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Reflexão Sobre a Inclusão

No documento A escola como espaço inclusivo (páginas 43-57)

A coleta de dados realizou-se através de observações, questionários, entrevistas e anotações diárias. Foram distribuídos vinte e três questionários abertos sendo que somente treze foram respondidos. Os demais professores usaram como justificativa não ter respondido o questionário por acharem difícil e comprometedor. Das professoras entrevistadas, oito possuem o curso superior (pedagogia e letras). Uma professora de Educação Física participou do estudo de caso, sendo pós-graduada em Desenvolvimento Humano Ênfase em Educação Infantil. Apenas quatro professores com magistério (Ensino Médio).

Os entrevistados têm experiência profissional entre seis meses e vinte e quatro anos de exercício na rede pública de ensino. Quanto ao tempo de experiência na escola onde se realizou o estudo, fica entre seis meses e dezessete anos. Dois professores trabalham na rede estadual.

Todos os professores entrevistados acreditam que o direito das pessoas com necessidades especiais precisa estar especificado em leis e que estas devem ser claras e respeitadas. “Porque mesmo havendo a

obrigatoriedade legal há dificuldades para o deficiente ser respeitado nos seus direitos como pessoa, cidadão... (professora B)”.

Vários autores citados já vêm denunciando, intensamente, que os direitos reivindicados, proclamados e garantidos nas letras das leis e de recomendações internacionais e nacionais, precisam ser cumpridas, pois tem sido freqüentemente violados.

A educação inclusiva, entretanto, não se esgota na observância da lei, que a reconhece e garante, mas requer dos sistemas educacionais uma mudança de postura, de percepção e de concepção. As modificações necessárias devem abranger atitudes, perspectivas, organização e as ações de operacionalização do trabalho educacional. (Carvalho 1994 p. 23)

Os trezes professores concordam que falar de igualdade de oportunidades não consiste em oferecer as mesmas oportunidades iguais aos alunos desiguais. "Igualdade de oportunidade quer dizer acesso igual a

tudo, respeitando possibilidades e capacidade de cada um...” (professora D).

Para a professora E, "cada indivíduo é único e as diferenças precisam

ser respeitadas e valorizadas".

Segundo Edler (1997 p. 28), “a integração escolar trata-se de um processo gradual e dinâmico que assume distintas formas, segundo as necessidades e características de cada aluno, considerando seu contexto sócio-econômico”.

Os professores acreditam que a escola não está preparada e pouco tem feito para garantir o acesso e a permanência do aluno com necessidades especiais. "A escola não pode negar vaga para este aluno,

mas penso que sua permanência fica comprometida devido à falta de preparo e recurso..." (professora I).

Segundo Carvalho (1994), “a prática da inclusão na realidade brasileira revela dificuldades: despreparo do sistema regular de ensino para atuar no processo, resistência da comunidade escolar na aceitação dos alunos e fatores diversos de aceitação familiar, institucional e sócio-cultural”.

Questionados sobre o que tem sido feito no município para possibilitar o pleno exercício da cidadania a pessoas com deficiência, os professores concordam que existem pequenos avanços, como: atendimento na APAE (psicólogo, fisioterapeuta, psicopedagoga), construção de rampas, transporte interurbano gratuito. "Este pouco já é muito positivo". (professora

B).

Goffredo (1997) diz-nos que “inclusão, numa sociedade de excluídos, passa a ser a palavra-chave para se alcançar à verdadeira democracia. A cidadania se estabelece pela igualdade de direitos e deveres, e pela oportunidade de poder exercê-los plenamente”.

Todos os professores acreditam que ser solidário é a melhor conduta da comunidade em relação a pessoas com deficiência.

A professora C: chama atenção para o fato de que muitas pessoas

pregam uma solidariedade como meio de ascensão e promoção social do que realmente em benefício da causa.

Os professores foram unânimes em afirmar que as propostas inclusivas, integradoras não se limitam apenas à pessoa com deficiência, justificando que há vários excluídos em nossa sociedade (negros, índios, aidéticos, pobres, idosos, doentes).

Werneck (1997, pág. 42), coloca que: "... a inclusão vendo quebrar barreiras cristalizadas em torno de grupos estigmatizados".

Sobre a forma de ajudar o professor que tenha em sua turma aluno com deficiência, a professora A acredita que todos os membros da escola devem contribuir: equipe diretiva, coordenação pedagógica, professores, funcionários, alunos, familiares em geral. Esta idéia também é destacada pela (Rede Saci. www.saci. org. br), a qual trabalha pela inclusão dos deficientes na sociedade.

É fundamental um trabalho com os que dirigem e atuam no sistema de ensino, bem como com os pais que têm filhos atendidos nas escolas. Um trabalho que tenha como objetivo modificar posturas e atitudes com relação à freqüência de crianças com deficiência nessas unidades, bem como difundir informações corretas sobre o tema.

A professora I chama atenção para o fato de que "o aluno com

necessidades educacionais especiais não pode ser um mero espectador na classe regular, é preciso que suas necessidades sejam reconhecidas".

Contudo a professora D acredita que: " o fato das classes numerosas tem

dificultado bastante o processo de inclusão".

Sabe-se que “há no Brasil uma prática muito nociva, a de manter classes com mais de 40 alunos, não permitindo ao professor estar atento às

particularidades, lidar com o aluno num sentido de uma interação maior”. (Mrech¹, 2002).

Questionados sobre os procedimentos adotados na sala de aula para tornar a aprendizagem inclusiva para todos, a professora de Educação Física concorda que esta disciplina estimula convivência social, o contato direto com o outro, o que facilita o processo de inclusão. Já para a professora A, a auto-estima positiva é fundamental para que ocorra a aprendizagem.

Segundo Mrech¹ (2002), “o professor precisa descobrir formas diferentes de interação com as crianças. Grande parte dos professores da rede pública não tem informações a respeito do que é a inclusão, o que é escola inclusiva, isso gera por parte deles uma certa rejeição em relação à criança”.

Todos os professores concordam com a idéia de que a escola deve ser um espaço inclusivo. "A professora I diz que isso gera solidariedade

entre as crianças:" para os professores isto traz dificuldades. As crianças encontram maneiras para ajudar. Nós, professores não sabemos lidar com isso “.

Quanto à questão da auto-estima, os professores foram unânimes em afirmar que ela é fundamental para o aprendizado. Para professora E: “é

preciso gostar e confiar em si mesma para buscar o desconhecido".

As adaptações curriculares para atender determinados alunos que não conseguem acompanhar a proposta regular, são consideradas por todos os entrevistados como um fator necessário. A professora F salienta que: “as

adaptações servem para enriquecer o currículo”.

As adaptações curriculares, também para Goffredo (1997), tornam o processo pedagógico mais rico, propiciando uma melhor qualidade de educação para todos. Assim, todos se beneficiam da educação inclusiva, todos enriquecem: alunos, professores, família e comunidade.

O currículo pode constituir um grande obstáculo para os alunos com necessidades educacionais especiais na escola regular, quando ele impõe uma referência homogênea a ser alcançada por todos os educandos, independentemente de condições particulares que possam apresentar. (Carvalho, 1994).

Os professores, porém salientam que as adaptações curriculares por si só não resolvem os problemas básicos das pessoas com necessidades educativas especiais. A professora A diz que: "são necessárias também

adaptações no espaço físico, nos materiais didáticos, pedagógicos, coragem e comprometimento de todos os envolvidos". A professora F concorda e acrescenta que: "é fundamental investir na formação permanente do profissional".

“O sistema que permite espaços físicos favoráveis, materiais didático de qualidade, respaldo técnico aos educadores, possibilidades de capacitação aos mesmos e respeito às prerrogativas vigentes sobre os direitos dos indivíduos estará, a priori, mais repleto de profissionais qualificados” (Souza 2002, p.23).

Questionado os professores sobre a possibilidade de remover barreiras para possibilitar a aprendizagem, todos concordam ser possível, embora um pouco difícil. A professora D acredita que é imprescindível que

se conheça o aluno. Entretanto a professora E salienta que é preciso vontade, coragem de inovar e apoio de todos.

Sobre a formação dos profissionais da educação os professores concordam que não atende ao novo modelo educacional. "Não estamos

preparados para trabalhar como a inclusão".A professora F diz: "é preciso muito mais! Os cursos de magistério e as universidades precisam estar comprometidos na qualificação dos profissionais de educação".

Segundo Goffredo (1997) “são necessárias respostas imediatas não só quanto à reformulação dos cursos de formação de professores tanto em nível médio quanto em nível superior, mas também para os profissionais que exercem atividades no magistério”.

Para ela é essencial a criação de programas de educação continuada necessárias ao aprimoramento profissional e ao desempenho de suas funções, considerando o novo paradigma educacional-a inclusão de todos na escola regular. Ela afirma que: "o modelo brasileiro de educação profissional voltado para a carreira do magistério encontra-se desajustado para o novo modelo educacional".

Quanto à questão da formação continuada, os professores concordam que a escola proporciona ao professor a participação em cursos, seminários, encontros. Por parte da direção há uma preocupação em divulgar esses eventos e disponibilizar a participação senão de todos, de alguns professores. "A escola dá abertura aos professores para participação nos

encontros" (professora D).

A professora E acredita que: "se pode fazer mais e sugere a

realização de palestras sobre a inclusão, na comunidade escolar".

Após esta análise, conclui-se que: (a) todos os professores concordam que educação é um direito de todos garantido pela constituição, (b) a escola para ser um espaço inclusivo, necessita para isso o comprometimento de todos, (c) é preciso uma renovação pedagógica que considere as diferenças, (d) os governos precisam formular políticas que assegurem a inclusão dos excluídos, metas da inclusão e ampliação da cidadania, (e) a atual formação dos profissionais da educação não atende o novo modelo educacional, (f) os currículos precisam ser adaptados diante da diversidade; é fundamental o desenvolvimento de um trabalho de formação continuada que objetive modificar posturas e atitudes e que contemple o corpo docente, discente, funcionários e comunidade, que este seja acrescido de um programa de capacitação e aprimoramento profissional.

CAPITULO VI

Considerações Finais

A escola para ser considerado um espaço inclusivo, precisa deixar de ser uma instituição burocrática, que apenas cumpre as normas estabelecidas pelos níveis centrais. Para tal, deve transformar-se num espaço de decisão, ajustando-se ao seu contexto real e respondendo aos desafios que se apresentam. Não há dúvida de que a qualidade da educação é importância prioritária para o crescimento econômico, social e político de um país. Os governos precisam formular políticas que assegurem a inclusão dos excluídos, metas de inclusão e de ampliação da cidadania. Na tentativa de incluir, a escola vem criando falsos mecanismos como: a não adaptação da proposta pedagógica, a aceitação de alunos com necessidades educacionais especiais sem ter condições físicas, técnicas e principalmente não contar com profissionais habilitados para trabalhar com esses alunos. A não garantia de acesso e permanência de todos na escola é a forma mais perversa e irremediável de exclusão escolar, conseqüentemente, de exclusão social, pois nega o direito elementar da cidadania.

Entretanto, a escola existe em função do aluno. O aluno, nela ingressa para se apropriar de conhecimentos, de habilidades, para aprender a se relacionar, a ser crítico e produtivo na sociedade. Se isso não ocorre, a escola não está cumprindo sua função. O sucesso dos alunos não pode depender de sua capacidade de adaptar-se aos códigos existentes dentro dela. Essa é a caracterização da cultura do fracasso. Essas crianças carentes sociais e culturalmente são vistas como incapazes de aprender e avançar. Pode-se então concluir que a escola, como espaço inclusivo, deve ter por desafio o sucesso de todos os seus alunos, sem exceção.

Foi possível verificar, neste trabalho que muitos professores consideram que ainda são poucas as condições oferecidas para que o processo de inclusão ocorra de forma eficiente, embora reconheçam que não existe ainda uma consciência da necessidade desse processo, por parte não só das pessoas envolvidas no processo educacional, como pela sociedade em geral, parece que não se reconhecem como responsáveis também por esse processo inclusivo.

Sabemos que somos iguais em direitos, porém, cada um é único e diferente como pessoa. Cabe a educação desse novo milênio zelar para que a singularidade de cada pessoa não se perca diante das diversidades de todos e a diferença entre os homens reserve espaço para cada um se manifestar. A partir destas considerações podemos destacar alguns aspectos que servem como sugestões para reflexões futuras:

- Estimular as escolas para que elaborem um projeto político pedagógico que norteie e defina a escola que a comunidade escolar deseja, com autonomia e de forma participativa.

- Realizar na escola, através de grupos de estudo e assembléia com a comunidade escolar, avaliações do processo educativo, revendo e reelaborado os aspectos negativos.

- Oportunizar tempo e espaço para que os professores e a comunidade escolar possam discutir e refletir sobre uma proposta de inclusão escolar, conscientizando-os do papel que cada um teve e tem com os alunos que não conseguem se beneficiar do ensino regular.

- Repensar tempo de aprendizagem dos alunos e novas maneiras de organizá-los, de forma a atender as diferenças.

- Buscar experiências positivas de inclusão escolar para que sejam discutidas com a comunidade;

- Buscar parcerias com outras entidades que atendam crianças com necessidades educacionais especiais para suprir as necessidades dos professores e dos alunos em geral;

- Oportunizar um espaço permanente de formação de professores mediante grupos de estudo, reflexão da prática, acesso às produções científicas;

- Incentivar os cursos de formação para que repensem seu currículo, abandonando a visão fragmentada das ciências, concebendo a interdependência de todos os conhecimentos, possibilitando ao futuro profissional compreender e intervir na realidade;

- Proporcionar a os cursos de formação a superação do ensino livresco, abrindo espaço para pesquisa.

A respeito dos depoimentos conclui-se que a escola inclusiva é possível desde que haja comprometimento de todos. Os professores entrevistados acreditam que é preciso preparar a escola inclusiva proporcionando a capacitação de toda a equipe escolar. É importantíssimo também sensibilizar os pais. Todos devem desempenhar um papel ativo diante do processo da inclusão.

Através das entrevistas foi possível perceber a preocupação de todos diante desse desafio. Eles acreditam que a inclusão daqueles que possuem necessidades educacionais especiais requer como fundamental e urgente, a necessidade de ações para se conseguir de fato uma educação para todos.

Nesse contexto, os professores freqüentemente se deparam com a falta de dados, de informações relativas ao quadro do aluno, a inexistência de um trabalho paralelo ao trabalho escolar, impossibilidade escolar, devido à estrutura e ao número insuficiente de profissionais, inadequação dos prédios etc.

Para viver democraticamente em uma sociedade plural é preciso respeitar e valorizar a diversidade. Essa diversidade freqüentemente é alvo de preconceitos e discriminação, atingindo a escola e reproduzindo-se em seu interior.

A desigualdade, resultado da injustiça social, também está presente na escola. Estas posturas exigem da escola ações efetivas de superação. A escola pesquisada ainda não tem condições de trabalhar com pessoas com

necessidades educacionais especiais. Essa escola em primeiro lugar deverá assumir o papel de que vai propiciar ações que favoreçam a atuação do professor, depois entender que não é o aluno que deve adaptar-se à escola, mas é ela, a escola, que, consciente de sua função, deve adaptar-se a inclusão, colocando-se à disposição do aluno, buscando o acompanhamento de um professor especializado e não esperar que o professor da classe ensine às crianças especiais sem um suporte técnico. Também deve apresentar uma proposta de escola inclusiva a todos os professores, formar um grupo interno de trabalho onde todos devam estar conscientes das mudanças, ver as necessidades e áreas a serem melhoradas, acreditar que esta criança tem condições de aprender e trará benefício a todos, os alunos especiais e alunos normais, conscientizar seus professores que devem lutar por isso e depois avaliar não à criança especial, mas o que está dando certo nesta proposta.

A escola que me refiro está longe, muito longe de ter condições de trabalhar com crianças especiais. Esses alunos não estão sendo incluídos e sim excluídos do grupo. Não é à toa que o assunto ainda é polêmico e difícil para muita gente. Afinal nunca foi fácil conviver com quem não anda, não enxerga, não ouve, não fala ou simplesmente não acompanha o pensamento e as atitudes da maioria das pessoas.

As sensações, quem há de negar? Vão de um simples desconforto até o repúdio. Daí a importância de continuar lutando, sem descanso pela inclusão cada vez mais efetiva das crianças com necessidades educacionais especiais na sociedade. E a escola, é claro, assume papel de destaque nessa tarefa.

Em suma, o necessário para uma verdadeira escola inclusiva é o trabalho harmonioso entre pais, professores e alunos, buscando respeitar e conhecer as diferenças de cada criança com necessidades educacionais especiais para construir uma escola que contribua para o desenvolvimento dessas crianças para uma vida pessoal independente.

O certo é acreditar que todos podem aprender, basta todos os membros da escola quererem desenvolver sua competência para ensinar.

Eu, particularmente, estou buscando ter certeza de que a inclusão é possível, por acreditar que toda a criança é capaz, tem um potencial a ser desenvolvido, desde que respeitada a especificação de cada uma, dadas condições necessárias e estabelecido um vínculo afetivo entre os envolvidos.

Creio que as dificuldades imprimem um ritmo, mas não impedem o desenvolvimento, colocam barreiras, mas não fecham caminhos. Temos que ser sensíveis para incluir a forma singular de cada sujeito, promover situações de aprendizagem e estar capacitados como professores, para trabalharmos com a diferença, com a diversidade em sala de aula.

Quero lembrar que a inclusão na escola regular não resolverá a questão da deficiência da criança, visto que é um problema real e objetivo. E que o trabalho dos profissionais em educação não é suficiente para a inclusão, se a sociedade não se preparar para receber essa criança, ou seja, não podemos ser ingênuos a ponto de acreditar que a lei resolve a questão.

O corpo de uma criança é um espaço infinito onde cabem todos os universos. Quanto mais ricos forem esses universos, maiores serão os vôos da borboleta, serão o fascínio, maior será o número de melodias que saberá tocar, maior será a possibilidade de amar, maior será a felicidade. Por vezes, entretanto, acontece uma metamorfose ao contrário: as borboletas voltam ao casulo e se transformam em lagartas. Porque voar é fascinante, mas perigoso. É preciso que não se tenha medo de flutuar sobre o vazio como asas frágeis. É mais seguro viver agarrado à folha que se come. Eu me pergunto sobre o que aconteceu conosco. Pois um dia fomos borboletas aladas, em busca de espaços limites. Talvez, por medo, tenhamos abandonado as assas. Talvez, por medo, já não sejamos capazes de voar e sonhar. Gordas lagartas, que não têm coragem de se desprender das seguras folhas onde rastejam...(Rubem Alves 1994, p. 69 - 70).

Na natureza, duas coisas não são exatamente iguais. O mesmo se aplica às pessoas, cada uma é única em conhecimento, cultura e experiência. No ambiente escolar, vivemos na riqueza da diversidade, todos os dias interagimos com pessoas de diferentes culturas. Acreditamos que a riqueza da diversidade possibilita a completariedade coletiva, pois, juntando nossas capacidades particulares, podemos criar uma escola cidadã, onde os professores desenvolvam projetos que levem o aluno a descobrir a alegria de criar, interagir e aceitar o diferente como um desafio novo.

Espero que este trabalho de pesquisa tenha contribuído junto aqueles que sonham e acreditam um dia poder alcançar uma educação na qual tenha garantido seu espaço, suas diferenças, singularidade, ação, inserção e co-participação no processo de inclusão.

Referências

ALVES, Rubem. A Alegria de Ensinar, Ed. Ars Poética/ Petah, SP.1994 BRASIL- Lei nº 9394 de 20/12/96. " Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional".In: Diário Oficial da União. Ano CXXXIV, nº 248 de 23/12/96.

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Nº 139 de janeiro e Fevereiro de 2001. In. Revista Nova Escola, junho

No documento A escola como espaço inclusivo (páginas 43-57)

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