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Ao longo dos últimos anos, fruto da envolvente económica e dos seus objetivos estratégicos, a ESEP tem implementado uma gestão rigorosa dos seus recursos tendo em vista a otimização e a diminuição de desperdícios.

Os dados financeiros da ESEP são apresentados numa ótica orçamental e patrimonial, utilizando, para espelhar a evolução dos resultados, a análise comparativa entre os anos de 2010 e 2014.

11.1 Evolução da receita

Quadro 22 – Receita da ESEP (2010-2014)

2010 2011 2012 2013 2014

Saldo de gerência anterior 350.580€ 287.728€ 765.981€ 1.188.118 € 1.353.613 € Transferência OE 6.693.687€ 5.766.702€ 4.775.564€ 5.539.178 € 5.669.591 € Transferência OE SAS 143.288€ -€ 120.226€ 116.767 € 83.537 € Receitas próprias 2.311.504€ 2.516.467€ 2.434.462€ 2.318.672 € 2.400.394 €

TOTAL RECEITA 9.499.059€ 8.570.879€ 8.096.233€ 9.162.736 € 9.507.135 €

Figura 27 – Evolução da receita da ESEP por tipo (2010-2014)

Ao nível da evolução da receita da ESEP por tipo, regista-se um ligeiro aumento das transferências do Orçamento de Estado para a ESEP. Em 2014, a verba para financiamento dos SAS diminuiu relativamente aos anos anteriores (aproximadamente menos € 60.000 do que em 2010). Destaca-se ainda a evolução positiva das receitas próprias (4% de 2013 para 2014) motivada, essencialmente, pelo aumento do número de estudantes matriculados em cursos de formação pós-graduada.

- € 1 000 000 € 2 000 000 € 3 000 000 € 4 000 000 € 5 000 000 € 6 000 000 € 7 000 000 € 8 000 000 € 2010 2011 2012 2013 2014

Figura 28 – Peso relativo por tipo de receita na ESEP (2010/2014)

O peso das transferências do orçamento do estado no total das receitas situa-se na ordem dos 70%. Esta situação, quando comparada com o ano transato, é um sinal de estabilidade na variação entre as duas componentes da receita.

11.2 Evolução de proveitos

Figura 29 – Proveitos – evolução de proveitos significativos (2010-2014)

A evolução dos proveitos na ESEP tem-se mantido relativamente estável dentro de cada tipo de rendimento. As variações que ocorrem têm explicação conjuntural e variam conforme o tipo de proveitos. €- €50 000,00 €100 000,00 €150 000,00 €200 000,00 €250 000,00 €300 000,00 Fotocópias, impressos e publicações Acções de formação

Multas Emolumentos Aluguer Instalação Juros obtidos 2010 2011 2012 2013 2014 74% 70% 66% 71% 71% 26% 30% 34% 29% 29% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 2010 2011 2012 2013 2014

11.3 Evolução da despesa

Quadro 23 – Despesa da ESEP (2010-2014)

DESPESAS 2010 2011 2012 2013 2014

Remunerações certas e permanentes 6.182.588 € 5.372.467 € 4.422.601€ 4.957.297 € 4.917.459 € Outras despesas com pessoal

(exceto CGA) 508.132 € 567.439 € 501.040 € 523.993 € 471.671 € Encargos CGA 839.978 € 720.807 € 579.726 € 894.224 € 1.118.459 € Aquisição de bens e serviços 1.325.155 € 776.842 € 919.114 € 849.682 € 878.911 € Outras despesas correntes 86.868 € 97.095 € 42.224 € 92.787 € 56.649 € Despesas de capital 272.367 € 270.266 € 443.388 € 491.141 € 590.486 €

TOTAL DESPESA 9.215.089 € 7.804.916 € 6.906.603 € 7.809.124 € 8.033.635 €

Figura 30 – Despesa - evolução de despesa (2010-2014)

O aumento da despesa com os encargos da CGA decorre da alteração da taxa de contribuição aplicável à ESEP que em 2014 passou para 23,75%.

A diminuição na rubrica de outras despesas correntes resulta essencialmente de uma diminuição do valor de bolsas de mobilidade ERASMUS pagas no ano civil.

No ano de 2014, a ESEP aumentou as suas despesas de investimento, essencialmente, em obras de conservação e manutenção dos edifícios, nomeadamente na substituição da cobertura de dois edifícios e das caixilharias, requalificações que irão contribuir para uma melhor eficiência energética dos edifícios da escola. 6 182 588 € 5 372 467 € 4 422 601 € €4 957 297 4 917 459 € - € 1 000 000 € 2 000 000 € 3 000 000 € 4 000 000 € 5 000 000 € 6 000 000 € 7 000 000 € 2010 2011 2012 2013 2014

Remunerações Certas e Permanentes Outras despesas com pessoal (excepto CGA)

Encargos CGA Aquisição de bens e serviços

11.3.1 Investimento com aquisição de bens e serviços Figura 31 – Despesa - aquisição de bens e serviços (2010-2014)

Apesar de, ao longo dos últimos anos as despesas com a aquisição de bens e serviços terem vindo a diminuir, fruto de uma política continuada de contenção de custos e de eliminação de desperdícios, no ano de 2014, esta despesa sofreu um ligeiro aumento. Esta evolução deve-se sobretudo aos aumentos verificados no preço final da água, luz e combustíveis.

11.3.2 Despesas de capital

Figura 32 – Despesa com capital (2010-2014)

A despesa em investimento − sendo essencial para manter os níveis de qualidade com que a ESEP está comprometida − tem vindo a ser colocada em causa, nos últimos anos, pelas medidas de contenção orçamental impostas à escola. Contudo, e tendo por base as medidas de racionalização da despesa, em 2014, foi possível dar continuidade aos projetos de investimentos iniciados em anos anteriores. Neste contexto, realça-se as obras de conservação efetuadas nos edifícios, bem como a remodelação das salas de aula do piso 2 do edifício sede e a aquisição de novo mobiliário para as salas de aula da sede. 0 € 400 000 € 800 000 € 1 200 000 € 1 600 000 € 2010 2011 2012 2013 2014 0 € 200 000 € 400 000 € 600 000 € 2010 2011 2012 2013 2014

11.4 Evolução custos

Figura 33 – Evolução de custos relevantes (2010-2014)

Pese embora as iniciativas de racionalização do consumo, os custos com a eletricidade têm vindo a crescer, em larga medida pelos já referidos aumentos no seu fornecimento. Já em relação aos custos com material de escritório se verifica uma diminuição superior a 50%. Os restantes valores não sofrem alterações significativas relativamente ao ano anterior.

Figura 34 – Evolução da comparticipação para formação (2010-2014)

A ESEP tem mantido as dotações anuais para a comparticipação das despesas de formação. Apesar do número de pedidos ter aumentado, registou-se uma diminuição do valor global das comparticipações, não tendo o plafond atribuído em 2014 sido integralmente utilizado.

Em 2014, já não se comparticiparam despesas abrangidas pelo PROTEC.

€- €10 000,00 €20 000,00 €30 000,00 €40 000,00 €50 000,00 €60 000,00 €70 000,00 €80 000,00 €90 000,00 €100 000,00

Electricidade Água Combustiveis Material Escritório Alugueres Comunicação 2010 2011 2012 2013 2014 €- €20 000,00 €40 000,00 €60 000,00 €80 000,00 €100 000,00 2010 2011 2012 2013 2014 Congressos PROTEC Propinas PROTEC

11.5 Resultados

Figura 35 – Evolução de resultados (2010-2014)

Em 2014 o resultado líquido do exercício apresenta-se negativo. Para esta realidade contribuíram diferentes situações.

Em primeiro lugar, a alteração da política de contabilização dos encargos com férias e subsídios de férias do pessoal em funções. A ESEP, mantendo o entendimento das escolas que lhe deram origem, não contabilizava o acréscimo de custos resultante dos encargos com férias e subsídios de férias por entender que esse encargo se encontrava integralmente assegurado no OE do ano seguinte, o qual é elaborado e aplicado numa base de caixa. Analisando as práticas contabilísticas existentes e as recomendações de diversos órgãos de fiscalização no sentido inverso (consultadas em relatórios publicados) decidiu-se alterar essa política, em efeitos em 2014, o que se traduziu num acréscimo de € 684.468,64.

Em segundo lugar, o processo de reorganização e de validação do inventário. Com o processo de fusão, a ESEP herdou o património das escolas que lhe deram origem, bem como as múltiplas bases de dados em que estas procediam ao registo do seu património (em cada uma das escolas existiam, pelo menos, quatro bases distintas). Como esta dispersão não possibilitava a gestão desejável dos bens e, em alguns casos, essas bases já estavam desatualizadas, procedeu-se ao agrupamento das mesmas e à validação da informação existente (comparando-a com os registos contabilísticos e com os bens físicos). Neste processo de reorganização manteve-se a base de dados da biblioteca onde se encontram registados os livros e revistas da ESEP (esta base de dados já tinha agrupado os dados das ex escolas). Em paralelo, iniciou-se o processo de inventariação e registo do espólio museológico, num software próprio que, apesar da falta de interoperabilidade com o software de gestão em uso, não tem impacte negativo já

-130 528,00 € 555 034,11 € 581 177,00 € 568 803,00 € -783 692,07 € 341 617,00 € 818 416,00 € 1 188 119,00 € 1 464 867,00 € 1 552 868,00 € -1 000 000,00 € -500 000,00 € 0,00 € 500 000,00 € 1 000 000,00 € 1 500 000,00 € 2 000 000,00 € 2010 2011 2012 2013 2014

que os bens nela constantes não implicam a contabilização de amortizações, nem tem valor contabilístico associado. Todos os restantes dados dispersos pelas diferentes bases de dados foram agrupados no software de gestão em uso ao mesmo tempo que se validaram os dados contabilísticos com os bens físicos. Deste processo resultaram custos e proveitos extraordinários que, pela sua relevância, se explicitam de forma sucinta:

a) Analisados os registos existentes, verificou-se que nenhum dos edifícios da escola se encontrava registado em qualquer base de dados. Assim, procedeu-se ao registo dos edifícios São João e Cidade do Porto, com referência a 2012 e pelo valor constante da avaliação efetuada pela AT. Com esse registo foi necessário calcular amortizações para os anos de 2012 e 2013, que apenas foram relevadas em 2014, no montante de € 225.136,48;

b) Analisadas as amortizações calculadas nas bases de dados de gestão do património e as registadas na contabilidade, verificou-se que os registos da contabilidade não coincidiam com os registos das fichas dos bens. Deste modo, foi necessário efetuar a correção dos registos de que resultou um acréscimo de amortizações no montante de € 116.501,56;

c) Da lista de bens registados no património constavam diversos bens que não deveriam ter sido inventariados, os quais tiveram de ser abatidos. Este abate traduziu-se num custo global de € 194.637,79, que a seguir se descrimina:

i. Obras de conservação ou de reparação, sem condições de serem consideradas como benfeitoria ou grande reparação − 18 272,05 €;

ii. Material indevidamente inventariado/ registos duplicados − 56 691,29 €; iii. Material abatido para novo registo, com correção de classificação − 64 052,16 €; iv. Material deteriorado − 1 178,70 €;

v. Licenças de software − 54 443,59 €.

Face ao exposto verifica-se que no ano 2014 foram contabilizados € 1.220.744,47 de custos extraordinários que condicionam o resultado do exercício apresentado.

11.6 Indicadores orçamentais

Quadro 24 – Indicadores orçamentais da ESEP (2010-2014)

INDICADORES 2010 2011 2012 2013 2014

Taxa de cobertura das despesas pelas receitas 97,01% 91,06% 85,31% 85,23% 83,89% Taxa de cobertura das despesas pelas receitas do ano 100,73% 94,23% 85,44% 97,92% 97,70% Taxa de receitas próprias 24,33% 29,19% 30,07% 25,31% 30,04%

Taxa de receitas do OE 70,47% 67,46% 58,99% 61,73% 69,96%

Grau de cobertura das despesas com pessoal 81,72% 85,34% 79,65% 81,64% 81,00% Grau de cobertura das despesas de investimento 2,96% 3,46% 6,83% 6,29% 7,35% Grau de cobertura das despesas com pessoal pelo OE 123,13% 115,20% 115,19% 112,67% 113,11%

11.7 Propinas não cobradas

Figura 36 – Valor bruto de propinas não cobradas por curso (2010-2014)

O valor das propinas não cobradas no CLE e nos cursos de pós- graduação diminuiu no ano letivo 2013/14. No caso do CLE, o valor em dívida (3.022,50€) representa 0,25% do valor total devido de propinas para esse curso.

O valor em dívida dos cursos de mestrado também apresenta uma diminuição em 2013/14 (5.850,00€), representando 1,71% do valor devido de propinas.

O total das propinas, referentes ao ano letivo 2013/14, não pago representa 0,52% do valor total que deveria ser cobrado em todos os cursos.

€- €5 000,00 €10 000,00 €15 000,00 €20 000,00

CLE CPLEE's Mestrados Outros

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