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Relação entre a categoria administrativa, organização acadêmica e região

No documento ATA DE DEFESA - PÓS-GRADUAÇÃO (páginas 74-77)

4.2 Testes Estatísticos

4.2.2 Relação entre a categoria administrativa, organização acadêmica e região

Para testar a Hipótese 1 desta pesquisa, por categoria administrativa (pública e privada), foi realizado o teste de normalidade da ANOVA. Para isso, foi utilizado o teste de Shapiro-Wilk com nível de confiança de 95%, que constatou que os resíduos não seguem distribuição normal (p-valor < 0,00001). Assim, o teste de Wilcoxon foi utilizado para verificar se as médias dos dois grupos possuem diferença estatística, conforme Tabela 9:

Tabela 9 - Resultado Teste Wilcoxon por Categoria Administrativa

Categoria Administrativa Taxa Média de Aprovação p-valor

Pública 55,34%a <0,000001

Privada 28,96%b

Categorias Administrativas que apresentam pelo menos uma letra em comum indicam taxas de aprovação média estatisticamente iguais pelo Teste de Wilcoxon a 5% de significância.

Fonte: dados da pesquisa.

O resultado obtido pelo Teste de Wilcoxon, na Tabela 9, indica que as porcentagens médias de aprovação, nos anos de 2017 a 2021 na amostra analisada, possuem diferença estatisticamente significativa (p-valor>0,00001), demonstrando que o resultado de aprovação no exame de suficiência contábil é maior nas IES de categoria administrativa pública em comparação as privadas. Assim, aceita-se a Hipótese 1 da pesquisa, ou seja, existe diferença estatisticamente significativa no rendimento no exame de suficiência de acordo com a categoria administrativa das IES.

Na verificação da diferença estatística entre as organizações acadêmicas, foi utilizado primeiramente a ANOVA e o teste de Shapiro-Wilk para verificação da normalidade da amostra.

Constatou-se pelo resultado do teste de Shapiro-Wilk, a um nível de confiança de 95%, que os resíduos não apresentam distribuição normal (p-valor<0,00001). Assim, foi realizado o teste de Kruskal-Wallis, onde foi possível observar que a amostra possui médias de aprovação diferentes

(p-valor<0,00001). O Teste de Dunn foi utilizado para identificar quais grupos são diferentes entre si, de acordo com a Tabela 10:

Tabela 10 - Resultado do Teste de Dunn por Organização Acadêmica

Organizações Acadêmicas Taxa média de aprovação

Universidades 48,57%a

Centros Universitários 30,10%b

Faculdades 22,88%c

Institutos de Ensino Superior 20,16%c

Organizações Acadêmicas que apresentam pelo menos uma letra em comum indicam taxas de aprovação média estatisticamente iguais pelo Teste Dunn a 5% de significância.

Fonte: dados da pesquisa.

Na Tabela 10, o Teste de Dunn indicou quais grupos divergem em relação aos demais, a partir das letras próximas as porcentagens médias de aprovação. Dessa forma, constata-se que as porcentagens médias de aprovação das IES do tipo Universidades são maiores que as outras organizações acadêmicas. Os Centros Universitários conseguem melhores índices que as Faculdades e os Institutos de Ensino Superior. Estes dois últimos grupos não apresentaram diferença estatisticamente significativa entre si. Dessa forma, aceita-se a Hipótese 2 da pesquisa: existe diferença estatisticamente significativa no rendimento no exame de suficiência de acordo a organização acadêmica das IES.

Para verificação da diferença estatística nas porcentagens médias de aprovação entre as regiões brasileiras na amostra analisada, foi realizada primeiramente a ANOVA. Na análise dos resíduos da ANOVA foi adotado o teste de Shapiro-Wilk com um nível de confiança de 95% e verificou-se que os resíduos não seguem distribuição normal (p-valor <0,00001). Então foi realizado o teste de Kruskal-Wallis que indicou que existe diferença significativa da média de aprovação entre os anos de realização do exame (p-valor<0,00001). Dessa forma, foi utilizado o Teste de Dunn para verificação de quais grupos divergem da média dos demais. A Tabela 11 mostra o resultado do Teste Dunn:

Tabela 11 - Resultado Teste Dunn por Região Brasileira

Região Taxa Média de Aprovação

Sul 48,01%a

Sudeste 40,83%b

Centro-Oeste 35,12%c

Nordeste 34,74%c

Norte 24,33%d

Regiões que apresentam pelo menos uma letra em comum indicam taxas de aprovação média estatisticamente iguais pelo Teste Dunn a 5% de significância.

Fonte: dados da pesquisa

Observa-se, na Tabela 11, que a média de porcentagem de aprovação da região Sul é estatisticamente maior que as demais regiões. A região Sudeste consegue melhores resultados que a região Centro-Oeste, Nordeste e Norte. As médias das regiões Centro-Oeste e Nordeste não apresentam diferença estatisticamente significativa. Além disso, essas localidades apresentaram médias maiores que a região Norte, que exibiu o pior resultado entre as regiões.

Com isso, aceita-se a Hipótese 3 da pesquisa: existe diferença estatisticamente significativa no rendimento no exame de suficiência de acordo a região demográfica das IES.

Os resultados da amostra analisada, nos anos de 2017 a 2021, demonstram que as IES de categoria pública, do tipo Universidades, localizadas na região Sul, conseguem melhores médias de aprovação no exame de suficiência contábil. Esses achados estão em linha com o estudo de Marçal et. al. (2019) que analisaram os resultados da primeira edição do exame em 2017 e encontraram que as IES públicas, os Centros Universitários e Universidades, e a região Sul e Sudeste alcançam os melhores resultados, enquanto o pior rendimento foi da região Norte.

Em consonância a este estudo, Silva e Cavalcante (2021) investigaram as IES participantes da primeira edição de 2017, encontrando que os melhores rendimentos médios estão presentes em Universidades Federais localizadas nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste e que os piores rendimentos foram nas IES das regiões Norte e Centro-Oeste. Souza, Cruz e Lyrio (2017), Paines e Ott (2018), Sprenger et al. (2019) destacaram as regiões Sul e Sudeste como as de melhores índices de aprovação no exame de suficiência e a pior, a região Norte.

Corroborando ainda com os resultados desta pesquisa, Barroso, Freitas e Oliveira (2020), ao analisar as edições de 2017, mostraram que as IES com melhores rendimentos são do tipo Universidade e de categoria Pública. Na primeira edição de 2019, Ferreira et al. (2022) concluíram que as IES de categoria pública conseguem melhores resultados no teste.

Os trabalhos anteriores sobre o tema e o resultado encontrado na pesquisa, convergem para uma tendência de que as organizações do tipo Universidades, de categoria administrativa pública e localizadas nas regiões Sul e Sudeste, conseguem índices de aprovação superiores no exame de suficiência contábil. Essas características institucionais, de acordo Hanushek;

Woessmann (2011), estão ligadas aos fatores das instituições de ensino, representadas pela letra

“I” na função de produção educacional, capazes de intervir no resultado discente em testes.

Hanushek eWoessmann (2014), ao relacionar os insumos que podem intervir na função de produção educacional, além das características ligadas aos discentes e familiares, entendem que a localização e a oferta de ensino público e privado são características que influenciam no rendimento discente, calculado por meio de testes de aferição do conhecimento.

Costa et al. (2012), sobre os rendimentos alcançados pelas IES na função de produção educacional, também afirmam que o ambiente em que a IES opera influencia no rendimento discente em testes, pois há influência econômica da região, da categoria administrativa (se são públicas ou privadas) e se possuem maior ou menor disponibilidade financeira para gerir seus recursos.

Quanto aos fatores socioeconômicos da região, Sprenger et al. (2019) e Fagundes et al.

(2020) destacam o IDH, que une fatores ligados a renda, longevidade e educação, como uma variável significativa que apresentou correlação com o índice de aprovação no exame de

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