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Regra de Simpson para pequenos volumes

2. Medições de Estruturas em Betão:

É a estes artigos associados a medições de elementos estruturais da estrutura que a UrbeHydraulic presta uma maior atenção. Esta situação deve-se aos custos inerentes aos recursos utilizados para tal, já que os artigos relativos ao betão serão responsáveis por uma considerável parcela do preço de construção, às exigências a nível de qualificação da mão de

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41 obra, e acima de tudo à importância conceptual destes elementos na obra em geral. Nas áreas da hidráulica urbana e da hidráulica agrícola, na qual a UrbeHydraulic predominantemente atua, são as obras relativas à execução de estações elevatórias, de câmaras hidrantes, de câmaras de visita ou reservatórios de água, aquelas em que o volume de betão utilizado é realmente significativo. Ao volume de betão utilizado, associam-se outros materiais, as cofragens e as armaduras, necessários quer para integrar o elemento estrutural na sua constituição quer para serem utilizados apenas durante a sua construção. Deste modo, na medição de estruturas em betão, há que considerar em subcapítulos próprios, os trabalhos de cofragem e de armaduras. A discriminação das cofragens e armaduras em rubricas diferentes das do betão é fundamental, uma vez que possibilita:

 O cálculo mais preciso das quantidades de materiais (madeiras de cofragem, prumos de madeira ou metálicos, varões de aço para armaduras, inertes, etc) a utilizar na execução da obra;

 A formulação de um orçamento mais competitivo, uma vez que a relevância dos respetivos custos é muito diferenciada nas várias partes que formam a superestrutura.

No entanto, apesar destes materiais serem medidos em rubricas singulares, a sua contabilização para efeitos de orçamentação é feita na rubrica do preço por metro cúbico de betão, isto é, na mesma rubrica incluem-se, para além dos custos de mão de obra e do equipamento, o preço do betão, da cofragem e do aço aplicados. As classes de exposição, de consistência, de teor em cloretos e de resistência do betão a utilizar são definidas pelo Dono de Obra na Lista de Preços Unitários e podem variar consoante o elemento estrutural que se esteja a medir.

O tipo de cofragem a utilizar, ao contrário do betão, é definido pela entidade adjudicatária. Podem ser de madeira (ditas cofragens tradicionais), de plástico, metálicas ou mistas. No entanto na UrbeHydraulic utilizam-se preferencialmente cofragens metálicas, de contraplacado. Apesar de mais caras estas são de mais rápida execução, mais resistentes, são mais estanques e permitem várias reutilizações.

Em relação ao aço utilizado, este é estipulado geralmente pela equipa de projetistas. O tipo de aço é apresentado na descrição do artigo na Lista de Preços Unitários e o diâmetro dos varões a utilizar está discriminado nas peças desenhadas.

Por fim, para se obter uma ideia da proporção da cofragem e do aço necessários por metro cúbico de betão, relacionam-se as quantidades de cofragem e de aço com a quantidade de betão, para obtermos a densidade de cada um destes elementos.

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42 Qualquer Mapa de Medições desenvolvido na UrbeHydraulic é elaborado em ficheiros informáticos de formato EXCEL, com a respetiva descrição da obra, o Dono de Obra, a empresa, a data, o número de processo, a edição e todos os cálculos e resultados discriminados. No quadro 3 apresenta-se um modelo de Mapa de medições da UrbeHydraulic.

Quadro 3 – Exemplo de Mapa de medições UrbeHydraulic.

Dono Obra Edição/Revisão

Obra Data: Empresa Processo: MAPA DE MEDIÇÕES ARTº DESIGNAÇÃO DOS TRABALHOS Peças Iguais

DIMENSÕES MÉDIAS QUANTIDADES

Comprimento

Largura Altura Área

Parciais Totais Peso Espessura Volume

As medições serão realizadas numa folha à parte, sendo que no Mapa de Medições apenas se discriminam os cálculos realizados com base nas dimensões dos elementos de betão e de cofragem a medir. Relativamente ao cálculo das quantidades de aço, esses são feitos numa folha à parte, sendo que neste mapa apenas se colocam os valores das quantidades calculadas.

2.1 Medição do Betão:

A medição da estrutura em betão é feita através da medição dos elementos estruturais separadamente, consoante o artigo o exija e consoante o tipo de estrutura em causa. Os elementos das fundações (lajes de fundo, maciços e sapatas) e a camada de betão de regularização são geralmente os primeiros artigos a serem medidos. À medida que se sobe em altura na estrutura são medidos os outros elementos (paredes, pilares, vigas, lajes, lajes de cobertura) até terminar na cobertura e os seus elementos (lajes de cobertura, platibandas, lajetas, entre outros). O processo de medição do betão, para cada rubrica é o seguinte:

Betão de Regularização: Em metros quadrados se não é fornecida a espessura desta camada na descrição do trabalho, em metros cúbicos quando a mesma é dada, estando prevista uma dada espessura apenas nas peças desenhadas. A medição é feita com base as formas geométricas da estrutura a proteger;

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Betão da Infraestrutura (vigas de fundação, sapatas, maciços de encabeçamento): A medição é feita em metros cúbicos a partir das formas geométricas da estrutura, multiplicando a área de secção transversal de cada troço pelo respetivo comprimento;

Betão da Superestrutura (paredes, lajes, lajetas, escadas, pilares, vigas e platibandas): As medições do betão da superestrutura são discriminadas pelos respetivos elementos estruturais e devem indicar as referências de identificação mencionadas no projeto para cada elemento de construção, de modo a assegurar a coordenação das peças escritas e desenhadas e a permitir a sua verificação. O cálculo das medições do betão nesta superestrutura é realizado a partir das formas geométricas indicadas no projeto sem lhes serem deduzidos os volumes das armaduras, os volumes das reentrâncias até 0,15 m de comprimento do perfil de cada reentrância, os volumes dos chanfros (corte na aresta de um corpo sólido) até 0,10m de comprimento do respetivo perfil sem chanfro, e ainda os volumes das aberturas cavidades ou furações dos elementos estruturais iguais ou inferiores a 0,10m3.

 Paredes: Na medição do betão das paredes os comprimentos são calculados a partir de figuras geométricas. A altura da parede é calculada entre as faces superiores das lajes ou vigas de betão. A figura 3.4 ilustra as dimensões consideradas.

Figura 3.4 – Medida das paredes em betão.

 Lajes Maciças: Na medição de lajes, apresentada a figura 3.5,consideram-se o comprimento e a largura da mesma entre as faces das vigas, lintéis, pilares e paredes entre as quais estas se inserem. Em lajes fungiformes deduzem-se as áreas correspondentes aos capitéis, medidos com as colunas ou pilares.

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 Escadas: Na medição deste elemento inclui-se a medição dos patins, patamares, lanços de degraus e cortinas das guardas. Quanto aos procedimentos, para o cálculo do volume de um lanço genérico de escada utilizam-se as formas genéricas dos seus elementos (patins, cortinas, patamares), multiplicando a área dos troços pelos respetivos comprimentos. Exemplifica-se esta situação na figura 3.6.

Figura 3.6 – Exemplo de formas e ângulos considerados no cálculo de Escadas.

 Pilares: Na medição dos pilares as alturas são determinadas entre as faces superiores das lajes ou vigas de betão. Quando os pilares se iniciam em sapatas ou em vigas de fundação, as alturas consideradas são as distâncias entre as faces superiores das sapatas/vigas de fundação e o nível do tosco do primeiro pavimento. Para os restantes pisos em elevação, a altura considerada é medida a partir da face superior de cada um dos dois pisos em causa. Genericamente e como a fórmula, para o cálculo do volume de pilar de betão por piso, multiplica-se a altura do mesmo pela respetiva área transversal. A fórmula utilizada é a seguinte:

V = a x b x h (m3)

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