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RELAÇÃO PEDAGÓGICA Pedagogia de Adultos

No documento Manual de Formação de Formadores (páginas 48-55)

A pedagogia para adultos deve ser ACTIVA e de SUCESSO, deve-se apelar à implicação total do indivíduo no processo de aprendizagem

FASES DE APRENDIZAGEM EM FORMAÇÃO

APRENDO

FAZENDO

EXPERIÊNCIA CONCRETA OBSERVAÇÃO REFLECTIDA CONCEPTUALIZAÇÃO ABSTRACTA EXPERIÊNCIA ACTIVA

Experiência Concreta – criar, em sala, a oportunidade de reviver as contingências do quotidiano real.

Observação Reflectida – a partir da fase anterior, construir-se um clima pedagógico de debate e confronto de interpretações, destinado a descrever e a procurar explicações para a realidade experienciada.

Conceptualização Abstracta – corresponde a uma fase de generalização a partir de casos concretos.

Experiência Activa – Vivência dos novos conhecimentos ou competências. A reflexão teórica anterior, provocando avanços a nível intelectual, tem de ser complementada com a possibilidade de incorporação e retenção dos novos elementos no reportório de saber e comportamentos.

GRUPO

“Talvez mesmo mais que os indivíduos, os grupos, precisam de tempo para aprender”

(

Jesuíno, 1996b, pp. 11-12

)

Edgar Schein (1980) apresenta uma definição de grupo em termos psicológicos: Um grupo psicológico é um qualquer número de indivíduos que:

Interagem entre si;

Estão psicologicamente conscientes uns dos outros e Têm a percepção de constituir um grupo

Homans (1950) define grupo como “ uma colecção de duas ou mais pessoas que interagem de tal forma quer cada pessoa influencia e é influenciada pelas outras”.

Odete Fachada (2001) por seu turno, diz-nos que um Grupo Humano é um conjunto limitado de pessoas, reunidas por objectivos e características comuns que desenvolvem múltiplas interacções entre si.

O grupo humano tem: • Uma estrutura;

• Uma durabilidade de tempo; • Uma certa coesão;

• Um conjunto de normas.

As pessoas que se encontram numa festa que comunicam entre si e estabelecem relações formam um grupo?

Respostas:

• O grupo é muito mais do que a soma dos indivíduos que o constituem. No seio do grupo, as pessoas desenvolvem a sua personalidade através de troca de ideias e de diálogo.

• O grupo pensa e age de modo diferente do que qualquer um dos seus elementos considerados individualmente, cria-se uma consciência colectiva que não é igual à soma das consciências individuais.

• O facto de se constituírem com determinados objectivos gera, entre os que o compõem, um fenómeno de interacção que faz com que eles se influenciem reciprocamente.

LEMBRETE

Um grupo supõe:

• A necessidade de interacção mútua e a consciencialização desta interacção; • A existência de um objectivo comum;

Um grupo tem, por conseguinte:

• Um identidade distinta que os separa de outros grupos ou pessoas; • Tem fronteiras e um sentido de permanência;

• Uma dinâmica própria. Um grupo permite:

• Desenvolver a personalidade; • Criar uma consciência colectiva; • Criar um fenómeno de interacção.

2.1.14.1 A Importância da Coesão do grupo

FESTINGER (1950) define o conceito de coesão como “ O resultado de todas as forças que actuam sobre os membros do grupo parar que permaneçam nele ”.

A coesão existe no grupo quando:

• Existe uma interdependência entre si, com a finalidade de atingir objectivos comuns; • Existe semelhança entre os membros do grupo;

• Existe oportunidade de todos participarem nas decisões.

A coesão permite que os membros: • Permaneçam Juntos;

• Confiem e sejam leais entre si; • Se sintam seguros;

• Se deixem influenciar pelo grupo; • Aumentem os seus níveis de satisfação; • Intensifiquem as suas interacções.

LEMBRETE

O

Grupo coeso, não aceita facilmente as visões alternativas, porque quanto maior a coesão maior o reforço do pensamento do grupo

COESÃO ATRACÇÃO INTERPESSOAL BOA

RELAÇÃO

2.1.14.2 Razões que Levam o Indivíduo a Identificar os Objectivos do Grupo e as Suas Necessidades

• Um indivíduo integra-se num grupo quando acredita que os objectivos do grupo, para o qual irá dar a sua contribuição, satisfará igualmente as suas necessidades pessoais;

• O indivíduo integra-se num grupo e contribui de forma produtiva, se perceber o significado dos objectivos do grupo, isto é, se estes forem claramente percebidos como identificáveis com as suas necessidades;

• Num grupo coeso, ou seja, num grupo em que os membros se atraem entre si, estes tendem a aceitar melhor os objectivos do grupo. Os grupos coesos apresentam uma taxa de produtividade mais elevada;

• Um indivíduo aceita tanto melhor os objectivos do grupo quanto mais elevada for a sua expectativa de êxito na tarefa. Se o indivíduo se apercebe que o grupo é incapaz de atingir com êxito os seus objectivos, poderá abandoná-lo, caso não esteja interessado em contribuir para a mudança no seio do próprio grupo;

• O grupo é muito importante para o indivíduo. Quando a sua participação no grupo não está bem definida ou não é bem aceita o seu comportamento torna-se instável;

• O grupo, sendo considerado um instrumento através do qual os indivíduos satisfazem as suas necessidades pessoais, permite que, através dele, estes melhorem as suas relações profissionais, sociais ou familiares;

• A segurança e o prestígio do indivíduo aumentam ou diminuem na mesma relação ou proporção do que acontece no grupo.

2.1.14.3 Identificação dos Comportamentos de Um Bom Participante no Grupo

• Cooperar;

• Respeitar os outros;

• Integrar-se totalmente no grupo;

• Servir o grupo, sem perder a sua individualidade; • Não ser conformista

2.1.14.4 O Número Ideal de membros Num Grupo de Trabalho

2 Elementos

• Útil na procura de ideias e soluções.

• Só resulta se houver entre ambos uma certa intimidade, baseada na amizade e na confiança.

3 Elementos

• Útil na resolução de problemas específicos.

• Na tomada de decisões é menos produtivo que um de 5 ou de 6 elementos.

5 ou 6 Elementos

• É mais rico em termos de interacções.

• É possível a divisão do trabalho e todos poderão intervir e expressar-se o mais possível, sem perder a visão de conjunto e o objectivo do grupo.

6 Elementos

• Perdem a unidade quer no plano da amizade, nas relações interpessoais, na cooperação e no plano de acção.

2.1.14.5 Vantagens e Desvantagens dos Grupos

Vantagens:

• Tomada de decisão de maior risco;

• Maior rapidez e eficácia na concretização dos objectivos; • Enriquecimento das decisões;

• Divisão de tarefas;

• Criação de laço de amizade; • Segurança;

• Poder e influência face ao exterior.

Desvantagens:

• Tomadas de decisão empobrecidas; • Pensamento de grupo;

2.1.14.6 Caracterizar o Grupo Eficaz e Eficiente

EFICAZ – quando atinge os objectivos a que se propôs e no tempo pré-estabelecido.

EFICIENTE – quando os membros se sentem e gerem bem os seus recursos para a consecução dos objectivos.

Para estudar o grau de eficácia do grupo, temos de ter em atenção a presença de variáveis independentes, dependentes e intermédias.

Variáveis independentes são aquelas que são possíveis de se controlar externamente, que são directamente observáveis.

Podem ser de três tipos: Estruturais – Tamanho do grupo;

• Características dos membros; • Canais de comunicação existentes; • Papéis desempenhados.

Ambientais – Local de trabalho;

• Relação do grupo com outros da comunidade; • Situação do grupo no seio da organização.

Tarefa – Natureza da tarefa;

• Grau de dificuldade da tarefa;

• Tempo disponível para a realização da tarefa.

Variáveis dependentes são aquelas que dependem das restantes variáveis. • A produtividade do grupo;

• O grau de satisfação dos membros.

Variáveis intermédias: • Estilo de liderança;

• As relações de amizade entre as pessoas; • A coesão.

No documento Manual de Formação de Formadores (páginas 48-55)

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