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O México deixou de aplicar tarifas zero para produtos fabricados na Venezuela no dia 19 de Novembro de 2006, por conta da saída da Venezuela do Grupo dos 3.

NCM 3926.9090 (TIGIE 3926.9099) Tarifa consolidada na OMC: 35%

5.4. Regime alfandegário

Existem no México os seguintes regimes alfandegários que podem ser usados pelos importadores:

Regime de Importação Definitivo

Regimes Temporais de Importação (para retornarem no mesmo estado ou para serem elaborados, transformados ou reparados em programas IMMEX)

Regime de Depósito Fiscal

Regime de Transito de Mercadorias (interno ou internacional)

Regime de Elaboração, Transformação ou Reparo em Recinto Fiscalizado

Regime de Recinto Fiscalizado Estratégico

Os agentes aduaneiros devem indicar na solicitação de importação o pedido de importação dentro do regime alfandegário que for aplicável a sua operação.

5.4.1. Regime de Importação Definitivo

É considerado regime de importação definitivo a entrada de mercadorias de procedência estrangeira para permanecer no território mexicano por tempo ilimitado. Os importadores nesse regime são obrigados a pagar as tarifas de importação e, caso seja aplicável, cotas compensatórias e outras taxas. Devem ser cumpridas também as demais obrigações em matérias de regulações e restrições não-tarifárias e as formalidades para o seu despacho.

5.4.2. Regimes de Importação Temporária

As importações temporais de mercadorias de procedência estrangeira não pagam tarifas de importação, nem outras taxas aplicáveis como taxas compensatórias, exceto quando são introduzidas no território mexicano mediante um programa de deferimento ou devolução de impostos, na transferência ou alienação entre maquiladoras ou empresas IMMEX. No caso das empresas IMMEX introduzirem

maquinaria ou equipamento, é necessário que sejam cumpridas as obrigações em matéria de regulamentos e restrições não-alfandegárias, além das formalidades para o despacho. A mercadoria importada permanece no país por um tempo ilimitado, com uma finalidade e destino específicos, condicionada a voltar para o exterior no mesmo estado e dentro dos prazos que a lei estabelece.

Há duas modalidades de importação temporal:

Para retornar ao exterior no mesmo estado

Para elaboração, transformação ou reparo em programas de maquila ou de exportação

No primeiro caso devem ser cumpridas as exigências estabelecidas no Artigo 106 da Lei Aduaneira Mexicana e 139 da Regulamentação da Lei Aduaneira (Artículo 106 de la Ley Aduanera y 139 del Reglamento de la Ley Aduanera), conforme o tempo de permanência da mercadoria em território mexicano. No segundo caso, as maquiladoras e as empresas com programas de exportação autorizados pela Secretaria de Economia podem efetuar a importação temporal de mercadorias para retornar ao exterior depois de terem sido destinados a um processo de elaboração, transformação ou reparo, assim como as mercadorias para retornar no mesmo estado, conforme os termos do programa autorizado.

A importação temporal de embalagens são sujeitas ao pagamento de tarifas de importação, conforme os termos dispostos nos tratados que o México integra e na forma que a Secretaria de Economia estabelece quando são introduzidas no território mexicano dentro de um programa de devolução de tarifas.

5.4.3. Regime de Depósito Fiscal

O regime de depósito fiscal consiste no armazenamento de mercadorias de procedências do exterior ou nacional em armazéns gerais de depósito que possam prestar esse serviço conforme a legislação em vigor. O regime de depósito fiscal permite a possibilidade de adiar a decisão do regime de importação específico e permite às empresas manter armazenas suas mercadorias durante todo o tempo que quiserem, desde que haja um contrato de armazenamento e sejam pagos esses serviços.

As mercadorias podem ser retiradas integralmente ou parcialmente dos armazéns, pagando previamente os impostos, contribuições e taxas compensatórias, atualizadas ao período que vão desde a sua entrada no país até a sua retirada do armazém. O importador pode inclusive optar por retornar a mercadoria para o exterior mediante trânsito interno. É possível também a comercialização da mercadoria dentro dos armazéns. Algumas mercadorias não podem ser enquadradas dentro regime. Os utensílios domésticos classificados nas posições tarifárias TIGIE 3924.1001, 3924.9090, 3926.1001 e 3926.9099 podem ser enquadradas no regime de depósito fiscal sem nenhum tipo de restrição.

5.4.4. Regime de Trânsito de Mercadorias

O regime de trânsito de mercadorias consiste no traslado de mercadorias sob controle fiscal de uma aduana a outra. Existem dois tipos de modalidades para esse regime:

Trânsito Internacional de Mercadorias

É considerado trânsito interno de mercadorias quando a mercadoria é encaminhada de um posto aduaneiro no território mexicano para outro que ficará responsável pelo desembaraço aduaneiro. Também quando a alfândega de desembaraço envia as mercadorias importadas temporariamente em programas de maquiladoras ou de exportação à alfândega de saída para o seu retorno ao exterior.

O trânsito internacional de mercadoria ocorre quando a alfândega de entrada envia à alfândega de saída as mercadorias de procedência estrangeira introduzidas ao território mexicano com destino ao exterior. Também quando as mercadorias nacionais ou nacionalizadas são transportadas por território estrangeiro para entrar novamente no território mexicano.

Ambos os trâmites devem ser realizados por agente alfandegário, a quem cabe preparar o pedido correspondente, determinar provisoriamente as taxas e impostos correspondentes, aplicando a taxa máxima definida na Lei do Imposto Geral de Importação (Ley del Impuesto General de Importación), assim como as taxas compensatórias. Deverão ser anexados ao pedido os comprovantes de cumprimento dos regulamentos ou restrições não-alfandegárias (permissões, normas ou autorizações), incluindo comprovante de depósito efetuado como garantia de pagamento das taxas causadas pela operação de comércio exterior.

5.4.5. Regime de Elaboração, Transformação ou Reparo em Recinto Fiscalizado

Esse regime consiste na introdução de mercadorias estrangeiras ou nacionais em armazéns alfandegados para sua elaboração, transformação ou reparo, para depois serem retornadas ao exterior ou para serem exportadas definitivamente. A introdução de mercadorias estrangeiras sob esse regime é sujeita ao pagamento de tarifas gerais de importação e das taxas compensatórias, quando aplicáveis. Esses impostos serão devolvidos quando as mercadorias estiverem dentro de um programa de deferimento ou de devolução de tarifas.

Em nenhum caso é permeado que sejam retiradas as mercadorias destinadas a esse regime do recinto fechado caso não seja para o seu retorno ao exterior ou para a sua exportação. As autoridades aduaneiras podem autorizar que dentro dos recintos fiscalizados as mercadorias neles armazenados possam ser objetos de elaboração, transformação ou reparo.

5.4.6. Regime de Recinto Fiscalizado Estratégico

Trata-se da introdução por tempo limitado de mercadorias estrangeira, nacionais ou nacionalizadas aos recintos fiscalizados estratégicos, para serem objeto de uso, armazenagem, custódia, exposição, venda, distribuição, elaboração, transformação ou reparo. Esse regime é sujeito às seguintes regras:

Não pagarão as tarifas de importação nem as taxas compensatórias, exceto em se tratando de mercadorias estrangeiras;

Não estarão sujeitas ao cumprimento das regulações ou restrições não-tarifárias ou normas oficiais mexicanas, exceto em questões relacionadas a saúde animal e vegetal, saúde pública, meio ambiente e segurança nacional;

As mercadorias resultantes dos processos de elaboração, transformação ou repara não gerarão contribuição alguma nem taxas compensatórias;

Não serão cobrados impostos sobre os desperdícios não retornados, desde que sejam destruídos.

A partir da data em que as mercadorias nacionais ou nacionalizadas se enquadrem nesse regime, serão consideradas exportadas definitivamente. As mercadorias estrangeiras que forem introduzidas por meio desse regime podem permanecer nos recintos fiscalizados estratégico por um tempo limitado de até dois anos, salvo em alguns casos em que esse prazo pode ser maior. Um exemplo desses casos é quando é feita uma importação temporal por maquiladoras ou por empresas com programas de exportação autorizados pela Secretaria de Economia.

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