747- 4949.2009.00336.x

15. Pizzino F, Khandheria B, Carerj S, et al. PFO: Button me up, but wait … Comprehensive evaluation of the patient. Journal of Cardiology. 2016;67(6):485-492.

doi:10.1016/j.jjcc.2016.01.013

16. Tallarico D, Chiavari PA, Mollo P, Campolongo G, Greco C, Gaudio C. Transesophageal

Echocardiography Through Nasal Way as a Guide to Percutaneous Closure of Patent Foramen Ovale. Echocardiography. 2006;23(9):790-792. doi:10.1111/j.1540-8175.2006.00313.x 17. van de Wyngaert F, Kefer J, Hermans C, et al. Absence of recurrent stroke after percutaneous

closure of patent foramen ovale despite residual right-to-left cardiac shunt assessed by transcranial Doppler. Archives of Cardiovascular Diseases. 2008;101(7-8):435-441. doi:10.1016/j.acvd.2008.05.020

18. De Rosa S, Sievert H, Sabatino J, Polimeni A, Sorrentino S, Indolfi C. Percutaneous Closure Versus Medical Treatment in Stroke Patients With Patent Foramen Ovale: A Systematic Review and Meta-analysis. Ann Intern Med. 2018;168(5):343. doi:10.7326/M17-3033 19. Scacciatella P, Butera G, Meynet I, et al. Percutaneous Closure of Patent Foramen Ovale in

Patients with Anatomical and Clinical High-Risk Characteristics: Long-Term Efficacy and Safety: PERCUTANEOUS CLOSURE OF PATENT FORAMEN OVALE. Journal of Interventional

Cardiology. 2011;24(5):477-484. doi:10.1111/j.1540-8183.2011.00652.x

20. Mirzada N, Ladenvall P, Hansson P-O, Eriksson P, Dellborg M. Recurrent stroke in patients with patent foramen ovale: An observational prospective study of percutaneous closure of PFO versus non-closure. International Journal of Cardiology. 2015;195:293-299.

doi:10.1016/j.ijcard.2015.05.088

21. Pezzini A, Grassi M, Lodigiani C, et al. Propensity Score–Based Analysis of Percutaneous Closure Versus Medical Therapy in Patients With Cryptogenic Stroke and Patent Foramen Ovale: The IPSYS Registry (Italian Project on Stroke in Young Adults). Circ Cardiovasc Interv. 2016;9(9). doi:10.1161/CIRCINTERVENTIONS.115.003470

22. Kernan WN, Ovbiagele B, Black HR, et al. Guidelines for the Prevention of Stroke in Patients With Stroke and Transient Ischemic Attack: A Guideline for Healthcare Professionals From the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2014;45(7):2160-2236. doi:10.1161/STR.0000000000000024

23. Pizzino F, Khandheria B, Carerj S, et al. PFO: Button me up, but wait … Comprehensive evaluation of the patient. Journal of Cardiology. 2016;67(6):485-492.

doi:10.1016/j.jjcc.2016.01.013

24. Marchese N, Pacilli MA, Inchingolo V, Fanelli R, Loperfido F, Vigna C. Residual shunt after percutaneous closure of patent foramen ovale with AMPLATZER occluder devices - influence

31 of anatomic features: a transcranial Doppler and intracardiac echocardiography study.

EuroIntervention. 2013;9(3):382-388. doi:10.4244/EIJV9I3A61

25. Presbitero P, Lanzone AM, Albiero R, et al. Anatomical patterns of patent foramen ovale (PFO): do they matter for percutaneous closure? Minerva cardioangiologica. 2009;57(3):275- 284.

26. Cruz-González I, Solis J, Inglessis-Azuaje I, Palacios IF. Patent Foramen Ovale: Current State of the Art. Revista Española de Cardiología (English Edition). 2008;61(7):738-751.

doi:10.1016/S1885-5857(08)60211-X

27. Butera G, Biondi-Zoccai GGL, Carminati M, et al. Systematic review and meta-analysis of currently available clinical evidence on migraine and patent foramen ovale percutaneous closure: Much ado about nothing? Cathet Cardiovasc Intervent. Published online 2010:NA-NA. doi:10.1002/ccd.22232

28. Vigna C, Marchese N, Inchingolo V, et al. Improvement of Migraine After Patent Foramen Ovale Percutaneous Closure in Patients With Subclinical Brain Lesions. JACC: Cardiovascular

Interventions. 2009;2(2):107-113. doi:10.1016/j.jcin.2008.10.011

29. Mattle HP, Evers S, Hildick-Smith D, et al. Percutaneous closure of patent foramen ovale in migraine with aura, a randomized controlled trial. Eur Heart J. 2016;37(26):2029-2036. doi:10.1093/eurheartj/ehw027

30. Wahl A, Praz F, Tai T, et al. Improvement of migraine headaches after percutaneous closure of patent foramen ovale for secondary prevention of paradoxical embolism. Heart.

2010;96(12):967-973. doi:10.1136/hrt.2009.181156

31. Tobis JM, Charles A, Silberstein SD, et al. Percutaneous Closure of Patent Foramen Ovale in Patients With Migraine. Journal of the American College of Cardiology. 2017;70(22):2766- 2774. doi:10.1016/j.jacc.2017.09.1105

32. Kheiri B, Abdalla A, Osman M, et al. Percutaneous Closure of Patent Foramen Ovale in Migraine. JACC: Cardiovascular Interventions. 2018;11(8):816-818.

doi:10.1016/j.jcin.2018.01.232

33. Billinger M, Zbinden R, Mordasini R, et al. Patent foramen ovale closure in recreational divers: effect on decompression illness and ischaemic brain lesions during long-term follow-up.

Heart. 2011;97(23):1932-1937. doi:10.1136/heartjnl-2011-300436

34. Torti S. Risk of decompression illness among 230 divers in relation to the presence and size of patent foramen ovale. European Heart Journal. 2004;25(12):1014-1020.

doi:10.1016/j.ehj.2004.04.028

35. Koopsen R, Stella PR, Thijs KM, Rienks R. Persistent foramen ovale closure in divers with a history of decompression sickness. Neth Heart J. 2018;26(11):535-539. doi:10.1007/s12471- 018-1153-x

36. Cartoni D, De Castro S, Valente G, et al. Identification of professional scuba divers with patent foramen ovale at risk for decompression illness. The American Journal of Cardiology.

32

37. Fenster BE, Nguyen BH, Buckner JK, Freeman AM, Carroll JD. Effectiveness of Percutaneous Closure of Patent Foramen Ovale for Hypoxemia. The American Journal of Cardiology. 2013;112(8):1258-1262. doi:10.1016/j.amjcard.2013.06.022

38. Cruz-González I, Solis J, Inglessis-Azuaje I, Palacios IF. Patent Foramen Ovale: Current State of the Art. Revista Española de Cardiología (English Edition). 2008;61(7):738-751.

doi:10.1016/S1885-5857(08)60211-X

39. Shah AH, Osten M, Leventhal A, et al. Percutaneous Intervention to Treat Platypnea– Orthodeoxia Syndrome. JACC: Cardiovascular Interventions. 2016;9(18):1928-1938. doi:10.1016/j.jcin.2016.07.003

40. Zavalloni D, Lisignoli V, Barbaro C, et al. Platypnoea-Orthodeoxia Syndrome Secondary to Patent Foramen Ovale (PFO): A Challenging Subset for PFO Percutaneous Closure. Heart, Lung

and Circulation. 2013;22(8):642-646. doi:10.1016/j.hlc.2013.01.007

41. Devendra GP, Rane AA, Krasuski RA. Provoked Exercise Desaturation in Patent Foramen Ovale and Impact of Percutaneous Closure. JACC: Cardiovascular Interventions. 2012;5(4):416-419. doi:10.1016/j.jcin.2012.01.011

42. Guérin P, Lambert V, Godart F, et al. Transcatheter Closure of Patent Foramen Ovale in Patients with Platypnea-Orthodeoxia: Results of a Multicentric French Registry. Cardiovasc

Intervent Radiol. 2005;28(2):164-168. doi:10.1007/s00270-004-0035-3

43. Mitchell-Heggs L, Lim P, Bensaid A, et al. Usefulness of trans-oesophageal echocardiography using intracardiac echography probe in guiding patent foramen ovale percutaneous closure.

European Journal of Echocardiography. 2010;11(5):394-400. doi:10.1093/ejechocard/jep222

44. Wahl A, Praz F, Stirnimann J, et al. Safety and feasibility of percutaneous closure of patent foramen ovale without intra-procedural echocardiography in 825 patients. S W I S S M E D W

K LY.:8.

45. Tallarico D, Chiavari PA, Mollo P, Campolongo G, Greco C, Gaudio C. Transesophageal

Echocardiography Through Nasal Way as a Guide to Percutaneous Closure of Patent Foramen Ovale. Echocardiography. 2006;23(9):790-792. doi:10.1111/j.1540-8175.2006.00313.x 46. Oto A, Aytemir K, Özkutlu S, et al. Transthoracic Echocardiography Guidance during

Percutaneous Closure of Patent Foramen Ovale: TTE Guidance during Percutaneous PFO Closure. Echocardiography. 2011;28(10):1074-1080. doi:10.1111/j.1540-8175.2011.01524.x 47. VanLoozen D, Amin Z, Javaheri S, Agarwal S. Percutaneous Closure of a Complex Intradevice Residual Patent Foramen Ovale Under Transesophageal Echocardiographic Guidance: A & A

Practice. 2019;12(9):340-343. doi:10.1213/XAA.0000000000000971

48. Schuchlenz HW, Weihs W, Horner S, Quehenberger F. The association between the diameter of a patent foramen ovale and the risk of embolic cerebrovascular events. The American

Journal of Medicine. 2000;109(6):456-462. doi:10.1016/S0002-9343(00)00530-1

49. Hijazi ZM, Wang Z, Cao Q-L, Koenig P, Waight D, Lang R. Transcatheter closure of atrial septal defects and patent foramen ovale under intracardiac echocardiographic guidance: Feasibility and comparison with transesophageal echocardiography. :6.

33 50. Pristipino C, Sievert H, D’Ascenzo F, et al. European position paper on the management of

patients with patent foramen ovale. General approach and left circulation thromboembolism.

EuroIntervention. 2019;14(13):1389-1402. doi:10.4244/EIJ-D-18-00622

51. Homma S, Sacco RL, Di Tullio MR, Sciacca RR, Mohr JP. Effect of Medical Treatment in Stroke Patients With Patent Foramen Ovale: Patent Foramen Ovale in Cryptogenic Stroke Study.

Circulation. 2002;105(22):2625-2631. doi:10.1161/01.CIR.0000017498.88393.44

52. Vigna C, Inchingolo V, Giannatempo G, et al. Clinical and Brain Magnetic Resonance Imaging Follow-up After Percutaneous Closure of Patent Foramen Ovale in Patients With Cryptogenic Stroke. The American Journal of Cardiology. 2008;101(7):1051-1055.

doi:10.1016/j.amjcard.2007.11.050

53. Ates AH. Prevention of recurrent cryptogenic stroke with percutaneous closure of patent foramen ovale; one year follow-up study with magnetic resonance imaging and Holter monitoring. Arch Turk Soc Cardiol. 2015;43(1):38-46. doi:10.5543/tkda.2015.68148 54. De Rosa S, Sievert H, Sabatino J, Polimeni A, Sorrentino S, Indolfi C. Percutaneous Closure

Versus Medical Treatment in Stroke Patients With Patent Foramen Ovale: A Systematic Review and Meta-analysis. Ann Intern Med. 2018;168(5):343. doi:10.7326/M17-3033

55. Nagaraja V, Eslick GD. Stroke prevention by percutaneous closure of patent foramen ovale: A meta-analytic review. International Journal of Cardiology. 2014;172(2):524-526.

doi:10.1016/j.ijcard.2014.01.026

56. Mirzada N, Ladenvall P, Hansson P-O, Eriksson P, Taft C, Dellborg M. Quality of life after percutaneous closure of patent foramen ovale in patients after cryptogenic stroke compared to a normative sample. International Journal of Cardiology. 2018;257:46-49.

doi:10.1016/j.ijcard.2018.01.120

57. Dowson A, Mullen MJ, Peatfield R, et al. Migraine Intervention With STARFlex Technology (MIST) Trial: A Prospective, Multicenter, Double-Blind, Sham-Controlled Trial to Evaluate the Effectiveness of Patent Foramen Ovale Closure With STARFlex Septal Repair Implant to Resolve Refractory Migraine Headache. Circulation. 2008;117(11):1397-1404.

doi:10.1161/CIRCULATIONAHA.107.727271

58. Wahl A, Praz F, Seiler C, Windecker S, Meier B. Clinical relevance of coronary angiography at the time of percutaneous closure of a patent foramen ovale. Cathet Cardiovasc Intervent. 2007;70(5):641-645. doi:10.1002/ccd.21247

59. Pickett CA, Villines TC, Ferguson MA, Hulten EA. Cost Effectiveness of Percutaneous Closure Versus Medical Therapy for Cryptogenic Stroke in Patients With a Patent Foramen Ovale. The

American Journal of Cardiology. 2014;114(10):1584-1589. doi:10.1016/j.amjcard.2014.08.027

60. Kernan WN, Ovbiagele B, Black HR, et al. Guidelines for the Prevention of Stroke in Patients With Stroke and Transient Ischemic Attack: A Guideline for Healthcare Professionals From the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2014;45(7):2160-2236. doi:10.1161/STR.0000000000000024

34

62. Kuijpers T, Spencer FA, Siemieniuk RAC, et al. Patent foramen ovale closure, antiplatelet therapy or anticoagulation therapy alone for management of cryptogenic stroke? A clinical practice guideline. BMJ. Published online July 25, 2018:k2515. doi:10.1136/bmj.k2515

Documentos relacionados