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4.3 PROJETO LÓGICO

4.3.4 Regras de Conversão dos Modelos

Com o modelo de representação dos agregados definido, é possível estabelecer um conjunto de regras capazes de converter o MER para o modelo de agregados, mantendo suas definições. A primeira regra para conversão do MER para o modelo de agregados (R1) é aplicada a todas as entidades do modelo de origem. Nesta regra, toda entidade do MER torna-se uma entidade do modelo de agregados, preservando seus atributos. Sugere-se manter os nomes dos atributos da entidade original para facilitar o entendimento do modelo gerado. São mantidas também as chaves primárias para as entidades, que serão utilizadas como chave de identificação para o agregado. Para o caso de atributos multi-valorados, atributos do tipo vetor são criados. As entidades geradas pela aplicação da regra R1 servem de base para a aplicação das demais regras do PDDM. A Figura 18-a apresenta uma entidade de exemplo para a aplicação da regra R1 e a Figura 18-b demonstra o resultado da conversão da entidade para o modelo de agregados.

Figura 18 – Regra de conversão R1 do PDDM

Fonte: Autoria Própria

A segunda regra de conversão do PDDM (R2) trata das entidades com relacionamento 1 para 1. Segundo essa regra, o relacionamento 1 para 1 gera um relacionamento mútuo entre ambas as entidades, criando um atributo em cada entidade para a relação. A Figura 19 demonstra

a conversão do relacionamento para o modelo de agregados. Figura 19 – Regra de conversão R2 do PDDM

Fonte: Autoria Própria

A regra R2 aplica-se também aos casos de auto-relacionamento do tipo 1 para 1, se- guindo o mesmo princípio do relacionamento entre duas entidades. A Figura 20 demonstra a aplicação da regra R2 para um caso de auto-relacionamento 1 para 1. Para o caso de auto- relacionamento atende-se apenas à dependência funcional transitiva de primeiro nível, similar ao encontrado no modelo relacional.

Figura 20 – Regra de conversão R2 do PDDM para auto-relacionamento

Fonte: Autoria Própria

A terceira regra de conversão do PDDM (R3) aplica-se aos relacionamentos 1 para N. Segundo essa regra, um relacionamento 1 para N entre entidades transforma-se em um relaci- onamento de cardinalidade 1..* no sentido 1 para N, criando um atributo do tipo lista para o armazenamento, e um relacionamento de cardinalidade 1 no sentido N para 1 criando um atri- buto para o relacionamento. Esse relacionamento mútuo permite que a partir de qualquer dos agregados seja possível acessar o relacionamento, visto que tal acesso não é possível nos mode- los de dados baseados em agregados devido à ausência de junções nas consultas, como ocorre nas bases de dados relacionais. A Figura 21 demonstra a aplicação da regra R3 para um caso de relacionamentos 1 para N.

A quarta regra de conversão do PDDM (R4) aplica-se aos relacionamentos N para N, porém apenas para os relacionamentos sem atributos. Essa distinção entre relacionamentos com e sem atributos é necessária para simplificar os relacionamentos N para N sem atributos. Nessa conversão, ambas as entidades criam um relacionamento de cardinalidade 1..* entre si, criando um atributo do tipo lista para essa relação em cada entidade. Dessa forma, a mesma representação do MER pode ser observada no modelo de agregados. A Figura 22 demonstra a aplicação da regra R4 para duas entidades com relacionamento N para N.

Figura 21 – Regra de conversão R3 do PDDM

Fonte: Autoria Própria

Figura 22 – Regra de conversão R4 do PDDM

Fonte: Autoria Própria

A quinta regra de conversão do PDDM (R5) trata dos relacionamentos N para N que possuem atributos. Como a utilização de atributos do tipo lista - assim como utilizado na R4 - não permite a adição de atributos, é necessária a criação de uma entidade associativa, que fica então responsável por manter o atributo. Essa entidade associativa é então criada em ambos os sentidos do relacionamento, contendo todos os seus atributos, para permitir que ambas as entidades tenham acesso ao atributo. A Figura 23 demonstra o resultado da aplicação da regra R5 para conversão de um relacionamento com atributos.

Figura 23 – Regra de conversão R5 do PDDM

Fonte: Autoria Própria

A sexta regra de conversão do PDDM trata de relacionamento 1 para 1 com entidades fracas. Alguns autores, como Rob e Coronel (2007) mencionam a existência apenas de relaciona- mentos 1 para N com entidades fracas considerando, em termos práticos, que relacionamentos 1 para 1 não se aplicam para essas entidades. Ainda assim, optou-se por criar a regra de conversão para estes relacionamentos pois é possível, por decisão do projetista, que tais relacionamentos sejam criados.

A aplicação da regra é semelhante à regra R2 com a diferença no tipo de relacionamento criado, que nesse caso trata-se de uma composição (ROB; CORONEL, 2007). Dessa forma,

durante a construção do agregado, a entidade fraca fica embutida na entidade relacionada. Um exemplo de aplicação da regra pode ser visto na Figura 24.

Figura 24 – Regra de conversão R6 do PDDM

Fonte: Autoria Própria

A sétima e última regra de conversão do PDDM (R7) trata dos relacionamentos 1 para N com entidades fracas. Trata-se também de uma regra semelhante a regra R3, com a diferença no tipo de relacionamento gerado, que nesse caso trata-se de uma composição. Com isso, a entidade forte possui embutida uma lista com as entidades fracas relacionadas. O resultado da aplicação da regra R7 pode ser visto na Figura 25.

Figura 25 – Regra de conversão R7 do PDDM

Fonte: Autoria Própria

Com esse conjunto de 7 regras, pode-se realizar a conversão de um MER que siga o modelo de Chen (1976), preservando suas características originais e permitindo a sua aplica- ção em bases de dados baseadas em agregados. Por não estarem descritas no modelo de Chen (1976), não foram incluídas neste momento as conversões dos relacionamentos de generaliza- ção, especialização e relacionamentos do tipo ternário e novas regras seriam necessárias para incluí-las.

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