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A análise de eficiência e confiabilidade das ETEs de Fortaleza (CE) gera informações fundamentais para que projetistas locais selecionem a modalidade de tratamento mais adequada, visando o lançamento dos efluentes dentro dos padrões estabelecidos na legislação ambiental vigente. Entretanto, a análise da confiabilidade das estações deve ser periódica de forma a acompanhar as mudanças das condições operacionais.

Além disso, o estudo dos dados analisados possibilita que agências reguladoras reavaliem os padrões adotados de lançamento de esgotos tratados para que sejam razoáveis, efetivos e tecnicamente alcançáveis.

O presente estudo analisou a eficiência, a confiabilidade e o percentual de atendimento às metas para as modalidades de tratamento das 56 estações de tratamento estudadas no que diz respeito aos parâmetros DQO e SST. Os parâmetros N, P e CTT apresentaram uma pequena quantidade de dados inviabilizando a adequada análise dos respectivos coeficientes de confiabilidade e percentuais esperados de atendimento às metas. Além disso, não foram apresentados dados afluentes para N e P impossibilitando a avaliação da eficiência de remoção das cargas afluentes. Este fato demonstra a necessidade de um monitoramento sistemático periódico dos parâmetros mais importantes ou se possível de todos os estabelecidos pela legislação vigente, no caso a portaria nº154/2002 da SEMACE. Desta forma, seria possível realizar o mesmo estudo posteriormente par os parâmetros DBO, N, P, CTT, DBO e OD.

Assim, recomenda-se para trabalhos futuros:

• Que se estenda a análise feita para RMF, para as demais ETEs operadas pela CAGECE no estado do Ceará;

• Que se gerem dados de nutrientes e de patógenos das ETEs e se proceda a análise de confiabilidade para as ETEs estudadas na presente dissertação; • Que a análise de confiabilidade seja discutida com órgão ambiental e se

gere uma nova legislação para descarte de esgotos em corpos d´água no Estado do Ceará;

• Que sejam avaliados os níveis de confiabilidade utilizados para o estudo do desempenho de ETEs e de modalidades de tratamento de esgoto quanto ao rigor exigido, ajustando o nível de confiabilidade ao tipo de tratamento utilizado;

• Que se gere um sistema de informações geográficas (SIG) das ETEs analisadas, colocando-se os vários valores de confiabilidade, percentual de atendimento, etc., para uma melhor visualização espacial e análise dos dados.

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