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Relação da variabilidade no espaçamento entre plantas e da forma de aplicação de

3 Capítulo 2 – Influência da variabilidade na distribuição espacial de plantas de

3.4.2 Relação da variabilidade no espaçamento entre plantas e da forma de aplicação de

48

Para o experimento, primeiramente destaca-se que houve interação entre os tratamentos

avaliados e a ZM definidas pela Cea do solo, sendo este equipamento eficiente em detectar a

variabilidade espacial (Corwin & Lesch, 2003) e na definição das zonas de manejo (Shaner et al.,

2008). Para SM e SP independente da ZM e da forma de fertilização nitrogenada a melhor

distribuição de plantas resultou em maior produtividade de grãos. A utilização do piloto automático

na operação de semeadura (SPP), não apresentou diferença a SP. Já para a fertilização nitrogenada,

na ZB a DVN só obteve diferença significativa na produtividade de grãos para SM. Em

contrapartida na ZA a utilização DVN obteve diferenciação na produtividade de grãos para os dois

sistemas de semeadora utilizados em relação a DFN (Figura 5).

Em relação a DVN observa-se que as leituras de IV realizadas no momento da fertilização

nitrogenada diferenciaram-se em seus níveis de acordo com a ZM independente da qualidade de

semeadura, não ocorrendo relação do IV com a variabilidade na distribuição de plantas. Para a

prescrição da dose de N, observa-se para ZB na média dos tratamentos SM e SP que apenas 23% da

área obteve a dose referência que era de 96 kg ha

-1

de N, sendo o restante variado de acordo com a

variabilidade do IV das plantas, enquanto para a ZA na média dos tratamentos SM e SP este valor

foi de 49% (Figura 4). Por mais que a amplitude de variação tenha sido baixa com uma diferença

média nos tratamentos entre o valor mínimo e máximo para ZA na SM e na SP de 7 e 8 kg ha

-1

de N

e para ZB na SM e na SP de 24 e 12 kg ha

-1

de N, tem-se uma relação que para cada 50 kg ha

-1

de

produtividade de grãos de milho, existe uma necessidade de 1 kg ha

-1

de N (FANCELLI, 2000;

DOERGE, 2001). Desta forma essa redistribuição do N na dose variável, por menor que seja torna-

se relevante na busca de incrementos na produtividade da cultura.

Neste sentido a produtividade para SM, SP e SPP com a utilização de DFN foi de 5.059,

5.541 e 5.752 kg ha

-1

e para a DVN foi de 5.404, 5.824 e 5.908 kg ha

-1

, respectivamente. O simples

fato de se ter uma melhor distribuição de plantas com uma redução de aproximadamente 16 pontos

porcentuais no CV da distribuição de plantas se expressou em um incremento na produtividade de

8,6% independente da forma de aplicação do nitrogênio. Já para a DVN independente da qualidade

de distribuição das plantas o incremento médio da produtividade foi de 5,9%, próximo do

encontrado por BRAGAGNOLO et al., (2013b). Desta forma para esta ZM a melhor distribuição de

plantas teve um impacto maior na produtividade do que a forma de aplicação do nitrogênio, devido

provavelmente ao déficit hídrico que ocorreu no florescimento da cultura, sendo a competição intra-

específica um fator determinante, principalmente para um ambiente de menor potencial produtivo.

No entanto destaca-se que a DVN demonstrou-se como uma alternativa eficiente para incrementar a

produtividade no tratamento que se teve problemas em obter uma distribuição uniforme de plantas

na fileira (Figura 4).

Na ZA às produtividades para SM, SP e SPP com a utilização de DFN foram de 6.614, 7.354

e 7.274 kg ha

-1

e para a DVN foram de 7.326, 7.753 e 7.763 kg ha

-1

, respectivamente. Novamente a

redução de 16 pontos porcentuais no CV da distribuição de plantas se expressou em um ganho

médio na produtividade para SP em relação a SM, independente da forma de aplicação do

nitrogênio de 8,5%. Para a DVN, independente da qualidade da distribuição de plantas o incremento

médio foi de 8,1%, chegando a 10,8% para SM. Este resultado demonstra uma maior eficiência na

utilização da DVN, em um ambiente de maior potencial produtivo e demonstra a importância da

consideração de ZM para em estudos futuros ajustar e melhorar a eficiência da aplicação

nitrogenada em dose variável utilizando sensores ópticos (Roberts et al., 2012 & Schawberlt et al.,

2014).

Além disso, para um ambiente de produção com um potencial produtivo do solo maior a soma

de tecnologias, com a utilização de uma semeadora que proporcionou uma melhor distribuição de

plantas associado com a DVN resultou em um incremento de 17% na produtividade quando

comparado a SM com DFN, tratamento esse que é a realidade da maioria das lavouras de milho

brasileira. Portanto, este experimento demonstra a importância da redução da variabilidade na

distribuição de plantas e ainda que a dose variável de nitrogênio pode reduzir o efeito causado por

50

uma distribuição irregular de plantas, ou ainda potencializar o teto de produção da cultura quando

associado a uma boa plantabilidade.

3.5CONCLUSÕES

A utilização da condutividade elétrica aparente para definição de zonas de manejo

demonstrou-se eficiente, sendo os valores de índice de vegetação e o teto produtivo dos ambientes

delimitados distintos.

A utilização de uma semeadora com dosador pneumático e organizador de sementes diminuiu

a variabilidade na distribuição entre as plantas na fileira, sendo eficiente para obter-se um CV =20%

e um DP de 0,05m, próximos da equidistância entre plantas e de uma boa plantabilidade.

A melhor distribuição de plantas independente da forma da aplicação de nitrogênio e da zona

de manejo foi a que proporcionou maior incremento na produtividade.

A dose variável de nitrogênio foi eficiente, incrementando a produtividade da cultura no

tratamento da semeadora com sistema mecânico e ainda potencializou a produtividade quando

associado a uma distribuição de plantas mais uniforme em um ambiente com capacidade produtiva

maior, mesmo em um ano com restrições hídricas.

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56

TABELA 1. Características químicas do solo 0-0.15 m nos blocos avaliados

ZM Cea MOS

P

K Al Ca Mg CTC

pH H

2

O Argila

%

mg dm

-3

---cmol

c

dm

-3

---

1:1

g kg

-1

ZA 10,2 3,3

20,4 0,64 0,0 4,2 2,8 12

5.5

650

ZB 8,1

3,4

22,4 0,54 0,0 5,1 3,1 11

5.7

600

TABELA 2. População de plantas e coeficiente de variação das linhas avaliadas para SM e SP

Linha

População de plantas

CV%

SM SP

SM SP

1

76.322(±1.413)

80.174(±2.820)

35,6(±3,6)

22,1(±1,6)

2

81.150(±3.723)

79.292(±1.662)

35,4(±4,8)

21,2(±4,3)

3

79.874(±4.695)

76.879(±4.217)

40,3(±7,3)

22,6(±5,2)

4

76.976(±4.056)

77.724(±3.942)

35,8(±10,8)

21,2(±6,0)

5

76.965(±1.671)

79.483(±2.697)

37,9(±1,4)

17,0(±1,8)

6

77.380(±2.006)

78.180(±3.434)

35,8(±6,6)

18,2(±0,8)

7

81.176(±4.769)

77.525(±2.974)

31,3(±2,1)

14,8(±3,1)

8

77.248(±8.748)

78.193(±3.851)

39,4(±9,0)

18,2(±4,7)

9

78.017(±4.581)

77.993(±2.399)

37,7(±12,4) 23,1(±0,9)

10

76.472(±1.230)

78.452(±1.919)

31,94(±7,5) 18,35(±1,4)

58

FIGURA 1. Distribuição das chuvas e chuva acumulada ao longo do ciclo da cultura para o

experimento

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 1 10 19 28 37 46 55 64 73 82 91 100 109 811 127 136 145 154 163 P re cipita çã o a cum ula da m m P re cipi ta çã o m m dia -1

Dias após emergência

FIGURA 2. Variabilidade espacial da condutividade elétrica aparente de 0-0,30m para a área de

60

FIGURA 3. Distribuição do espaçamento entre plantas para Semeadora mecânica(SM) e Semeadora

FIGURA 4. Índice de vegetação (IV) da cultura para semeadora mecânica(SM) e semeadora

pneumática(SP) na zona de alta(ZA) (a) e (c) e para zona de baixa(ZB) (e) e (g) e dose

variável de N estimada por sensor óptico e a dose referência para SM e SP na ZA (b) e

(d) e para ZB (f) e (h)

62

FIGURA 5. Produtividade de grãos em função do sistema de semeadura com dose fixa de

nitrogênio em ZB e ZA (A) e (C) e com dose variável de nitrogênio em ZB e ZA (B)

e (D)

*Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si, maiúscula entre sistemas de semeadura dentro de cada Zona de manejo e minúscula entre sistemas de semeadura na linha/Forma de aplicação de N dentro de cada Zona de manejo, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

4 CONCLUSÕES GERAIS

A utilização de uma semeadora pneumática com organizador de sementes melhorou a

distribuição espacial das plantas de milho em relação a semeadora mecânica com dosador em

discos, que é tradicionalmente utilizado no Brasil, sendo eficiente para obter um CV = 20% e

um DP de 0,05 m, espaçamento este próximo da equidistância entre as plantas. A melhor

distribuição de plantas proporcionou um desenvolvimento mais uniforme das plantas com

uma maior homogeneidade nos índices de NDVI e na produtividade conforme avaliações no

estudo planta a planta, o que potencializou o teto produtivo do milho em 9% para os

experimentos avaliados, justificando a utilização deste sistema quando comparado com a

semeadora mecânica.

O estudo de caso demonstrou que a medida que aumenta a variabilidade na

distribuição de plantas o NDVI médio das plantas diminuiu e que para cada aumento em 10

pontos porcentuais no CV da distribuição de plantas na fileira a redução média na

produtividade é de 1.085 kg ha

-1

e que para um ano em que as condições climáticas foram

adequadas para o desenvolvimento da cultura o teto produtivo do milho já é comprometido a

partir de um CV da distribuição de plantas de 10%, distribuição esta muito próxima da

equidistância.

Desta forma novos estudos avaliando o efeito do erro da semeadura na

produtividade devem ser conduzidos para diferentes materiais genéticos e condições de

ambiente, buscando avaliar a variabilidade planta a planta para evitar ruídos quando se analisa

em macroparcelas.

A utilização de dose variável de nitrogênio foi eficiente na cultura do milho, sendo

uma alternativa para diminuir o efeito negativo que se tem com uma distribuição irregular de

plantas, porém quando associado a uma distribuição de plantas mais uniforme em um

ambiente com capacidade produtiva maior, mesmo em um ano com restrições hídricas

potencializou ainda mais a produtividade da cultura.

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66

APÊNDICE

APÊNDICE A – Detalhe do estudo planta a planta na subparcela comparando tratamento

com semeadora mecânica na parte superior e tratamento com semeadora pneumática no canto

inferior

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