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3 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EXECUÇÃO PENAL E O INSTITUTO DA

3.2 O instituto da Remição da Pena

3.2.2 Remição da Pena pelo Estudo

A Lei de Execução Penal também permitiu ao condenado remir o tempo de cumprimento da pena através do estudo. No entanto, não disciplinou quais seriam os requisitos para isso. A LEP diz em seu art. 126 que “o condenado que cumpre pena em regime fechado ou semi-aberto poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo da execução da pena”. O STJ (Superior Tribunal de Justiça), através da Súmula 341, nos afirma que “a frequência a curso de ensino formal é causa de remição de parte do tempo de execução de pena sob regime fechado ou semi- aberto”. Embora o art. 126 da LEP faça menção apenas aos apenados que cumpre pena no regime fechado ou semi-aberto, o seu §6º prevê o direito da remição

também aos apenados que cumprem pena no regime aberto ou semi-aberto, e o § 7º concede esse direito também ao preso provisório. No entanto, esse benefício não se estende aqueles que estão cumprindo pena em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico.

Se o condenado estiver freqüentando unidade educacional fora do estabelecimento prisional, essa unidade deverá enviar mensalmente a folha de frequência e o rendimento escolar desse condenado. A cada 12 horas de frequência escolar, divididas em pelo menos três dias, remir-se-á um dia de pena. A atividade de estudo do apenado, para os fins da remição, deverá ser de ensino profissional, médio, ou até mesmo profissionalizante ou de nível superior, ou mesmo de requalificação profissional.

Se o apenado concluir o ensino fundamental, médio ou superior, durante o tempo de cumprimento da pena, ele adquire o direito de acrescer 1/3 (um terço) a mais do tempo remido. Esse tipo de remição recebe o nome de remição formatura ou remição acrescida, ou ainda, remição da remição. Ela visa dar maior estímulo ao sentenciado, para que ele se dedique mais aos estudos, facilitando a sua reinserção no convívio social.

É possível que o apenado possa remir a pena de forma concomitante, ou seja, pelo trabalho e pelo estudo cumulativamente, desde que, uma atividade não se sobreponha a outra. É o que chamamos de remição dúplice e está prevista no art. 126, § 3º da LEP onde se estabelece que “para fins de cumulação dos casos de remição, as horas diárias de trabalho e de estudo serão definidas de forma a se compatibilizarem”. A remição dúplice busca estimular o apenado para que ele se empenhe cada vez mais na realização dessas atividades, possibilitando o rápido cumprimento da pena que lhe foi imposta. Se o apenado sofrer algum acidente que o impossibilite de prosseguir nos estudos ou no trabalho, ainda assim, continuará sendo beneficiado pela remição da pena, pois, trata-se de impedimento justificado, em razão de evento imprevisível.

Sendo assim, a remição é um benefício que consistem em abater parte da pena, além de contribuir para a reeducação e a reintegração do condenado no seio da sociedade a que pertencia.

Após a explanação dos princípios aplicáveis à execução penal e do instituto da remição da pena, o presente trabalho estudará a omissão da Lei de Execução Penal na concessão de remição da pena pelo trabalho no regime aberto.

4 OMISSÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL NA CONCESSÃO DA REMIÇÃO DA PENA PELO TRABALHO NO REGIME ABERTO

A Lei nº. 12.433/2011, que entrou em vigor no dia 29 de junho de 2011, fez alterações no cenário da remição da pena no âmbito brasileiro, modificando os arts. 126, 127 e 128 da Lei de Execução Penal. Passou-se a permitir que o estudo fosse causa de diminuição da pena; estendeu o benefício da remição da pena também aos presos cautelares e aos que estavam cumprindo pena no regime aberto ou em livramento condicional.

O instituto da remição tem sentido de pagamento ou contraprestação, ou seja, é uma forma de retribuição ao Estado pela atividade laborativa ou educacional exercida pelo preso. Além de favorecer a reintegração social do apenado, também é utilizada como forma de política criminal visando a adequada administração do sistema penitenciário, no que se refere ao excesso de presos diante da pequena quantidade de vagas oferecidas nos estabelecimentos prisionais.

A Lei nº. 12.433/2011 alterou o conceito de remição. A antiga redação do art. 126 da LEP dizia que “o condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semi- aberto poderá remir pelo trabalho, parte do tempo da execução da pena”. A nova redação diz que também poderá remir pelo estudo.

Foi acrescentado a esse artigo os §§ 4º, 5º, 6º, 7º e 8º. Antes de a nova lei incluir a prática do estudo como sendo causa de diminuição da pena, já havia entendimento jurisprudencial a favor dessa forma de remição, o que veio a se tornar em Súmula, a de nº. 341 do STJ: “a freqüência a curso de ensino formal é causa de remição de parte do tempo de execução da pena sob o regime fechado ou semi- aberto”. O § 6º do art. 126, concede o direito de remição pelo estudo também aos condenados que cumprem pena em regime aberto ou semi-aberto ou ainda, em livramento condicional; e o § 7º veio incluir nesse direito de remição os presos cautelarmente.

Verifica-se que com alteração realizada pela nova lei, a LEP passou a conceder a remição pelo estudo no regime aberto. Ao permitir tal forma de remição, abriu a possibilidade de se remir a pena também pelo trabalho no regime aberto. A partir do momento em que se admite a remição pelo estudo e se nega a remição pelo trabalho aos condenados que estão cumprindo pena sob o mesmo regime,

surge um tratamento desigual e discriminatório, ferindo, consequentemente, os princípios constitucionais da igualdade e da proporcionalidade. Em virtude dessa omissão, os direitos desses condenados acabam sendo desrespeitados.

O estudo nada mais é do que uma forma de trabalho. Sendo assim, o trabalho também deveria ser inserido no art. 126 da LEP, visto que, sendo omissa a Lei de Execução Penal no que tange a remição da pena pelo trabalho no regime aberto, acaba acarretando consequências para o apenado; pois, estará subtraindo o seu direito de igualdade jurídica, tão difundido na CF/88. Diante do princípio da igualdade não se pode fazer nenhuma discriminação entre o estudo e o trabalho, pois ambos são de grande importância para a ressocialização do apenado.

A interpretação do princípio supracitado leva em consideração a desigualdade existente de um lado, e do outro, as injustiças provocadas por essa desigualdade, para, consequentemente, promover a igualdade plena. É notório que a não concessão do benefício da remição da pena pelo trabalho no regime aberto caracteriza uma injustiça, pois, a igualdade jurídica não está sendo respeitada. Fere também o princípio da proporcionalidade, que visa estabelecer limites à atividade do legislador penal e do intérprete, e ainda, orienta as atividades legislativas e judiciais; busca equilibrar as exigências do indivíduo e da sociedade e, balancear os direitos fundamentais.

O princípio da proporcionalidade pode ser visto na proteção aos direitos fundamentais amparados na Constituição Federal. Assim como há uma proporcionalidade entre o crime e a pena imposta, deve haver proporcionalidade também no que concerne ao benefício da remição. Se, se conceder um benefício ao condenado, deve-se conceder também àquele que se encontre cumprindo pena sob o mesmo regime na medida de sua proporção. Não se pode tratá-los de forma discriminada. A nossa Magna Carta diz em seu art. 5º que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. Assim sendo, o instituto da remição pelo trabalho também deve ser concedido ao apenado que cumpre pena no regime aberto.

Antes de a Lei nº. 12.433/2011 positivar o direito da remição pelo estudo no regime aberto, os nossos juízes e Tribunais já conferiam tal benefício. Atualmente, alguns Tribunais também entendem que é possível a concessão da remição da pena pelo trabalho no regime aberto. Vejamos alguns desses entendimentos:

AGRAVO EM EXECUÇÃO. REMIÇÃO DE DIAS TRABALHADOS NO REGIME ABERTO. POSSIBILIDADE. O alargamento do instituto da remição também para os que cumprem pena no regime aberto vai ao encontro dos fins da execução penal, impondo-se seu reconhecimento. AGRAVO PROVIDO, POR MAIORIA. (TJ-RS - AGV: 70048698435 RS, Relator: Carlos Alberto Etcheverry, Data de Julgamento: 14/06/2012, Sétima Câmara Criminal, Data de Publicação: Diário de Justiça do dia 21/06/2012).

AGRAVO EM EXECUÇÃO. REGIME ABERTO. REMIÇÃO. Apenado que se encontra cumprindo pena no regime aberto. Trabalho interno. Viável a remição pelo trabalho, mesmo estando a pena a ser cumprida no regime aberto. Analogia à remição da pena pelo estudo, possível em tal situação. Incidência da Lei 12.433/2º11. AGRAVO DEFENSIVO PROVIDO. UNÂNIME. (TJ-RS - AGV: 70046685822 RS, Relator: Ivan Leomar Bruxel, Data de Julgamento: 12/04/2012, Terceira Câmara Criminal, Data de Publicação: Diário de Justiça do dia 16/05/2012).

AGRAVO DE EXECUÇÃO PENAL. REMIÇÃO DA PENA EM FUNÇÃO DE ATIVIDADE LABORAL DESEMPENHADA POR APENADO QUE CUMPRE PENA EM REGIME ABERTO. POSSIBILIDADE. Não pode ser vedado ao reeducando em regime aberto o benefício da remição, pois inexiste expressa vedação legal. A execução penal é uma das facetas do fenômeno do controle social penal, assim adstrita a proposições de ordem de conformação (princípios e finalidades), idênticas às do direito penal material e direito processual penal. Então, como um princípio basilar – o princípio da humanidade – em que a pena não visa fazer o apenado sofrer, e sim, possui como idéia central a recuperação social do reeducando. A realização de atividade laborativa exercida em regime aberto cumpre tal função e deve ser valorizada. AGRAVO DEFENSIVO PROVIDO. POR MAIORIA. (TJ-RS - AGV: 70051283265 RS, Relator: Ícaro Carvalho de Bem Osório, Data de Julgamento: 08/11/2012, Sexta Câmara Criminal, Data de Publicação: Diário de Justiça do dia 14/11/2012).

É plenamente possível a aplicação do instituto da remição da pena pelo trabalho no regime aberto. Observa-se que, deve haver uma interpretação lógica desse sistema para ampliar e beneficiar também o condenado que cumpre pena no regime supracitado, visto que a LEP silenciou a esse respeito. A CF/88 preza muito pelos direitos fundamentais e vela para que eles não sejam infringidos. Diante disso, para que não haja prejuízo para o condenado e para que seus direitos sejam resguardados, é plenamente possível a concessão da remição da pena pelo trabalho no regime aberto; visto que, a não concessão atingiria os direitos fundamentais do condenado e infringirá, também, o principio da legalidade na execução penal.

Faz-se necessário que haja uma reformulação do art. 126 da LEP, no sentido de se conceder a remição da pena pelo trabalho também no regime aberto, observando-se os princípios da igualdade e da proporcionalidade, de forma que garanta a eficaz aplicação da LEP e que, essa aplicação condiga com a realidade de cada condenado.

5 CONCLUSÃO

Inicialmente, o trabalho tratou sobre o histórico da penalização e do sistema prisional, visando analisar brevemente a pena como forma de punição desde os tempos primitivos até os dias atuais; tratou também da evolução histórica do Direito Penal brasileiro. Em seguida, abordou sobre os princípios que norteiam a execução penal e sobre o instituto da remição.

O instituto da remição da pena, que tem origem no direito penal espanhol, foi inserido na legislação brasileira por meio da LEP, que previa a remição pelo trabalho no regime fechado ou semi-aberto. No entanto, esse instituto sofreu significativas alterações com a edição da Lei nº. 12.433/2011, passando a prever a remição da pena pelo estudo no regime aberto, semi-aberto ou em livramento condicional, silenciando, porém, acerca da remição da pena pelo trabalho no regime aberto. Essa omissão da Lei de Execução Penal foi abordada como objeto desse estudo.

Assim, conclui-se que a remição da pena é um instrumento de suma importância para a ressocialização do condenado, visto que proporciona a este o desenvolvimento ético, social e intelectual, além de ajudar na aceleração da execução de sua pena. Conclui-se também que o exercício de atividades laborativas, bem como de atividades educacionais, são formas de reintegração e de reinserção social.

A LEP deixou muito a desejar no que diz respeito ao art. 126, por ter sido omissa quanto à disposição acerca da remição da pena pelo trabalho no regime aberto. Por isso entende-se que há a necessidade de uma nova alteração no artigo citado, visando solucionar tal omissão, para que não haja tratamento discriminatório entre os sentenciados que cumprem pena no regime aberto, sob pena de infringir os princípios da igualdade, proporcionalidade e da legalidade, que, também embasam a Execução Penal.

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO GRANDE SO SUL. Agravo nº.70046685822. Relator: Ivan Leomar Bruxel. Órgão julgador: Terceira Câmara Criminal. Data do Julgamento: 12/04/2012. Data da Publicação: 16/05/2012. Disponível em:

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ANEXO

LEI Nº 12.433, DE 29 DE JUNHO DE 2011.

Altera a Lei no 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal), para dispor sobre a remição de parte do tempo de execução da pena por estudo ou por trabalho.

A PRESIDENTADAREPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1oOs arts. 126, 127, 128 e 129 da Lei no 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal), passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 126.O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semi-aberto poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena. § 1o A contagem de tempo referida no caput será feita à razão de:

I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência escolar - atividade de ensino fundamental, médio, inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalificação profissional - divididas, no mínimo, em 3 (três) dias;

II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho.

§ 2o As atividades de estudo a que se refere o § 1o deste artigo poderão ser desenvolvidas de forma presencial ou por metodologia de ensino a distância e deverão ser certificadas pelas autoridades educacionais competentes dos cursos frequentados.

§ 3o Para fins de cumulação dos casos de remição, as horas diárias de trabalho e de estudo serão definidas de forma a se compatibilizarem.

§ 4o O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará a beneficiar-se com a remição.

§ 5o O tempo a remir em função das horas de estudo será acrescido de 1/3 (um terço) no caso de conclusão do ensino fundamental, médio ou superior durante o cumprimento da pena, desde que certificada pelo órgão competente do sistema de educação.

§ 6o O condenado que cumpre pena em regime aberto ou semi-aberto e o que usufrui liberdade condicional poderão remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de educação profissional, parte do tempo de execução da pena ou do período de prova, observado o disposto no inciso I do § 1o deste artigo.

§ 7o O disposto neste artigo aplica-se às hipóteses de prisão cautelar.

§ 8oA remição será declarada pelo juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a defesa.” (NR)

“Art. 127.Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, observado o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar.” (NR)

“Art. 128.O tempo remido será computado como pena cumprida, para todos os efeitos.” (NR)

“Art. 129.A autoridade administrativa encaminhará mensalmente ao juízo da execução cópia do registro de todos os condenados que estejam trabalhando ou estudando, com informação dos dias de trabalho ou das horas de frequência escolar ou de atividades de ensino de cada um deles.

§ 1o O condenado autorizado a estudar fora do estabelecimento penal deverá comprovar mensalmente, por meio de declaração da respectiva unidade de ensino, a frequência e o aproveitamento escolar.

§ 2o Ao condenado dar-se-á a relação de seus dias remidos.” (NR) Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 29 de junho de 2011; 190o da Independência e 123o da República.

DILMA ROUSSEF José Eduardo Cardozo Fernando Haddad

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