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CAPÍTULO 5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

5.2. Reflexões pessoais

Enquanto professora, procurei e procuro refletir, constantemente, sobre a minha prática pedagógica, tentando melhorar aspetos relacionados com áreas específicas, nomeadamente de Matemática e relativos ao ambiente que pretendo promover em sala de aula.

Segundo Serrazina e Oliveira (2002:285), “desenhar e conduzir investigação torna-se um novo modo de refletir sobre os alunos, a mudança e nós próprios”. De facto, este estudo constituiu-se como a primeira oportunidade de estudar e compreender determinados aspetos envolvidos na minha prática, proporcionando-me um olhar crítico sobre os meus alunos e sobre mim própria. Porém, este olhar traz alguns receios. A fase de recolha de dados foi particularmente desafiante, questionando-me constantemente sobre a correta formulação dos problemas, sobre o rigor das questões colocadas e sobre o dinamismo que deveria imprimir na sala de aula, fomentando a troca de ideias entre os alunos.

Na análise dos dados, ao transcrever as gravações audio, fui sendo confrontada com o tipo de questões colocadas, o modo como tentava auxiliar os alunos nas suas dúvidas e como orientava a discussão em pequenos grupos. De entre os aspetos que me surpreenderam e motivaram uma mudança do meu comportamento, destaco a minha preocupação em motivar a participação de todos os alunos dos diferentes grupos e, ainda, a ajuda constante na

explicação do modo como os alunos pensaram, após terem partilhado as suas estratégias à turma e aos colegas de grupo. Destaco também o período de tempo dado para a resposta dos alunos às minhas questões, quando os tentava auxiliar na resolução dos problemas. Ao escutar a gravação áudio era possível perceber que, em algumas situações, os alunos provavelmente foram capazes de explicar melhor o seu raciocínio ou responder à questão colocada, uma vez que lhes foi dado tempo suficiente.

O duplo papel de professora e investigadora não é de todo fácil, pois dentro da sala de aula é muito difícil gerir estas duas facetas: por um lado, senti uma grande preocupação em compreender de que modo os alunos do grupo de controlo resolviam cada problema, procurando obter o máximo de dados possível, mas, por outro lado, como apoiar os restantes vinte alunos da turma.

Contudo, o facto de ser a professora da turma facilitou muitos outros aspetos, nomeadamente a nível do ambiente vivido em sala de aula, que em nada se alterou, e que poderia ter impacto nos resultados obtidos, e a nível da relação já existente com os alunos, que me permitiu compreender aspetos como as suas expressões faciais ou corporais ou entoações nos seus discursos, que, para uma pessoa exterior, poderiam ser difíceis de interpretar.

Ao realizar este estudo, confrontei-me com algumas questões cuja resposta não era tão clara quanto julgava: O que é um problema? Que estratégias são mais utilizadas por alunos nesta faixa etária?

Antes de realizar este trabalho, apesar de valorizar a resolução de problemas, as tarefas que propunha aos meus alunos eram, geralmente, realizadas individualmente, sem contexto e de resposta mais imediata. Analisando agora este tipo de tarefas, apercebo-me que estas, na sua maioria, apenas promoviam o desenvolvimento de estratégias baseadas em factos numéricos básicos que, embora importantes, deviam depois evoluir para estratégias mais complexas.

Ao estudar os diferentes tipos de estratégias, bem como as vantagens e possíveis dificuldades na sua utilização, consegui, no trabalho diário em sala de aula, começar a identificar o tipo de estratégias usadas pelos alunos, assim como propor determinadas tarefas aos alunos de modo a que estes fossem confrontados com as fragilidades de cada tipo de estratégia.

resolução de problemas com os diferentes significados das operações de aritmética. Embora estes fossem do meu conhecimento, nem sempre eram considerados na planificação dos problemas. Neste estudo identifiquei determinados problemas que, pelo significado envolvido ou pela construção do enunciado, eram por vezes de difícil interpretação para os alunos, o que reforça a importância da realização de problemas diversificados, com diferentes contextos, atentando também ao tipo de enunciado.

Com este estudo tive também a oportunidade de compreender a dinâmica existente no trabalho colaborativo. Sempre valorizei o trabalho a pares ou em pequenos grupos e, embora consiga perceber como funcionam, o modo como os alunos falam entre si acaba por se alterar com a minha presença no grupo. Ao ter a possibilidade de ouvir o discurso entre cada grupo na gravação áudio, confirmei a importância que este modo de trabalho tem para o desenvolvimento dos alunos, não só no domínio da matemática, mas também no domínio das suas atitudes.

A concluir, posso afirmar que este trabalho possibilitou-me analisar os meus alunos, o ambiente da minha sala de aula e a minha própria prática, de um modo profundo e crítico, como até então nunca tinha feito.

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Anexos

- Texto criado por um dos grupos da turma, com elementos dos três álbuns trabalhados

ANIMAIS UNIDOS

Numa floresta, de um país muito distante, viviam um elefante e uma girafa que eram diferentes dos outros animais. Ele era colorido, ao contrário dos seus irmãos cinzentos e ela tinha uma maneira estranha de se alimentar. Gostava de comer estrelas.

Embora se sentissem diferentes dos outros animais, eles viviam felizes. No mundo deles, não há discriminação, gostam uns dos outros e pronto!

O elefante, além das suas cores vivas e alegres, era também muito divertido e fazia com que os dias na floresta fossem verdadeiramente animados.

A girafa, que à noite ia comer estrelas, aproveitava para tomar conta de todos os animais, para que nada de mal lhes acontecesse enquanto dormiam.

O tempo passava e todos viviam felizes e bem dispostos. Tinham amigos, casas para se abrigarem do calor e do frio e comida à fartura para se alimentarem.

Mas, houve uma altura em que tudo mudou... depois de um verão quente e seco, chegou o outono e com ele deveriam chegar as primeiras chuvas. Os animais aguardavam impacientes por essa água milagrosa do céu. O problema é que a chuva teimava em não cair... Os dias passavam e a floresta ia secando.

Os animais começaram a sentir-se sequiosos e mal dispostos. Já não tinham vontade de correr alegremente, pois tinham sede e faltava-lhes força.

As árvores e as ervas começaram também a secar e a comida era cada vez menos. Havia um problema sério para resolver, ou então muitos animais morreriam.

Na floresta, sempre viveram em família, uma grande família, mas neste momento, os animais estavam a ficar egoístas, pois cada um queria guardar a pouca comida e bebida que ainda restava, para si. Já não eram tão amigos e a vida na floresta tornou-se insuportável.

O elefante, que sempre fora divertido, tentava alegrar os seus amigos, mas ninguém o queria ouvir. Só a girafa conseguia ter força e energia, pois alimentava-se de estrelas e essas não secaram.

Então, num triste dia de inverno, em que os animais já não aguentavam mais, a girafa teve uma ideia genial. Pediu ajuda ao seu amigo elefante, contou-lhe o seu plano e foram à procura de nuvens.

Andaram, andaram, até que encontraram nuvens escuras e pesadas. O elefante, com a sua tromba comprida, e a girafa, com a cabeça alta, empurraram as nuvens para cima da floresta e, depois, os dois, ao mesmo tempo, soltaram um grande espirro, que fez estremecer tudo à sua volta. Até as nuvens deram um grande salto e, nesse momento, deixaram cair a água que as tornava cinzentas e carregadas.

Uma chuva abundante caiu sobre toda a floresta fazendo com que tudo voltasse a ser como antes. Os animais beberam até se fartarem e todos agradeceram aos dois amigos diferentes a oportunidade que lhes deram de voltarem a viver como uma família verdadeiramente feliz e unida.

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