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A França se apresenta como principal aliada política e importante parceira econômica da República Centro Africana tal qual com grande parte de suas antigas colônias africanas. O processo de descolonização e os acordos econômicos e securitários firmados logo após a independência garantiram à ex-metrópole relação privilegiada com os novos Estados (CHAFER, 2001). Grande parte dos acordos firmados no processo que levou à cessão de independência ainda hoje está em vigência, tratando de questões referentes à intervenção militar francesa, estruturação das Forças Armadas, gestão de recursos de energia, entre outros (FRANCE DIPLOMATIE, s/d). De acordo com Utley (2002),

O aspecto mais evidente da permanência da ligação entre França e África, no entanto, foi à aplicação de acordos de defesa e militares. Facilitando intervenções francesas em assuntos domésticos quando regimes amigos estavam ameaçados, bem como a ação quando as ex-colônias enfrentavam ameaças externas, esses acordos resultaram em diversas intervenções francesas [...] A França ficou amplamente conhecida como a gendarme da África. 47(UTLEY, 2002, p. 130-131, tradução nossa).

Ademais, historicamente, a França está intrinsecamente ligada às trocas de poder no país, seja pelo apoio indireto de grupos de oposição ou pelo suporte político-militar a governantes. Assim como o Chade, seu aliado, a potência europeia busca defender os interesses nacionais na região, fazendo com que as alianças da mesma com personalidades locais influentes sejam extremamente voláteis. Durante a Guerra Fria, a manutenção da

47 No original: “The most overt aspect of France’s residual ties with Africa, though, was the applications of

defence and military agreements. Facilitating French intervention in domestic affairs where friendly regimes were threatened, as well as action when the former colonies faced external threats, these agreements resulted in many French military interventions in Africa […] France was widely referred to as the gendarme of Africa.”.

influência na República Centro Africana, considerando sua localização estratégica, e a redução da presença libanesa na região são os principais objetivos franceses. Após o fim da mesma, esforços a fim de promover o treinamento e a modernização das Forças Armadas Centro Africanas e da gendarmerie são realizados (GLAWION, 2015; N’DIAYE, 2009). Sem a justificativa para intervenções que o conflito bipolar garantia, a presença militar francesa na África passa a ser questionada, bem como seus elevados custos para o Estado. De encontro à nova estratégia francesa para a África, lançada no final da década de 1990, fomenta iniciativas militares africanas (na prática, franco-africanas), buscando incluir organizações regionais no processo, marco dessa prática no continente é a Força Interafricana na República Centro Africana (MISAB). Todavia,

Nota-se que, no domínio da Segurança e Defesa, o relacionamento bilateral não foi desvalorizado nem perdeu eficácia, bem pelo contrário. [...] esta redução de efectivos [sic] gerou poupanças significativas, parte das quais foram reinvestidas na adaptação da rede de bases aéreas em África, por forma de apoiar a projeção de forças a partir do território francês. (PINHEIRO, 2006, p. 147).

Quanto ao âmbito econômico, a França apresenta-se como o segundo maior importador e o terceiro maior exportador da República Centro Africana (CIA, 2017). É necessário fazer uma ressalva quanto aos índices de comércio entre ambos, afetados pelo aumento da violência, desde o golpe de 2013, e pelos ataques que grupos rebeldes, especialmente a Séléka, dirigem a franceses e demais estrangeiros residentes no país. Ainda assim, o interesse por recursos naturais como o urânio e o cobre, abundantes em território centro africano, são atrativos para empresas francesas. Quanto a isso, Renou (2002) ressalta

Através de um sistema de preferências, as companhias francesas usufruíam de um quase monopólio. Beneficiando-se de mão de obra barata, baixo preço de matérias prima e um mercado cativo. A independência dos Estados africanos francófonos não alterou essa realidade. Parcela significativa de suas atividades comerciais e de transporte permanece controlada por antigas companhias coloniais. 48(RENOU, 2002, p. 8, tradução nossa).

Reitera-se que o suporte francês é determinante para a manutenção de poder na República Centro Africana, garantindo aos governos maior apoio internacional e conjuntura

48No original: “Through a system of preferences, French companies enjoyed a quasi-monopoly. They benefited

from cheap labour costs, low prices for raw materials, and a captive market. The independence of Francophone African countries did not really change the rules. A significant share of their trade, marketing and shipping activities remained entirely controlled by the old colonial companies.”

favorável para administrar o país. Segundo Siradag (2016), os líderes centro africanos desenvolveram, especialmente depois da independência, relações próximas com os Chefes de Estado franceses, a fim de propagar a elevada interação econômica e política, bem como garantir a manutenção no poder. Por outro lado, Paris busca garantir sua influência militar na região tendo em vista o teor estratégico desse território. Todavia, é importante destacar que os acontecimentos internacionais e mudanças de governo na França alteram de diversas maneiras as políticas destinadas à RCA e os termos dessa relação. Desde o fim da Guerra Fria, a antiga metrópole tem de reformular as relações com a África no geral, especialmente após o genocídio de Ruanda (1994), passando a optar por acordos multilaterais e restringindo gradativamente o suporte militar. Apesar disso, o contingente destinado à República Centro Africana apresenta crescimento contínuo e, ao observar os dados expostos na Tabela 2, é possível perceber que desde a independência do país, em 1960, forças francesas, independente do caráter oficial das missões, estão presentes em território centro africano.

4.3 Considerações finais do capítulo

A precária situação na República Centro Africana, similarmente a outros Estados africanos, está diretamente ligada ao envolvimento externo no país. É comum países periféricos possuírem aparatos estatais mais “fracos”, onde a burocracia não funciona corretamente e o controle acerca de processos legais e fronteiras é reduzido. Fala-se em “Estado mais fraco” não no sentido do conceito de Estado falido, pois tal concepção baseia-se na ideia de que todo Estado que não se assemelha aos moldes do moderno, ou melhor, do europeu, é fraco e falha em cumprir suas funções, visão essa não compartilhada pelo presente trabalho. Nesse sentido, refere-se à capacidade burocrática, necessária à manutenção do capitalismo e do favorecimento aos interesses de grandes empresas, esta última, prática comum de países do centro, nesse caso representados pela França.

A falta de controle das fronteiras, facilitada pelas amplas áreas de floresta e ação de grupos paramilitares nessas zonas, permite o trânsito, praticamente livre, de pessoas e bens, especialmente metais preciosos. Com o processo de Kimberley (2003) e demais ações regulatórias acerca da origem dos metais preciosos, grupos militares acabam por unir-se a governos (alianças ou Golpes de Estado) e grandes multinacionais para traficar esses bens, tendo a atividade a principal fonte de financiamento da maior parte das milícias. O mesmo acontece com outros bens, como o petróleo, por exemplo.

A volatilidade das alianças e a utilização do Estado vizinho para treinamento de milícias, tráfico de armas e demais materiais bélicos, bem como a tentativa dos governos de

“exportar” disputas internas aos demais países da região, tirando o foco internacional e reduzindo a tensão em seu próprio território faz com que a conjuntura dessa região seja cada vez mais conflituosa e a resolução dos mesmos se torne cada vez mais complexa e custosa. A porosidade das fronteiras e a amplitude de nacionalidades dos grupos político-militares que atuam na África Central dificultam tanto sua identificação, quanto o combate e, principalmente, qualquer tipo de programa de DDR desenvolvido.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A colonização alterou drasticamente o modo de vida africano, seja pelos impactos causados na estrutura social ou pelo sistema de trabalho forçado adotado. Desde o início do processo, diferentes medidas administrativas foram tomadas com base no grau de resistência apresentado pelos povos colonizados e na cooperação de seus líderes com as potências europeias, alternando principalmente o nível de violência e autoritarismo utilizado. Acerca disso, as políticas aplicadas possuíam caráter assimilativo ou associativo. Quanto ao primeiro, com base em doutrinas evolucionistas e civilizatórias, realizava-se a tentativa de moldar a sociedade africana conforme os padrões franceses, fazendo uso da educação para promover a “evolução racial” dos povos colonizados. Já no segundo modelo, amplamente utilizado a partir do século XX, eram reconhecidas as diferenças culturais e seu papel na estruturação da sociedade e da vida política. Entretanto, ambas partiam da ideia de que os territórios haviam atingido certo grau de desenvolvimento a partir da missão civilizatória francesa (JUDGE, 2005). A aplicação do método de associação se deu conforme o entendimento das elites responsáveis, abrindo espaço para ações controversas e favorecimento pessoal.

O baixo nível de investimentos nesses territórios deixou como legado estruturas precárias com poucas estradas e sérios problemas de logística, bem como um déficit populacional decorrente de migrações forçadas 49. Dentro do contexto das guerras mundiais, as colônias africanas mostraram-se fundamentais para o desempenho bélico francês. Do mesmo modo, durante a crise de 1929, a matéria prima fornecida pelos territórios além-mar, bem como o mercado consumidor por eles representado, foi fundamental para a recuperação econômica da França (COQUERY-VIDROVITCH, 2008). Considerando a importância da África para o desenvolvimento e manutenção do status de potência da metrópole, o processo de independência, uma vez percebido como inevitável, foi conduzido a modo de garantir condição privilegiada nas relações com esses Estados. O avanço na organização política africana, percebido após a Segunda Guerra Mundial, acarreta em protestos e, consequentemente, reformas na administração colonial. A fim de manter as colônias e reduzir os custos, De Gaulle concedeu certo grau de autonomia política e orçamentária através da criação da União Francesa e, posteriormente, da Comunidade Francesa (CHAFER, 2002; COOPER, 2014).

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Durante os conflitos mundiais é instaurado o alistamento obrigatório, a fim de garantir a cota de soldados exigida pela metrópole, as autoridades utilizam de violência extrema, levando muitas famílias a migrarem para outras partes do continente.

Os movimentos anticolonialistas e a pressão internacional por eles exercida acarretaram na independência da maioria das colônias francesas na África durante a década de 1960. Todavia, o modo como esse processo foi conduzido o diferenciou dos demais. Inicialmente, foram estabelecidos parlamentos com Primeiros Ministros em cada um dos territórios, sendo por eles conduzida a transição para o Presidencialismo. No âmbito da Comunidade Francesa, foram estabelecidas diretrizes políticas nos âmbitos de defesa, política externa, monetária, entre outros. Do mesmo modo, antes da cessão de independência se firmaram acordos que garantam a propagação dessas condições, principalmente no que tange a intervenção militar em casos de conflitos internos e ameaças à manutenção do poder Estatal (UTLEY, 2002).

A independência da República Centro Africana, naturalmente, foi conduzida de modo que não prejudicasse os interesses franceses. Para tal, foi posto à frente desse processo David Dacko, chefe do MESAN, primeiro partido político centro africano, e com viés mais moderado com relação a seu antecessor Barthélemy Boganda (falecido um ano antes em um acidente de avião). Percebem-se alguns pontos marcantes no país desde sua independência até hoje, como, por exemplo, o uso do Estado para benefício próprio e do grupo étnico dos governantes em questão, a participação das Forças Armadas em golpes de Estado e a influência das relações exteriores na conjuntura interna. Quanto à última, a manutenção de alianças com Paris e N’Djamena interferiu diretamente na capacidade de sustentação dos líderes centro africanos. Quando David Dacko e François Bozizé iniciaram negociações com a China, a França imediatamente retirou seu apoio ao governo, chegando a enviar contingentes militares para proteger os cidadãos que vivessem no país enquanto disputas com rebeldes levam a golpes de Estado (SIRADAG, 2016). Do mesmo modo, na conjuntural atual de crise é preciso retomar que os soldados que dão origem ao grupo político-militar Séléka são, em parte, chadianos e têm sua ação na República Centro Africana favorecida pelo mesmo.

Ao pedir refúgio no Chade em 2001, Bozizé utilizou-se do Exército então reunido para propagar o golpe de Estado em 2003 e, devido ao não recebimento das recompensas prometidas a esses soldados, muitos voltaram para território chadiano, onde foram instruídos a voltar ao país vizinho. Do mesmo modo, durante a Presidência de Michel Djotodia, líder da Séléka, o Estado mostrou-se como importante aliado frente os processos de reconhecimento internacional do governo e negociação com a oposição (MEHLER, 2010; GLAWION, 2015). Desde o início, a ação da Séléka tem sido fomentada por atores externos, tendo passado por treinamentos militares com autoridades sudanesas, bem como apoio logístico e financeiro do

vizinho em troca do uso do território para planejamento e execução de ações contra o Sudão do Sul (WEYNS et al, 2014).

Com base nisso e nos demais dados expostos nesse Trabalho de Conclusão de Curso, têm-se a confirmação da hipótese de pesquisa apresentada. Apesar de ter conquistado a independência em 1960, a ex-metrópole ainda é capaz de interferir em questões políticas internas e externas na República Centro Africana. Grande parte dos tratados assinados durante o processo de transição à independência encontra-se em vigência até hoje 50, garantindo condições de interferência militar e influenciando em fundamentos da política externa, de segurança, recursos estratégicos, entre outros. A previsão de intervenções militares em território centro africano para proteção de civis, franceses ou não, é fator crucial nesse processo. Ilustração disso é a Operação Barracuda (1979), promovendo a volta de Dacko ao poder, bem como a inação da Operação Sangaris frente ao iminente golpe de Estado em Bozizé, em 2013, e ainda, o programa de desarmamento da Séléka durante os embates entre a mesma e o Anti-Balaka (não incluso na medida). O apoio da antiga metrópole mostra-se fundamental para a manutenção do poder de líderes bem como na articulação com agentes internacionais, como a União Europeia, por exemplo, envolvidos em auxílios humanitários e programas de cooperação. Ademais, ressalta-se a predominância francesa no âmbito econômico do país e a ação através de ou em cooperação com organizações internacionais e iniciativas multilaterais, tirando o foco midiático da ação neocolonialista de Paris, sem diminuir o poder real de influência da mesma.

Portanto, conclui-se que o favorecimento de determinadas etnias ao longo dos anos e as mudanças realizadas na estruturação das Forças Armadas, sendo seus cargos utilizados como barganha para apoio ao governo, somados à negligência no que tange investimentos e participação política nas províncias do norte e nordeste estão entre as causas da acentuação dos conflitos internos observada nos últimos anos. A área hoje proclamada como República de Logone, historicamente, apresenta os menores índices de investimentos e infraestrutura precária, com pouquíssimas estradas, escolas e hospitais, problemas esses ampliados após a devastação causada pela Guerra Civil (2004-2007) na região. Com o golpe de Estado promovido pela Séléka em 2013 e a ampliação do conflito, passando a envolver questões religiosas, a tensão entre as regiões atinge níveis alarmantes, tornando o processo de reconciliação nacional cada vez mais distante.

50 É possível ter acesso aos tratados firmados entres as partes no site do Ministério para Europa e Assuntos

Do mesmo modo, levando em conta a situação, por vezes, de subordinação da política externa e das relações econômicas à França, a República Centro Africana tem sua atuação limitada dentro do sistema regional e mundial, especialmente no que tange contratos com empresas estrangeiras. Com o acirramento dos conflitos, as transações econômicas com empresas francesas são praticamente interrompidas, tendo o governo de buscar novas parcerias econômicas, como o caso das concessões para exploração de petróleo, firmadas por Bozizé com a África do Sul e a China em 2007. Todavia, ações como esta ameaçam o status quo da antiga metrópole na região, acarretando em represálias da mesma. Considerando que o país é rico em recursos naturais e, ainda assim, um dos mais pobres do mundo, e que as empresas francesas demonstram elevada falta de interesse em investir na região, mesmo com todas as garantias securitárias oferecidas por Paris, o território centro africano somente alcançará avanço nessas questões se conseguir parceiros dispostos a investir.

A fraqueza das instituições estatais e a falta de controle sobre a totalidade do país, com a soberania sendo reduzida conforme a distância da capital, impossibilita os líderes centro africanos de tomarem decisões contrárias à França, com base no elevado custo que o rompimento da aliança com o Estado europeu poderia ter para as autoridades em questão e para a própria população. Situação semelhante é observada nas demais ex-colônias francesas na África, tendo em vista que muitos desses novos Estados necessitam do suporte externo para manterem suas independências e garantirem a integridade de seus respectivos territórios. Por fim, ressalta-se que o intuito deste trabalho não é ser determinista e culpar a França pelos problemas dos territórios que eram suas colônias e sim entender que esses Estados, apesar de independentes mantém relações privilegiadas com a metrópole, semelhantes à época colonial. Nem sempre essa relação é prejudicial e seu nível de proximidade depende de como a mesma é conduzida e da importância estratégica da região. A lógica de favorecimento pessoal hoje observada na atuação de grande parte dos líderes africanos era incentivada dentro das federações coloniais, bem como a utilização do Estado em prol de determinadas etnias e a rivalização das mesmas a fim de enfraquecer a oposição e conquistar aliados.

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