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As correlações efetuadas para se tentar compreender de que forma a perceção que os adolescentes têm sobre os estilos de educar dos pais se relaciona com os seus comportamentos empáticos, revelaram resultados algo interessantes. A perceção de rejeição foi o fator que mais apresentou correlações significativas. Tanto para o pai, como para a mãe, estas correlações foram negativas e evidenciaram-se, maioritariamente com a empatia cognitiva. Esta associação negativa entre os construtos indica que quanto maior são os níveis de rejeição parental percebida, menor é a capacidade de manifestar empatia cognitiva. Este resultado verificou-se tanto para o sexo masculino como para o sexo feminino, nos participantes com e sem irmãos e nos níveis socioeconómicos baixo e médio. Na análise em função do grupo etário verificou-se que este fenómeno apenas não acontece nos adolescentes mais velhos dos 16 e 17 anos.

Tendo todas estas informações levadas em conjunto é legítimo inferir que a perceção da rejeição está altamente relacionada com a empatia cognitiva. O fator rejeição, como foi referido anteriormente, é referente aos comportamentos dos pais que pretendem modificar o comportamento dos filhos, estando incluídos nesta dimensão a aplicação de castigos físicos. De facto, em investigações sobre a perceção de rejeição parental tem sido documentado que os adolescentes têm um risco mais elevado para desenvolverem depressão e comportamentos agressivos quando se sentem rejeitados pelos seus pais (Akse et al., 2004), quando, por outro lado, os adolescentes com níveis elevados de empatia revelam níveis mais baixos de

agressividade (Carlo et al., 2012). Numa investigação de Erkman e

Erkmekci (2011) sobre as perceções de rejeição-aceitação parental, os autores concluiram que as crianças percebiam mais rejeição dos seus pais do que aquela que os pais relatavam. Esta conclusão sugere que quando as crianças percecionam altos níveis de rejeição, os pais, provavelmente, não estão cientes que os seus filhos percecionam essa rejeição

Analisando estes resultados noutra perspetiva, eles parecem sugerir que a empatia cognitiva está dependente da perceção de aceitação pelos pais, ou seja, quanto mais aceite pelos pais o adolescente se sentir, melhores índices de empatia poderá apresentar. A dimensão de aceitação encontra-se no domínio afectivo-emocional, referindo-se à sensibilidade dos pais face aos interesses e necessidades dos filhos, bem como comportamentos de afeçto positivo (Soares & Alemida, 2011) Neste sentido, a investigação de Richaud, Mesurado e Lemos (2013), demonstrou que a perceção de aceitação por parte da mãe foi a única dimensão preditiva do estilo parental que teve influência na presença de comportamentos pró-sociais.

A empatia cognitiva também se correlacionou positivamente com a perceção de suporte emocional materno, nos rapazes e raparigas, assim como para os adolescentes dos 12-13 e 14-15 anos, sendo mais alta para a mãe.Os adolescentes, com e sem irmãos, também apontaram o suporte emocional materno associado à empatia cognitiva, assim como os participantes de todos

os níveis socioeconómicos. Estes dados sugerem que, para além da necessidade de se sentirem aceites, os adolescentes também procuram o suporte emocional, principalmente materno. De facto, na adolescência, os jovens têm inúmeras novas experiências que diferem daquelas que estabelecem com os membros da família. Consequentemente, a importância que os pais têm na vida dos adolescentes depende menos do poder físico dos pais e mais no suporte emocional e instrumental que a família proporciona e no vínculo psicológico entre os pais e a criança (Laursen & Collins, 2009). Desta forma, as práticas educativas que enfatizam o suporte parental desempenham um papel importante na gestão de comportamentos e na socialização do adolescente pois, através da expressão de cuidados aos filhos, é-lhes transmitido um sentimento de vinculação e uma sensação de que são importantes para os seus pais (Longmore, Manning & Giordano, 2013).

A empatia cognitiva, como tem vindo a ser referido, parece ser aquela que mais se correlaciona com os fatores da parentalidade até meados da adolescência, uma vez que a partir dos dezasseis anos as influências deixam de ser tão significativas. De facto, os adolescentes, especialmente os adolescentes mais velhos, consideram que certos problemas são da sua competência e as decisões que anteriormente eram feitas pelos pais deixam de ser prerrogativas (Smetana, 2011). Por outro lado, num estudo de Tong et al. (2012) onde foram acompanhadas crianças dos nove até aos dezoito meses, os resultados apontaram para uma correlação positiva entre a responsividade paternal e o desenvolvimento da empatia nas crianças, sugerindo que os fatores da parentalidade possam ser mais determinantes para o desenvolvimento da empatia na infância do que na adolescência.

A empatia afetiva também revelou relações com alguns fatores da parentalidade, nomeadamente a sobreproteção e o suporte emocional, principalmente para os adolescentes dos grupos etários mais novos. O fator sobreproteção, tal como supracitado, refere-se às práticas parentais de

proteção excessiva em relação a experiências indutoras de stress e

adversidade. Apesar destas caraterísticas de proteção excessiva poderem ser vistas como negativas, os participantes relacionaram índices mais elevados de empatia afetiva com este fator. De acordo com Soares e Lemos (2011), o estilo autoritativo abranje um equilíbrio entre o afeto e o controlo, a aceitação e a monitorização. Segundo os autores, os pais podem respeitar a individualidade dos filhos, reforçar os comportamentos positivos, sem deixar de exercer o seu controlo, estabelecendo as suas regras e limites. Da mesma forma, e em relação às diferenças etárias, os autores apontam que os comportamentos de controlo parental podem ser vistos como uma forma de suporte emocional pelas crianças; mas nos adolescentes, os mesmos comportamentos podem ser vistos como intrusivos, tendo assim, uma conotação mais negativa.

As diferenças encontradas entre os participantes com e sem irmãos também merecem ser alvo de atenção, apesar da distribuição desigual dos participantes pelas duas categorias, poder ter enviesado os resultados. Os adolescentes sem irmãos percecionaram mais sobreproteção paterna e a

correlação negativa entre a empatia cognitiva e a perceção de rejeição foi mais elevada, comparativamente com os adolescentes com irmãos. Revelaram ainda uma correlação positiva elevada entre o suporte emocional e a sobreproteção maternos e a empatia cognitiva e total. Estes resultados parecem sugerir que os fatores familiares são mais determinantes para os adolescentes filhos únicos. Esta indução poderá estar relacionada com o facto de as interacções com os irmãos proporcionarem à criança oportunidades para ensaiarem o seu relacionamento com os outros (Morgado, 2010). De facto, grande parte da investigação sobre as competências socioemocionais dos jovens estuda a influência do papel da família nos processos de socialização, mas focam-se somente nos pais. Num estudo de Lam, Solmeyer e McHale (2012), os autores concluiram que o afeto partilhado entre irmãos está associado positivamente com a empatia e esta relação torna-se mais forte com a idade, sugerindo que os irmãos devem desempenhar um papel importante no modelamento do desenvolvimento socioemocional durante a adolescência.

VI - Conclusões

As respostas empáticas são maioritariamente involuntárias, pois são uma resposta universal que têm um valor de sobrevivência na evolução humana (Hoffman, 1982). Apesar desse caráter instintivo da empatia, é importante compreender de que modo ela se desenvolve e que fatores podem influenciar esse desenvolvimento. Neste sentido, o estudo que aqui se apresentou prentendeu estudar de que forma a perceção dos adolescentes sobre o estilo educativo dos pais se relaciona com a capacidade de empatia.

As conclusões alcançadas nesta investigação permitem refletir sobre o desenvolvimento da empatia na adolescência, durante a qual os índices de empatia aumentam, especialmente a empatia cognitiva no sexo feminino comparativamente ao sexo. Relativamente à influência dos agentes da parentalidade, a perceção de rejeição parental foi o fator que melhor se associou à empatia, principalmente à empatia cognitiva. Esta associação é negativa, sugerindo que a empatia cognitiva apresentará melhores índices quanto menor for a rejeição percebida. Esta correlação verificou-se tanto no sexo masculino como feminino, e acontece especialmente nos primeiros anos da adolescência. Para além da rejeição, o suporte emocional, principalmente materno, também revelou associações com a empatia cognitiva, para ambos os sexos e para os adolescentes mais novos.

De facto, nos adolescentes mais velhos, com dezasseis e dezassete anos, os fatores da perceção dos estilos educativos dos pais já não apresentam associações com a empatia, indicando que a sua influência deve diminuir à medida que os adolescentes vão crescendo.

Outro resultado alcançado, foi a forma como a presença de irmãos influencia o modo como a parentalidade se associa com a empatia, na medida em que a influência dos fatores parentais parece ser menor com a sua presença.

Atendendo a estes e outros resultados obtidos, pode-se considerar que, em geral, este estudo alcançou os objetivos a que se propôs. No entanto, o caminho a percorrer, para uma melhor compreensão sobre a forma como a empatia se desenvolve, principalmente na adolescência, ainda é longo. Desta forma, é importante que novas investigações se debrucem sobre este fenómeno, estudando a forma como os níveis de empatia dos pais se relacionam com os comportamentos empáticos dos filhos. Por outro lado, tendo em conta que vários estudos já demostraram que a empatia se começa a desenvolver cedo na infância, e nesta investigação se concluiu que a influência da parentalidade tende a diminuir com a idade, seria de interesse analisar como os fatores da parentalidade se relacionam com a empatia das crianças. Por fim, é ainda importante referir que os resultados para a presença de irmãos se revelaram interessantes; no entanto, encontram-se poucos estudos sobre a sua influência. Seria relevante estudar de que forma a presença ou ausência de irmãos influencia a empatia ao longo do desenvolvimento.

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Nota metodológica relativa à investigação

Para a realização deste estudo é necessária uma amostra de cerca de 400 sujeitos, com idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos de idade, a frequentarem o 3º ciclo do Ensino Básico e o Ensino Secundário.

Devido ao elevado número de sujeitos que irão constituir a amostra, esta será constituída com recurso a duas escolas do Distrito de Coimbra, nomeadamente: a Escola Básica 2/3 com Secundário José Falcão e a Escola Básica 2/3 Ferrer Correia (Agrupamento de escolas de Miranda do Corvo). Assim como à Escola EB 2,3 de Pevidém do distrito de Braga.

Uma vez nas escolas serão escolhidas algumas turmas do 7º, 8º, 9º, 10º, 11º e 12º ano de escolaridade, nas quais será solicitada a colaboração dos alunos, rapazes e raparigas, para o preenchimento dos instrumentos. Para o efeito, numa aula lecionada pelo Diretor de Turma, serão distribuídos aos alunos os consentimentos informados destinados aos Encarregados de Educação que, depois de preenchidos devem ser devolvidos ao Diretor de Turma.

Finalizado este processo, a investigadora (Renata Maria Nunes Cunha) voltará às turmas, a fim de aplicar coletivamente os instrumentos, a todos os alunos que, tendo tido autorização do Encarregado de Educação, desejarem colaborar. Os instrumentos serão acompanhados por uma folha de rosto, na qual será explicado o objetivo do estudo e onde serão pedidos alguns dados sobre o adolescente. O anonimato será garantido, pois os dados pedidos não contemplam o nome, nem outra informação que os permita identificar. Os instrumentos a aplicar serão dois, designadamente: 1) Escala Básica de Empatia; 2) EMBU-A (Perceção das práticas parentais pelos adolescentes). Após a recolha será constituída uma base de dados que, findo este processo, permitirá o tratamento estatístico dos dados.

Pedido de Autorização

Exmo. Sr. Diretor

Da Escola:

Assunto: pedido de autorização para a participação dos alunos

numa investigação científica para Tese de Mestrado

Renata Maria Nunes Cunha, estudante do Mestrado Integrado

em Psicologia da área de Educação, Desenvolvimento e

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