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. Compreender a Acão erosiva do mar sobre a linha de costa;

As características da linha de costa resultam, em grande medida, da ação do mar sobre ela, sendo continuamente modificada pela erosão marinha, que desgasta e fragmenta as formações rochosas do litoral, de transporte e acumulação desses fragmentos.

O poder erosivo das ondas é reforçado pela areia e pelos fragmentos

arrancados à base das arribas ou lançados ao mar pelos rios e transportados pelas correntes marítimas. Estes são projetados pelas ondas, provocando uma intensa erosão mecânica, a abrasão marinha- que leva ao progressivo recuo das arribas.

. Relacionar a localização dos portos com a direção dos ventos, das correntes marítimas e a configuração da linha de costa;

As características da costa portuguesa são pouco propícias à instalação de portos marítimos com condições favoráveis à navegabilidade.

Falo então da profundidade e da agitação do mar e da deficiência em reentrâncias

Em relação à agitação do mar, isto faz com que os portos portugueses se localizem, frequentemente, a sul dos acidentes do litoral, procurando

contornar a adversidade desta inconveniência. Isto acontece porque o vento sopra de Norte, e como a formação das ondas é gerada pelo vento, o lado Norte dos acidentes torna-se então mais agitado, preferindo o sul para a construção de portos abrigados.

Nos estuários a localização dos portos encontra-se no próprio acidente. Deste modo, como a costa portuguesa é praticamente retilínea é necessária a construção de portos artificiais (paredões), dos quais a Povoa do Varzim constitui um exemplo.

Relacionar as disponibilidades de recursos piscatórios da ZEE com a extensão da plataforma continental e com as correntes marítimas:

Causas da existência de maior quantidade de pescado na plataforma continental relacionando com as condições físicas/naturais da plataforma (oxigenação, plâncton, salinidade, luminosidade...) e, por outro lado, referir a irregularidade da nossa plataforma e onde ela é mais extensa.

-Tem pouca profundidade (facilitando a entrada de luz) - Abundância em oxigénio (devido à agitação das águas) - Baixo teor em sal (devido à água dos rios)

- Água rica em nutrientes (desenvolvimento do plâncton devido à matéria orgânica transportada pelos rios)

A questão das correntes marítimas tem a ver com o fenómeno de upwelling.

. Problematizar a aplicação da Política Comum das Pescas na atividade piscatória portuguesa;

Se não conseguirmos os acordos com os outros países, isso obriga-nos a uma intensificação da pesca na costa portuguesa, o que empobrece ainda mais a quantidade de peixe existente.

80% do peixe pescado em Portugal, provém das águas nacionais. Contudo é necessário importar pois somos um pais grande consumir de peixe.

Compreender a necessidade da gestão racional dos stocks;

A redução da atividade nos pesqueiros externos tem levado à intensificação da exploração dos recursos em águas costeiras, o que leva à diminuição dos stocks.

A implementação de medidas de proteção das espécies, como a definição de quotas de pesca e de restrições de às capturas, deverá contribuir para a estabilização e renovação dos stocks.

Compreender que a existência da atividade piscatória induz o desenvolvimento de outras atividades;

* Aquicultura

Trata-se de uma atividade, com benefícios para o ambiente, uma vez que pode colaborar na preservação de espécies piscícolas evitando a sobre exploração de recursos.

* A indústria conserveira

A indústria de conservas foi uma das atividades mais rendíveis em Portugal. Contudo nas últimas décadas, esta atividade entrou em recessão por falta de modernização neste setor. O Estado tem feito um esforço para renovar e dinamizar as antigas fábricas de conservas, mas os efeitos têm sido diminutos. Atualmente, estão em expansão algumas atividades de conservação do

pescado, como os produtos congelados e os alimentos semicozinhados. * Extração de algas

A apanha de algas, outrora largamente utilizadas como adubo natural na agricultura, tem vindo a perder a importância e as estatísticas referentes à apanha de algas para a utilização industrial revelam valores pouco

significativos e decrescentes. * A produção de sal

A direção-geral das pescas tem procurado incentivar a reativação desta atividade como uma das formas de potencializar o espaço marítimo. Algumas das antigas salinas têm sido recuperadas, até porque se tem

assistido a uma valorização comercial de certos tipos de sal, designadamente a flor de sal.

* A exploração petrolífera

Foram feitas algumas sondagens e destas foram encontrados bons indícios de petróleo.

* A atividade turística

A costa portuguesa tem inúmeras potencialidades para o turismo, que é um dos principais recursos económicos de Portugal.

Atendendo às condições climáticas e à extensão da linha de costa, o turismo balnear é o mais importante de Portugal, daí a excessiva pressão urbana e de construção que a atividade tem exercido no litoral, É uma atividade que tem potencializado o espaço marítimo e que pode ainda melhorar; no entanto, tem causado igualmente graves problemas ambientais.

É importante que esta atividade venha a desenvolver-se, mas de forma

sustentada e criando novos focos de interesse, como a exploração aquática, a observação de golfinhos e baleias, que pode reduzir a forte sazonalidade turística, geradora de muitos problemas.

Compreender a importância dos acordos bilaterais na diversificação das áreas de pesca;

A regularidade da linha de costa e a reduzida extensão da plataforma continental

portuguesa são condicionantes que têm sido compensadas, desde há muito, pelas capturas em pesqueiros externos, em águas de soberania estrangeiras ou em águas internacionais.

Devido aos fatores condicionantes à pesca na costa portuguesa, a

importância destes acordos, que nos permitem praticar a atividade piscícola em áreas de pesca internacionais é enorme.

Relacionar a extensão da ZEE com os problemas que se colocam à sua gestão e controlo;

A ZEE portuguesa é a maior da Europa, o que constitui uma vantagem, embora traga igualmente desvantagens, das quais se destaca, desde logo, a sua fiscalização.

Para a preservação e gestão dos recursos marinhos, é fundamental que Portugal disponha de um sistema eficaz de vigia e controlo das atividades, não só da frota estrangeira, mas também da portuguesa. No entanto, não é isso que acontece: a ZEE é insuficientemente patrulhada por falta de meios técnicos e humanos, nomeadamente, a falta de embarcações rápidas, de meios aéreos e informáticos e de técnicos especializados.

Estas carências levam a que, na maioria dos casos, não se consiga prevenir ou punir as infrações efetuadas por navios portugueses e estrangeiros. De entre estas, destacam -se:

* A captura de espécies não permitidas, devido ao seu peso e/ou dimensão e que pode acelerar a sua extinção;

* O tipo de pesca praticado e o uso inadequado da malhagem da redes; * O desrespeito pelas quotas* de pesca e TAB;

* Desperdícios de espécies que são capturadas indevidamente e não comercializáveis;

* A descarga de produtos poluentes, que vão desde a lavagem dos petroleiros até produtos altamente tóxicos, como mercúrio e o chumbo; * A utilização do espaço da ZEE para transporte de substâncias

proibidas ou para o contrabando.

Se o controlo não for eficaz, as consequências serão graves para Portugal, designadamente:

* O aumento do tráfego clandestino não só de produtos proibidos (droga) como também de outros que podem pôr em risco a segurança nacional (armas);

Equacionar medidas passíveis de potencializar o uso do espaço marítimo e das áreas litorais;

A costa portuguesa tem inúmeras potencialidades para o turismo, que é um dos principais recursos económicos de Portugal.

Atendendo às condições climáticas e à extensão da linha de costa, o turismo balnear é o mais importante de Portugal, daí a excessiva pressão urbana e de construção que a atividade tem exercido no litoral, É uma atividade que tem potencializado o espaço marítimo e que pode ainda melhorar; no entanto, tem causado igualmente graves problemas ambientais.

É importante que esta atividade venha a desenvolver-se, mas de forma

sustentada e criando novos focos de interesse, como a exploração aquática, a observação de golfinhos e baleias, que pode reduzir a forte sazonalidade turística, geradora de muitos problemas.

Quanto ao setor energético, o litoral apresenta grandes potencialidades, nomeadamente na energia das marés, das ondas e na energia eólica, embora não tenham sido até hoje aproveitadas.

Debater a importância do ordenamento das orlas costeiras:

Atendendo a importância que o litoral assume e aos problemas que o afectam, é fundamental que se tomem medidas, nomeadamente ao nível legislativo e técnico, que permitam melhorar e proteger a faixa costeira. Os POOC foram definidos, visando planear de forma integrada os recursos do litoral.

Trata-se de planos que se encontram em articulação com outros planos de ordenamento de território como os planos directores municipais PDM. Têm como objectivos:

- Ordenamento dos usos e actividades específicas da faixa costeira - Classificação, valorização e qualificação das praias estratégicas - Enquadramento das actividades específicas da faixa costeira - Defesa e conservação da natureza

- Racionalizar a construção na orla costeira

A implementação destes planos permitiu a inventariação das áreas de risco, das áreas onde é necessária a intervenção em arribas, etc.

*Conceitos:

Abrasão marinha: É o processo de desgaste da superfície terrestre provocado pelo embate de fragmentos de rocha transportados pelas ondas.

Águas interiores: Mares completamente fechados, os lagos e os rios, bem como as águas no interior da linha de base do mar territorial

Águas territoriais: Faixa de águas costeiras que alcança 12 milhas náuticas (22 quilômetros) a partir do litoral de um Estado que são consideradas parte do território soberano daquele Estado.

Aquicultura: Aquacultura ou aquicultura, é a produção de organismos aquáticos num ambiente artificial, como a criação de peixes, moluscos, crustáceos, anfíbios, répteis o cultivo de plantas aquáticas para uso do homem.

Arriba: Escarpa de inclinação acentuada situada à beira mar, formada em consequência da ação erosiva do mar. Geralmente, as arribas são

constituídas por material rochoso consolidado, com pouca ou nenhuma cobertura vegetal.

Barra: formação geológica que pode ocorrer nas fozes de canais, estreitos, estuários, rios e outros cursos de água, devido à acumulação de material de aluvião, paralelo à costa.

Corrente marítima: Movimentos de grandes massas de água dentro de um oceano ou mar. Tal qual a circulação dos ventos, as correntes marítimas têm a característica de influenciar

o clima das regiões em que atuam, possuem direções e constâncias bem definidas.

Deriva Norte -Sul: Ramificação da corrente quente do golfo que, ao largo da costa portuguesa, inflecte para sul e que também é

designada por corrente de Portugal.

Energia eólica: Energia Produzida através da força dos ventos, sendo esta renovável.

Energia das marés: Energia produzida pela força das marés, sendo esta renovável.

Erosão marinha: Desgaste provocado exclusivamente pelas águas do mar à costa.

Estuário: Espaço Marítimo que se encontra na transição de um rio para um mar, ou seja, o espaço entre eles.

Maré negra: Derrame que ocorre devido a um acidente ou prática inadequada que contamina o meio ambiente, especialmente o mar, com produtos petrolíferos.

Nortada: éum tipo vento frio na costa ocidental da Europa que sopra de noroeste

Plataforma continental: Área de grande abundância de pescado e

corresponde à extensão submersa da placo continental, de fraco declive e cuja profundidade não ultrapassa os 200 metros.

Praia: costa baixa e arenosa, que não oferece resistência à abrasão e na qual predomina a ação de acumulação.

Quotas de pesca: Quantidade limite de captura, em peso ou volume, de pescado, fixado a uma embarcação, conjunto de embarcações ou empresa. POOC: Procuram promover o ordenamento do território, tentando

revalorizar e requalificar as praias, consideradas estratégicas a nível ambiental e turístico.

“ R ia” : é o último pedaço de um rio. Recurso piscícola: peixe.

Restinga/ barra; acumulação de areia e seixos que forma uma barra à entrada da baía.

Stock: Mercadorias

Talude continental: zona oceânica situada abaixo da profundidade dos 180 metros. É uma zona de grande inclinação onde se depositam os sedimentos batiais, situando se entre as profundidades de 180 e 2000 metros.

Tipos de pesca: *Arrasto; Cerco; Rede de Deriva

Upwelling: Nos meses de verão a nortada – ventos fortes de norte – sopra junto ao litoral e afasta as águas superficiais para o largo. Desenvolve-se então uma corrente de compensação, o upwelling, que se desloca na vertical,

trazendo à superfície as águas profundas, mais frias e mais ricas em nutrientes, que desencadeiam, em pouco tempo, a abundância de espécies como a sardinha e o carapau, favorecendo a atividade piscatória nesta época. Zona contígua: Zona de mar alto entre 12 e 24 milhas marítimas, sobre o qual o Estado pode exercer fiscalização.

Zona económica exclusiva (ZEE): Zona de soberania dos Estados costeiros sobre o espaço aéreo, o mar, os fundos e o subsolo marinhos até uma distância de 200 milha náuticas, onde o Estado tem direitos de exploração, investigação, conservação e gestão dos recursos naturais.

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