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CAPÍTULO II – PRÁTICA DO ENSINO SUPERVISIONADA II

5. REFLEXÃO FINAL

Com o presente relatório pretendi refletir sobre o processo de formação desenvolvido em dois contextos escolares diferentes, designadamente no pré-escolar e no ensino do 1.º ciclo do enino básico, tanto na vertente teórica como prática.

Antes de mais salvaguardo as contribuições do estágio supervisionado nos cursos de formação de professores uma vez que esta etapa é o eixo central na formação de professores e educadores. É através deste que o profissional se inteira e conhece alguns dos aspetos indispensáveis para a formação da construção da identidade e dos saberes do dia-a-dia (Pimenta e Lima, 2004).

O estágio é um processo de aprendizagem indispensável. Possibilita distinguir aquilo que precisamos aprender e aperfeiçoar, tornando-se momentos essenciais para nos questionarmos sobre vários aspetos. Esta experiência é de extrema importância para a nossa formação como futuros docentes, oferece-nos a oportunidade de interagir com o real e refletir sobre este e realizar aprendizagens de natureza cognitiva, metacognitiva, afetiva e social.

Para conseguir concretizar as várias linhas subjacentes ao processo educativo, utilizei a planificação como instrumento sistemático de trabalho e aprendi a gerir sessões mais flexíveis que, apesar de estarem planeadas, eram moldadas pelas inquietações dos alunos. É sobretudo importante garantir que a abordagem adotada atribua um sentido aos conteúdos, que seja claro e facilmente compreendido pelos alunos.

Ressalvo outra aprendizagem significativa para mim, a avaliação.

A avaliação é uma prática diária, ou deveria ser, de todo o professor que, dia a dia, encontra múltiplas dificuldades. Ao longo da prática pedagógica fomos sentindo essas dificuldades e ultrapassando-as com investigação, pesquisa e apoio das professoras cooperantes e orientadoras.

Acredito e comprovei, durante os estágios, que avaliar pressupõe aprender. Sendo duas partes integrantes do processo educativo, a avaliação e a aprendizagem influenciam-se mutuamente. Deste modo, aprendi a planificar, cuidadosamente, o processo de ensino e aprendizagem tendo presente a função reguladora da avaliação e os procedimentos que pudessem minimizar a existência de julgamento. Assim, aprendi que é importante definir os objetivos previamente com os alunos, recorrer a instrumentos

diversificados e tentar potencializá-los, uma vez que a subjetividade destes é inevitável e temos de aprender a relativizá-la e contorná-la.

O estágio ajudou-me a encarar a avaliação como um meio e não como um fim (Pais e Monteiro, 1996), com o objetivo de melhorar e regular progressivamente os processos e os produtos do ensino e da aprendizagem – a avaliação foi a base para o nosso planeamento.

Em suma, posso constatar que os estágios são de facto a melhor forma para testar metodologias, comprovar teorias e refletir sobre as práticas, com o intuito de melhorar as nossas propostas e ações, tendo sempre como princípio o aluno, os seus interesses, necessidades e conhecimentos prévios.

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SITES CONSULTADOS

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Página oficial do Colégio Planalto, consultada no dia 25 de Novembro de 2011 http://www.colegioplanalto.pt/OfertaEducativa/Pages/PreEscolar.aspx

Página oficial do Colégio Paula Frassinetti, consultada no dia 1 de outubro de 2012 http://www.colegiopaulafrassinetti.pt/

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