4.6 Caracterização físico–química
4.6.4 Relação SST/ATT
Para a relação SST/ATT houve interação estatística entre os fatores densidade e acesso no ciclo 2008/2009.
A Sel. 5 (15,58) e a cultivar Xavante (16,01) não diferenciaram entre si na densidade D1, entretanto diferenciou-se da Sel. 4 (6,71) na mesma
densidade. Na densidade D2 todos os acessos de amoreira diferem entre si, e
apresentando os respectivos valores a Sel. 5 (16,77) cultivar Xavante (14,37) e Sel. 4 (7,42). Os acessos na densidade D3 obtiveram a maior relação,
evidenciando os seguintes resultados Sel. 5 (18,18), seguido de Xavante (13,10) e Sel.4 (7,78) (Tabela 10).
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Para as densidades de plantio em relação SST/ATT, levando em conta a Sel. 5 pode-se observar diferença estatística, entretanto D1 no diferiu de D2,
mas diferenciou-se de D3. Para cultivar Xavante nas densidades D1 e D2
também não houve diferença entre elas, no entanto a densidade D3 diferencia-
se da D1. A Sel. 4 não apresentou diferença estatística entre as densidades de
plantio testadas, quanto à relação SST/ATT (Tabela 10).
Tabela 10. Relação, SST/ATT em acessos de amoreira-preta, ciclo 2008/2009. Pelotas-RS, 2010.
SST/ATT
Ciclo 2008/2009
Acessos/densidade pl. há-1 D1 - 8.332 D2 - 4.166 D3 - 2.777
Xavante 16,01aA 14,37bAB 13,10bB
Sel. 5 15,58aB 16,77aAB 18,18aA
Sel. 4 6,71bA 7,42cA 7,78cA
C.V. (%) 8,68 8,68 8,68
Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem entre si para o acesso de amoreira-preta e médias seguidas de mesma letra maiúscula na linha entre si para a densidade de plantio, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Não houve interação significativa entre os fatores densidade e acessos de amoreira-preta, no ciclo 2009/2010. Houve diferença estatística entre os acessos e densidade separadamente. Todos os acessos diferenciaram entre si, a cultivar Xavante (10,92), obteve a maior média, as demais Sel. 5 e Sel. 4 responderam respectivamente (7,50 e 6,13). Assim como para o fator acesso o fator densidade também diferiu para todos os níveis, a maior média foi encontrada na densidade D3 (9,65), seguidas pelas D1 (7,81) e D3 (7,09)
(Tabela 11).
A relação SST/ATT é normalmente utilizada para indicar o ponto ideal para consumo. Neste trabalho, os valores foram mais altos, na Sel.5 no ciclo 2008/2009 e no ciclo 2009/2010, na cultivar Xavante. Diferenças entre cultivares foram verificados por Duarte et al., (2005) analisando a relação SST/ATT em genótipos de amoreira-preta. Estes autores encontraram, para esta relação, os maiores valores na Seleção 7 (12,8) e na cultivar Ébano (11,7). Variações entre acessos de amoreira-preta também foram encontradas por Mota (2006) estudando a caracterização físico-química de geléia de amoreira-
preta obteve os seguintes resultados para a relação SST/ATT Caigangue (38,65) Guarani (33,50), Comanche (30,50), Cherokee (37,05), Seleção 97 (35,26) Tupy (34,22), e Brazos (32,42).
Tabela 11. Relação, SST/ATT em acessos de amoreira-preta, ciclo 2009/2010. Pelotas-RS, 2010.
SST/ATT
Acessos de amoreira-preta Ciclo 2009/2010
Xavante 10,92 a Sel. 4 6,13 c Sel. 5 7,50 b Densidades pl. há-1 D1 - 8.332 7,81 b D2 - 4.166 7,09 c D3 - 2.777 9,65 a C.V. (%) 5,00
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade
Além de características genéticas a variação da acidez e SST, e consequentemente da relação SST/ATT, pode indicar um ponto de maturação diferente entre as cultivares e densidade. Geralmente com o avanço da maturação ocorre aumento do Brix e diminuição da acidez, e aumento da relação SST/ATT. Já a densidade, influencia na maior ou menor quantidade de luz no interior da planta, isso modifica o teor de açúcar da fruta e consequentemente o sabor.
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5 CONCLUSÕES
Na safra 2009/2010 o início de floração foi antecipada independente do acesso de amoreira preta e da densidade de plantio testados, e foi também observado um maior ciclo (em dias) entre o início de floração e o início de colheita em relação a safra 2008/2009.
Os acessos que mais produziram não foram os que mais perfilharam e apresentaram maior massa seca de poda.
A cultivar Xavante foi mais produtiva, obteve também a maior resposta para massa média de fruto, além de ser mais precoce que as seleções 4 e 5 independente do espaçamento.
As variáveis pH, SST, não foram influenciadas pelas densidades de plantio, porém foram influenciadas pelo genótipo. Houve interação entre acesso e densidade com referência à acidez total titulável e relação SST/ATT, em 2008/2009, mas o mesmo não ocorreu em 2009/2010.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A amoreira-preta é uma planta rústica e de baixo custo de implantação além de ser uma alternativa de diversificação para o pequeno produtor rural. Esta frutífera vem sendo cultivada em pequenas proporções há muito tempo no Brasil, mas somente nos últimos anos vem apresentado um aumento de área plantada e interesse do consumidor pela fruta. Sobre a cultura da amoreira- preta poucas informações se têm a respeito de manejo de planta.
O primeiro passo do trabalho foi tentar identificar, através de estudos uma técnica de manejo adequado buscando oferecer ao produtor recomendações sobre a cultura da amoreira-preta.
Com base nos resultados deste trabalho, podemos recomendar o cultivo mais adensado para as cultivares estudadas, pois o espaçamento não influenciou na produção. A cultivar Xavante é mais indicada para o consumo nas formas processadas como suco, doces e outros, mesmo assim, ela obteve uma boa produção em relação às seleções também atingindo uma excelente massa média de fruto e um elevado °brix, sendo assim, a mesma poderia ser uma fruta recomendado para o mercado in natura.
A maioria das cultivares de amoreira-preta são de auto-polinização, mesmo assim, durante o desenvolvimento do trabalho, observou-se problemas de polinização, sendo assim, recomenda-se utilizar na área polinizadores como por exemplo abelhas, que além de auxiliar na polinização também produzem mel.
Neste sentido acredito que este trabalho vem a contribuir de forma a agregar mais informações a respeito da cultura da amoreira-preta,
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principalmente em relação ao manejo, visto que existem hoje poucas referências sobre o assunto.
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Apêndice A: Análise de variação para efeito dos fatores Genótipo e Espaçamento, sobre as variáveis de massa seca de poda, produção e massa média de frutos de amoreira-preta, safra 2007/2008
Apêndice 01: Análise de variação para massa seca de poda. Embrapa Clima Temperado. Pelotas-RS, 2010. Fontes GL SQ QM F P≤0,05 Bloco 3 4292,5721 1430,8573 1,007 0,4522 Genótipo 2 2105,2861 1052,6430 0,741 0,5159 Erro 1 6 8528,6535 1421,4422 - - Espaçamento 2 5177,3473 2588,6736 5,809 0,0113 Genótipo*espaçamento 4 3762,1736 940,5434 2,110 0,1216 Erro 2 18 8021,8808 445,6600 - - Total corrigido 35 31887,9137 - - -
Apêndice 02: Análise de variação para produção. Embrapa Clima Temperado. Pelotas-RS, 2010. Fontes GL SQ QM F P≤0,05 Bloco 3 75028,828119 25009,609373 1,032 0,4429 Genótipo 2 556543,4045 278271,7022 11,483 0,0089 Erro 1 6 145404,9097 24234,1516 - - Espaçamento 2 7613,2776 3806,6388 0,487 0,6224 Genótipo*espaçamento 4 2273,1994 568,2998 0,073 0,9896 Erro 2 18 140739,5500 7818,8638 - - Total corrigido 35 927603,1694 - - -
Apêndice 03: Análise de variação para massa média de frutos. Embrapa Clima Temperado. Pelotas-RS, 2010. Fontes GL SQ QM F P≤0,05 Bloco 3 4,5328 1,5109 3,839 0,0757 Genótipo 2 29,7108 14,8554 37,745 0,0004 Erro 1 6 2,3614 0,3935 - - Espaçamento 2 1,1011 0,5505 1,271 0,3046 Genótipo*espaçamento 4 1,6989 0,4247 0,980 0,4429 Erro 2 18 7,7984 0,4332 - - Total corrigido 35 47,2036
61
Apêndice B: Análise de variação para efeito dos fatores Genótipo e Espaçamento, sobre as variáveis números de perfilhos, massa seca de poda, produção, massa média de frutos e qualidade de frutos de amoreira preta, safra 2008/2009.
Apêndice 01: Análise de variação para o perfilhamento. Embrapa Clima Temperado. Pelotas-RS, 2010. Fontes GL SQ QM F P≤0,05 Bloco 3 542,9722 180,9907 5,351 0,0393 Genótipo 2 877,7222 438,8611 12,975 0,0066 Erro 1 6 202,9444 33,8240 - - Espaçamento 2 310,8888 155,4444 5,352 0,0150 Genótipo*espaçamento 4 76,9444 19,2361 0,662 0,6262 Erro 2 18 522,8333 29,0462 - - Total corrigido 35 2534,3055 - - -
Apêndice 02: Análise de variação para massa seca de poda. Embrapa Clima Temperado. Pelotas-RS, 2010. Fontes GL SQ QM F P≤0,05 Bloco 3 840150,1466 280050,0488 1,684 0,2684 Genótipo 2 840150,1466 935141,0208 5,624 0,0421 Erro 1 6 997596,9701 166266,1616 - - Espaçamento 2 1441945,7245 720972,8622 13,733 0,0002 Genótipo*espaçamento 4 313606,2537 78401,5634 1,493 0,2459 Erro 2 18 945003,5534 52500,1974 - - Total corrigido 35 6408584,6902 - - -
Apêndice 03: Análise de variação para produção. Embrapa Clima Temperado. Pelotas-RS, 2010. Fontes GL SQ QM F P≤0,05 Bloco 3 4481592,2088 1493864,0696 3,231 0,1031 Genótipo 2 20660776,2112 10330388,1056 22,340 0,0017 Erro 1 6 2774457,6164 462409,6027 - Espaçamento 2 1932104,9755 966052,4877 1,421 0,2673 Genótipo*espaçamento 4 1703386,9634 425846,7408 0,626 0,6497 Erro 2 18 12235897,2302 679772,0683 - - Total corrigido 35 43788215,2058 - - -
Apêndice 04: Análise de variação para massa média de frutos. Embrapa Clima Temperado. Pelotas-RS, 2010. Fontes GL SQ QM F P≤0,05 Bloco 3 1,135500 0,378500 0,648 0,6121 Genótipo 2 43,349606 21,674803 37,131 0,0004 Erro 1 6 3,502417 0,583736 - 0,6211 Espaçamento 2 0,587272 0,293636 0,489 0,8413 Genótipo*espaçamento 4 0,837911 0,209478 0,349 0,8413 Erro 2 18 10,805083 0,600282 - - Total corrigido 35 60,217789 - - -
Apêndice 05: Análise de variação para pH. Embrapa Clima Temperado. Pelotas- RS, 2010. Fontes GL SQ QM F P≤0,05 Genótipo 2 0,7908 0,3954 134,98 0 Espaçamento 2 0,0070 0,0035 1,1985 0,3246 Genótipo*espaçamento 4 0,0196 0,0049 1,6764 0,1992 Erro 18 0,0527 0,0029 - - Total corrigido 26 0,8702 - - -
Apêndice 06: Análise de variação para teor de sólidos solúveis (SST-oBrix). Embrapa Clima Temperado. Pelotas-RS, 2010.
Fontes GL SQ QM F P≤0,05 Genótipo 2 106,5985 53,2992 0,2180 0 Espaçamento 2 0,0985 0,0492 0,2180 0,8062 Genótipo*espaçamento 4 1,8325 0,4581 2,0279 0,1334 Erro 18 4,0666 0,2259 - - Total corrigido 26 112,5963 - - -
Apêndice 07: Análise de variação de acidez total titulável, ATT (%). Embrapa Clima Temperado. Pelotas-RS, 2010.
Fontes GL SQ QM F P≤0,05 Genótipo 2 1,0731 0,5365 157,98 0 Espaçamento 2 0,0412 0,0206 6,0763 0,0096 Genótipo*espaçamento 4 0,0471 0,0117 3,4738 0,0285 Erro 18 0,0611 0,0033 - - Total corrigido 26 1,2227 - - -
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Apêndice 08: Análise de variação para a relação SST/ATT Embrapa Clima Temperado. Pelotas-RS, 2010. Fontes GL SQ QM F P≤0,05 Genótipo 2 444,6731 222,3366 178,07 0 Espaçamento 2 0,2994 0,1497 0,1199 0,8877 Genótipo*espaçamento 4 24,4553 6,1138 4,8966 0,0075 Erro 18 22,4745 1,2485 - - Total corrigido 26 491,9025 - - -
Apêndice C: Análise de variação para efeito dos fatores Genótipo e Espaçamento, sobre as variáveis números de perfilhos, massa seca de poda, produção, massa média de frutos e qualidade de frutos de amoreira preta, safra 2009/2010.
Apêndice 01: Análise de variação para o perfilhamento. Embrapa Clima Temperado. Pelotas-RS, 2010. Fontes GL SQ QM F P≤0,05 Bloco 3 594,0830 198,0277 3,643 0,0834 Genótipo 2 552,0555 276,0277 5,078 0,0512 Erro 1 6 326,1666 54,3611 - Espaçamento 2 349,0555 174,5277 8,065 0,0032 Genótipo*espaçamento 4 36,1111 9,0277 0,417 0,7941 Erro 2 18 389,5000 - - - Total corrigido 35 2246,9722 - -
Apêndice 02: Análise de variação para massa seca de poda. Embrapa Clima Temperado. Pelotas-RS, 2010. Fontes GL SQ QM F P≤0,05 Bloco 3 10695366,9473 3565122,3157 0,883 0,5010 Genótipo 2 7339989,1566 3669994,5783 0,909 0,4519 Erro 1 6 24214941,8231 4035823,6371 - - Espaçamento 2 15641485,7880 7820742,8940 7,319 0,0047 Genótipo*espaçamento 4 9312899,6448 2328224,9112 2,179 0,1126 Erro 2 18 19233712,4223 1068539,5790 - Total corrigido 35 86438395,7824 - - -
Apêndice 03: Análise de variação para produção. Embrapa Clima Temperado. Pelotas-RS, 2010. Fontes GL SQ QM F P≤0,05 Bloco 3 2101430,0847 700476,6949 1,140 0,4059 Genótipo 2 46503325,2816 23251662,6408 37,836 0,0004 Erro 1 6 3687272,0598 614545,3433 - - Espaçamento 2 3360828,9902 1680414,4951 2,717 0,0931 Genótipo*espaçamento 4 1679000,6772 419750,1693 0,679 0,6156 Erro 2 18 11132366,5474 618464,8081 - - Total corrigido 35 68464223,6410 - - -
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Apêndice 04: Análise de variação para massa média de frutos. Embrapa Clima Temperado. Pelotas-RS, 2010. Fontes GL SQ QM F P≤0,05 Bloco 3 1,8875 0,6291 6,022 0,0305 Genótipo 2 66,1439 33,0719 316,515 0,0000 Erro 1 6 0,6269 0,1044 Espaçamento 2 0,2578 0,1289 0,304 0,7418 Genótipo*espaçamento 4 0,9837 0,2459 0,579 0,6814 Erro 2 18 7,6406 0,4244 - - Total corrigido 35 77,5406 - - -
Apêndice 05: Análise de variação para pH. Embrapa Clima Temperado. Pelotas- RS, 2010. Fontes GL SQ QM F P≤0,05 Genótipo 2 0,1019 0,0509 99,703 1,828E- 010 Espaçamento 2 0,0002 0,0001 0,2681 0,7678 Genótipo*espaçamento 4 0,1224 0,0306 59,899 3,722E- 010 Erro 18 0,0092 0,0005 - - Total corrigido 26 0,2338 - - -
Apêndice 06: Análise de variação para teor de sólidos solúveis (SST-oBrix). Embrapa Clima Temperado. Pelotas-RS, 2010.
Fontes GL SQ QM F P≤0,05 Genótipo 2 25,5785 12,7892 109,62 0 Espaçamento 2 16,7251 8,3625 71,679 2,675E- 009 Genótipo*espaçamento 4 5,6770 1,4192 12,165 5,777E- 005 Erro 18 2,1 0,1166 - - Total corrigido 26 50,0807 - - -
Apêndice 07: Análise de acidez total titulável, ATT (%). Embrapa Clima Temperado. Pelotas-RS, 2010. Fontes GL SQ QM F P≤0,05 Genótipo 2 0,5586 0,2793 131,61 0 Espaçamento 2 0,0754 0,0377 17,78 5,469E- 005 Genótipo*espaçamento 4 0,1613 0,0403 19,005 2,86E- 006 Erro 18 0,0382 0,0021 - - Total corrigido 26 0.8336 - - -
Apêndice 08. Análise de variação para a relação SST/ATT Embrapa Clima Temperado. Pelotas-RS, 2010. Fontes GL SQ QM F P≤0,05 Genótipo 2 109,1284 54,5642 324,69 0 Espaçamento 2 31,3666 15,6833 93,324 3,15E- 010 Genótipo*espaçamento 4 21,8118 5,4529 32,448 5,25E- 008 Erro 18 3,0249 0,1680 - - Total corrigido 26 165,3318 - - -