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Regulagem dos arados de discos montados

No documento MÁQUINAS E MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA (páginas 76-82)

C. Tomada de potência (TDP)

12. PREPARO DO SOLO 1 Preparo inicial do solo

12.2.2. Regulagem dos arados de discos montados

a) Regulagem da bitola do trator       L l f B 2 2 2 em que, B = bitola do trator;

L = largura de corte do arado; l = largura do maior pneu de tração; f = folga (10 a 15 cm).

A largura de trabalho (corte) pode ser obtida nos catálogos, ou medida diretamente no campo.

Largura de corte média dos arados de discos

Ø disco 24” (60 cm) 26” (65 cm) 28” (70 cm) 30” (75 cm) Larg. Corte 8” (20 cm) 10” (25 cm) 12” (30 cm) 14” (35 cm) * Máximo 5 de 30”

Na aração, a bitola do trator é que vai determinar a largura de corte do primeiro disco (ou aiveca), que deve ser igual aos demais. O operador se orienta pelo sulco deixado pelo último disco para ter a continuidade do processo de aração.

b) Lastreamento do trator

É feito de acordo com a potência demandada com a operação.  Frontais (pesos dianteiros);

 Água nos pneus;  Contrapeso nas rodas.

c) Acoplamento (arados de discos fixos e reversíveis) Fixação do primeiro ponto

Com o arado em local plano, acoplar o primeiro ponto (barra de elevação esquerda). Deve-se deixar a barra um pouco abaixo do ponto de engate do arado elevando-a com a mão até o engate.

Fixação do terceiro ponto

Na torre dos arados montados geralmente existem 3 orifícios. O acoplamento do terceiro ponto nesses orifícios vai depender do tipo de trator e do tipo de solo.

Orifícios de fixação do terceiro ponto nas torres dos arados. Fixação do segundo ponto

Após acoplado e travado o terceiro ponto, acopla-se o segundo ponto (barra de elevação direita).

d) Centralização do arado (arados de discos fixos e reversíveis)

A linha central longitudinal de tração do trator deve passar pelo centro de resistência do arado.

Passos:

 Soltar as duas barras estabilizadoras inferiores de engate;

 Coincidir as distâncias do pneu traseiro até o braço inferior do levante hidráulico;

 Verificar se o centro de resistência do arado coincide com o centro da linha longitudinal do trator.

Após a segunda passada do arado em diante o primeiro disco deve tampar o sulco deixado pelo último.

Para os arados fixos, sempre o trator estará com as rodas direitas dentro do último sulco para a continuidade da aração. O primeiro disco deverá tampar o rastro do pneu.

e) Largura de corte do arado Arados de discos fixos

A alteração da posição da barra transversal é que altera a largura de corte dos arados de discos fixos.

 Posição I – menor largura (solos duros e resistentes);  Posição II – largura média (solos normais);

 Posição III – maior largura (solos leves e soltos).

(Sentido horário, redução na largura de corte).

Arados de discos reversíveis

A limitação na barra de reversão faz a regulagem de largura de corte. Existem dois parafusos (batentes) que quando recolhidos permitem o aumento da largura de corte e quando avançados para o interior do arado, diminuirão a largura de corte.

f) Nivelamento do arado Arados de discos fixos

 Longitudinal

Todos os discos devem trabalhar na mesma profundidade. Esse ajuste é feito com uso da manivela do terceiro ponto.

 Transversal Primeira passada:

Igualar a profundidade de corte dos discos (manivela que regula a altura do segundo ponto – braço direito) com o trator fora do sulco.

Segunda passada:

Deve-se elevar a barra de elevação direita (profundidade de aração) com o trator dentro do sulco para igualar a profundidade de corte dos discos.

Arados de discos reversíveis  Longitudinal

Todos os discos devem trabalhar na mesma profundidade (manivela do terceiro ponto).

 Transversal

Igualar a profundidade de corte dos discos (manivela que regula a altura do segundo ponto – braço direito) com o trator fora do sulco.

g) Regulagem dos ângulos dos discos (arados de discos fixos e reversíveis)

Horizontal

É responsável por alterar a largura de corte dos discos e capacidade de revolvimento do solo. Quanto menor o ângulo horizontal maior velocidade de rotação dos discos prejudicando o tombamento e estabilidade do conjunto trator-arado.

Geralmente o ângulo pode variar de 42° a 60°  Solos argilosos, duros – 42°;

 Solos médios – 45 a 47°;  Solos arenosos, leves – 60°.

Vertical

Afeta a capacidade de penetração dos discos no solo (quanto maior profundidade, menor ângulo). Quanto maior o ângulo vertical, tombamento das leivas mais suave diminuindo o desmoronamento.

Geralmente o ângulo pode variar de 15° a 25°  Solos argilosos, duros – 15°;

 Solos médios – 18 a 20°;  Solos arenosos, leves – 25°.

Exemplos:

Solos macios, arenosos e com bom teor de umidade, ângulos horizontais e verticais próximos do máximo (55° e 22°). Regulagem válida também quando se deseja uma aração mais profunda.

Solos médios, aparecendo argila, ângulos horizontais (47°) e verticais (entre 18 e 22°). Regulagem válida também quando se deseja uma aração com profundidades médias.

Solos duros, argilosos e com ruim teor de umidade, ângulos horizontais e verticais próximos do mínimo (42° e 15°). Regulagem válida também quando se deseja uma aração menos profunda.

h) Regulagem da roda guia Arados de discos fixos

A roda guia é o elemento que neutraliza a força que promove o empuxo lateral. Ela serve para estabilizar o arado. Para seu perfeito funcionamento ela deve trabalhar no fundo do sulco. Variam-se os ângulos horizontal e vertical e ajusta-se a tensão da mola.

Posições concordantes com as posições da barra transversal.  Posição I – solos duros e resistentes (maior ângulo de inclinação);  Posição II – solos médios (inclinação média);

Inclinação da roda guia Tensão da mola Regulagem da tensão da mola para arados de discos fixos

A tensão da mola possibilita regular a profundidade de aração, principalmente em solos leves ou pesados. Aumentando a tensão da mola o arado tende a aprofundar menos no solo. A regulagem é feita no parafuso que regula a tensão da mola (ou o comprimento da mola).

Arados de discos reversíveis

A roda guia deverá sempre estar em sentido paralelo ao trator. Os arados reversíveis só possuem regulagem vertical da roda guia, pois seu chassis não sofrem torções em regulagem de largura, mantendo sempre a sua roda guia no mesmo sentido de deslocamento do trator.

12.2.3. Métodos de Aração

No documento MÁQUINAS E MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA (páginas 76-82)

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