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5.1.4 O PROBLEMA DE MÁ OCLUSÃO EM USUÁRIOS DO SUS-BH

5 3 A RELAÇÃO ENTRE O ÍNDICE DE VULNERABILIDADE À SAÚDE E ALGUMAS VARIÁVEIS DE SAÚDE-DOENÇA BUCAL

Nas FIG. 10,11,12 e 13 são apresentados mapas temáticos do Município construídos com as variáveis que descrevem a condição saúde-doença bucal (percentual de usuários livres de cárie, percentual de usuários sem necessidade de tratamento restaurador para cárie, média de necessidade de tratamento restaurador para cárie e média de dentes permanentes extraídos), neste estudo, agregadas segundo a área de abrangência do atendimento odontológico do usuário do SUS- BH, realizado no ano de 1998.

Para a elaboração dos mapas foram definidas faixas de intervalos para os valores, com o objetivo de melhor visualizar as informações. Para tanto procurou-se utilizar os mesmos critérios que estabeleceram as classes de risco de adoecer e morrer definidas pelo índice de vulnerabilidade à saúde, de acordo com as possibilidades do software disponível para a sua execução (PBH/SMSA/DEPLAR, 1998).

Na FIG. 10, o mapa apresenta o percentual de usuários atendidos e sem necessidade de tratamento, ou seja, aquelas que no exame inicial apresentaram história presente de cárie igual a zero. Observa-se a existência de, pelo menos uma área de abrangência com um percentual maior que 34% de usuários sem necessidade de tratamento restaurador em todos os distritos. Verifica-se ainda uma concentração de unidades com o percentual acima da média do Município, nas

áreas de abrangência dos Distritos Oeste, Nordeste, Leste e Noroeste. As áreas de abrangência localizadas nos Distritos Sanitários Barreiro e Venda Nova, e que estão situadas na faixa de mais de 42% de usuários sem necessidade restauradoras, correspondem a unidades localizadas em escolas atendendo à população em faixa escolar correspondente ao C.S. Barreiro de Cima, do Distrito Sanitário Barreiro, e C.S. Andradas e C.S. Rio Branco, do Distrito Venda Nova.

FIGURA 10 MAPA – Percentual de usuários sem necessidade de tratamento restaurador para cárie dentária, segundo áreas de abrangência do atendimento SUS-BH – 1998.

Na FIG. 11, observam-se os resultados referentes ao percentual de usuários atendidos e livres de cárie dentária segundo a área de abrangência do atendimento. Comparando-se estes resultados com o mapa apresentado na FIG. 10, nota-se que existe uma relação de concordância entre as cinco áreas com um percentual de livres de cárie e as áreas com maior percentual de usuários sem necessidade de tratamento restaurador para a cárie.

No mapa apresentado na FIG. 12, pode ser verificado que 37 áreas de abrangência apresentaram usuários com médias de necessidade de tratamento restaurador para a cárie na faixa superior à média de 3,90. Observa-se, neste mapa, uma tendência de concentração de áreas de abrangência com usuários com maiores médias de necessidade de tratamento nos Distritos Sanitários Barreiro e Venda Nova .

A FIG. 13, apresenta mapa temático com a variável referente mortalidade dental. Pode-se verificar que três das quatro áreas de abrangência com usuários atendidos, com médias de dentes permanentes extraídos na faixa acima de três dentes, localizam-se no Distrito Sanitário Nordeste e correspondem aos Centros de Saúde Cachoeirinha, São Gabriel e Goiânia, sendo que a outra área refere-se a usuários atendidos no Centro de Saúde Urucuia, no Distrito Sanitário Barreiro.

FIGURA 11 MAPA – Percentual de usuários livres de cárie dentária, segundo áreas de abrangência do atendimento SUS-BH – 1998.

FIGURA 12 MAPA – Faixas de médias de necessidade de tratamento Percentual de usuários livres de cárie dentária, segundo áreas de abrangência do atendimento SUS-BH – 1998.

FIGURA 13 MAPA - Distribuição das áreas de abrangência segundo faixas de médias de dentes permanentes extraídos em usuários atendidos no SUS-BH – 1998.

O tratamento estatístico realizada pelo sofware MINITAB versão 12, através da análise gráfica da dispersão dos dados, mostrou que não existe uma relação de associação entre as variáveis relativas à avaliação da condição de saúde bucal, à idade média dos usuários e ao índice médio de vulnerabilidade à saúde ou risco de morrer e adoecer, segundo a área de abrangência do atendimento.

No (GRAF. 26) apresenta-se a dispersão dos dados relacionando o percentual de usuários sem necessidade de tratamento restaurador para cárie com o valor do índice médio de vulnerabilidade à saúde de cada área de abrangência.

2 3 4 5 6 0 ,0 0 ,1 0 ,2 0 ,3 0 ,4 0 ,5 0 ,6 0 ,7 0 ,8 R IS C O _ M E D PSEN N EC P e r c e n tu a l d e a te n d im e n to s s e m n e c e s s id a d e d e t r a ta m e n to

GRÁFICO 26 - Dispersão dos valores do percentual de usuários do SUS-BH livres de cárie em relação ao índice de vulnerabilidade à saúde da área de abrangência - 1998

A análise de correlação entre o percentual de usuários livres de cárie em cada unidade do SUS-BH e o Índice Médio de Vulnerabilidade à Saúde (IVS) da área de abrangência em que foi realizado o atendimento está apresentada no (GRAF. 27).

2 3 4 5 6 0 ,0 0 ,1 0 ,2 0 ,3 0 ,4 0 ,5 0 ,6 R IS C O _ M E D PL IV C A P e r c e n tu a l d e a te n d id o s liv r e s d e c á r ie s

GRÁFICO 27 – Dispersão dos valores do percentual de usuários do SUS-BH atendidos livres de cárie em relação ao Índice de vulnerabilidade à saúde, Belo Horizonte - 1998

A FIG. 14 apresenta os gráficos de dispersão dos dados relacionando a média de necessidade de tratamento restaurador para cárie e a média de dentes permanentes extraídos dos usuários atendidos, relacionados com o valor do índice médio de vulnerabilidade à saúde de cada área de abrangência.

2 3 4 5 6 0 1 2 3 4 5 6 7 RISCO _MED ME D _ N E _ T

M édia de necessidades de tratamento restaurador

2 3 4 5 6 0 1 2 3 4 5 6 7 RISCO _MED ME D _ E X T R

Média de extrações dentárias

FIGURA 14 – Análise gráfica da correlação entre a média de necessidade de tratamento restaurador para cárie, a média de dentes permanentes extraídos, e o risco médio de vulnerabilidade à saúde da área de abrangência em que foi realizado o atendimento dos usuários do SUS-BH - 1998

FONTE: SMSA\DCAS\SAA - DADOS DO INQUÉRITO EPIDEMIOLÓGICO, BELO HORIZONTE –