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Reflexão da 1.ª semana de Prática Pedagógica, 1.º semestre

Iniciei no dia 24 de setembro de 2013 o Mestrado em Educação do 1º. Ciclo do Ensino Básico, este é para mim uma nova fase do meu percurso escolar, uma vez que é a continuação do percurso iniciado na licenciatura. Este Mestrado, representa para mim um enorme desafio enquanto estudante, mas também enquanto aluno de Prática Pedagógica, uma vez que me encontro a realizar a Prática Pedagógica numa turma de 4º. Ano, inicialmente algum receio daquilo que poderia vir a encontrar e como iria ser recebido, de que forma iria reagir e como me iria sentir. Esta primeira reflexão é sobre o período de observação realizado durante 5 dias, período em que tive a oportunidade de conhecer a instituição, os alunos, a sala de aula, e também recolher informação relevante para a realização desta Prática.

Nesta primeira fase, através da observação pude tomar consciência daquilo que iria encontrar, a expectativa inicial era muita, assim como a ansiedade, pois, não sabia como iria ser recebido pelos alunos, qual seria a reação deles à minha presença e também como iria eu reagir perante os alunos. Esta ansiedade inicial estava relacionada com o facto de ter passado por um período de interregno de um ano entre a licenciatura e o início do mestrado mas, ao longo dos dias essa a ansiedade foi diminuindo e senti-me muito bem recebido pelos alunos também pelas professoras cooperantes que me colocaram muito à vontade e mostraram a sua disponibilidade para me auxiliar naquilo que eu necessitasse. Esta receção positiva que recebi por parte dos alunos e professoras fez com que me sentisse apoiado e motivado para iniciar esta nova etapa na minha vida.

Antes da primeira ida à instituição para o início do estágio, tomei conhecimento de que nesta escola se havia iniciado no presente ano letivo o trabalho em Par Pedagógico, ou seja, a turma tem duas professoras, a professora titular da turma que leciona Português, Estudo do Meio e Expressões, já a Matemática é lecionada pela professora da outra turma do 4º ano, esta foi para mim uma nova realidade, uma vez que antes nunca havia tido contacto com esta forma de trabalhar, por isso, fiquei a saber que ao longo desta Prática iria trabalhar com duas professoras. Esta metodologia de trabalho despertou em mim alguma curiosidade, para perceber de que forma as duas professoras articulam o seu trabalho, além disso também foi interessante perceber de que forma é que esta metodologia é positiva para os alunos, permitindo aos alunos serem mais autónomos e terem contacto com mais do que uma professora, que será uma realidade quando passarem para o 2º. Ciclo. Apesar desta forma de trabalhar, eu e a minha colega de estágio acompanhamos a turma e por isso percebemos que teríamos que mudar de sala quando os alunos tivessem matemática. Na primeira semana de observação, pude assistir a uma atividade promovida pela escola que envolvia a participação dos avós e que estava relacionada com o dia internacional do idoso. Com esta atividade, pude perceber que a escola procura envolver a família na aprendizagem dos alunos e desta forma incentiva a comunidade a participar em atividades.

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Este período de observação foi muito importante, uma vez que, me permitiu ter um melhor conhecimento da turma, que será muito importante no futuro quando iniciar a intervenção. Durante este período foi possível perceber onde é que os alunos apresentavam mais dificuldades, assim como, perceber quais os alunos que apresentam mais dificuldades, este facto fez-me refletir sobre o modo como, enquanto professor interveniente no futuro, terei de atuar perante as dificuldades dos alunos, pois, como refere Roldão, M. (2009),

“Não se trata assim para o professor, de se perguntar ‘Como é que vou organizar a apresentação deste conteúdo de modo percetível?’ – mas sim ‘Como é que vou conceber e realizar uma linha de atuação (que pode incluir a apresentação do conteúdo, estrategicamente organizada e articulada com outros dispositivos), com que tarefas, com que recursos, com que passos, para conseguir que estes alunos em concreto aprendam o conteúdo que pretendo ensinar?” (p.56).

Nesta perspetiva, é importante durante a observação perceber onde os alunos apresentam dificuldades e no futuro, como profissional, tentar encontrar estratégias ou metodologias que ajudem esses alunos a ultrapassar as suas dificuldades, contribuindo assim para o seu sucesso escolar. Além disso sendo eu um elemento novo na turma, os alunos aproveitam esse facto para irem testando a forma como se podem comportar com alguém que vem de fora. Este facto foi sendo percetível durante este período, uma vez que me foi permitida a circulação pela sala de aula, onde pude ter um maior contacto e proximidade com os alunos e em que foi possível verificar que os alunos aproveitavam a presença dos estagiários para os abordarem de forma diferente daquela que fazem com a professora, ou seja, procuram nos estagiários uma forma de facilitar o seu trabalho, em situações de resolução de exercícios.

Ao longo destas duas semanas também foi possível recolher elementos com vista à caracterização da instituição, do meio envolvente, da turma e da sala de aula, uma vez que é importante para o nosso trabalho perceber como funciona a comunidade escolar e de que forma todos os elementos estão ligados.

Por fim, foi possível durante este período de observação perceber o funcionamento da escola e da turma, permitindo-me de forma progressiva a integração nas dinâmicas da turma, um melhor conhecimento da turma, para no futuro, quando realizar as minhas intervenções, aproveitar as aprendizagens retiradas desta observação inicial e assim procurar desenvolver melhor a minha prática.

Referências bibliográficas:

Roldão, M. (2009). Estratégias de ensino – O saber e o agir do professor. Vila Nova de Gaia: Desenvolvimento Profissional de Professores.

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