• Nenhum resultado encontrado

Relação HPAs em tipo de defumação

CAPÍTULO 3 Avaliação das propriedades físico-químicas

4 CONCLUSÃO

3.3 Relação HPAs em tipo de defumação

Na Figura 4 e na Figura 5 apresenta-se a distribuição dos HPAs, conforme o tipo de defumação dos queijos.

Eixo X: 1:B[a]A, 2: Chy, 3: 5MeChy, 4: B(j)F, 5: B(b)F, 6: B(k)F, 7: B[a]P, 8: D(a,i)P, 9: D(a,h)P, 10: Indeno, 11: D(a,e)P, 12: (a,i)P e 13: D(a,h)P.

Eixo X: 1:B[a]A, 2: Chy, 3: 5MeChy, 4: B(j)F, 5: B(b)F, 6: B(k)F, 7: B[a]P, 8: D(a,i)P, 9: D(a,h)P, 10: Indeno, 11: D(a,e)P, 12: (a,i)P e 13: D(a,h)P.

Figura 5 Relação de HPAs dos queijos defumados sob processo de defumação líquida.

Observa-se que em ambos os processos de defumação houve maior contaminação pelos compostos (Chy) e (5MeChy).

As amostras submetidas ao processo tradicional apresentaram-se mais contaminadas e com maior distribuição dos HPAs analisados, destacando-se as amostras A, B, C e D. Os aromatizantes são, em geral, extratos de fumaça filtrada, que são separados do material resinoso responsável pela formação dos hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (STOLYHWO e SIKORSKI, 2005). Dessa forma, os aromatizantes de fumaça utilizados na obtenção da fumaça líquida passam previamente por processos de filtragens, retendo, consequentemente, parte dos HPAs.

Observa-se ainda que os índices de contaminação pelo processo tradicional de defumação podem acarretar em danos sérios à saúde dos consumidores, (INCA, 2011) uma vez que não há um controle efetivo da

formação, bem como a deposição dos HPAs nos produtos defumados, no caso, os queijos.

4 CONCLUSÃO

As amostras de queijos defumados encontram-se contaminadas por 10 dos 13 HPAs analisados (Σ=46.458µg.kg-1). Não houve relação significativa entre amostras de queijos de massa fresca e maturada, salvo destaque de algumas amostras, pelos seus altos índices de contaminação por fatores como o formato do queijo, por exemplo. Com relação aos diferentes tipos de processo de defumação, há maior contaminação de queijos submetidos ao processo tradicional, comparado ao processo de defumação por fumaça líquida.

AGRADECIMENTOS

À Capes, pela concessão de bolsa de estudo, ao CNPq e à Fapemig, pelo suporte financeiro na execução do projeto.

REFERÊNCIAS

Abreu, L. R. (1993). Factors affecting the biosynthesis of branched-chain fatty acids in milk fat. 1993. 163 p. Thesis (Ds in Food Science) - University of Wisconsin, Madison.

Ashraf, M. W. e Salam, A. (2012). Polycyclic Aromatic Hydrocarbons (PAHs) in Vegetables and Fruits Produced in Saudi Arabia. Bulletin of Environmental Contamination and Toxicology, 88, 543–547.

Azeredo, A.; Toledo, M. C. de F. e Camargo, M. C. R. de (2006). Determinação de benzo(a)pireno em pescados. Ciência e Tecnologia de Alimentos, 26,1 jan/mar.

Badolato, E.S.G., Martins, M.S., Aued-Pimentel, S. et al.(2006) Sistematic study of benzo(a)pyrene in coffee samples. Journal of the Brazilian Chemical Society, 17, 989–993.

Baum, E. J. (1978). Polycyclic Hydrocarbons and Cancer. New York: Academic. 245 p.

Brasil (2007). Resolução RDC nº 2, Diário Oficial da União, 17 de janeiro, 2007.

Brasil. (2004). Portaria MS nº 518 de 25 de março de 2004. Diário Oficial da União, 26 de março de 2004.

Camargo, M. C. R.; Antoniolli, P. R. e Vicente, E. (2011a). HPLC-FLD Simultaneous Determination of 13 Polycyclic Aromatic Hydrocarbons: Validation of an Analytical Procedure for Soybean Oils. Journal of the Brazilian Chemical Society, 22(7), 1354-1361.

Camargo, M.C.R., Antoniolli, P.R., Vicente, E. & Tfouni, S.A.V. (2011b). Polycyclic aromatic hydrocarbons in Brazilian soybean oils and dietary exposure. Food Additives and Contaminants Part B, 4, 152–159.

Caruso, M. S. F. E Alaburda, J. (2008). Avaliação da contaminação humana por hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (hpas) e seus derivados nitrados (nhpas): uma revisão metodológica. Revista do Instituto Adolfo Lutz (Impr.), 67(1), 1-27.

Chung, S.Y.; Yettella, R. R.; Kim, J.S.; Kwon, K.; Kim, M. C. E Min, D. B. (2011). Effects of grilling and roasting on the levels of polycyclic aromatic hydrocarbons in beef and pork. Food Chemistry,129,1420–1426.

Comissão Européia (2006). Regulamento (UE) No. 1881/2006 de 19 dezembro 2006 fixa os teores máximos de certos contaminantes presentes nos géneros alimentícios. Official Journal of the European Communities L 364:5. De Vos, R. H., Van Dokkum, W., Schouten, A., & Jong-Berkhout, P. (1990). Polycyclic aromatic hydrocarbons in Dutch total diet samples (1984–1986). Food and Chemical Toxicology, 28, 263–268.

Instituto Nacional De Câncer José Alencar Gomes Da Silva (INCA). Coordenação Geral de Ações Estratégicas. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2012: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: Inca, 2011. 118 p.

Lorenzo, J. M.; Purriños, L.; Bermudez, R.; Cobas, N. Figueiredo, M. e Fontán, M. C. G. (2011). Polycyclic aromatic hydrocarbons (PAHs) in two Spanish traditional smoked sausage varieties: “Chorizo gallego” and “Chorizo de cebolla”. Meat Science, 89, 105–109.

Naccari, C.; Cristani, M.; Giofrè, F.; B, Ferrante, M.; Siracusa, L. E Trombetta, D. (2011). PAHs concentration in heat-treated milk samples. Food Research International, Essex, 44, 716–724.

Rey-Salgueiro, L., García-Falcón, M. S., Martínez-Carballo, E., & Simal- Gándara, J. (2008). Effects of toasting procedures on the levels of polycyclic aromatic hydrocarbons in toasted bread. Food Chemistry, 108, 607–615. Roseiro, L.C.; Gomes, A. E Santos, C. (2011). Influence of processing in the prevalence of polycyclic aromatic hydrocarbons in a Portuguese traditional meat product. Food and Chemical Toxicology, Oxford, 49, 1340–1345.

Silva, F. S.; Cristale, J.; Ribeiro, M. L.; Marchi, M. R. R. de. (2011). Polycyclic aromatic hydrocarbons (PAHs) in raw cane sugar (rapadura) in Brazil. Journal of Food Composition and Analysis, 24, 346–350.

Simko, P. (2005). Factors affecting elimination of polycyclic aromatic

hydrocarbons from smoked meat foods and liquid smoke flavorings. Molecular Nutrition & Food Research, 49, 637 – 647.

Stolyhwo, A.; Sikorski, Z. E. (2005). Polycyclic aromatic hydrocarbons in smoked fish – a critical review. Food Chemistry, 91, 303-311.

Suchanova, M.; Hajslova, J.; Tomaniova, M.; Kocourek, V. e Babicka, L. Polycyclic aromatic hydrocarbons in smoked cheese (2008). Journal of the Science of Food and Agriculture, 88, 1307–1317.

Tfouni, S. A. V.; Serrate, C. S.; Carreiro, L. B.; Camargo, M. C. R.; Teles, C. R. A.; Cipolli, K. M. V. A. B. e Furlani, R. P. Z. (2012). Effect of roasting on chlorogenic acids, caffeine and polycyclic aromatic hydrocarbons levels in two Coffea cultivars: Coffea arabica cv. Catuaí Amarelo IAC-62 and Coffea canephora cv. Apoatã IAC-2258. International Journal of Food Science and Technology, 47, 406–415.

Tfouni, S.A.V. & Toledo, M.C.F. (2007). Determination of polycyclic aromatic hydrocarbons in cane sugar. Food Control, 18, 948–952.

Who – World Health Organization (1998). Selected non-heterocyclicpolycyclic aromatic hydrocarbons. Environmental Health Criteria, p. 202.

Who – World Health Organization (2005). Summary and conclusions ofthe sixtyfourth meeting of the Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives, p.47, Rome.

Who – World Health Organization (2008). Proposed draft code of pratice for the reduction of contamination of food with polycyclic aromatic hydrocarbons (PAH) from smoking and direct drying processes. Summary and conclusions of the thirty-first Joint FAO/WHO Food Standards Programme, Codex Committee on Contaminants in foods. Rome (Italy): FAO CX/CF 08/2/9.

CAPÍTULO 5 Gradiente de migração de hidrocarbonetos policíclicos

Documentos relacionados