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RELATÓRIO DE GESTÃO DO EXERCÍCIO TERMINADO EM 31 DE DEZEMBRO DE

Situação do Consumo em Espanha

A Espanha consolida em 2014 a recuperação iniciada em finais de 2013 e logra um crescimento do PIB de cerca de 1,3%. Esta recuperação apoia-se tanto em factores internos, aumento da procura interna pelo progresso na correcção de desequilíbrios, como em factores externos, a diversificação de destinos e produtos fez ampliar as exportações.

O sector automóvel moderou a sua contribuição para o crescimento do consumo, devido ao facto do último plano PIVE ter tido resultados mais modestos, mas o número de veículos matriculados cresceu 20% em relação a 2013 e o mercado de veículos de duas rodas cresce em 2014, depois de seis anos de queda.

A facturação do sector do mobiliário cresceu nos três últimos trimestres do ano, devido ao crescimento da procura externa e ao primeiro aumento do investimento em habitação desde 2007. As previsões favoráveis sobre a actividade imobiliária farão com que o negócio do mobiliário aumente em 2015.

O consumo de linha branca registou crescimentos superiores a 7% nos oito primeiros meses do ano de 2014, mas a linha castanha mostra grandes oscilações, com bons números no primeiro semestre ligados ao Mundial de Futebol do Brasil e com diminuições entre Julho e Setembro. A despesa em TIC aumentou no segundo semestre, graças à queda dos preços e às políticas orientadas para a promoção da digitalização e o uso do comércio electrónico como complementar ao comércio tradicional.

O financiamento acompanhou o consumo durante a segunda metade de 2014 e as novas operações cresceram para taxas de dois dígitos no segundo semestre, graças ao aumento do financiamento a médio e longo prazo. Também se constata o predomínio das relações de complementaridade entre produtos, facto este que, no contexto de contenção de preços como o actual, contribui positivamente para a recuperação do consumo agregado.

As previsões para o ano de 2015 são positivas e espera-se um crescimento propiciado pela criação de emprego e a redução do IRPF, que fará com que aumente o rendimento disponível. Calcula-se que os lares continuem a gastar acima do justificado pelos fundamentos a longo prazo, pelo que a taxa de aforro se reduzirá, podendo produzir-se uma descida do consumo a médio prazo se as expectativas das famílias se não cumprirem.

POPULAR SERVICIOS FINANCIEROS, ESTABLECIMIENTO FINANCIERO DE CRÉDITO, S.A. U.

RELATÓRIO DE GESTÃO DO EXERCÍCIO TERMINADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014

Situação do crédito ao consumo em Espanha

Segundo os dados da ASNEF, a 31 de Dezembro de 2014, o investimento novo no crédito ao consumo cresceu cerca de 4,91%, relativamente ao mesmo período do ano anterior. Com o que se confirma a tendência para subida que já se experimentou no ano anterior.

A mora, com dados de 30 de Setembro de 2014, diminui em todos os grupos, situando-se em 8,77%, nos Estabelecimentos Financeiros de Crédito, face a 9,50% do mesmo período do ano anterior, naquelas entidades que só realizam crédito ao consumo, em cerca de 8,52%, face a 11,26% de 2013 e as entidades que só financiam automóveis, cerca de 7,77%, face a 11,36% do ano anterior. As coberturas de fundos existentes sobre os números de devedores duvidosos estão a aumentar ligeiramente, situando-se nos E F C’s em cerca de 57,39% a 31 de Dezembro de 2014, face aos 56,07% na mesma data do ano anterior; em Automóveis situam-se nos 78,69%, face a 75,56%. Contudo, naquelas entidades que só realizam Crédito ao Consumo aumentam significativamente, situando-se no mesmo período referido anteriormente em 128,13%, face a 108,52% na mesma data do ano anterior.

Esta a produzir-se uma queda dos preços em todos os prazos de concessão, mas a queda mais acentuada está nas operações a menos de um ano, com quedas de cerca de 57 pontos básicos. Nos próximos meses espera-se que continue este processo de embaratecimento devido às melhores perspectivas económicas, o menor prémio de risco e a maior disponibilidade de liquidez pelas vendas do BCE.

Situação do crédito ao consumo em Portugal:

O crédito ao consumo concedido pelos associados da ASFAC aumentou cerca de 30,00% em 2014 em relação ao ano anterior, chegando a alcançar 5.094 milhões de euros. Este aumento foi impulsionado principalmente pelo crédito a fornecedores, que teve um crescimento de cerca de 39%, representando 46% do total do crédito concedido.

Em 2014 formalizaram-se 289.108 contratos de crédito clássico, cerca de 11% mais do que em 2013. Do conjunto dos contratos de crédito formalizados em 2014, 94,4% foram-no com particulares. O valor médio situa-se em 4.863 €, aumentando 12,2% em relação a 2013.

O crédito clássico concedido aumentou cerca de 25% em 2014 em relação ao ano anterior, em linha com o aumento do consumo privado registado. O crédito revolving, que representa 26% do total do crédito concedido, aumentou 23%.

A finalidade dos empréstimos concedidos foi de cerca de 70% para aquisição de meios de transporte, cerca de 18% para crédito pessoal e, para aquisição de artigos para o lar, cerca de 10%.

POPULAR SERVICIOS FINANCIEROS, ESTABLECIMIENTO FINANCIERO DE CRÉDITO, S.A. U.

RELATÓRIO DE GESTÃO DO EXERCÍCIO TERMINADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014

Actividade de Popular Servicios Financieros, EFC, SA (Sociedad Unipersonal):

A actividade da Popular Servicios Financeiros, EFC, SA (Sociedad Unipersonal) até 31 de Dezembro de 2014 teve um crescimento de 6,57% relativamente ao mesmo período do ano anterior. Há que assinalar que este aumento na actividade é maior que o experimentado pelos associados da ASNEF na rúbrica de crédito ao consumo, que foi de 4,91%.

O investimento creditício a 31 de Dezembro de 2014, sem operações estruturadas, situa-se em 172,6 milhões de euros, o que implica um crescimento de 4,89%, relativamente ao número de 2013. O crescimento nesta epígrafe nos associados da ASNEF foi de 4,48%, também inferior ao experimentado por Popular Servicios Financeiros.

Por produtos, o aumento na produção de Crédito a comércios, situa-se em 4,56% na data de 31 de Dezembro de 2014 em relação ao mesmo período do ano anterior; no crédito automóvel, o aumento é de 62,83% e, no que respeita ao empréstimo directo a clientes, regista-se um retrocesso de 4,27%. Apesar de que no crédito automóvel estão mais presentes as financeiras das marcas, os acordos que incluem apólices de stock e o financiamento V.O., dois produtos que a PSF não comercializa, o crescimento verificado neste produto foi considerável. Este crescimento produziu-se fundamentalmente no último trimestre do ano e deveu-se a uma campanha cuja base é a adaptação da tarifa ao mercado, que propiciou não apenas que deixássemos de cair em facturação, mas que tenhamos este crescimento espectacular.

No ano de 2014, incorporaram-se 138.912 novos clientes, face aos 137.088 do ano anterior, o que significa um incremento de cerca de 1,33%.

A produção de leasing limitou-se à gestão de diversas operações de automóveis em Portugal O índice de incumprimento situa-se em 4,77%, muito inferior ao resto das Entidades Financeiras que, segundo os dados do Banco de Espanha, é de 9,63% e mantêm-se índices de cobertura de 130,27%, enquanto que o resto das Entidades financeiras, segundo os dados do Banco de Espanha, têm índices de cobertura de 65,36%.

Resultados:

No final do exercício de 2014, a Sociedade obteve um lucro antes de impostos de 4.370 milhares de euros.

POPULAR SERVICIOS FINANCIEROS, ESTABLECIMIENTO FINANCIERO DE CRÉDITO, S.A. U.

RELATÓRIO DE GESTÃO DO EXERCÍCIO TERMINADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014

A margem de juros eleva-se ligeiramente em relação ao ano anterior. Por países, Espanha aumentou notavelmente a facturação, especialmente nos créditos a automóveis e em Portugal o aumento também é relevante no produto de cartão. Em consequência do aumento das vendas, os custos financeiros aumentaram.

Quanto à margem bruta, o aumento deve-se tanto às comissões recebidas por devolução dos recibos dos clientes, como à descida das comissões pagas.

As despesas gerais de administração elevaram-se principalmente devido ao aumento do custo do serviço de Asnef Equifax e a manutenção informática, fruto da renovação da plataforma tecnológica. No resto das epígrafes a PSF demonstrou o seu contínuo desempenho na contenção das despesas. Em relação às despesas de pessoal, reforçou-se a equipa comercial com a incorporação líquida em 31/12/14 de três gestores procedentes do Grupo, se bem que continuam as medidas de contenção salarial.

As perdas por deterioração do investimento creditício diminuíram em relação ao exercícoo anterior, já que este ano não foi necessário fazer reforços extraordinários das provisões.

No fecho de exercício de 2014 os créditos a clientes totalizam um saldo de 168.445 milhares de euros, o que representa cerca de 67% do activo total do balanço.

Acontecimentos posteriores ao fecho:

Depois do fecho do exercício não ocorreram eventos adicionais relevantes para a Sociedade.

Acções próprias:

Não houve aquisições de acções próprias por parte da Sociedade nos exercícios de 2014.

Evolução previsível da Sociedade:

Estão a consolidar-se as melhoras nos indicadores socio-económicos (maior acesso ao crédito, crescimento do PIB, criação de emprego, melhora do índice de confiança do consumidor, etc.) que criam um clima de optimismo, não isento de riscos, que permitem aventurar que 2015 pode ser um bom exercício para o crédito ao consumo. A Popular Servicios Financieros acompanhará esta evolução positiva, tanto pela estabilidade dos nossos prescritores, como pelo reforço da equipa comercial em zonas geográficas onde temos menor presença, previsto para todo o ano de 2015.

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RELATÓRIO DE GESTÃO DO EXERCÍCIO TERMINADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014

Investigação e desenvolvimento:

Ao longo do ano de 2014 produziu-se a integração definitiva da Popular Servicios Financieros dentro do esquema de Tecnologia e Investigação do Banco Popular. Isto permitiu dotar a empresa de maiores recursos destinados a estas competências.

Apesar disso, os esforços da empresa neste âmbito foram dirigidos ao desenvolvimento de projectos de cumprimento normativo de grande envergadura, tais como as adaptações pela entrada em vigor da normativa SEPA, as novas comunicações da CIRBE, ou a adaptação de Estados Financeiros e a geração de facturas para a sucursal da Popular Servicios Financieros em Portugal.

Não perdemos de vista os nossos clientes e trabalhamos no desenvolvimento de novos serviços Web, que lhes permitirão ligações directas através de Web-services para a avaliação e formalização das operações.

Por outro lado, desde o último trimestre de 2014, estamos imersos num projecto de Renovação Tecnológica que nos permitirá melhorar as nossas infra-estruturas e continuar a melhorar o serviço prestado aos nossos clientes.

Meio Ambiente:

A Sociedade, enquanto parte integrante do Grupo Banco Popular, adoptou as medidas oportunas relativas à protecção e melhoria ambiental e à segurança e saúde do trabalhador, adoptando, entre outros, planos de reciclagem de consumíveis e planos de poupança de energia.

Gestão de risco:

Na Nota 28 da memória junta, descreve-se a gestão do risco de Popular Servicios Financieros.

Evolução da equipa:

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RELATÓRIO DE GESTÃO DO EXERCÍCIO TERMINADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014

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