• Nenhum resultado encontrado

REGISTOS DE OBSERVAÇÃO POR JUÍZES

121

OBSERVAÇÃO - PAD 1 (14.03.07)

(JUÍZ 1)

Aula teórico-prática de fundamentos de enfermagem.

Os alunos estão vestidos com batas, distribuem-se em semicírculo, virados para a parte central da sala, onde tem uma cama com manequim e o material que será utilizada na aula.

A prof. Cumprimenta os alunos, inúmera os objectivos da secção e relembra conteúdos da aula teórica questionando os alunos sobre o que se falou na aula anterior.

Solicitou a colaboração dos alunos para combinar o intervalo da aula, questionou a que horas preferiam fazer o intervalo.

Questionou os alunos sobre o tema “permeabilidade das vias aéreas”, utilizando linguagem objectiva, olha directamente os alunos, fundamentando a teoria com exemplos da prática.

Face a respostas não adequadas, rendibilizou essas respostas, colocando novas questões ao mesmo aluno e à turma, não dando respostas, aguardando que a turma por si chegue “ao ponto” e a partir daí sintetiza a ideia.

Existe muito envolvimento dos alunos, numa postura “à vontade”

A prof. Circula ao longo da região central da sala, utiliza gestos, direcciona o olhar quando fala especificamente para determinado aluno, questiona o nome quando não o sabe.

Demonstra pensamento coerente, lógico com interligação de conceitos. Técnica: aspiração de secreções:

Utiliza material, explica pormenorizadamente a sua utilidade, conhece bem o material. Articula com a realidade dos hospitais, manipula e expõe o material.

Questiona a lógica dos componentes dos materiais, por exemplo do filtro do aspirador de secreções.

122

Articula a teoria com situações do dia-a-dia (ex: pressão sobre as mucosas na aspiração com a aspiração de pó em casa quando se toca nas cortinas)

Surgem momentos de descontracção pelo meio, com piadas de alunos e risos, face ao questionamento e respostas desadequadas. Antes de corrigir as respostas, e face a respostas diferentes pelo grupo, coloca a turma em debate e reflexão para chegarem a alguma resposta.

A prof. põe o material, as sondas nasogastricas, em circulação pela sala para que os alunos possam tocar e comparar diferentes tipos, calibres e maleabilidade.

Tem uma postura crítica da prática, referindo a existência em alguns contextos de trabalho de sondas de maior calibre, actualmente em desuso e refere que as sondas de menor calibre tem igual eficácia sendo menos traumáticas (pratica baseada na evidência).

Questiona os alunos sobre assepsia e separação dos lixos (em que saco colocam as sondas de aspiração…)

Utiliza quadro para escrever os indicadores da necessidade de aspiração,

Aproxima-se dos alunos, coloca questões sempre na dialéctica questionamento, respostas dos alunos e fundamentação.

Pede colaboração dos alunos para demonstração pratica da auscultação pulmonar: dois alunos vão para região centro da sala para exemplificar, questiona os alunos e ao mesmo tempo vai demonstrando os passos e locais de auscultação tendo sempre em conta a privacidade da pessoa que é auscultada. Demonstra a funcionalidade do estetoscópio e a sua utilidade para os enfermeiros.

Fundamenta as situações de necessidade de aspiração de secreções, a necessidade de avaliação criteriosa antes de realizar esse procedimento.

Retoma o assunto dos indicadores, novas questões.

Fala do indicador visual, observação do padrão ventilatório, Recorre o método expositivo para falar do indicador táctil (tripidação)

Conclui afirmando que os indicadores vão auxiliar na tomada de decisão de aspirar ou não.

123 Questiona com se deve aspirar. Denota-se nos alunos liberdade para responder sem constrangimentos. Alguns respondem que é pelo nariz e outros pela boca

Demonstra “fluidez” do pensamento, justifica possíveis consequências de certos cuidados, por exemplo lesão de cornetos nasais pela aspiração de secreções pelo nariz. Questiona os alunos sobre situações em que não se pode recorrer à aspiração pela boca, as respostas emergem dos alunos.

A profª recorre a aquilo que os alunos dizem para continuar o raciocínio.

Explica a técnica de aspiração, os passos sempre questionando os alunos, reformulando as suas respostas e fundamentando. Demonstra o material. Chama atenção para o envolvimento do doente. Fala de relação enfermeiro doente, da adequação da linguagem ao doente e pede aos alunos para exemplificar em discurso directo como iriam informar e pedir colaboração do doente para a aspiração.

Fala da promoção da saúde e da prevenção de complicações. Demonstra a técnica de aspiração pela boca.

Questiona em que tipo de resíduo deve-se colocar as luvas e a forma de remoção das luvas.

Um aluno repete a técnica (aspiração secreções), surgindo dúvidas e dificuldades que forma sendo justificadas.

Explica e demonstra justificando os passos.

Após demonstração, dá oportunidade para os alunos colocarem questões.

Articula o pensamento: exemplo: assepsia médica, infecção nasocominal e resíduos hospitalares.

Intervalo

2ª parte da aula

Fornece bibliografia de referência. Introduz novo tema: Correcção de Hipoxémia. Relembra aulas anteriores.

Questiona os alunos sobre os graus de hipoxémia e sinais e sintomas que permitem essa avaliação. Fornece exemplos práticos de situações problemáticas.

124

Enumera os graus: moderada, severa e grave.

Descreve o processo de compensação da hipoxemia de acordo com a sua gravidade, adequa a linguagem ao dos alunos “espertinho esse gajo” que inventou todo o processo que permite ao organismo ter mecanismos de compensação para evitar a lesão de órgãos vitais (nas situações de hipoxémia).

Fala do problema do hiperoxia, diminuindo a pressão de dióxido de carbono que num processo compensatório induz a hipoventilação.

Questiona os alunos sobre o processo de troca gasosas, demonstra uma visão global e reflexivo do processo.

Fala sobre a monitorização dos efeitos da oxigenoterapia, inúmera-os. Apresenta novo material, Oximetro e experimenta a avaliação da saturação de oxigénio nos alunos, pede para respirar profundamente, relaciona os valores da pulsação com os de frequência do pulso e a sua interdependência.

Expõe material de oxigenoterapia:

Mascara: Permite o manuseamento pelos alunos, explica a funcionalidade. Articula conceitos com aulas anteriores. Centra na pessoa explicando os possíveis sentimentos da pessoa que faz oxigénio pela mascara, o desconforto, as limitações na comunicação. Fala e questiona sobre os cuidados a ter na utilização da mascara, risco de lesão da orelha, a funcionalidade da parte metálica, as medidas…

Cateter nasal: Demonstra material, fala das medidas, reforça a importância do papel do doente. Questiona sobre a tipo de assepsia a ter. Pede colaboração de um aluno para exemplificar e envolve toda a turma na tomada de decisões sobre os passos a dar e cuidados a ter. Tem atenção aos pormenores

Ventury: Expõe o material, as diferentes peças. Faz circular diferentes peças pela sala e os alunos dizem qual a inscrição da sua peça. A prof. explica a utilidade das peças de ventury e em que situações são utilizadas.

Espaço para esclarecimento de duvidas. Fim da aula.

125

Documentos relacionados