nificativa
Esta meta tem como objectivo básico, preservar a natureza, implementando políticas e estratégias de conservação da natureza e do uso sustentável dos recursos naturais da biodiversidade.
Para a avaliação do alcance desta meta foram defi- nidos 2 indicadores, designadamente:
1. Percentagem de áreas protegidas, terrestres e marinhas;
2. Percentagem de espécies ameaçadas de extin- ção.
Indicador 7.6: Percentagem de áreas prote-
gidas, terrestres e marinhas
O principal objectivo da maioria das áreas protegidas não é reduzir a pobreza, mas sim conservar a diversi- dade biológica e fornecer serviços de ecossistemas.
A. TENDÊNCIAS:
Dados recentes apontam para um esforço significa- tivo em termos de ampliação das áreas terrestres protegidas. Entre 2012 e 2013 o total de áreas pro- tegidas aumentou 95%, passando de aproximada- mente 8 para 16 milhões de hectares.
O sistema de áreas protegidas de Angola compre- ende 13 unidades (9 parques nacionais, 2 reservas naturais estritas, e 2 reservas parciais), cobrindo aproximadamente 12.6% (162.642 km2) do territó- rio nacional, tal como mostra a tabela a seguir.
1RPH NPÉUHD HVWDEHOHFLPHQWR'DWDGH 3URYtQFLD &HQWURGH HQGHPLVPR 3DUTXHV1DFLRQDLV
3DUTXH1DFLRQDOGH/RQD 1DPLEH .DURR1DPLELDQR
3DUTXH1DFLRQDOGH&DPHLD 0R[LFR =DPEH]LDQR
3DUTXH1DFLRQDOGH4XLoDPD /XDQGD =DPEH]LDQR
3DUTXH1DFLRQDOGH%LFXDU +XtOD =DPEH]LDQR
3DUTXH1DFLRQDOGH0XSD &XQHQH+XLOD =DPEH]LDQR
3DUTXH1DFLRQDOGH&DQJDQGDOD 0DODQMH =DPEH]LDQR
3DUTXH1DFLRQDOGH0DLRPEH &DELQGD =DPEH]LDQR
3DUTXH1DFLRQDOGH/XQJXp/XLDQD .XDQGR .XEDQJR =DPEH]LDQR
3DUTXH1DFLRQDOGH0DYLQJD .XDQGR .XEDQJR =DPEH]LDQR
5HVHUYDV1DWXUDLV(VWULWDV
5HVHUYD1DWXUDO(VWULWDGH/XDQGR 0DODQMH%Lp =DPEH]LDQR
5HVHUYD1DWXUDO(VWULWDGH,OKpXGRV3iVVDURV /XDQGD =DPEH]LDQR
5HVHUYDV3DUFLDLV
5HVHUYD3DUFLDOGR1DPLEH 1DPLEH .DURR1DPLELDQR=DPEH]LDQR
5HVHUYD3DUFLDOGH%~IDOR %HQJXHOD .DURR1DPLELDQR
727$/
Tabela 27: Sistema de áreas protegidas e de conservação
Em termos de áreas marítimas protegidas, o número é bastante pequeno, inferior a 1% e há que se fazer um esforço significativo para aumentar as zonas pro- tegidas, assim como assegurar a sua fiscalização. O aumento recente das novas áreas de conservação aprovadas em 2011, bem como a implementação da administração dos parques, são indicadores da cres- cente relevância da política e estratégia nacional da biodiversidade e áreas de conservação.
B. POLÍTICAS E PROGRAMAS:
No âmbito das políticas e programas para a pre- servação das áreas protegidas e a biodiversidade, destacam-se:
• Lei de Bases do Ambiente – Lei nº 5/98 sobre Áreas de Protecção Ambiental;
• Políticas de criação de novas áreas de conser- vação;
• Programa da Biodiversidade e Áreas de Conser- vação;
• Plano Nacional de Acção a Biodiversidade; • Programa Regional e transfronteiriço da área
Okavango-Zambeze;
• Programa Nacional de Classificação Internacio- nal das Áreas Húmidas.
C. DESAFIOS E RECOMENDAÇÕES:
Desafios:
Constituem desafios no domínio da biodiversidade e protecção das áreas protegidas, os seguintes: • Escassez de áreas protegidas, particularmente
marinhas;
• Necessidade de reduzir as pressões directas
sobre a biodiversidade e promover o uso sus- tentável;
• Fraca capacidade de gestão de conhecimento e fraca preparação/formação dos agentes fiscali- zadores.
Recomendações:
Tendo em conta o acima exposto, recomenda-se: • Criação de um sistema de monitoramento efec-
tivo da preservação das áreas protegidas com o apoio internacional;
• Investigação científica nas áreas de conserva- ção visando o desenvolvimento sustentável e participativo;
• Aumento das áreas protegidas, terrestres e ma- rinhas.
Indicador 7.7: Percentagem de espécies
ameaçadas de extinção
Este indicador procura, essencialmente, medir a quantidade de espécies ameaçadas de extinção, pelo que o Governo de Angola tem procurado me- lhorar os processos de identificação e avaliação das espécies registadas nas unidades de conservação.
A. TENDÊNCIAS:
Proteger a biodiversidade é do interesse internacio- nal e também de Angola, devendo para o efeito, es- tabelecer parcerias que possam auxiliar no processo de inventário e auxílio à preservação das espécies em vias de extinção.
As acções desenvolvidas permitiram identificar as espécies marinhas ameaçadas, conforme a tabela que se segue.
Tabela 28: Espécies Marinhas Ameaçadas
Fonte: Primeiro Relatório Nacional para a Conferência das Partes da Con- venção da Diversidade Biológica 2006 (2004) e Banco Mundial (2014)
Ao passo que mamíferos e aves apresentam uma redução de espécies ameaçadas, peixes e plantas apontam para um aumento de espécies ameaçadas no período 2004 -2014.
Através da comparação directa dos dados de 2004 e 2014, o exercício mostra que a percentagem de espécies ameaçadas de extinção em Angola anda entre 6,3 à 7,4%.
B. POLÍTICAS E PROGRAMAS:
No âmbito das políticas para o sector da biodiversi- dade marinha e terrestre destacam-se:
• Despacho Executivo “Sobre a Proibição do Aba- te das Espécies Protegidas” (2015).
No âmbito internacional, Angola é signatária de: • Convenção sobre Comércio Internacional de Es-
pécies da Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção, que assegura que a venda de ani- mais, plantas selvagens e produtos derivados não coloquem em risco a sobrevivência das espécies. O país aderiu a essa Convenção em Outubro de 2013 e a mesma entrou em vigor em Dezembro do mesmo ano. Com essa iniciativa o governo reforça os compromissos assumidos
(VSpFLHV$PHDoDGDV 7RWDO $PHDoDGRV GR7RWDO
$YHV D 0ROXVFRV,QYHUWHEUDGRV 0DULQKRV 3HL[HV9HUWHEUDGRV &DUWLODJLQRVRV 3HL[HV9HUWHEUDGRV ÏVVHRV 3HL[HV7RWDO D 3ODQWDV 0DPtIHURV D
anteriormente, os quais são essenciais para pro- teger a biodiversidade local;
• Convenção sobre a Diversidade Biológica; • Convenção sobre o Direito do Mar;
• Convenção de Cooperação para a Protecção e Desenvolvimento do Ambiente Marinho e Cos- teiro da Região Oeste e Central de África (Con- venção de Abidjan);
• Protocolo de Nagoya sobre o Acesso à Recursos Genéticos e a Repartição Justa e Equitativa dos Benefícios Decorrentes da sua Utilização para a Convenção sobre a Diversidade Biológica; • Convenção sobre espécies migratórias;
• Protocolos da SADC sobre a vida selvagem e das pescas;
• Protocolo de Cartagena sobre Bio-Segurança da Convenção sobre Diversidade Biológica;
• Convenção da Grande Corrente de Benguela.
C. DESAFIOS E RECOMENDAÇÕES:
Desafios:
Constituem desafios para as áreas da biodiversidade marinha e terrestre, os seguintes:
• Inventariação das espécies; • Caça furtiva mais controlada. Recomendações:
Tendo em conta o acima exposto, recomenda-se: • Estabelecer parcerias com instituições académi-
cas a nível nacional e internacional para inventa- riar as espécies;
• Desenvolver programas específicos de conser- vação e de combate à caça furtiva.