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MINDSET I NOVADOR NAS O RGANIZAÇÕES

REFLEXÕES, CONTRIBUTOS E LIMITAÇÕES

As redes, e todas as questões relacionadas com as estratégias de comunicação, em paralelo com o conceito de inovação são dois elementos amplamente estudados pelas mais variadas áreas de conhecimento. É indiscutível a importância das redes, sejam de pessoas ou de empresas, e da inovação no contexto económico atual.

Desta forma, através exploração e compreensão dos aspetos que promovem o trabalho em rede, foi possível obter um conjunto de resultados que irão permitir a definição de estratégias de comunicação para a ativação, motivação e envolvimento para de empresas. Foi também possível observar um conjunto de aspetos que promovem a criação de sinergias internas e a definição da estratégia de comunicação externa.

Tendo em conta as questões inicialmente definidas podemos evidenciar que existem um conjunto de aspetos-chave que promovem a ativação, motivação e envolvimento das empresas incubadas para um trabalho em rede.

Primeiro, relacionado com a ativação, concluímos que através da utilização de vários canais para a comunicação utilizado para a comunicação dos vários workshops e através da comparação do número de elementos participantes obtivemos:

A 8 de Novembro de 2013, 30 participantes no primeiro workshop, utilizando canal e-mail enviado pelo diretor da incubadora Dr. José Damião;

A 14 de Janeiro, 6 participantes no segundo workshop, utilizando canal e-mail e enviado exclusivamente pela equipa promotora do projeto;

A 8 de Abril, 15 participantes no terceiro workshop, utilizando canal e-mail, reforço presencial do diretor da incubadora e de um elemento da equipa do projeto mais dois emails de reforço dia 2 e 7 do mesmo mês.

Podemos concluir que a estratégia de comunicação de marketing interna para a ativação da rede deve passar pela presença de um elemento interno à rede, ou com capacidade de ativação da mesma, as ações devem ser comunicadas através de contacto presencial com reforço via e-mail e a periodicidade da realização das interações têm influência na participação devendo ser realizadas, planeadas e comunicadas no início das interações.

Segundo, concluindo através da realização e da posterior análise das ferramentas, podemos concluir que a estratégia de comunicação de marketing deve ser parametrizada de

acordo dinâmica da rede, das empresas e das áreas de atividade presentes. No entanto, para este caso específico, a motivação e envolvimento dependem de um conjunto de aspetos identificados. As capacidades da rede – o que a rede capacita nas empresas – necessidades da rede – o que é necessário que a rede possua - e motivações da rede – os fatores que levam à integração das empresas.

Relativamente às motivações, concluímos que existe um conjunto de fatores motivacionais que ativam e motivam o envolvimento das empresas em redes para a inovação:

 Partilha, transferência de conhecimentos e investigação entre empresas;

 Possibilidade de criação de novas redes de networking e novas formas de promoção da empresa;

 Partilha de informação entre membros;

 Divisão de esforços numa lógica colaborativa.

Relativamente às necessidades, concluímos que existe um conjunto de elementos que a rede tem de possuir de forma a ativar e motivar o seu envolvimento em redes de empresas para a inovação:

 Mente aberta e espírito construtivo;

 Um foco profundo no cliente e nos resultados;

 Novos canais facilitadores da comunicação;

 Criatividade, inovação e confiança;

 Objetivos claros e concretos;

 Um método orientador do processo;

 Qualidade.

Relativamente às capacidades, concluímos que existem um conjunto de elementos que a rede deve capacitar nas empresas, de forma a ativar e motivar o seu envolvimento em redes de empresas para a inovação:

 Prospeção e identificação de oportunidades;

 Resolução de problemas;

 Novos canais de comunicação;

 Planeamento, organização e comunicação;

 Ferramentas de Networking

Além destas conclusões, é-nos possível evidenciar a aplicação de um conjunto de conceitos às das conclusões da primeira questão de investigação. A cocriação, apresentada no subcapítulo - Novos paradigmas na inovação nos negócios – amplia a capacidade de prospeção e identificação de capacidades através da promoção do diálogo, partilha de conhecimentos e experiências através da integração e interação entre stakeholders. As novas lógicas de inovação apresentadas no subcapítulo - Inovação nas PME’s – relativas à divisão e partilha de capacidade comercial, distribuição e alocação de recursos financeiros como forma de superar estas dificuldades. Os novos mindsets e as lógica de inovação aberta das empresas apresentadas no subcapítulo - Mindset inovador nas organizações e

subsubcapítulo inovação aberta – como caminhos a seguir na criação um espírito

construtivo, colaborativo e participante. As novas lógicas inovação aberta, apresentadas no subsubcapítulo - inovação aberta e no subcapítulo Inovação nas PME’s – através das lógicas de partilha e transferência de conhecimentos, partilha de informação, esforço colaborativo e na interligação entre os vários agentes na promoção da investigação. As ferramentas de inovação apresentadas no capítulo com o mesmo nome, na capacidade que estas têm de promover a criatividade, a inovação e gerar sentimentos de confiança entre os vários elementos assim como na sua capacidade de resolução de problemas e de na facilitação da comunicação entre elementos.

Sabendo e compreendendo as capacidades, necessidades e motivações, a segunda questão de investigação aprofunda o processo de criação de sinergias entre empresas incubadas. Neste aspeto, podemos concluir que a melhor forma de criação de sinergias internas é através da criação de projetos integrados, envolvendo várias empresas em torno de uma motivação, objetivo e projeto específico. Podemos concluir também que a melhor forma de promover a criação de projetos integrados é nivelando os graus de conhecimento entre empresas incubadas, relativamente às competências presentes na rede, cruzando as necessidades existentes com capacidades e iniciando potenciais parcerias.

De forma a responder à última questão de investigação, a qual questiona a forma como podem ser definidas as estratégias de comunicação de marketing para promoção externa da

rede concluímos que passa pelo reconhecimento das necessidades presentes na rede e, posteriormente, a prospeção de potenciais públicos-alvo em cinco vertentes:

Parcerias: de forma a aceder a outras redes, empresas, integrando-as ou desenvolvendo projetos conjuntos. As incubadoras desempenham um papel essencial devido às amplas redes empresariais, universitárias, locais e internacionais que promovem;

Financiamento: de forma a aceder a oportunidades e financiamento para desenvolvimento de projetos. As incubadoras, devido à sua proximidade com órgãos estatais, as relações que promovem com diversas fontes de financiamento públicas e privadas, a sua estrutura preparada para financiamento de projetos e empresas, definem como importantes intermediários nas questões de obtenção de financiamento;

Oportunidades: de forma a garantir o acesso a novos mercados através de processos de internacionalização e ajuda à exportação. As incubadoras devido às suas características fazem parte de núcleos e redes internacionais que podem ser canais privilegiados a outros mercados;

Planeamento: acesso a capacidades de desenvolvimento de investigação, financiamento e proximidade com centros de investigação. As incubadoras fazem parte de institutos universitários ou entidades que promovem o desenvolvimento científico e tecnológico estando em posição privilegiada para a gestão destes processos;

Serviços: acesso a serviços de promoção, venda de produtos e serviços da rede e das empresas, serviços de acesso a redes e captação de recursos humanos e gestão. Considerando o foco de análise, as Incubadoras são elementos com capacidade de alocação de recursos para o desenvolvimento de serviços para toda a rede;

Marketing e Comunicação: capacidade de criação de portfólio da rede e das empresas para a comunicação e venda junto dos potenciais clientes

Concluímos, quando considerada uma rede de empresas numa incubadora, a própria, devido à dimensão reduzida dos elementos que a constituem e a todos os pontos acima evidenciados remete-nos para uma modificação do papel da incubadora definindo-a como

A incubadora, como as próprias empresas o referiram, deve ter uma participação mais ativa na rede, na gestão e promoção da mesma para a facilitação, da obtenção de financiamentos para projetos, exploração e acesso a novos mercados, criação de parcerias com outras redes de forma promover o desenvolvimento de inovação. Além disso, a incubadora deverá centralizar em si a gestão e definição das estratégias de comunicação de marketing da própria rede.