A Iniciação é o processo para se alcançar o estado de Bem-Aventurança e Felicidade, mormente quando se atinge o mais elevado grau de realização que é o estado de Samadhi, o qual constitui o máximo de Felicidade que se pode almejar na Terra. Baseado nesse postulado, é difícil acreditar-se que Jesus o Cristo, ou seja, aquele que alcançou o estado Crístico de Consciência tenha sido um homem sofredor enunciando a dor do pecado irreversível, como pretendem os exegetas católicos para satisfazerem a sua particular confissão arrastando os simples a segui-la no maior dos equívocos de lesa-Evolução. Como poderia ser um sofredor impenitente aquele Ser que afirmou que o “Reino do Céu está dentro de nós” e “Eu e o meu Pai
somos Um”? A mensagem de Jesus foi de Bem-Aventurança. Ele afirmou que o Reino do Céu
pode ser alcançado aqui mesmo na Terra. Aliás, a Mensagem de Salvação é sempre dada periodicamente pelos Avataras ou Messias que falam sempre de Paz, Amor e Sabedoria. Eles nunca preconizaram o sofrimento e a dor como princípios irreversíveis, que aliás são estados anormais de consciência como resultados dos nossos pecados ou faltas kármicas geradas pela ignorância da Lei Divina.
Ao invés de ostentar carranca grave e desagradável própria de quem está mal consigo e o mundo, o contentamento é uma virtude comum a todos os Iniciados. Porque se o sofrimento denota uma mente descontente, quem está contente em harmonia com o seu Deus Interior por certo é natureza feliz, goza de grande contentamento. A Meditação afasta do discípulo as vibrações desarmónicas geradoras de sofrimentos. Iniciação e Felicidade são princípios que se completam.
Todos esses crimes e desajustes que verificamos na sociedade contemporânea são frutos da inconsciência de todos os envolvidos nessas manifestações, pertençam eles às classes dominantes ou às classes dominadas. Se houvesse um meio de ajustar a alma do povo através da
educação iniciática, pois a educação profana apenas prepara o cidadão para ganhar a vida do
dia-a-dia, cessaria toda essa turbulência psicossocial que tem tornado a vida perigosa para quem vive nos grandes centros urbanos. As religiões e o Estado deveriam desempenhar o importante papel que lhes cabe, no sentido de melhorar essa situação caótica em que se encontra a
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sociedade. Devia-se dar mais atenção, no currículo escolar, à educação moral e à formação do carácter para sanar a sociedade.
MELHORAR O INTERIOR PARA MODIFICAR O EXTERIOR – Um homem feliz e disposto a ajudar o seu próximo, pouco poderá fazer se aquele que vai receber sua ajuda não desejar transformar-se. Será um benefício efémero, pois o germe da infelicidade não foi alterado por estar enquistado na alma do beneficiado. A doação de bens materiais não soluciona o problema da existência se o foco da consciência não for alterado. Isso tanto vale para o indivíduo como para a colectividade.
Se o problema apenas se localizasse no plano puramente material, acreditamos que a sociedade humana já estaria a caminho de solucionar todos os seus problemas existenciais. Um Iniciado hindu afirmou que não bastava o auxílio material que se distribuía ao povo se as suas condições morais e espirituais não fossem modificadas, pois o germe da infelicidade continuaria a existir na alma do ser infeliz, já que tudo o que acontece não é obra do acaso por ter a sua razão de ser, ou seja, tem uma causa geradora do efeito. Assim ensina a sábia Lei da Retribuição ou do Karma.
De modo geral todos queremos ajudar e ver o mundo feliz. Todos gostaríamos de auxiliar o próximo que sofre, esta é uma aspiração natural no coração de todas as pessoas de boa vontade. Acreditamos que para induzirmos os outros a serem felizes devemos começar nós próprios a procurar a felicidade. Quando atingimos o equilíbrio interno, através da Sabedoria Iniciática, automaticamente nos transformaremos num Foco de Luz. Neste estado, o nosso auxílio além do aspecto material estende-se ao nível espiritual, pois uma vibração superior é muito mais poderosa do que uma inferior, com isso podendo contribuir para a melhoria de vida e do meio- ambiente.
TENSÃO
A Psicologia moderna e por extenso toda Ciência Oficial são unânimes em afirmar que as causas profundas de muitas doenças são oriundas da tensão. O ser humano resiste até certo ponto à pressão das tensões, mas chega a um estado em as resistências psicofísicas cedem e o corpo e a alma entram em processo de doença que até pode levar ao fim prematuro do ser.
O panorama que se descortina na vida da sociedade actual, com todas as calamidades que a afligem (doenças, pragas, crises, perturbações sociais, desastres ecológicos, etc.), em última análise não deixam de ser consequências das grandes tensões ambientais que envolvem o nosso planeta. Todas essas tensões são de natureza individual que se reflectem colectivamente, envolvendo a todos. O fenómeno é de natureza psíquica com reflexos materiais. A tensão está presente tanto nos povos em estado primário de desenvolvimento económico como também envolve as nações ricas, o que denota que o problema não tem as suas raízes na capacidade física mas na anima humana.
Assim, o Homem precisa modificar-se individualmente para que a sociedade também se modifique. Não conhecemos outro método de modificação humana a não ser através das práticas iniciáticas. Quando o ambiente fica muito impregnado de tensões, que são ondas de pensamentos de baixa qualidade, segundo os Ocultistas e Teósofos, irrompe sempre alguma calamidade colectiva, às vezes gerada pela própria Natureza. Todos aqueles que, consciente ou inconscientemente, são os responsáveis pelo acúmulo dessas energias negativas que formam uma egrégora nefasta, são os primeiros a sofrerem as consequências. Ninguém paga pelas acções dos outros, cada um recebe na medida certa o que gerou com a sua ignorância ou insensatez.
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