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4. Resultados

4.3. Emissões de GEE acumuladas entre 2012/13 e 2022/23 da agropecuária: Brasil e

4.3.2. Recorte regional das emissões acumuladas

4.3.2.1. Região Sudeste

Na região Sudeste, o total de emissões de GEE acumuladas das lavouras agrícolas entre 2012/13 e 2022/23 foi de aproximadamente 4,6 milhões de tCO2eq., enquanto as emissões do rebanho bovino neste mesmo período foram de cerca de 210 milhões de tCO2eq., totalizando por volta de 214 milhões de tCO2eq. (Tabela 17 e Tabela 18). Comparando os estados da região, em primeiro lugar no ranking de emissões, inclusive o nacional, aparece Minas Gerais, com 194 milhões de tCO2eq. acumulados, segundo as projeções de crescimento de ambas as instituições consideradas no presente trabalho, corroborando com o alto efetivo bovino (IBGE, 2009) e a área plantada neste estado segundo o IBGE, bem como com o maior número de municípios selecionados, devido à sua maior área de pastagem degradada entre os demais estados, totalizando 17,6 milhões

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Tabela 14).

4.3.2.2. Região Centro-Oeste

Praticamente empatado com a região Sudeste, o Centro-Oeste contribuiu para o total de emissões acumuladas de aproximadamente 211,6 milhões de tCO2eq., sendo, cerca de 7 milhões de tCO2eq. provenientes das lavouras agrícolas e 204,6 milhões de tCO2eq. do rebanho bovino (Tabela 17 e Tabela 18). O destaque fica por conta do estado do Mato Grosso do Sul, com 103 milhões de tCO2eq. emitidos entre 2012/13 e 2022/23, segundo ambas as projeções de crescimento da agricultura, ocupando o segundo lugar nacional de emissões. No entanto, os estados de Mato Grosso e Goiás também ocuparam as primeiras posições no ranking de emissões nacional, ficando entre os cinco primeiros. As causas das altas emissões de GEE no Centro-Oeste advêm, sobretudo, do seu alto efetivo bovino, visto que 34,4% do rebanho nacional de mais de 200 milhões de cabeças encontram-se nesta região (IBGE, 2009), e de sua maior área plantada em comparação com as demais regiões do País (Tabela 21). Adicionalmente, a região também apresenta uma grande área de pastagem degradada, acarretando elevado número de municípios selecionados para a presente análise de emissões (

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Tabela 14).

Tabela 21 - Área total dos estabelecimentos rurais, área plantada, área de pastagem, número de estabelecimentos rurais e área média dos estabelecimentos no Brasil e nas regiões geográficas.

Brasil e regiões

Área total dos estabelecimentos Área de agricultura Área de pastagem Nº de estabelecimentos Área total/nº de estabelecimentos ...ha... ha Brasil 333.680.037 63.005.046 221.780.495 5.175.636 64,47 N 55.535.764 2.371.338 41.570.424 475.778 116,73 NE 76.074.411 9.476.030 45.639.396 2.454.060 31,00 SE 54.937.773 11.266.081 32.436.997 922.097 59,58 S 41.781.003 19.438.921 18.560.701 1.006.203 41,52 CO 105.351.087 20.452.676 83.572.976 317.498 331,82 Fonte: IBGE/Sidra (2014) 4.3.2.3. Região Nordeste

Na região Nordeste, o total de emissões de GEE acumuladas das lavouras agrícolas entre 2012/13 e 2022/23 foi de aproximadamente 7 milhões de tCO2eq., enquanto as emissões provenientes do rebanho bovino neste mesmo período foram de cerca de 105,9 milhões de tCO2eq., totalizando por volta de 113 milhões de tCO2eq. (Tabela 17 e Tabela 18).

Nesta região, a Bahia aparece em primeiro lugar no ranking de emissões, com cerca de 50 milhões de tCO2eq., seguida pelos estados do Ceará e do Maranhão, com 13 milhões e 10 milhões de tCO2eq., respectivamente. Apenas estes três estados contribuíram com praticamente a metade das emissões do Nordeste.

A Bahia é o segundo estado em tamanho de área de pastagem degradada, conforme

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Tabela 14, o que acarretou um elevado número de municípios selecionados neste estado para as análises de emissões.

No Nordeste, as culturas de milho, feijão e cana merecem ênfase no cenário de emissões acumuladas, entretanto o algodão e o arroz aparecem com relevância nos dois estados nordestinos da região do MAPITOBA. Nos estados das regiões Norte e Nordeste, ocorreu uma forte expansão da fronteira agrícola em tal região, assim chamada por abranger parte dos estados de Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia, com destaque nos últimos anos na produção de grãos no País (IBGE, 2006).

4.3.2.4. Região Norte

Os estados da região Norte contribuíram para o total de emissões acumuladas com cerca de 117 milhões de tCO2eq., sendo aproximadamente 600 mil de tCO2eq. provenientes das lavouras agrícolas e 116,7 milhões de tCO2eq. do rebanho bovino (Tabela 17 e Tabela 18). O destaque fica por conta do estado do Pará, com 73 milhões de tCO2eq. emitidos entre 2012/13 e 2022/23, segundo ambas as projeções de crescimento da agricultura, ocupando o terceiro lugar no ranking nacional de emissões e, sobretudo, mais da metade do total de emissões da região.

O Pará destaca-se pela necessidade de recuperação das suas pastagens degradadas. Atualmente, as pastagens estendem-se como uma frente pecuarista para o interior do Pará, com São Félix do Xingu contabilizando um dos maiores rebanhos do País. Cerca de 19% do total do rebanho bovino no País estão na região Norte, principalmente no Pará (IBGE, 2009).

Dentre as culturas analisadas no presente relatório, a lavoura de milho nos municípios selecionados foi a principal responsável pelas emissões acumuladas de GEE no Norte.

4.3.2.5. Região Sul

A região Sul contribuiu com apenas 14 milhões tCO2eq. aproximadamente, no cenário de crescimento da agricultura sem a adoção de tecnologias de baixa emissão de carbono e considerando as taxas de crescimento do MAPA e da Fiesp. As emissões do rebanho bovino nesta região participaram com 11 milhões tCO2eq. deste montante (Tabela 17 e Tabela 18).

A região Sul apresentou a menor área de pastagem degradada em comparação às demais

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Tabela 14), implicando um número reduzido de municípios selecionados nesta região em comparação às outras regiões do Brasil.

4.4.Emissões agrícolas no Brasil e regiões nas safras 2012/13 e 2022/23

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