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Reflexões finais

No documento RFTIA Asp 784 Bártolo (páginas 77-119)

Parte II Trabalho de Campo

Capítulo 7 Conclusões e recomendações

7.5. Reflexões finais

Nos últimos tempos tem havido uma verdadeira consciencialização internacional dos estragos causados na conservação da natureza pelo comércio ilegal de espécies protegidas. Em Portugal, no âmbito do combate a este tipo de tráfico, foi desenvolvido pela GNR o projeto cinotécnico de deteção de espécimes de vida selvagem “K9 CITES”.

Mesmo sem terem resultados operacionais até ao momento, estes meios demonstraram neste estudo a sua utilidade e eficácia, evidenciando grandes potencialidades ainda por explorar, cujo empenhamento operacional se distingue pela versatilidade operacional, aplicabilidade em diferentes locais e adaptabilidade.

A capacidade de discriminação dos diversos odores de espécies protegidas; a utilização em compartimentos, grandes áreas, volumes, veículos e pessoas; e ainda o empenhamento em operações conjuntas entre entidades com competência CITES, torna os meios cinotécnicos um recurso fundamental no combate ao comércio ilegal de espécie protegidas em Portugal.

Reunidas estas condições, os resultados do projeto “K9 CITES” pendem apenas dos futuros empenhamentos operacionais, que por sua vez se encontram dependentes das solicitações das entidades com competência de fiscalização CITES.

Capítulo 7 – Conclusões e recomendações

7.6. Recomendações e sugestões

No decorrer das entrevistas foi constatada a forte relação institucional entre a Guarda Nacional Republicana e o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas em termos de troca de informações e apoio técnico e operacional. Deste modo deve-se realçar a manutenção desta relação que garante vantagens mútuas no cumprimento das missões em matéria ambiental.

7.7. Limitações à investigação

Até ao momento da realização deste estudo os resultados operacionais dos binómios de deteção de vida selvagem foram inexistentes, impossibilitando a análise da eficácia operacional.

Para uma contabilização estatística mais fiel, quanto à caracterização do comércio ilegal com base nas apreensões de espécies protegidas em Portugal, foi impossível a análise dos relatórios das apreensões CITES do ano de 2012, uma vez que não estiveram disponíveis atempadamente para realização deste trabalho.

A existência de variáveis parasitas e a utilização de uma diminuta amostra nos testes de eficácia, poderá ter condicionado a fidelidade resultados finais.

7.8. Investigações futuras

A realização deste trabalho de investigação fez com que surgissem questões que poderão ser objeto de investigações de futuro.

Tendo sido indicados os locais onde podem ser efetuadas/ incrementadas as fiscalizações no âmbito CITES, poder-se-ia realizar um estudo detalhado referente aos meios cinotécnicos necessários para garantir este controlo fronteiriço de modo adequado.

Outro tema possível para futuras investigações, em conjunto com as Alfandegas e o ICNF, seria a criação de um perfil de risco associado ao tráfico de espécies protegidas baseado nas épocas de postura, perfil do “correio” e origem dos voos, uma vez que este é inexistente, dificultando o planeamento de operações no âmbito CITES.

Referente à conclusão retirada da opinião dos representantes das entidades com competência CITES, seria produtivo efetuar um estudo sobre a perceção dos magistrados no que concerne à importância do combate ao tráfico de espécies protegidas.

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Referências bibliográficas

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Artigos

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Lei n.º 63/2007, de 06 de novembro, aprova a Lei orgânica da GNR. D.R. n.º 213, 1ª Série de 6 de novembro de 2007, Assembleia da República

Lei n.º 66-B/2007 de 28 de Dezembro, Estabelece o sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho na Administração Pública, D.R. 1.ª série - n.º 250 de 28 de Dezembro de 2007, Assembleia da República

Parecer nº 108/2006 de16 de Maio de 2007, D.R. 2ª série – Nº 94 de16 de Maio de 2007 Procuradoria-Geral da República

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Referencias Bibliográficas

Portaria nº 798/2006 de 11 de agosto, D.R. 1ª série nº155 de 11 de Agosto de 2006, Ministérios da Administração Interna, do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional e da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas.

Regulamento (CE) nº 338/97 do Concelho, de 9 de dezembro, regulamento de transposição da CITES para a União Europeia

Regulamento (CE) nº 865/2006 da Comissão, de 4 de maio, estabelece normas de execução do Regulamento (CE) n.º 338/97 do Conselho relativo à proteção de espécimes da fauna e da flora selvagens através do controlo do seu comércio.

Teses de Mestrado ou Doutoramento

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Clinica, Instituto Superior de Psicologia Aplicada, Lisboa

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Cinotécnicos no seu Combate. Trabalho de Investigação Individual do Curso de

Promoção a Oficial Superior da GNR, Pós-graduação em Direito e Segurança - Universidade Nova de Lisboa, Lisboa.

Metodologia Científica

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Referencias Bibliográficas

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Outros documentos

GNR, CO/DSEPNA (2010), Informação nº 26 de 11 de Junho de 2010, Lisboa GNR, CO/DSEPNA (2011), NEP nº01de 01 de dezembro 2011, Lisboa GNR, CO/DSEPNA (2012), Informação nº 09 de 03 de abril de 2012, Lisboa GNR, DO/GNR, (2011), Informação nº61 de 07 de abril de 2011, Lisboa GNR, GIC (2013)., Manual de Deteção Cinotécnica, documento não publicado

Apêndices

A2

Apêndice A

Mapa do tráfico de psitacídeos para a Europa

Fonte: Imagem cedida pelo ICNF, com alterações efetuadas pelo autor

Ovos entram no Brasil oriundos de outros países da América Central e do Sul. Os psitacídeos já legalizados, são comercializados internacionalmente “Correios” fazem o transporte dos ovos via aérea para Portugal

Apêndices

Apêndice B

Quadros síntese das respostas dos entrevistados

O presente apêndice contém a identificação dos representantes das instituições com competência CITES em Portugal que serviram de amostra ao modelo inquisitório e pelos quadros sínteses (um por cada pergunta) das respostas dos entrevistados às questões formuladas, tendo em conta as expressões chave.

B1. Identificação dos entrevistados:

Quadro nº 8. Identificação dos Entrevistados

Design. Nome Posto/ grau

académico Instituição Função Data

E1 Jorge Oliveira Coronel Guarda Nacional Republicana Direção do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente 11 /06 /13 E2 Paula Soares Doutora Alfândega do Aeroporto do Porto Diretora da Alfândega do Aeroporto do Porto 17 /06 /13 E3 João Loureiro Doutor Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas Chefe de Divisão de Gestão de Espécies da Fauna e da Flora 05 /07 /13

E4 Ana Silva Doutora Alfândega do Aeroporto de Lisboa

Coordenadora da sala de bagagem do Aeroporto de Lisboa

Apêndices

A4

B2. Análise de Conteúdo das Respostas à Questão N.º1

“Porque é importante a aplicação da CITES no controlo do tráfico de espécies protegidas, através das entidades competentes nacionais?”

Quadro nº 9. Síntese das respostas à questão nº1

Entrevistados Expressões chave

E1

 “É uma ferramenta que tem por finalidade reger o tão diversificado comércio e as permissões de circulação das espécies protegidas”

 “Meio legal exercer o controlo nesta matéria”

E2

 “Extremamente útil porque há espécies que desaparecem por ação do homem com o intuito comercial e para obtenção de grandes lucros, porque sempre que alguma coisa e rara normalmente atinge elevados valores e portante acho que é um combate que a natureza e o planeta merecem.”

 “As alfândegas comunitárias são normalmente as destinatárias de produtos não são oriundos das comunidades onde nos chegam produtos de espécies

protegidas.”

E3

 “O combate ao tráfico ilegal de espécimes ilegais, que atinge anualmente milhões de euros (o tráfico de espécies protegidas só é superado pelo tráfico de droga e de armas), depende de um trabalho de cooperação entre os diversos países parte da Convenção.”

 “Tem como objetivo principal controlar o comércio internacional através de um sistema de licenças e certificados. “

 “Gestão sustentável dos recursos naturais dos países de origem, é a base de um comércio comunitário e internacional de espécies protegidas. “

 “Portugal é uma das principais portas de entrada destas espécies, na União Europeia, quer legal quer ilegalmente”

E4

 “Visa a proteção das espécies em via de extinção, seja fauna ou flora”  “Importantíssima quem está nas fronteiras faça logo ali a paragem de espécies

Apêndices

B3. Análise de Conteúdo das Respostas à Questão N.º2

“Considera que existam lacunas ou condicionantes em termos legais, operacionais ou processuais que limitem a plena aplicação da CITES em Portugal? Quais?”

Entrevistados Expressões chave

E1

 “Dificuldade na aplicação de um documento tão complexo, a legislação sobre a proteção e defesa ambiental onde se encontra incluída a convenção CITES é demasiado vasta e muito complexa”

 “Ao nível superior nos órgãos de decisão dos processos de infrações. Muitas decisões tomadas terem por base um escasso conhecimento das matérias ambientais, existindo sobretudo uma falta de sensibilidade nesta matéria que se verificam as maiores dificuldades.”

 “No que toca à colaboração futura com estas entidades (alfandegas), irá com certeza ser reforçada tal qual o relacionamento desenvolvido com outras entidades que fazem parte da aplicação da convenção.”

E2

 “Existem a nível dos meios, sobretudo para análise de determinado tipo de produtos, no caso do ICNF se tivesse mais meios que pudessem pôr à disposição nas fronteiras para a imediata deteção e análise pois as alfândegas não têm qualquer tipo de conhecimento técnico para aferir da espécie”

 “Não desenvolvemos uma análise de risco muito fundamentada para a deteção dos produtos ao abrigo da convenção CITES.”

E3

 “As verdadeiras condicionantes são operacionais: a ainda não totalmente eficiente coordenação das diferentes entidades com competências na aplicação da CITES (incluindo a nível internacional) ”

 “Reduzido número de recursos humanos que, nomeadamente, o ICNF possui”

 “Necessidade de uma maior apetência para as questões levantadas por esta convenção em termos de conservação e proteção de espécies por parte do corpo judicial.”

E4

 “Aqui existe uma lacuna no sentido de locais próprios para as guardar, reter, alimentar, tratar, ou seja neste aspeto não há condições físicas no terreno para este tratamento”

 “Os tribunais não estão sensíveis para estas questões, não lhe conferem a importância que elas merecem”

Apêndices

A6

B4. Análise de Conteúdo das Respostas à Questão N.º3

“Considera que a sua instituição atribui importância à aplicação desta Convenção? Quais as medidas desenvolvidas pela sua instituição para o combate ao tráfico de espécies protegidas?”

Quadro nº 11. Síntese das respostas à questão nº2

Entrevistados Expressões chave

E1

 “A GNR considera muito importante esta convenção”

 “Criação de um serviço específico para a proteção da natureza e ambiente, o SEPNA”

 “A Guarda Nacional Republicana constitui-se como uma das entidades com maior responsabilidade e maior investimento nesta área, contribuindo diariamente para o combate aos crimes e contraordenações ambientais”

E2

 “Instituição Alfândegas dá bastante relevo à luta contra o comércio ilegal das espécies protegidas. “

 “É uma convenção que aplicamos todos os dias, sobretudo quando temos voos que vêm de países conhecidos como países de procedência de espécies que se pretendem proteger, sejam de fauna sejam de flora”

E3

 “O ICNF atribui grande importância à aplicação da CITES”

 “Promovido a atualização e publicação da legislação nacional regulamentadora da aplicação dessa convenção e agido como facilitador da inclusão efetiva da penalização deste tipo de tráfico no código penal e do aumento das penalizações contraordenacionais de um modo que reflitam verdadeiramente a sua importância em termos de conservação e proteção de espécies, bem como os valores nele envolvidos”

 “Ações de formação sempre que para tal é solicitado”

 “Entidade decisora do destino final dos espécimes apreendidos”

 “Registo dos promotores de transferência de espécimes de espécies listadas nos anexos da CITES, sejam eles criadores ou comerciantes, da marcação obrigatória de todos os espécimes vivos detidos”

E4  “Sim dá importância”

Apêndices

B5. Análise de Conteúdo das Respostas à Questão N.º4

“Em termos de cooperação institucional nesta área, quais as instituições nacionais e internacionais com que desenvolve parcerias em termos de troca de informações, operações conjuntas, formação ou apoio operacional?”

Quadro nº 12. Síntese das respostas à questão nº4

Entrevistados Expressões chave

E1

 “Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, caracterizada pelo bom relacionamento que a Guarda tem com este Instituto,”

 “A Guarda desenvolve parcerias com os CCDR, com algumas Organizações Não Governamentais (ONGs), como por exemplo o grupo de proteção do lobo Ibérico, proteção da águia-real e do lince.”

 “Com a criação dos dois binómios de deteção de vida selvagem, que atuam nos aeroportos internacionais, sobretudo o de Lisboa e do Porto tem-se começado a trabalhar com as alfândegas”

E2  Sobretudo o ICNF

E3

 “Várias reuniões internacionais que se realizam no âmbito do Grupo de Aplicação da Convenção da União Europeia e dos órgãos subsidiários da CITES”

 “Sistemas de troca de informações entre entidades fiscalizadoras da CITES, como o EU-twix ou a IMPEL”

 “Operações nacionais ou internacionais, sugeridas pela INTERPOL (TRAM, RAMP, CAGE) ou com as autoridades aduaneiras”

E4  “Ações conjuntas com as equipas cinotécnicas da GNR”

Apêndices

A8

B6. Análise de Conteúdo das Respostas à Questão N.º5

“Quais os locais em Portugal que considera ser importante existir/incrementar operações no âmbito CITES?”

Quadro nº 13.Síntese das respostas à questão nº5

Entrevistados Expressões chave

E1

 “Junto dos criadores e importadores conhecidos que poderão ser recetadores de ovos”

 “Fronteiras marítimas, sobretudo nos locais onde surge o tráfego embarcações procedentes de África e América do Sul”

 “Fronteiras aéreas, nos aeroportos internacionais, pois são locais privilegiados para fazer estas operações de controlo de pessoas e volumes.”

E2

 “Nos próprios aeroportos a carga é uma área a explorar “

 “Portos marítimos no que diz respeito a determinado tipo de materiais noutras vertentes que não sejam a dos passageiros.”

E3 “Principais aeroportos e portos de mar”

E4  “Fomentar também as ações dos portos estão mais desacautelados”

Apêndices

B7. Análise de Conteúdo das Respostas à Questão N.º6

“A GNR encontra-se a desenvolver um programa de cães detetores vida selvagem. Tem conhecimento deste programa? Considera útil esta ferramenta? Porquê?”

Quadro nº 14. Síntese das respostas à questão nº6

Entrevistados Expressões chave

E1

 “Sim conheço”

 “Informações de outros países no norte da Europa onde este tipo de programas já era utilizado”

 “Os testes feitos até agora são muito positivos e os resultados do treino e têm mostrado a grande utilidade dos cães”

E2

 “Sim tenho conhecimento deste projeto”

 “Considero que os cães são, como na deteção de outras matérias, uma ajuda no combate ao tráfico de espécies protegidas, até porque, contrariamente a outras áreas que nós, (Alfandega) combatemos onde já temos perfis de risco bem definidos, nesse sentido, com certeza que serão ferramentas muito úteis”

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