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REFLEXÕES SOBRE AS TEMÁTICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DA

No documento MARIA DO ESPÍRITO SANTO DA SILVA (páginas 53-56)

3. REVISÃO DE LITERATURA

3.4. REFLEXÕES SOBRE AS TEMÁTICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DA

Diante de uma novidade na história da educação, é necessário que o processo educativo seja reflexiva, e transformadora nas relações entre ser “humano” e a natureza, portanto essas reflexões se concretizam, ao se incorporar ao modo de vida das pessoas e sua existência cotidiana, como afirma Gadotti (2003, p. 24):

É no cotidiano que podemos aprender a nos olhar, a falar, a ouvir, a ver, a viver uma vida banal ou não. ‘A banalidade não está em reconhecer o valor de cada instante, a só atribuir valor aos grandes momentos’ heróicos da vida.

Neste sentido, observa-se a educação com uma visão crítica, assumindo a mediação na construção social de conhecimentos, inspirados na vida dos educadores e educandos. e é, exatamente a afirmação dos traços que a escola como um lugar de construção do conhecimento, pode assumir a tarefa de desenhar em suas práticas a compreensão e a valorização em cuidar da vida do planeta, entendemos que defender a vida é uma questão planeta

3.4. REFLEXÕES SOBRE AS TEMÁTICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DA BIODIVERSIDADE

No início da década de 1990, pode-se considerar que surgiu o primeiro instrumento internacional especificamente para lidar com a biodiversidade, que no decorrer do tempo vem sendo considerada como um conceito que não deixa de ser instrumento para melhor se compreender os vários problemas de agressão à vida do planeta. Esse tema está no cerne das discussões e debates, tudo em busca de preservar a natureza e garantir a sustentabilidade pode-se, dizer que é nova. Historicamente são novas as inúmeras tentativas a nível global de se desenvolver o processo de sensibilização sobre a situação em que se encontra o sistema planetário precisa inevitavelmente de ações humanas concretas e eficazes, capazes de viabilizar mudanças de atitudes e hábitos responsáveis para que possa relacionar o uso dos recursos naturais à qualidade de vida ou não, como observa Gonçalves (2005, p. 119):

Temos observado nos últimos anos a tentativa de se construir uma nova imagem da Amazônia: a de “desordem ecológica e social”. O que gostaríamos de sugerir é que o que temos hoje é manifestação na Amazônia de diferenciadas ordens, de múltiplas lógicas que duramente séculos foram encobertas e que agora se apresentam ao

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debate público com viva voz, sem intermediários. Na verdade, a Amazônia vive hoje uma clara crise de hegemonia.

Na década de 80, iniciam-se alguns debates sobre os rumos que a sociedade comteporânea tem-se comportado ao que se refere o aumento do autoconsumo dos países industrializados e consumistas, tendo de um lado aqueles que detem da matéria-prima. Mas o aumento da pressão do sistema capitalista que visa o lucro e busca intervir na natureza para atender o mercado externo, este comportamento é inevitável para a degradação e o desaparecimento da biodiversidade.

Este processo não supriu as necessidades básicas de sobrevivência daqueles que permaneciam/permanecem usando de forma sustentável os recursos naturais.

Conseqüentemente assolam a miséria, fome, falta de educação saúde, com isso a exploração de matéria-prima chega a níveis comprometedores. Assim, as relações entre os países ditos desenvolvidos e os pobres torna-se inevitável o pacto entre ambos, sem levar em consideração os aspectos éticos, sociais e sem compromisso com a biodiversidade.

A Organização das Nações Unidas – ONU, em 1968, convocou cientistas a reunirem-se com o objetivo de discutir o aumento do consumo dos recursos naturais que pertencem às reservas naturais não renováveis no sentido de compreender a sua importância de utilização, levando em consideração ao crescimento populacional a nível mundial.

Formou-se o Clube de Roma. Na culminância dos trabalhos um relatório foi elaborado denominado “os limites do crescimento”, portanto as conclusões do relatório foram consideradas alarmistas por economistas do mundo desenvolvido e por intelectuais latinos americanos, aos mantinham os padrões de consumo do primeiro mundo, sendo uma discussão a nível planetária que conquistou em 1972 o fórum político.

Em meio às crises dos anos 70 inicia-se na América Latina a implantação do regime militar; junto a isso se destaca o paradigma da economia norte-americana, o conceito do eco-desenvolvimento teve forte conotação no sentido de transformar o eco-desenvolvimento numa soma positiva com a natureza, propondo o tripé: justiça social, eficiência econômica prudência ecológica. Para a implantação desse modelo de desenvolvimento seria de fundamental importância a adesão da população bem como a tomada de consciência das

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diferencias sociais; culturais e naturais existentes no planeta. Sendo de igual importância a adequação dos padrões tecnológicos a esta diversidade, que difere dos pensamentos vigentes.

A Conferência de Estocolmo, em 1972, destaca a urgência do dever de educar o cidadão para a solução dos problemas que se refere às questões ambientais, recomendado a criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (PNUMA), a partir da conferencia de Estocolmo a educação ambiental converter-se em uma recomendação imprescindível e põem-se em marcha importantes projetos com a criação do PNUMA (que tem entre outras tarefas a informação), a educação e a capacitação de indivíduos dando preferências para pessoas com responsabilidades de gestão social sobre o meio.

Em 1975, as Organizações das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e o PNUMA criaram em conjunto o Programa Internacional de Educação Ambiental (PIEA). O PIEA serviu como intercâmbio de informações pesquisa e formação de matérias a elaboração de matérias educativas, tendo início em outubro de 1975 com a organização de Seminário Internacional de Educação Ambiental em Belgrado. O PNUMA alertou para que a se torne prática em todas as organizações internacionais.

A Carta de Belgrado, documento conclusivo do evento, parte do pressuposto de que o desenvolvimento da educação ambiental é um dos elementos vitais para o ataque geral da crise do meio ambiente mundial, de forma a assim proporcionar uma nova ética global (SANTOS, 1996, p. 302). Neste sentido, foram definidos seis objetivos da educação ambiental, que contribuem para “o conhecimento do meio ambiente global, dos seus problemas e a responsabilidade dos indivíduos e grupos, além da conscientização, que sensibiliza, que provoca mudanças no comportamento, e contribui para a proteção e a qualidade do meio”. A UNESCO declarou 2010 como o ano da biodiversidade, numa tentativa de chamar a atenção da sociedade para as atuais problemáticas no que se refere às agressões que vêm ocorrendo em todos os biomas.

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No documento MARIA DO ESPÍRITO SANTO DA SILVA (páginas 53-56)