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anos antes da data de referência da pesquisa, segundo as classes de tamanho da taxas média geométrica de crescimento anual da população

Defi ciência física ou mental nos censos brasileiros

exatamente 5 anos antes da data de referência da pesquisa, segundo as classes de tamanho da taxas média geométrica de crescimento anual da população

Deslocamento

O conhecimento detalhado dos fl uxos de pessoas que se deslocam de um município a outro, para trabalho e/ ou estudo, proporciona reunir insumos para que os governos locais possam estabelecer ações no âmbito de políticas públicas que tenham como meta incorporar as necessidades dos não-residentes, no dia a dia, das grandes cidades. Incluem-se no rol de necessidades a melhoria da distribuição da malha viária e o transporte, abastecimento de água e energia elétrica, saneamento básico, atendimento à saúde, educação entre outras.

As pesquisas sobre movimento pendular – deslocamento diário de casa para o trabalho ou local de estudo – constituem informação de extrema relevân- cia para o planejamento local e regional. No Brasil, em resposta à necessidade evidenciada quando da defi nição das regiões metropolitanas, em 1969, o Censo Demográfi co 1970 marcou o início da investigação da questão de deslocamento: “município onde trabalha ou estuda”. No Censo Demográfi co 1980, foi também investigado o “município em que trabalha ou estuda“, apenas para as pessoas de 10 anos ou mais de idade. No Censo Demográfi co 1991, a pergunta não foi incluída no questionário. Mas, no Censo Demográfi co 2000, incentivado pela comunidade de usuários e por demandas de geógrafos e planejadores urbanos em particular, foi reintroduzida a investigação do deslocamento para o estudo ou trabalho, com a indagação “em que município e Unidade da Federação ou país estrangeiro trabalha ou estuda?”. A pergunta referiu-se a todos os mora- dores do domicílio, sem qualquer limitação, uma vez que nem mesmo a idade impede o deslocamento, no caso dos fi lhos estudarem ou freqüentarem creches em outros municípios.

Total Menos de 0 De 0 a 1,5 Mais de

1,5 a 3,0 Mais de 3,0

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Trabalhavam ou estudavam no município

de residência 61,1 61,4 62,1 61,6 57,0

Não trabalhavam nem estudavam 34,6 35,6 35,0 33,7 35,0

Trabalhavam ou estudavam em outro

município da Unidade da Federação 3,9 2,5 2,5 4,4 7,2

Trabalhavam ou estudavam em outra

Unidade da Federação 0,4 0,5 0,3 0,3 0,7

Trabalhavam ou estudavam em País

estrangeiro 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000.

Tabela 18 - Distribuição relativa da população residente, por classes

Tipo de deslocamento para trabalho ou estudo

Distribuição relativa da população residente, por classes de tamanho da taxa média geométrica de crescimento anual da

população dos municípios (%)

de tamanho da taxa média geométrica de crescimento anual da população residente dos municípios, segundo o tipo de deslocamento

Ao examinar o conjunto de pessoas que trabalhavam ou estudavam no município de residência, a proporção para os três primeiros estratos de ritmo de crescimento dos municípios no período de 1991/2000 (perda po- pulacional; de 0% a 1,5%; e mais de 1,5% a 3,0%) girou em torno de 62,0%, mas para o quarto estrato (mais de 3,0%) a proporção foi menor porque são municípios pertencentes principalmente à Região Norte do País, onde as oportunidades de trabalho e estudo são menores em relação as demais regiões e os deslocamentos mais difíceis, forçando um número relativamente maior de indivíduos a buscarem tais oportunidades fora do município de residência. A confi rmação disto está na proporção de pessoas que traba- lhavam ou estudavam fora do município de residência e também fora da Unidade da Federação.

Nupcialidade

Desde 1960 que a proporção de solteiros no Brasil equivale a um terço das pessoas de 15 anos ou mais de idade, enquanto a correspondente às pessoas unidas vêm oscilando em torno de um percentual de quase 60%, sobretudo a partir de 1970. As proporções de pessoas na condição de separa- das não judicialmente se mantiveram estáveis em torno de 2,0%, porém, em 1991, revelou-se um ligeiro aumento (3,1%) na sua proporção. O conjunto das pessoas desquitadas ou separadas judicialmente e as divorciadas que manti- nham proporções pouco expressivas, atingiram, em 2000, 2,7% das pessoas de 15 anos ou mais de idade. Estes percentuais experimentaram aumentos paulatinos sobretudo a partir da década de 1980, em função da promulgação da Lei do Divórcio ocorrida em 26 de dezembro de 1977.

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 1960/2000.

Gráfico 7 - Distribuição relativa das pessoas de 15 anos ou mais de idade, por estado conjugal - Brasil - 1960/2000

Solteiras Casadas Viúvas, desquitadas e divorciadas % 34,0 36,6 34,2 31,9 34,0 57,7 55,3 57,1 58,1 56,6 8,1 7,9 7,4 9,3 9,4 1960 1970 1980 1991 2000

As pessoas viúvas mantêm desde 1980 proporções praticamente cons- tantes no patamar em torno de 4,9%. A Região Sul sempre manteve, ao longo dos censos, a menor proporção de solteiros e em contrapartida a maior de pessoas unidas. A Região Sudeste, por sua vez, sempre deteve níveis mais elevados de pessoas desquitadas ou separadas judicialmente e as de divor- ciadas nestes 40 anos de observação.

A distribuição das pessoas em união conjugal, segundo a natureza da união mostrou que 49,5% do total da população de 15 anos ou mais de idade viviam em união conjugal legal. Os casamentos realizados somente no religioso vêm declinando acentuadamente, uma vez que, em 1960, representavam 20,2% e, em 2000, somente 4,4%. As uniões consensuais, por outro lado, revelaram um comportamento inverso, já que, em 1960, eram apenas 6,4% e, em 2000, aumentaram para 28,6%.

A distribuição percentual das pessoas de 15 anos ou mais de idade segundo o estado conjugal não apresentou grandes diferenças, quando se estratifi cou os municípios segundo os respectivos ritmos de crescimento no período de 1991/2000. Entretanto, convém mostrar que no estrato dos muni- cípios com perda populacional, os desquitados ou separados judicialmente e divorciados revelaram proporções inferiores às dos demais grupos.

Casamento civil e religioso Casamento civil Casamento religioso União consensual

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 1960/2000.

Gráfico 8 - Distribuição relativa das pessoas de 15 anos ou mais de idade unidas, por natureza da união - Brasil - 1960/2000

% 1960 1970 1980 1991 2000 60,5 64,5 63,8 58,1 49,5 12 ,8 14 ,1 16,3 18,4 17,5 20,2 14,4 8,1 5,2 4,4 6,4 6,9 11,8 18,4 28,6

A distribuição das pessoas unidas de 15 anos ou mais de idade segun- do a natureza da união mostrou que na medida em que se eleva o ritmo de crescimento populacional dos municípios aumenta também a proporção de uniões consensuais. De maneira inversa, apresentou-se a proporção das uniões realizadas no civil e religioso. As uniões somente no religioso apresentaram maior participação no conjunto de municípios com perda populacional. Nes- tes municípios é mais provável a existência de um templo religioso que a de um cartório, fato que pode ser explicado também pela observação do menor percentual de casamentos realizados somente no civil nesta classe de tamanho das taxas médias geométricas de crescimento anual da população residente dos municípios.

Total Menos de 0 De 0 a 1,5 Mais de

1,5 a 3,0 Mais de 3,0

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Solteiros (as) 34,0 33,4 34,3 34,3 33,0

Casados (as) 56,6 58,3 55,6 56,3 59,1

Separados (as) não judicialmente 2,0 1,9 2,0 2,0 2,1

Desquitados (as) ou separados (as) judicialmente 1,5 1,0 1,6 1,6 1,4

Divorviados (as) 1,2 0,6 1,3 1,3 1,0

Viuvos (as) 4,7 4,8 5,2 4,5 3,5

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000.

Tabela 19 - Distribuição relativa das pessoas de 15 anos ou mais de idade,

Estado conjugal

Distribuição relativa das pessoas de 15 anos ou mais de idade, por classes de tamanho da taxa média geométrica de crescimento

anual da população residente dos municípios (%)

por classes de tamanho da taxa média geométrica de crescimento anual da população residente dos municípios, segundo o estado conjugal

Brasil - período 1991/2000

Total Menos de 0 De 0 a 1,5 Mais de 1,5 a 3,0 Mais de 3,0

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Casamento civil e religioso 49,4 53,6 51,5 49,7 41,0

Só casamento no civil 17,5 14,8 17,0 18,1 18,9

Só casamento no religioso 4,4 7,5 4,8 3,3 4,5

União consensual 28,6 24,0 26,7 28,9 35,6

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000.

Tabela 20 - Distribuição relativa das pessoas de 15 anos ou mais de idade unidas,

Natureza da união

Distribuição relativa das pessoas de 15 anos ou mais de idade unidas, por classes de tamanho da taxa média geométrica de crescimento anual da

população residente dos municípios (%)

por classes de tamanho da taxa média geométrica de crescimento anual da população residente dos municípios, segundo a natureza da união

Fecundidade

Para o Brasil, como um todo, as taxas de fecundidade total4 mantive-

ram-se altas e praticamente constantes entre 1950 e 1960. Já nos anos de 1970 começa o seu processo de declínio, refl exo da introdução dos métodos anticonceptivos orais, em meados da década de 1960, época em que as taxas de natalidade iniciaram o processo de redução. Na década de 1990, a média de fi lhos por mulher já tinha atingido a 2,9, chegando, em 2000, a 2,4 fi lhos por mulher. As Regiões Norte e Nordeste mantiveram altas taxas até a década de 1980, enquanto a Região Sul, em 1950 detinha níveis que o Brasil foi alcançar somente em 1970.

4A taxa de fecundidade total expressa o número de fi lhos que, em média, teria uma mulher, pertencente a uma coorte

hipotética de mulheres, que durante sua vida fértil tiveram seus fi lhos de acordo com as taxas de fecundidade por idade do período em estudo e não estiveram expostas a riscos de mortalidade desde o nascimento até o término do período fértil. 1950 1960 1970 1980 1991 2000 Brasil 6,21 6,28 5,76 4,35 2,85 2,38 Norte 7,97 8,56 8,15 6,45 4,15 3,16 Nordeste 7,50 7,39 7,53 6,13 3,70 2,69 Sudeste 5,45 6,34 4,56 3,45 2,35 2,10 Sul 5,70 5,89 5,42 3,63 2,52 2,24

Tabela 21 - Taxa de fecundidade total das mulheres de 15 a 49 anos de idade,

Grandes Regiões

Taxa de fecundidade total das mulheres de 15 a 49 anos de idade

segundo as Grandes Regiões - 1950/2000

Centro-Oeste 6,86 6,74 6,42 4,51 2,66 2,25

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 1950/2000.

No conjunto de municípios com crescimento compreendido na faixa que vai de mais de 1,5% a 3,0% ao ano, no período de 1991/2000, onde cons- tavam quinze 15 municípios de capitais brasileiras, municípios formadores das Áreas Metropolitanas de Porto Alegre, de São Paulo, da área litorânea do Rio de Janeiro, do Espírito Santo e de grande parte do litoral nordestino, encontrou-se o mais baixo nível de fecundidade em comparação com os demais grupos.

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