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Recursos humanos, financeiros, tecnológicos e know-how

CAPÍTULO II: SISTEMA DE PARTICIPAÇÃO DOS JOVENS

2.2. Sistema de participação dos jovens na gestão do IPJ, I.P.

2.2.2. Recursos humanos, financeiros, tecnológicos e know-how

O Instituto Português da Juventude enfrenta um conjunto de restrições, aliás comuns à generalidade da Administração Pública, que dificultam as alterações na quantidade de recursos disponíveis. No que se refere aos recursos humanos considera-se que o seu número, bem como as suas qualificações, são insuficientes. Em 2008 mais de 30% do total de funcionários do IPJ eram administrativos e 22% eram técnicos profissionais. Os técnicos superiores correspondiam apenas a 22% tendo contudo, sido esta a única categoria cujo número aumentou nos últimos anos. Numa análise global o número total de colaboradores do IPJ tem vindo a diminuir continuamente desde, pelo menos 2004, tendo perdido, neste período de 4 anos, 25% dos seus efectivos.

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Apesar de se estimar que o número de postos de trabalho necessários para a criação, acompanhamento, manutenção e funcionamento global do sistema de participação dos jovens seja diminuto será provavelmente necessário realizar contratações. Os postos de trabalho que, numa primeira avaliação, se estima virem a ser necessários são as seguintes:

- Um posto com a função de técnico de informática, no mínimo, preferencialmente dois, necessários para a manutenção da plataforma de participação online e suporte técnico desta;

- Três postos da categoria de técnico superior com as funções de administradores do sistema e correspondentes entre o IPJ e os jovens participantes. Serão da sua competência, entre outras, as actividades de apoio ao nível do utilizador, moderação dos debates no fórum online e reporte de pedidos de informação ou outros, por parte dos jovens, aos detentores da informação solicitada e a sua colocação online.

Estes são apenas os postos de trabalho que se estima ser necessário criar já que para além das actividades acima referidas a implementação da plataforma de participação online será, em princípio, da competência da FDTI – Fundação Para a Divulgação das Tecnologias da Informação, entidade criada pelo IPJ e pelo IEFP – Instituto do Emprego e da Formação Profissional, a qual tem sido a responsável pelo desenvolvimento do Portal da Juventude. Estima-se ainda que vários colaboradores de categoria administrativa poderão começar a exercer algumas actividades relacionadas com a gestão administrativa do sistema de participação para além das actividades que já exercem actualmente.

Contudo, qualquer estimativa sobre a necessidade de afectação de recursos humanos ao sistema de participação dos jovens possui, neste momento, uma elevada margem de erro já que esta necessidade dependerá muito do grau de participação, ou seja, do número de associações de jovens e grupos informais que reúnam as condições para se registarem na plataforma de participação online e que efectivamente acedam a ela.

No que se refere aos recursos financeiros do IPJ a sua evolução entre 2004 e 2008 também foi negativa, com uma redução total das receitas nesse período na ordem dos 15%. Esta redução foi originada pela quebra nas receitas provenientes do orçamento de Estado, em -25,4%, e, principalmente, do PIDDAC, no valor de -65,42%. Esta redução acentuada no financiamento por PIDDAC deveu-se em grande parte ao facto de estas receitas serem referentes ao Programa Juventude e actualmente geridas pela Agência Nacional para a Gestão do Programa Juventude em Acção, criada pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 94/2007, de 20 de Julho. Assim, estas receitas deixaram de ser geridas pelo IPJ a partir de 20

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de Julho de 2007. Estas quebras acentuadas foram, contudo, atenuadas, pelo aumento expressivo das receitas próprias do IPJ que, no período em questão, cresceram 72,65%.

Os custos financeiros estimados associados ao sistema de participação dos jovens decorrem, maioritariamente, dos custos com a remuneração dos novos colaboradores que vierem a ser contratados. Considerando a contratação de um técnico de informática de grau 1 com o 1º nível de remuneração e de três técnicos superiores com a 1ª posição remuneratória se forem somados os custos com a remuneração principal, o subsídio de refeição e as contribuições para a segurança social o custo total mínimo será de, aproximadamente, 70.000€ por ano. No que se refere aos custos com a criação da plataforma de participação online dentro do Portal da Juventude os seus custos poderão ser incluídos na próxima revisão do Protocolo entre o IPJ e a FDTI não sendo neste momento possível fazer uma estimativa segura sobre o acréscimo de valor que estes poderão representar em relação às transferências que o IPJ realiza anualmente para o financiamento desta entidade. Existem ainda um conjunto de custos, dificilmente estimáveis neste momento mas que não poderão ser ignorados, relacionados com o tempo parcial que um número a definir dos actuais colaboradores do IPJ poderão dedicar à implementação e funcionamento do sistema de participação dos jovens.

Os recursos materiais necessários para a implementação deste projecto relacionam-se maioritariamente com as novas tecnologias da informação e comunicação necessárias para a implementação do sistema de participação dos jovens, nomeadamente a plataforma de participação online a desenvolver dentro do Portal da Juventude. Como se referiu anteriormente, este é uma competência da FDTI que possui actualmente todos os recursos materiais e know-how necessários para desenvolver esta aplicação. Será assim necessário estabelecer uma colaboração próxima entre o IPJ e a FDTI não só na concepção conjunta da plataforma de participação online mas também na realização de sessões de formação dos colaboradores do IPJ que irão trabalhar com a aplicação e interagir directamente com os jovens participantes.