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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.5. Rendimento de carcaça e dos principais cortes

O resultado para rendimento de carcaça e dos principais cortes estão apresentados nas Tabelas 5, 6 e 7.

Os valores de peso vivo aos 49 dias, antes do jejum de doze horas nos níveis 0,00; 0,25; 0,50; 0,75 e 1,00% de NH4Cl, foram, respectivamente, 2637,50; 2535,00; 2467,50; 2510,00 e 2435,00 g. Não foi observado efeito (P>0,05) dos tratamentos para o peso vivo, (Tabela 5).

O peso em jejum, aos 49 dias, para os níveis 0,00; 0,25; 0,50; 0,75 e 1,00% de NH4Cl, neste período mostrou valores de 2506,60; 2422,50; 2344,10; 2387,50 e 2238,30 g, respectivamente, Tabela 5, não havendo diferença entre os tratamentos, de forma análoga ao peso vivo dos frangos antes do jejum.

A média dos valores absolutos encontrados para carcaça

eviscerada foi de 2242,00; 2180,30; 2123,00; 2135,20 e 1968,40 g respectivamente, para os níveis 0,00; 0,25; 0,50; 0,75 e 1,00% de NH4Cl, (Tabela 5). Estatisticamente não ocorreu efeito dos tratamentos para esta variável. O rendimento de carcaça (%) obtido, nos referidos níveis foi: 89,45; 90,00; 90,57;89,45; e 87,95%, respectivamente. Embora, estatisticamente não tenha ocorrido efeito dos tratamentos para esta variável, observou-se queda de rendimento de carcaça no nível 1,00%, em relação ao grupo controle, o qual foi 1,68% menor. Os resultados obtidos nesta pesquisa para rendimento de carcaça em aves alimentadas com dietas suplementadas com os níveis 0,00 e 0,25% de NH4Cl, (90,00 e 90,57%) estão de acordo com os valores obtidos por Baldini (1994) e Lopes et al (2001) que encontraram rendimento de carcaça de 90,5% e 91,5% respectivamente. No entanto, diferem dos valores observados por Gonzales et al. (1993), ao afirmarem que as aves estressadas, em ambiente com 32,0ºC e umidade relativa de 66%, apresentaram maiores percentagens de carcaça eviscerada. Diferem,

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Tabela – 05 Rendimento de carcaça de frangos de corte, aos 49 dias, submetidos a dietas adicionadas de cloreto de amô nio, de acordo com os tratamentos.

TRATAMENTOS - Niveis de NH4Cl (%) Equação de Regressão

VARIÁVEIS

0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 Efeito Linear Efeito Quadrático

Peso Vivo (g) 2637,50 2535,00 2467,50 2510,00 2435,00 NS NS Peso. Jejum (g) 2506,60 2422,50 2344,10 2387,50 2238,30 NS NS Carcaça Evisce. (g) 2242,00 2180,30 2123,00 2135,20 1968,40 NS NS Carcaça Evisce. (%) 89,45 90,00 90,57 89,45 87,95 NS NS Peito (g) 600,00 525,00 507,50 580,00 480,00 * Y = 581,213 – 119,716X+45,717X2 R2 = 0,236 (P < 0,01) Peito (%) 26,76 24,08 23,90 27,16 24,39 * Y = 26,055 – 4,389X + 3.725X2 R2 = 0,104 (P < 0,01) * = Significativo NS = Não Significativo

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também, dos encontrados por Moran (1995), estudando características de desempenho e carcaça de quatro linhagens comerciais de frango de corte.

Com relação ao rendimento de carcaça para a variável peito (g) , nos níveis 0,00; 0,25; 0,50; 0,75; 1,00 % de NH4Cl, obteve-se, 600,00; 525,00; 507,50; 580,00 e 480,00 g, respectivamente (Tabela 5). Constatou- se efeito quadrático dos tratamentos sobre a variável definido por Y=581,213 – 119,716X + 45,717X2, R2 = 0,236 (P < 0,01). A média dos valores de

rendimento de peito (%), foram, 26,76; 24,08; 23,90; 27,16; 24,39 (%),

respectivamente, para os níveis 0,00; 0,25; 0,50; 0,75; 1,00 % de NH4Cl, (Tabela 6). Verificou-se efeito quadrático dos níveis de NH4Cl (P<0,05) sobre o rendimento de peito, definido por Y = 26,055 – 4,389X + 3.725X2 com R2 = 0,104 (P < 0,01). Baldini, (1994), obteve rendimento de peito 24,6 % e Lopes et. al. (2001), encontrou 20,38%. Estes fatos, são corroborados pelas observações de Moran, (1995), eAbram e Goodwin (1977), que afirmaram

não haver necessariamente uma correlação direta entre maior peso vivo e maior rendimento de carcaça, e ou de peito.

Os valores médios absolutos do rendimento de carcaça para coxa (g), aos 49 dias, foi de 283,75; 250,00; 240,00; 247,50; 230,00 g, segundo os níveis 0,00; 0,25; 0,50; 0,75; 1,00% de NH4Cl, (Tabela 6). Observou-se efeito quadrático para coxa em valor absoluto (g) de acordo com a equação Y = 279,392 – 101,133X + 57,134X2 ; R2 = 0,514 com (P < 0,01). Os resultados obtidos para o rendimento de coxa (%), aos 49 dias foram, 12,66; 11,47; 11,30; 11,59; 11,68 %, para os níveis 0,00; 0,25; 0,50; 0,75; 1,0 % de NH4Cl, (Tabela 6). Verificou-se efeito quadrático dos níveis de NH4Cl, para coxa (%) definido por Y = 12,539 – 4,187X + 3,451X2 com R2 = 0,869 e (P < 0,01). Estes resultados para rendimento de coxa (g e %) são discordantes dos observados por Oliveira Neto et al. (2000); Lopes et al. (2001).

Os valores de sobrecoxa (g), nos níveis 0,00; 0,25; 0,50; 0,75; 1,00% de NH4Cl, foram, 330,00; 315,00; 280,00; 300,00; 255,00 g, respectivamente, (Tabela 6). O corte sobrecoxa em valor absoluto (g) e o rendimento em relação ao peso da carcaça eviscerada (%) foi influenciado pelos tratamentos, que apresentaram efeito quadrático definido, pelas

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Tabela – 06 Rendimento de Carcaça de Frangos de Corte, aos 49 dias, submetidos a dietas adicionadas de Cloreto de amônio, de acordo com os Tratamentos.

TRATAMENTOS - Niveis de NH4Cl (%) Equação de Regressão

VARIÁVEIS

0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 Efeito Linear Efeito Quadrático

Coxa (g) 283,75 250,00 240,00 247,50 230,00 * Y = 279,392 – 101,133X + 57,134X 2 R2 = 0,514 (P < 0,01) Coxa (%) 12,66 11,47 11,30 11,59 11,68 * Y = 12,539 – 4,187X + 3,451X 2 R2 = 0,869 (P < 0,01) Sobre coxa (g) 330,00 315,00 280,00 300,00 255,00 * Y = 328,285 – 60,285X – 5,714X2 R2 = 0,542 (P < 0,01) Sobre coxa (%) 14,72 14,45 13,19 14,05 12,95 * Y = 14,725 – 2,101X + 0,525X2 R2 = 0,653 (P < 0,01) Asa (g) 105,00 90,00 92,49 95,00 87,50 * Y = 102,143 – 29,148X + 17,148X 2 R2 = 0,324 (P < 0,01) Asa (%) 4,68 4,13 4,36 4,45 4,45 * Y = 4,579 – 1,153X + 1,097X 2 R2 = 0,431 (P < 0,01) * = Significativo Ns = Não significativo

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equações Y = 328,285 – 60,285X – 5,714X2 com R2 = 0,542 (P < 0,01); e Y = 14,725 - 1,153x + 1,079x2; R2 = 0,324; (P<0,01) respectivamente (Tabela 6). O grupo controle obteve melhor rendimento 14,72%, seguido pelo nível 0,25% de NH4Cl com 14,45%, e pelo nível 0,75% com 14,05%, O menor rendimento foi obtido com o nível 1,0% de NH4Cl. Já, Oliveira Neto et al (2000), ao mudar o nível de energia da dieta de 3075 kcal/kg para 3300 kcal/kg quando a temperatura era de 23,3ºC obteve 180 g em valor absoluto; para o mesmo nível de energia e temperatura de 32,2ºC obteve 172 g para sobrecoxa. No entanto, não verificaram diferença para o rendimento percentual de sobrecoxa o qual foi de 12,8%. Lopes et. al. (2001), observaram em frangos de corte alimentados com ração comercial rendimento de sobrecoxa de 322g com 11,95%. Os resultados obtidos para essa variável são discordantes dos observados por Garcia et al. (1993); Oliveira Neto et al. (2000) e Lopes et al. (2001).

O rendimento da asa (g) aos 49 dias, para os níveis 0,00; 0,25; 0,50; 0,75 e 1,00 % de NH4Cl adicionados à ração, teve os valores absolutos de 105,00; 90,00; 92,49; 95,00; 87,50 g, respectivamente, (Tabela 6). Os tratamentos exerceram influência negativa sobre o rendimento da asa g com efeito quadrático Y=102,143- 29,148x+17,148x2, (P < 0,01), R2 = 0,431. Na análise do rendimento de asa (%), aos 49 dias, observou-se valores 4,68; 4,13; 4,36; 4,45 e 4,45%; para os níveis 0,00; 0,25; 0,50; 0,75 e 1,00% de NH4Cl, respectivamente, (Tabela 6). O grupo controle obteve o maior rendimento desse corte 105g, com rendimento de 4,68%, da carcaça eviscerada. Dentre os tratamentos com NH4Cl a inclusão de 0,75% e 1,0% resultou em maior rendimento de asa 4,45%, enquanto o nível com menor rendimento deste corte foi obtido com 0,25% de NH4Cl, correspondendo a 13% do peso da carcaça eviscerada. Os valores observados nesta pesquisa foram maiores do que os verificados por Lopes et. al. (2001), que obtiveram 106 g correspondendo a 3,82%, e menores do que os de Baldini, (1994), que encontrou 5,1% de rendimento.

Os valores absolutos de tulipa (g), aos 49 dias (Tabela 7) foram de 97,50; 90,00; 84,99; 87,50 e 80,00 g, os quais sofreram efeito quadrático

dos níveis de NH4Cl na dieta representados pela equação Y = 96,571 – 23,577X + 8,577X2 e R2 = 0,481 (P < 0,01). Obteve-se nos níveis 0,00; 0,25; 0,50; 0,75; 1,00%, os seguintes rendimentos percentuais para tulipa: 4,35; 4,13; 4,00; 4,10 e 4,06%, respectivamente. Verificou-se efeito quadrático expresso pela equação Y = 4,334 – 0,918X + 0,674X2 com R2 = 0,873 (P < 0,01),(Tabela 7). O grupo controle mostrou melhor resultado 4,35%, sendo este 8,05% maior que o pior rendimento obtido com o nível 0,50% de NH4Cl 4,00 %, Tabela 7. Resultados superiores para essa variável em frangos de corte foram observados por Baldini (1994), que obteve para esse corte 4,6 % do peso da carcaça eviscerada. Lopes et. al. (2001) obtiveram cortes com 95 g correspondendo a 3,45 % da carcaça eviscerada, o que sugere que esta diferença seja em função do peso final.

Os valores absolutos para o peso do costado (g), aos 49 dias, nos níveis 0,00; 0,25; 0,50; 0,75 e 1,00% de NH4Cl, foram: 600,00; 585,00; 635,00; 605,00; 60,00 g, respectivamente. Esses níveis de NH4Cl não tiveram efeito (P>0,05) sobre esta variável, (Tabela 7). Foram verificados para rendimento de costado (%), os seguintes valores, 26,76; 26,83; 29,91; 28,33; e 28,41%, para os níveis 0,00; 0,25; 0,50; 0,75 e 1,0% de NH4Cl, respectivamente, (Tabela 7). Houve efeito quadrático do tratamento para esta variável, expresso pela seguinte equação Y = 26,428 + 7,163X – 5,211X2, R2 = 0,564; (P < 0,01). O menor rendimento foi obtido com as aves do grupo controle, 26,76% e o maior com o nível de 0,50% (29,91%). Estes índices são superiores aos encontrados por Baldini (1994) e Lopes et al. (2001) que encontraram 17,5 e 14,49 % da carcaça eviscerada, respectivamente.

A variável pé (g), aos (49 dias) apresentou valores de 101,25;79,99; 80,00; 85,00 e 77,50 g, para os níveis 0,00; 0,25; 0,50; 0,75 1,00% de NH4Cl, respectivamente, havendo efeito quadrático do tratamento sobre esta variável, expresso pela equação Y = 97,892 – 54,148X + 37,151X2, R2 = 0,527, (P < 0,01), (Tabela 7). A análise do rendimento de pé (%), em relação à carcaça de frango eviscerada aos (49 dias), mostrou valores de 4,52; 3,67; 3,77; 3,98; 3,94 %, para os níveis 0,00; 0,25; 0,50;

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Tabela – 07. Rendimento de Carcaça de Frangos de Corte, aos 49 dias, submetidos a dietas adicionadas de Clore to de amônio, de acordo com os Tratamentos.

TRATAMENTOS - Niveis de NH4Cl (%) Equação de Regressão

VARIÁVEIS

0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 Efeito Linear Efeito Quadrático

Tulipa (g) 97,50 90,00 84,99 87,50 80,00 * Y = 96,571 – 23,577X + 8,577X2 R2 = 0,481 (P < 0,01) Tulipa (%) 4,35 4,13 4,00 4,10 4,06 * Y = 4,334 – 0,918X + 0,674X2 R2 = 0,873 (P < 0,01) Costado (g) 600,00 585,00 635,00 605,00 560,00 NS NS Costado (%) 26,76 26,83 29,91 28,33 28,41 * Y = 26,428 + 7,163X – 5,211X2 R2 = 0,564 (P < 0,01) Pé (g) 101,25 79,99 80,00 85,00 77,50 * Y = 97,892 – 54,148X + 37,151X2 R2 = 0,527 (P < 0,01) Pé (%) 4,52 3,67 3,77 3,98 3,94 * Y = 4,393 – 2,317X + 1,977X2 R2 = 0,660 (P < 0,01) * = Significativo NS = Não Significativo

0,75 e 1,00% de NH4Cl, respectivamente, com efeito quadrático dos tratamentos sobre esta variável, expresso pela equação Y = 4,393 – 2,317X + 1,977X2 e R2 = 0,660 para (P < 0,01), (Tabela 7). O efeito foi mais acentuado quando se comparou o tratamento controle (4,52%), com aquele que recebeu 0,25% de NH4Cl na dieta (3,67%). Para a variável pé o tratamento controle 0,00% de NH4Cl obteve 23,75 g a mais do que o nível 1,0% e 16,55 g a mais do que o nível 0,75 de NH4Cl. Gonzales et. al,(1993) encontraram resultados semelhantes para rendimento de pé, com valor absoluto de 105 g e valor relativo de 4,89%, em aves com dieta a base de ração comercial, e estressadas por temperatura no galpão de 32ºC e umidade relativa de 66%. Já, Baldini, (1994) obteve peso relativo de 5,2% e Lopes et. al. (2000) verificou rendimento absoluto de 107 g e relativo de 3,86% .

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