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Relações com a Comunidade 71

No documento Relatório Final de Estágio Profissional (páginas 89-92)

Está área refere-se às actividades organizadas, programadas e desenvolvidas pelos professores estagiários que potenciem a interacção entre a escola e o meio/contexto que a envolve.

Nesta área, o Núcleo organizou actividades que contribuíram para um melhor conhecimento do meio regional, com o intuito de conhecer melhor as condições locais da relação educativa e explorar e potenciar as ligações entre escola e o meio que a envolve.

Assim, inicialmente realizamos uma caracterização do meio,

nomeadamente, no que respeita ao associativismo desportivo, cultural, ambiental e às infra-estruturas específicas existentes na nossa área. Uma vez que esse trabalho já havia sido realizado pela escola, consultamos o documento referente ao Projecto Educativo da mesma.

4.8 - Contributo do Núcleo para a comunidade e

contributo da comunidade para a escola

Além das actividades desenvolvidas dentro da escola, a minha participação e organização de actividades foi para lá do seio escolar e dei a minha contribuição para a comunidade que a envolve, assim como participei em actividades promovidas pela comunidade nas quais a escola foi envolvida.

A primeira actividade realizada consistiu numa Acção de Formação de

Suporte Básico de Vida (SBV), promovida pelo pelas professoras Lurdes

Amorim e Fernanda Macedo, coordenadoras do projecto Clube de Protecção

Civil e Educar para a Saúde, dinamizada pelos Bombeiros Voluntário de

Valongo, na qual os meus alunos participaram e eu fui convidada a acompanha-los.

A acção foi instruída por uma enfermeira dos Bombeiros Voluntários de Valongo. Após uma apresentação inicial, a enfermeira começou por enumerar os principais objectivos da Acção. Seguidamente, foi providenciada a distribuição de informação sobre SBV para enquadrar todos os alunos. Aqui foram transmitidos os objectivos, causas, definição do SBV entre outros.

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Posteriormente, estes tópicos foram mais aprofundados e foram visualizados alguns vídeos por reforçar a informação e esclarecer algumas, possíveis, dúvidas, mostrando, de uma forma mais prática, como actuar numa situação de emergência.

No final da exposição da informação, foi solicitado, aos alunos, a participação na demonstração prática das 4 etapas do Suporte Básico de Vida. Os alunos mostraram-se participativos e aderiram à experimentação em diferentes situações em que poderia ser necessário intervir.

Penso que a acção será um importante auxílio para os alunos na sua vida futura, uma vez que ao terem um conhecimento ainda que básico e superficial nesta área, quiçá se não lhes virá a ser muito útil e fulcral um dia destes nas suas vidas. Na minha opinião, este tipo de acções deveria ser, igualmente, direccionado para os professores, uma vez que lidam com muitas crianças diariamente e, muitas vezes, perante uma situação destas, nem sempre sabem como agir, e é com este tipo de informação que, por vezes podemos salvar vidas. Este foi mais um meio para concretizar o meu estágio profissional de forma mais enriquecedora e também de reforçar e actualizar os meus conhecimentos na área, pois quiçá se um dia irei precisar de me socorrer dos mesmos.

Para mim, enquanto professora, esta foi uma experiência enriquecedora na medida em que foi o primeiro contacto que tive com os alunos fora da escola. Aqui, apesar de não ser a única professora acompanhante, tive de ter cuidados relacionados com o controlo de todos num espaço fora da escola onde o controlo se torna mais difícil, contudo, os alunos agiram sempre com responsabilidade e tudo correu como previsto.

Ainda no âmbito do mesmo projecto, realizou-se, na escola, uma

Gincana de Prevenção rodoviária dinamizada pelo Departamento de

Expressões (no qual o Grupo de Educação Física está inserido). A adesão dos alunos da escola foi razoável, contudo os meus alunos, em particular, não puderam participar devido a terem de realizar uma outra actividade proposta no mesmo dia e à mesma hora. O impacto produzido por esta acção é muito importante, para dar a conhecer mais uma componente da formação cívica que todos devemos ter. O código da estrada é tão importante para condutores

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como para peões, pelo que, na minha opinião, os alunos devem ser alertados para esta componente da formação cívica, dados os elevados números de sinistralidade rodoviária. É necessário entender que a escola não serve como mero meio de transmissão de conhecimentos às diferentes disciplinas, ela serve igualmente de meio condutor para a aprendizagem de valores, regras e princípios para vivermos em sociedade.

Além destas actividades, o Núcleo passou as fronteiras da escola e deu o seu contributo para a comunidade envolvente. Assim, em Abril, o Núcleo de Estágio organizou, em consonância com o projecto Fantas-sábados da Câmara Municipal de Valongo, uma actividade na Biblioteca de Valongo (no primeiro Sábado do mês) e na Biblioteca de Ermesinde (no Sábado seguinte) com crianças com idades compreendidas entre os 4 e os 12 anos.

Para esta actividade contamos com o apoio da Escola Secundária de Valongo que forneceu o material necessário à organização da actividade.

Em Valongo estiveram presentes 10 crianças e em Ermesinde estiveram cerca de 20. A única condicionante para esta actividade teve a ver com as condições espaciais, uma vez que a sala onde se organizaram as actividades era de dimensões muito reduzidas. Contudo, fomos alertados para esse facto com algum tempo de antecedência, pelo que, planeamos as actividades tendo em conta esta situação, prevenindo factores que pudessem colocar em risco a integridade física das crianças. Assim, tivemos o cuidado de não colocar exercícios que promovessem deslocações muito bruscas ou o arremesso de material (bolas etc.) para que as crianças não se distraíssem e embatessem contra as paredes ou cadeiras e objectos que se encontravam pelo espaço.

Uma vez que nunca tinha trabalhado com crianças nesta faixa estaria, considero que esta experiência foi uma mais-valia. Deparei-me com algumas dificuldades que nunca havia sentido nas aulas de Educação Física com a turma de 12º ano. As maiores dificuldades centraram-se essencialmente na capacidade de dar a entender às crianças as tarefas e seus objectivos, uma vez que, para os alunos do 12º (com idades entre os 17-18), os alunos já têm mais capacidade de identificar os estímulos e partir rapidamente para a tarefa. Com estas crianças, tive de explicar as tarefas e estimula-las com vocabulário

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mais simples e identificativo. Foi, também necessário dar grandes estímulos motivacionais para que as crianças não abandonassem a actividade.

As actividades planeadas, tanto num como noutro dia, centraram-se sobretudo na realização de movimentos corporais livres, jogos com bola e realização de coreografias simples, apelando à criatividade tão inerente às crianças desta faixa etária. É, também, de realçar que, a música esteve sempre presente, de forma a tornar a actividade mais alegre e motivante para todos os participantes.

Considero, portanto que o balanço desta actividade, que englobou a comunidade envolvente do nosso meio escolar, foi bastante positivo e enriquecedor, quer para as crianças (muitas delas tiveram um primeiro contacto com o desporto) que para mim enquanto professora.

A direcção da biblioteca, agradeceu-nos a participação neste projecto e colocou-nos a possibilidade de participarmos em mais eventos no Concelho, o que demonstra, de certa forma, que o nosso trabalho agradou a todos os que nela participaram.

No documento Relatório Final de Estágio Profissional (páginas 89-92)

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