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4.6 TEORIAS DE APRENDIZAGEM E COEFICIENTES DE QUANTIZAÇÃO

4.6.2 Rede Ausubeliana Quantizada

Para quantização da rede com base na teoria de Ausubel, serão utilizados os mesmos coeficientes de nível da rede behaviorista. Contudo, existe uma grande modificação quanto ao modelo behaviorista e que é de suma importância para o teste do modelo aplicado a outra teoria de aprendizagem, que é o posicionamento dos nodos. Enquanto que na rede behaviorista geralmente se tem um posicionamento distribuído ao longo do eixo x, em Ausubel tem-se o uso de mapas conceituais bidimensionais.

Como é possível que existam nodos em um mapa conceitual para os quais não sejam associados arquivos da rede, é necessária uma organização dos nodos da rede. Para essa organização tem-se o seguinte algoritmo:

1. Considerar a origem do sistema no primeiro nodo (geralmente um nodo de introdução ou outro organizador prévio) e adotar o eixo x com direção vertical e sentido positivo para baixo indicando o fluxo natural do sistema e a passagem de um nodo mais geral e abrangente para um mais específico. O eixo y horizontal e com sentido da esquerda para a direita.

2. Conectar o nodo de introdução com o nodo de maior nível.

3. Retirar da rede os nodos “vazios”, ou seja, aqueles conceitos inseridos para completar o mapa conceitual, mas que não receberam arquivos. No lugar de nodos vazios, inserir conectores.

4. Reposicionar os nodos da rede seguindo as seguintes regras:

O primeiro nodo à esquerda de um nível deve ter y igual ao nodo imediatamente superior;

Os demais nodos devem ter o menor valor inteiro possível para y considerando que nenhum nodo com nível igual (que esteja à esquerda do nodo) ou inferior tenha y igual ou maior.

A rede organizada (figura 4.19) auxilia na construção lógica dos coeficientes de quantização da rede e facilita a identificação dos blocos coesos.

Sendo assim, o posicionamento dos nodos da rede quantizada ficaria:

Onde é a posição na rede organizada e representam os coeficientes de quantização.

Um grande avanço em relação ao posicionamento dos nodos que foi proposto para a rede behaviorista sugerido anteriormente é a possibilidade do STI-OAM interagir com o aluno quanto à modelagem do domínio. Uma das grandes discussões sobre o uso dos mapas conceituais é que o mapa que realiza uma ligação entre os conceitos sugeridos pelo professor pode não ser o mesmo que o aluno produziria pela sua própria ação cognitiva. Sendo assim, é possível criar um ambiente em que o estudante possa modificar o mapa sugerido pelo professor de acordo com suas próprias impressões e também visualizar mapas de outros colegas. O sistema realizaria uma ponderação entre os três mapas – professor, aluno e turma – e o posicionamento de cada nodo da rede não-quantizada seria dado por:

Ou, de forma simplificada:

(4.24)

Onde ; é a ponderação atribuída a ; e são as coordenadas do nodo de um mapa conceitual construído por ; e, os índices representam o professor, o aluno e o grupo de alunos, respectivamente.

Desse modo, é possível ir além do mapa conceitual definido pelo professor fazendo a inclusão das construções cognitivas sugeridas pelo grupo de estudantes e pelo aluno para o

qual está sendo feita a adaptação de conteúdo. A exposição da possibilidade de fazer o aluno e o grupo de alunos interagirem quanto à concepção da modelagem de domínio foi feita somente para mostrar a potencialidade do modelo e não será considerada na etapa de validação devido ao escopo do trabalho.

4.6.2.1 Coeficiente de quantização para blocos coesos

Do mesmo modo que na rede behaviorista ou outra rede baseada em teorias de aprendizagem ou modelos pedagógicos, o coeficiente deve ser calculado com base na idéia de que o STI-OAM deve poder decidir que um usuário acesse apenas os nodos referentes a um bloco coeso. Na rede ausubeliana existe uma característica interessante que são os conceitos subsunçores e que possuem uma relação muito próxima com os blocos coesos, isto é, se dois nodos são elementos de um mesmo ramo do mapa conceitual, pode- se afirmar que também que fazem parte de um mesmo bloco coeso.

Além disso, é necessário fazer uma diferenciação em relação à hierarquia de blocos coesos do mesmo modo que ocorre no modelo anterior.

Onde é o número de nodos de um bloco coeso e é o número de blocos coesos que possuem como elemento do conjunto e que estão a um nível igual ou inferior ao bloco coeso (de nível mais alto) de .

4.6.2.2 Coeficiente de quantização para direção e expertise

O coeficiente trabalha de acordo com a avaliação do nodo atual e com o fluxo normal indicado pelo autor durante a confecção do mapa conceitual. No caso da rede behaviorista, o fluxo natural era determinado pelo sentido positivo do eixo x, já na rede ausubeliana, um único eixo ou a junção dos dois eixos não é suficiente para determinar o

fluxo em todas as situações. Sendo assim, para atribuir a quantização referente ao fluxo será utilizada também a ordem dos arquivos determinados nos blocos coesos:

(4.25)

Onde representa o grupo dos primeiros nodos de cada coluna, isto é, com o menor valor de e o primeiro abaixo de .

4.6.2.3 Coeficiente de quantização para avaliação do nodo e confiabilidade

Para o coeficiente , não há necessidade de alteração em relação ao modelo anterior. Portanto, para um nodo tem-se:

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VALIDAÇÃO DO MODELO

Este capítulo apresenta três ações para validação do modelo de domínio proposto nesta tese. Primeiramente, são discutidos os Objetos de Aprendizagem Multiformes (OAM) e sua viabilidade técnica com base em objetos interativos e um OAM de simulação. Também foi construído um simulador de interação do STI-OAM e o objeto educacional.

Depois, é feita uma série de simulações computacionais de situações possíveis verificando o comportamento da modelagem grossa quanto à estabilidade e os percursos de aprendizagem sugeridos para um estudante fictício.

Em um último momento, o modelo é apresentado a três especialistas que realizam uma apreciação em direção aos objetivos propostos neste trabalho.