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6.1. Implicações do plano de ação para a prática profissional futura

Este plano de ação foi muito interessante de se desenvolver, não só pelo facto de poder ter trabalhado com as crianças, mas sim também em parceria com a educadora, e poder ter contacto direto com os pais. Poder trabalhar com os pais e com uma educadora cooperante sempre disposta a ajudar, a criticar construtivamente, a dar sugestões e partilhar conhecimentos foi outro ponto importante para levar este plano de ação aos resultados que obteve. Um dos pontos a favor neste estágio foi o facto de poder refletir diária ou semanalmente com a educadora sobre as atividades desenvolvidas.

Os objetivos do plano de ação foram atingidos e foi gratificante ver a evolução dos conhecimentos e das conceções das crianças ao longo deste projeto, motivou-me o facto de ver as crianças interessadas, a questionar sobre o projeto e a querer aprender. As crianças foram todo o meu objetivo principal neste projeto, tendo aprendido muito com eles.

O desenvolvimento deste plano de ação foi importante para adquirir bases do que é trabalhar a metodologia de trabalho de projeto num jardim-de-infância.

Com o planeamento das atividades consegui verificar a necessidade de articular as diferentes áreas de conteúdo pois, no jardim-de-infância, tudo pode ser trabalhado em conjunto, a área de formação pessoal e social, a área do conhecimento do mundo com a área de expressão e comunicação e com os seus diferentes domínios: expressões motora, dramática, plástica e musical, assim como a linguagem oral e abordagem à escrita e a matemática.

Numa futura prática profissional gostaria de ter a oportunidade de voltar a aplicar este plano de ação, fazendo alguns ajustes e algumas alterações que com mais tempo de ação, poderá ser possível. É importante ter em conta que cada dia é um dia de novas aprendizagens.

Ter o apoio dos pais ajudou-me a conhecer melhor as famílias das crianças com quem estava a estagiar, sabendo que as famílias irão sempre estar presentes em todos as aprendizagens das crianças. É importante saber como trabalhar com os pais e é necessário

não esquecer que eles têm uma opinião e é necessário saber escutá-la para deste modo se trabalhar em conjunto.

6.2. Potencialidade e limites do estágio na promoção do desenvolvimento profissional do formando

O estágio desenvolvido fez-me crescer muito enquanto pessoa e futura educadora de infância. O ambiente vivido era muito acolhedor e tive a possibilidade de conhecer pessoas fantásticas que me ajudaram e ensinaram, com os seus conhecimentos e experiência. Foram as crianças a base da minha aprendizagem. Com elas aprendi que a comunicação é bastante importante, assim como a criatividade e a imaginação que é necessária ter ao longo desta profissão.

Ao longo deste estágio, a minha relação com a educadora, com as assistentes operacionais e com as crianças foi-se tornando mais próxima, o que foi um ponto a favor, pois é através das relações de parceria que se estabelecem que podemos cada vez aprender mais, saber ouvir as críticas construtivas, as opiniões e os conselhos que conseguimos seguir em frente. Como este estágio adquiri conhecimentos que tentarei por em prática futuramente, pois foi um período muito rico de novas aprendizagens, complementando a parte prática, de terreno, que faltou ao longo do percurso académico.

Um dos pontos a favor foi o facto de começar a realizar este estágio no início do ano letivo, o que fez com que fosse possível conhecer melhor o grupo. A minha adaptação, ao longo deste estágio, foi gradual, são muitas as coisas que devo melhorar daqui para a frente. É bastante importante conseguir captar a atenção das crianças do início ao fim das atividades, atendendo aos seus interesses e trabalhando de forma lúdica.

Este estágio foi muito positivo para mim, proporcionou-me grandes momentos de aprendizagem e lançou-me vários desafios. Com este estágio pude verificar a importância das rotinas e pude verificar que uma rotina não tem de ser rotineira, no sentido em que não deve de ser sempre feita da mesma maneira. A marcação das presenças pode ser feita de maneiras diferentes, não tem de ser sempre a mesma criança a marcar a presença primeiro, a contagem das crianças não necessita de ser sempre feita de maneira igual, e é neste

sentido que o educador deve atuar, deve ter presente as inúmeras formas de trabalhar com as crianças.

A relação que fui criando com as crianças foi muito positiva, o grupo era muito carinhoso e sempre muito interessado em saber sempre mais. Um dos pontos a melhorar, poderia ter sido o facto de conseguir ir mais ao encontro do que as crianças queriam e conseguir ter a capacidade de me abstrair um pouco do que estava planeado e falar mais abertamente com as mesmas. É no jardim-de-infância que se semeiam todas as sementes cujos frutos irão ser colhidos no 1º Ciclo do Ensino Básico.

Devo relembrar alguns dos objetivos pedagógicos da educação pré-escolar que acho bastante importantes e que, ao longo deste estágio vi ser desenvolvidos, como estimular o desenvolvimento global da criança no respeito pelas suas características individuais, incutindo comportamentos que favoreçam aprendizagens significativas e diferenciadas; despertar a curiosidade e o pensamento crítico e incentivar a participação das famílias no processo educativo e estabelecer relações de efetiva colaboração com a comunidade. Este estágio implicou uma grande dedicação, empenho e tempo, mas os foram muitos os frutos recolhidos no final. Termino esta reflexão com uma citação de Augusto Cury: “O maior educador não é o que controla, mas o que liberta. Não é o que aponta os erros, mas o que os previne. Não é o que corrige comportamentos, mas o que ensina a refletir”.

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