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5. Resultados Alcançados

5.3. Reflexão

Segundo os Padrões de Desempenho Docente (Despacho nº 16034/2010), 22 outubro), o educador de infância deve estar em constante atualização a nível profissional e numa atitude reflexiva das suas práticas, recorrendo à sua formação para o melhoramento das mesmas.

De acordo com os mesmos padrões são apresentadas quatro dimensões desse desempenho. Ao longo da prática pedagógica tornou-se essencial tentar estar ao nível do bom, tendo em conta estas quatro dimensões. Na dimensão da vertente profissional, social e ética, tentámos sempre refletir sobre as práticas desenvolvidas com o grupo, para poder adequá-las às necessidades reais das crianças.

Na dimensão do desenvolvimento do ensino e da aprendizagem, sempre que abordávamos algum tema novo, pesquisávamos sobre os conteúdos a abordar com o grupo, pois é importante sabermos quais os conteúdos científicos que abordamos com as crianças. As planificações foram sendo melhoradas, tendo em conta o que era esperado, integrando as propostas de atividades, as metas de aprendizagem, os recursos a utilizar e os tipos de avaliação das aprendizagens. Tornou-se fundamental promover um ambiente facilitador para as aprendizagens das crianças, procurando adequar sempre as estratégias de ensino às necessidades dos alunos.

Na dimensão da participação na escola e relação com a comunidade educativa, foi possível apresentar sugestões que contribuíram para melhorar a qualidade da prática pedagógica, colaborando com a comunidade educativa, sempre que solicitado. Foi enriquecedor podermos colaborar no desenvolvimento de atividades que envolveram pais, encarregados de educação e outros elementos da comunidade.

Por último, na dimensão do desenvolvimento e formação profissional ao longo da vida tornou-se fundamental, ao longo do período de estágio, procurar saber mais e ir atualizando o nosso conhecimento sobre tudo o que envolve a prática pedagógica. Partindo desta atualização, é possível assumirmos a postura de um profissional reflexivo, tentando melhorar e adequar as estratégias da nossa prática.

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Durante a prática pedagógica tentou-se sempre que a relação com os diversos intervenientes educativos se baseasse no profissionalismo e na ética.

A relação com o grupo de crianças foi boa desde o início e foi crescendo, o que se tornou essencial no envolvimento e no desenvolvimento da prática pedagógica, procurando promover a participação do grande grupo nas atividades propostas, seguindo o que nos diz o Decreto-Lei n.º 241/2001, de 30 de agosto “No âmbito da relação e da ação educativa, o educador de infância (…) Promove o envolvimento da criança em atividades e em projetos da iniciativa desta, do grupo, do educador ou de iniciativa conjunta, desenvolvendo-o individualmente, em pequenos grupos e no grande grupo, no

âmbito da escola e da comunidade”.

Depois da fase de observação, da construção de listas de verificação de competências (anexo 3 – Listas diagnósticas de verificação de competências) e da realização de relatórios diários, avançámos para a definição da área de intervenção

prioritária e, foi então, que surgiu a nossa problemática, “O Desenvolvimento da

Linguagem Oral e Comunicação em Contexto Pré-escolar”, dado que o grupo com quem estávamos a intervir na prática educativa apresentava algumas dificuldades na área da Linguagem Oral e Abordagem à Escrita, principalmente ao nível da compreensão de discursos orais e interação verbal, precisamente na compreensão do que lhe é dito oralmente, no relato de experiências, na descrição de acontecimentos, na partilha de informação, na descrição de algo ou de alguém e no uso de palavras novas em diálogos.

Nesta primeira fase, a identificação de alguns problemas nesta área foi bastante evidente em algumas crianças do grupo, duas delas com necessidades educativas especiais. Estas dificuldades apresentavam-se não só ao nível da fala, mas também na comunicação, ou seja, na forma como se expressavam ou não, nos momentos de trabalho em grande grupo, pequeno grupo ou individual.

Em relação à primeira avaliação, realizada em novembro, é notória a evolução do grupo na área de intervenção prioritária, linguagem oral e comunicação, como pode ser visto na lista de verificação de competências final, presente no anexo 10. A maior evolução foi feita ao nível do domínio da Compreensão de Discursos Orais e Interação Verbal na área da Linguagem Oral e Abordagem à Escrita, tendo em conta as Metas de Aprendizagem, ou seja, através das estratégias utilizadas para ajudar as crianças a ultrapassar as suas dificuldades nesta área, as mesmas passaram a participar mais nas conversas em grande grupo e nas atividades propostas, fazendo perguntas, contanto

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experiências vividas, descrevendo acontecimentos, histórias, objetos e pessoas, recontando histórias ouvidas a ler, iniciando diálogos, aprendendo novas palavras e usando-as nas suas conversas e recitando poemas, rimas e canções.

Quanto à vida profissional futura é importante continuarmos a construir conhecimento, desenvolvendo competências pessoais, sociais e profissionais, numa perspetiva de formação ao longo da vida, mas refletindo sempre sobre as suas práticas, como refere o Perfil Específico de Desempenho do Educador de Infância (Decreto-Lei nº 241/2001, de 30 de agosto). Mantemos a vontade de continuar a melhorar a nossa prática pedagógica, melhorando as nossas propostas e adequando-as a cada criança, pois esperamos que ao gerir de forma autónoma um grupo, sejamos capazes de conhecer cada criança, compreendendo as suas necessidades.

Ao longo deste ano de estágio, por serem três manhãs, foi possível conhecer melhor a dinâmica de uma sala de jardim-de-infância e de um grupo em idade pré- escolar, as suas facilidades e as suas fragilidades e estabelecer com as crianças uma relação mais próxima, facilitadora do nosso envolvimento na prática pedagógica. Foi ainda possível estabelecer relações entre as aprendizagens feitas ao longo do curso e a nossa prática no estágio.

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