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Relativamente ao núcleo familiar secundário: este refere muitas vezes o padrasto negativamente, na sub-categoria “outros-familiares”, acusa o padrasto de querer o que é

No documento Infância roubada – Ciclo vítima-agressor (páginas 92-186)

Exp Traum Reais vs Tipos de Delito

F. Id Agressor vs Exp Traum Reais

2. Relativamente ao núcleo familiar secundário: este refere muitas vezes o padrasto negativamente, na sub-categoria “outros-familiares”, acusa o padrasto de querer o que é

dele e também de querer a irmã só para ele, como vemos no exemplo: “[…] Eu: Este padrasto é uma figura na sua vida…- Negativa, não desce, ele só queria a minha irmã para ele, deve ter batido com a cabeça. Eu: Porque diz isso? - Porque ele muda de um momento para o outro, antes dele ser pai, é minha irmã.” -[49,11].

3. No campo relacional, a dinâmica entre os pais já foi referida, e neste âmbito verificam- se unidades de registo, na sub-categoria “relação sujeito-filho”, em que são cotadas respostas com valência positiva e acções-descrições. No entanto, o que refere de positivo, diz apenas respeito a situações hipotéticas, ou seja, situações que gostaria de vir a fazer, dado que existe pouco contacto com o filho. Acrescenta que quando um filho tiver mais uns anos é com ele que quer que inicie o consumo de drogas e não com outras pessoas, que não vai ser como os outros pais.

• Vivência Individual e intrapsiquica:

1. “Maus tratos infligidos”: são de cariz sexual e de “negligência/abandono”. Podemos verificar nos seguintes exemplos, respectivamente: “[…] Éramos irmãos, os irmãos dormem juntos, estão juntos…passam muito tempo juntos, o mal está na cabeça dele.” - [87,17]; “[…] Agora não o vejo muito, mas tento fazer parte da vida dele. […]. Vou ter que fazer parte da vida dele, dê por onde der, agora não tem dado e já andava numa vida que não o via tanto, antes de vir para aqui […].” -[73,14].

2. “Características do sujeito”: Essencialmente a característica com mais destaque é a “Dramatização”, ainda que o sujeito possua respostas em todas as sub-categorias relativas a esta categoria. Ex: “[…]- É assim eu apertar uns papos, ou por assim uns olhos e uns óculos daqueles rayban, daqueles última geração sou capaz de lhes meter, a ele e ao meu padrasto.” -[100,19].

3. “Tipos de delito”: Abuso sexual; tráfico de armas/posse ilegal; tráfico de drogas; furto/assalto.

4. “Experiências traumáticas reais”: sexuais e psicológicas. No que diz respeito aos maus-tratos sexuais, “[…[ Eu: E os danos que lhe causou, foi continuamente durante esses 5 anos, ou foram actos esporádicos? - Não continuamente. Semanalmente, quase diariamente. […] houve uma coisa que mais me magoou mais delas todas foi e eu vou dizê-lo (esboça um riso), eu hoje rio-me dela mas às vezes quando estou sozinho penso muito nela (começa a bater com a mão na mesa). Quando a minha mãe soube que a minha namorada tava grávida, não pode gravar quando vou dizer essa palavra, (ri-se), sabes quê (fazendo o gesto de relação sexual), porque eu te ensinei.” -[61,13].

5. Fases de identificação ao agressor: “Vivência de Perigo/Medo”: “[…]A primeira pessoa que soube disto foi a mãe do meu filho. Tinha medo que ela pudesse fazer pior.” - [33,7]; “Viv. Passividade/Impotência /Fragilidade”[…] ela tinha poder sobre mim, é como se ela entra-se no meu pensamento, às vezes penso nisso.” -[62,13]; “Sentimento de Ameaça Interna”: “[…]só que eu não gosto de falar disso, não gosto de falar. É uma coisa que eu não gosto de falar… dói. O problema é a dor. […]” - [20,5]; “Desamparo/Desprotecção”: “[..]Mas a única pessoa que acreditava em mim morreu, que foi a minha mãe. […]” -[6,2]. “Identificação/Interiorização”: “[…] É como se morre-se uma parte de mim. […]” - [26,6]; “Idealização”: “[…] E era a única pessoa que podia dizer, eu acredito no meu filho e que foi a única capaz de me defender a única, que se levantou pa me defender foi a única, ela amava-me muito. […]” -[102,19]; “Projecção/Repetição/Inversão dos papéis” […]a partir dos 12 anos nunca mais fui ninguém, nunca mais fui aquele menino certinho que andava ali. Virei a raiva contra o mundo […]” -[23,5].

IV - Conclusão:

Podemos concluir que todos os sujeitos desde trabalho manifestaram usar o mecanismo de identificação agressor. Logo podemos concluir que na amostra em estudo, a transmissão intergeracional dos maus tratos foi mediada pelo mecanismo de identificação ao agressor. Nos cinco indivíduos em estudo observou-se que:

1. “Bárbara”, teve como experiências traumáticas reais na infância (negligência/abandono) e que perpetuou exactamente a mesma tipologia de maltrato, aos seus dois filhos.

2. “Samuel” há semelhança de “Bárbara”, perpetua igualmente a mesma tipologia que foi vítima, abusos sexuais. Ainda que não se dê directamente, é deslocado para a irmã.

3. “Pedro”, perpetuou uma tipologia de ordem diferente, dado que sofreu maus tratos físicos maioritariamente e sente que já inflige maus tratos por negligência/abandono, ao seu filho. No entanto, já tem problemas ao nível da impulsividade no agir e agressividade.

4. “Rui”, e “Raquel”, com as experiências traumáticas reais físicas e sexuais, respectivamente, neste momento não infligiram maus tratos aos filhos, mas contra outrem. “Rui”, nunca conheceu a filha, porque já estava detido e como tal não passou tempo suficiente, para perpetuar os maus tratos à mesma. No entanto, existe neste indivíduo uma total incapacidade de adequar a agressividade ao exterior e a não-percepção de que o acto de apontar uma arma, já implica em si um grave acto de violência, como refere a dada altura nunca ter disparado contra ninguém, só apontava a arma à cabeça. Não existe nele, modelos positivos apreendidos através de um prestador de cuidados, por isso esta desadequação em perceber o certo do errado. Foi criado num ambiente de extrema violência e já existem muitos indicadores da presença do mecanismo de identificação ao agressor.

5. “Raquel”, também não perpetua maus tratos aos filhos e nem tão pouco a mesma tipologia. No entanto, é a participante da amostra que mais tem vincada a agressividade contra os outros. Sendo que somente o “Pedro” e a “Bárbara”, não

estão detidos por crimes violentos. Os restantes, cometeram crimes de ofensa grave, havendo em todos eles a presença do mecanismo de identificação ao agressor. A participante manifestou ter uma relação amorosa significativa, obtida na prisão também com um recluso, diz ter feito acreditar de novo nos homens, no entanto também ele está detido por homicídio.

Em todos eles há uma clara tendência à agressividade e à violência, perpetuando maus tratos seja de forma directa ou indirecta. Os indicadores devidamente fundamentados na primeira parte deste estudo, são visíveis e confirmados, através da amostra em estudo. São eles: indicadores no campo relacional, revelando problemáticas graves no estabelecimento e equilíbrio das relações, marcadas por um registo conflitual. Nenhum dos participantes revelou relações de amizade significativas e os que o fizeram, referem- se a relações baseadas no consumo de drogas e na prática de comportamentos desviantes. Para além disso, todos eles têm insucesso e abandono escolar, referindo dificuldades de aprendizagem. Para além disso, problemas em respeitar e lidar adequadamente a figuras de autoridade. Provêm na maioria, famílias disfuncionais com suporte económico e social deficitário. Uma das vias para que não ocorra, é o campo relacional, ou seja, o estabelecer relações significativas. O perceber e promover através do estabelecimento de vínculos significativos, a superação dos traumas. Dado que estes participantes através do mecanismo de identificação ao agressor, vêem a possibilidade de reviver nos seus filhos, e nas outras pessoas os seus traumas e a consequente inversão de poder e de papéis.

Alguns aspectos críticos a serem tomados em conta ao longo da minha dissertação:

- No que diz respeito à metodologia o tempo de aplicação não ser igual, o que pode influenciar a quantidade de unidades de registo nuns sujeitos ser menor do que nos outros; - Em termos de rigor, ainda que tenha sido construído um guião prévio, este não foi escrupulosamente seguido, o que não promovendo a homogeneização da aplicação influencia os resultados. Isto deveu-se a factores transferenciais e contratransferenciais, dado que lidei com indivíduos diferentes, com personalidades diferentes, uns mais comunicativos do que outros e para além disso, ainda que o contexto seja homogéneo, estes indivíduos sentem-me com um elemento estranho, invasor do seu espaço, e num contexto prisional a confiança e a abertura estão ainda mais comprometidos, porque o indivíduo activa mecanismos de defesa mais rapidamente e está mais alerta.

- As entrevistas serem gravadas já é um acontecimento destabilizador no indivíduo, ainda mais reforçado por este estar detido e não saber se o que vai ser dito pode ser usado

contra ele. Ou seja, não envolvem somente problemas de ordem ética mas também de ordem relacional pois pode ter um efeito inibidor no entrevistado. Por um lado o sujeito não se sente confortável logo à partida, porque dada a condição de recluso pode ter receio das implicações jurídicas ou de problemas internos ao nível do estabelecimento prisional ainda que tenham sido explicados à priori todos os objectivos da investigação e comprovados através da carta de consentimento os critérios de confidencialidade e assegurados os direitos do recluso. Por outro lado, a gravação áudio, como já foi inicialmente referido. pode funcionar com um aspecto inibidor, para o estabelecer da relação empática visto que o sujeito não se sente confortável, cabe ao entrevistador colocá-lo á vontade.

- O estar a trabalhar com um tema delicado, no sentido em que estudo aspectos que provêm de recordações traumáticas e o reviver os traumas através da relação que estabelece comigo, o que coloca alguns aspectos éticos que se prendem com o facto de a recolha ser pontual no tempo e não fazer acompanhamento do mesmo e o de o individuo ficar perturbado após a entrevista o que é agravado, porque neste contexto regressar à cela. Esta situação é contornada se mostrarmos em caso de necessidade, a nossa disponibilidade para aconselhamento se virmos o sujeito muito traumatizado. Ainda que tenha guardado um tempo final da entrevista, focada na forma como individuo se sente ao relembrar tudo o que foi dito e criando um pequeno espaço para que seja dito tudo o que lhe aprouver, não é suficiente.

- No que diz respeito ao meu comportamento, também a minha personalidade influenciou, a empatia que tive com alguns casos foi maior do que com outros, mas no final acabei por conseguir empatizar com as problemáticas, não fazendo juízos de valor.

- O local dos estabelecimentos prisionais ser no Norte do país, o que levava muito tempo nas deslocações e um aumento da fadiga, para além de muitas deslocações para cumprir os horários dos estabelecimentos prisionais, visto que demorava sempre até poder proceder à recolha de dados.

- A relação empática é mais difícil e morosa de ocorrer, que num contexto clínico protegido, foi um grande desafio dada a problemática em estudo e o tipo de crimes cometido.

- Foi uma experiência inesquecível e inqualificável, o entrar dentro do quotidiano de um prisão e a compreensão do que é a ausência de liberdade, sendo que o contexto foi um importante destabilizador para mim, entrevistador, dado que inicialmente o impacto é muito grande. O revistar a mal e passar em detector de metais, o guardar pertences

proibidos em cacifo, o ser escoltada, a abertura das alas e portas, a sirene do recolher. É um mundo completamente à parte, onde a exclusão é sentido, do lado de cá a liberdade, do outro a completa ausência dela. Não poderia ter feito um trabalho que me tivesse realizado mais em termos académicos, foi muito positiva a experiência, superando as minhas expectativas.

Breve consideração:

O que mais me espantou, o que mais me emocionou, ao longo deste trabalho e da diversa leitura que fui fazendo destes dois últimos anos, foi o perceber e o sentir que muitas crianças por todo o Mundo é-lhes retirada a condição de ser criança. Violadas, maltratadas, negligenciadas, escravizadas, torturadas psicologicamente e fisicamente todos os dias, obrigadas a crescer não da forma como todas as crianças deveriam crescer, de forma saudável, protegidas e felizes. Acima de tudo perceber que muito do que somos depende da forma como fomos educados, do meio onde vivemos e das experiências que passamos e fomos submetidos. A prova de que podemos fazer tanto identificação a bases positivas como negativas. A transmissão da violência é cada vez mais uma problemática central, cada vez com mais expressão numérica, dado que os pais continuam a reviver na vida dos seus filhos traumas não superados e que também eles viveram. É urgente, uma infância protegida, é urgente travar as agressões às crianças, para que vítimas não se tornem agressoras. A pior guerra que pode haver é que temos por dentro.

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