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RECRUTE SEU PEQUENO EXÉRCITO RECRUTE SEU PEQUENO EXÉRCITO

No documento O Poder dos Inquietos - Chris Guillebeau.pdf (páginas 104-107)

Passo 2: Treine e recompense seu exército Passo 3: Peça ajuda ao seu exército

Os passos se relacionam uns com os outros e, em alguns casos, podem ocorrer simultaneamente, mas vamos segmentá- los um pouco mais para simplificar.

PASSO 1: RECRUTE SEU PEQUENO EXÉRCITO PASSO 1: RECRUTE SEU PEQUENO EXÉRCITO

Entre e-mails, mensagens de texto, redes sociais, mídia tradicional e interações off-line não faltam mensagens competindo pela nossa atenção. Para se destacar da multidão, você precisa de uma plataforma, uma boa razão pela qual as

pessoas deveriam prestar atenção em você e um ambiente receptivo que encoraje os interessados a se envolverem.

A PLA

A PLATTAFORAFORMA MA

Antes de mais nada, você precisará de uma plataforma para se dirigir ao seu pequeno exército. Na batalha de Agincourt, o exército de Henrique V conseguiu derrotar os franceses apesar da enorme inferioridade numérica. De acordo com Shakespeare, a vitória começou quando o Rei Henrique subiu em uma carroça de feno, que serviu como uma plataforma improvisada para uma mensagem inspiradora. Apesar de lutar na lama contra um exército cinco vezes maior, os ingleses conquistaram a improvável vitória, em grande parte, por causa do uso criativo de uma plataforma – neste caso uma carroça de feno usada pelo Rei Henrique – para falar aos seus homens.

Felizmente, os exércitos modernos não requerem o uso de carroças de feno, nem precisam combater muitas batalhas na lama. Desde o advento da internet, as plataformas

normalmente consistem em diferentes tipos de sites e o desenvolvimento criterioso de uma lista de endereços, como blogs, fóruns, podcasts, perfis de rede social ou algo novo. Os comunicadores mais eficazes usam dois ou mais desses métodos para falar com os seguidores de maneiras diferentes.

O MOTIVO O MOTIVO

Depois de criar uma boa plataforma, você pode começar a dizer ao mundo que está em busca de ajuda. As pessoas que ficam sabendo do seu trabalho e se importam o suficiente para ver o que você está fazendo, constituem o grupo dos

interessados e normalmente não passam muito tempo nessa categoria. Com todas as outras mensagens competindo pela atenção deles, a maioria dos interessados tomará uma decisão rápida de ficar com você por um tempo ou retornar às outras distrações.

Para transformar os interessados de meros observadores a seguidores, você precisará se concentrar em perguntar e responder o motivo. Ele se refere ao questionamento que todos fazemos quando avaliamos uma pessoa, organização ou até uma fonte de informações, como um livro ou site. A questão é: “Por que eu deveria me importar com isso?” ou, dito de outra forma, “O que eu ganho com isso?” Atualmente, há centenas de milhões de blogs sendo atualizados regularmente. Por que alguém se importaria com o seu ou com o meu blog? Além do fato de ser possível comprar qualquer livro que quisermos em um varejista na internet, uma loja física de uma rede de livrarias oferece em média 120 mil livros. Por que deveríamos prestar atenção a qualquer um desses em particular? Se conseguir virar a mesa e analisar seu projeto com esse tipo de lógica brutalmente honesta, você verá rapidamente se está proporcionando um bom motivo para convencer os interessados a se tornarem seguidores. Se a resposta for desanimadora, você não precisa desistir – mas provavelmente precisará rever sua estratégia.

Quando decidi criar um site para registrar minha jornada visitando todos os países do mundo, mostrei o conceito inicial a

alguns amigos. Todos eles acharam interessante, mas um deles aplicou imediatamente a mentalidade do “motivo”. “Parece divertido”, ele disse. “Mas como alguém como eu se beneficiaria disso?”

A pergunta dele me incomodou, porque, tirando outros malucos aventureiros viciados em viagens, não consegui pensar

em um bom motivo pelo qual alguém se interessaria pela minha meta. Ponderando sobre a questão, percebi que deveria fazer mais do que simplesmente escrever um diário das minhas aventuras ao redor do mundo. O site que acabei desenvolvendo inclui relatos de viagens, mas também vários outros tópicos voltados para atingir grandes metas e a criação de uma vida de

liberdade pessoal. Tendo a liberdade como a meta principal, meus seguidores poderiam viajar como eu –ou poderiam sair em busca de algo que seja mais significativo para eles. Sem uma resposta melhorada à questão do “motivo”, o projeto poderia ter sido interessante, mas não muito útil para qualquer outra pessoa além de mim.

O AMBIENTE RECEPTIVO O AMBIENTE RECEPTIVO

Você quer que as pessoas se sintam encorajadas a participar de algo maior que elas ou de algo que as conecte com outras pessoas. A mensagem deve ser: “Venha se unir a mim. Faça parte de algo maior. Há outras pessoas que veem o mundo de maneira similar”.

Esse é o tipo de mensagem que me fez mudar para a África e trabalhar de graça. E também é a mensagem que nos transforma de meros interessados a seguidores ou verdadeiros fãs de qualquer pessoa ou organização que consideramos interessante. A mesma inspiração pode ser transmitida por produtos e serviços que trazem um valor significativo à nossa vida.

No entanto, é preciso tomar cuidado com um ponto. Enquanto os interessados o analisam, certifique-se de estar convertendo as pessoas certas a seguidores e verdadeiros fãs. Não cometa o erro tão comum de acreditar que “todo mundo” é um recruta potencial para sua causa. Além de algumas pessoas simplesmente não se encaixarem no seu público, outras podem ser mais prejudiciais do que benéficas. As pessoas erradas sugarão sua energia, o distrairão do que mais importa e até tentarão fazê-lo desistir.

Quem você está tentando tocar com sua mensagem? Mantenha sempre em mente que não pode ser “todo mundo”. O mercado-alvo define tanto quem não faz parte do seu público quanto quem de fato faz. Deixe claro aos interessados quem é seu público-alvo e mostre seu diferencial em relação a todos os outros. Por exemplo, um polêmico congressista americano chamado Ron Paul atrai cidadãos de tendências libertárias que acreditam que o governo federal deve ser eliminado ou

significativamente reduzido. A maioria das pessoas ama ou odeia essa postura e poucas se mantêm indiferentes. Uma declaração de missão como essa é uma boa maneira para atrair os seguidores desejados e, ao mesmo tempo, afastar os outros.

Apresentar opiniões controversas de tempos em tempos também ajudará a conquistar mais seguidores e evitar interessados que não se ajustem bem à sua forma de pensar. Há uma velha piada sobre o presidente que solicita “só a metade de um economista” por estar farto de conselheiros lhe dando opiniões e depois dizendo: “Bem, por outro lado...” O fato é que se recusar a apresentar uma verdadeira opinião é sempre o caminho mais seguro. Em vez disso, escolha o caminho do risco com uma posição firme e clara.

No documento O Poder dos Inquietos - Chris Guillebeau.pdf (páginas 104-107)