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Diagrama 2 – Tipologia weberiana adaptada

3.4 Tornando-se um Hare Krishna: etapas e relatos

3.4.4 Repercussão da conversão na vida cotidiana

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81 Conforme a hipótese weberiana de que a religião orienta as experiências dos indivíduos e suas ações cotidianas (WEBER, 2012), e com base na observação dos processos de conversão e entrevistas realizadas durante a pesquisa de campo – podemos dizer que, ao tornar-se um Hare Krishna, o aspecto religioso passa a influenciar em todas as esferas da vida cotidiana dos conversos, da alimentação à prática sexual:

Nesse processo de bhakti yoga, o que é central pra gente como devoto de Krishna é você colocar sua vida inteira como uma maneira de adoração, é uma prática. Então, quando você cozinha ou quando faz qualquer coisa deve ser com o pensamento voltado para Krishna. (Gaura Lila, 11/2014)

Os próprios parâmetros ético-regulamentares estabelecidos pela ISCKON se referem a adoção de novas condutas práticas pelos devotos, os quais, passando a ter uma nova visão acerca da realidade, modificam suas ações e relações sociais.

Um importantíssimo item da vida devocional dos conversos refere-se à associação com outros devotos. Segundo um dos mestres espirituais da ISKCON, Chandramukha Swami (2007b), de acordo com as escrituras védicas, o devoto deve evitar a companhia de pessoas materialistas e buscar a associação com devotos puros, postulando que somente na companhia dos devotos é possível apegar-se à vida devocional e desapegar-se das atividades mundanas.

Dessa feita, quanto mais os devotos estreitam relações de amizade entre si, mais tendem ao afastamento das relações sociais que mantinham na vida pré-conversão – essa característica também foi observada nos processos de conversão a outros modelos de religiosidade, como apresentado no trabalho de Lofland e Stark (1965). Seguindo essa direção, até mesmo a interação com os familiares não devotos pode passar por transformações, conforme nos relata o devoto Vyasa (10/2014) sobre sua experiência:

Eu vou visitar meus amigos e familiares...mas, é como se eu tivesse me afastado deles, porque o tipo de conversa não bate com o meu, o tipo de vida não bate com o meu. Eu não me sinto atraído, é só isso. Eu sou grato por tudo que fizeram e fazem por mim, mas eu...o ritmo de vida é diferente, não dá.

Contudo, a experiência de conversão e o grau de impacto na vida de cada indivíduo é variável. Alguns dizem ter sentido uma mudança radical desde o início, enquanto que outros relatam que as mudanças vieram de forma gradual e em razão disso o impacto não foi tão fortemente sentido. Em grande medida, os que disseram ter passado por mudanças abruptas em relação à vida que levavam anteriormente foram os devotos que se converteram há mais tempo, quando o processo para tornar-se um devoto de Krishna implicava na abdicação de todas as atividades consideradas mundanas:

82 No início mudou tudo, completamente tudo, porque eu era um monge de tempo integral. Morando no templo, com uma rotina espiritual de 24 horas por dia. Hoje ainda tem pessoas que moram no templo, que fazem essa opção, só que, por exemplo, na época que eu entrei em 1981, ou você se rendia ou você não era considerado um devoto. (Jagadisa, 09/2014)

Esse relato confirma que quando o Movimento Hare Krishna estava ainda em fase de consolidação no Brasil, as conversões tinham um aspecto maximalista, utilizando os termos de Mafra (2000), tendo em vista o forte controle da instituição direcionando a experiência do indivíduo na adequação ao novo sistema de crenças e o conduzindo a um distanciamento do mundo externo e secular.

Hoje em dia, conforme percebido a partir da pesquisa empírica realizada em Campina Grande, a instituição continua tendo grande peso nos processos de conversão, especialmente na experiência dos devotos internos no Instituto. Todavia, abriu-se espaço para processos de conversão mais fluidos, em que os indivíduos passam por menor coerção institucional do que anteriormente passavam e ganham autonomia para experenciar a conversão de forma gradual, a seu tempo. Esse tipo de conversão, classificada como minimalista (ibid.), pode ser percebida no caso de devotos externos.

Em relação às famílias que residem no condomínio, deparamo-nos com uma peculiaridade que merece ser destacada: os devotos encontram-se no meio do continuum entre o grau máximo e mínimo do controle institucional, tendo em vista que embora cada um resida em sua própria casa e tenha relativa liberdade para desempenhar suas atividades, a regulação institucional engloba toda o ambiente e atividades ali realizadas.

Nesse cenário, torna-se clara a diferenciação feita por Adami (2013) entre as formas de “perceber-se devoto” alternada entre a experiência institucional e a experiência privada. Na primeira, o indivíduo performatiza coletivamente as “maneiras de ser devoto” em consonância com o estabelecido pela instituição – a exemplo de quando os devotos estão reunidos no templo, em geral com trajes típicos indianos, desenvolvendo atividades devocionais padronizadas. Na experiência privada, de maneira oposta, os indivíduos escrevem sua própria experiência, cada um traduzindo a seu modo os símbolos dessa tradição religiosa na sua vida cotidiana.

Com a tendência de maior abertura nos processos de conversão, assegurando uma maior autonomia para que os conversos desenvolvam sua experiência privada – sem que abdiquem de suas atividades mundanas – revelou-se uma nova maneira de interação dos devotos com o mundo externo: eles continuam desempenhando atividades tidas como seculares, a exemplo do trabalho, mas visam o desapego aos frutos materiais provenientes dele:

83 No começo, quando você é iniciante até pensa que tem que renunciar as coisas do mundo pra poder ficar perto de Krishna, mas quando a gente amadurece, vê que não precisa renunciar, vê que precisa aprender a entender que não existe nada separado de Krishna e tudo é energia de Krishna. Então, se a gente sabe pegar essa energia e oferecer a Ele, isso é serviço devocional e não precisa se afastar do mundo. (Vasudama, 10/2014)

O converso Hare Krishna, portanto, não ignora o mundo ao seu redor, nem tenta fugir dele para evitar os descaminhos da vida pecaminosa, de forma contrária desenvolve mecanismos de mudança de percepção a fim de sacralizar tudo o que está a sua volta, vivendo uma ascese intramundana, nos termos weberianos. Vale ressaltar que essa maneira do converso de ver o mundo e interagir com ele, contrasta substancialmente com o interpretado por Weber (2002) em relação ao hinduísmo inicial, em que segundo o autor os adeptos eram caracterizados como místicos extramundanos, inclinados à fuga contemplativa do mundo.

84 CONCLUSÕES

Foi uma oportunidade rica de encontro com o Movimento Hare Krishna, que tem suas origens nas místicas terras da Índia antiga e que ao romper com o sistema de castas conseguiu transpor suas fronteiras ao ocidente, fazendo ecoar o canto dos seus milenares mantras até as terras campinenses. Nosso mergulho na literatura sociológica e antropológica sobre o Movimento associada às observações diretas e participantes e às entrevistas realizadas em nosso trabalho de campo, nos colocou diante de muitas estórias/histórias e reconstruções.

O estudo sobre os processos de conversão ao Movimento Hare Krishna em Campina Grande-PB proporcionou um amplo espaço de reflexão, somando contribuições tanto ao arcabouço teórico das ciências sociais acerca das conversões religiosas, quanto à atualização do pensamento weberiano e suas hipóteses de associação entre estratificação social e afiliação religiosa e as repercussões desse tipo de afiliação na vida social prática dos indivíduos – pontos que se constituíram como objetivos centrais da pesquisa.

Por meio do resgate histórico realizado no capítulo de abertura, foi possível compreender o trajeto percorrido pelo Movimento Hare Krishna do oriente ao ocidente, remontando desde suas influências filosóficas encontradas no período védico indiano (séc. VII a.C. – III a.C.) até o seu desenvolvimento na cidade de Campina Grande, há aproximadamente três décadas.

Nesse percurso, foi evidenciada a importância do movimento contracultural nos Estados Unidos na década de 1960, para a oficialização da ISKCON no ocidente, bem como a importância da matriz religiosa brasileira – bastante diversa e perpassada por elementos mágicos e míticos – para a facilitação do estabelecimento desse modelo de religiosidade no país, marcado culturalmente pelo cristianismo. Também foram apresentadas as suas principais crenças e práticas, constituindo assim uma abordagem indispensável para que o nosso objeto de estudo fosse melhor situado – retratando sua essência multifacetada, que tem sido redimensionada ao longo do tempo em conformidade com as características socioculturais locais.

No tocante ao marco teórico pautado nas análises weberianas sobre a religião e à revisão de literatura sobre conversão religiosa no campo das ciências sociais – expostos no capítulo II – podemos dizer que foram importantes para nos dar consistência e lastro para a realização do trabalho de campo e da análise dos dados coletados, funcionando como guia do levantamento de informações, das observações realizadas, e como um quadro de elementos para comparar o

85 campo conceitual com a empiria que encontramos/construímos, sendo fundamentais para a discussão dos dados coletados no trabalho de campo realizado.

Nossas análise dos dados foi apresentada e discutida no capítulo III, em que inicialmente identificou-se o perfil sociodemográfico dos adeptos e foi estabelecida a relação com a hipótese weberiana sobre a vinculação entre estratificação social e afiliação religiosa, especialmente com referência a seus estudos do hinduísmo.

O perfil sociodemográfico dos adeptos encontrado pode ser descrito da seguinte forma: são mulheres e homens jovens, brasileiros ou não, a grande maioria não nascida em Campina Grande-PB, com predominância do nível de escolaridade alto e relevante capital intelectual, possuidores de uma renda mensal mediana ou alta e majoritariamente sociabilizados na tradição católica, antes de iniciarem os processos de conversão à ISKCON. Na realidade brasileira, considera-se que os adeptos do grupo estudado são, portanto, pertencentes às camadas positivamente privilegiadas.

Ficou desse modo demonstrado que o perfil social dos adeptos ao Movimento Hare Krishna no caso em tela é diferente em relação ao dos adeptos deste Movimento em seu período germinal na Índia, quando era caracterizado como um culto tipicamente popular que atraía especialmente os estratos mais baixos da população. Esse tipo de mudança está de acordo com o que aponta Weber em parte da sua hipótese, quando argumenta que o perfil dos adeptos de uma dada religião pode se modificar dadas as particularidades histórico-sociais consideradas.

Contudo, segundo sua conjectura, as camadas positivamente privilegiadas não buscariam na religião prioritariamente a salvação, mas a legitimação de suas posições sociais, enquanto que as camadas negativamente privilegiadas focalizariam a salvação em primeiro plano. Em alusão ao hinduísmo inicial (séc. III a.C.) e à fase embrionária do Movimento Hare Krishna na Índia (séc. XV, na Índia) sua hipótese era amplamente confirmada. Entretanto, neste estudo de caso, verificou-se um afastamento do encontrado por Weber em seus estudos sobre o tema, tendo em vista que encontramos no conjunto dos adeptos uma predominância de indivíduos advindos de camadas positivamente privilegiadas e, diferentemente do esperado pela hipótese weberiana, o foco na salvação permaneceu sendo o ponto crucial da pregação e da experiência dos sujeitos entrevistados.

Na segunda parte do Capítulo III, foram apresentados dados sobre o processo de conversão ao Movimento Hare Krishna no grupo que se reúne em Campina Grande, sendo descritas suas etapas e desdobramentos, os quais foram discutidos à luz da literatura

86 previamente apresentada – colocando em evidência o pensamento de Weber em relação a sua hipótese mais geral sobre as possíveis ressonâncias na vida prática geradas pela afiliação do indivíduo a uma dada ética religiosa.

Nesse ponto, é importante destacar que, em comparação aos modelos tradicionais de conversão religiosa houve duas constatações que se distanciaram de correntes importantes da discussão sociológica sobre o tema. A primeira remete-se à categoria “crise”, descrita como situação inicial indispensável ao desencadeamento dos processos de conversão. No caso por nós estudado, essa etapa não apareceu significativamente. Para a maioria dos entrevistados não foi um momento agudo de perturbações gerado por situações como separações conjugais, diagnóstico de doenças graves, morte de familiares, perda de emprego etc. os momentos iniciais da trajetória de conversão. O motivo predominante na amostra de conversos considerada foi o questionamento que afligia os sujeitos, de caráter “permanente” e embora, provavelmente, haja um momento em que esses questionamentos tenham sido originados, não foi possível aos sujeitos identificá-lo precisamente. O que foi apontado nas falas dos entrevistados como uma tendência marcante foi a busca por respostas a tais inquietações, que figuravam como uma constante em suas vidas até encontrarem o Movimento Hare Krishna e sentirem que através deste suas lacunas existenciais poderiam ser preenchidas.

A segunda constatação diz respeito à identificação dos sujeitos como conversos. Diferentemente do observado na conversão a outros modelos religiosos – em que o sujeito somente é considerado converso após o batismo ou outra cerimônia iniciática – neste caso o indivíduo se auto percebe como um Hare Krishna na medida em que começa a frequentar as atividades e celebrações e decide afiliar-se, sendo então reconhecido pelos outros devotos, à medida em que se mostra empenhado em seguir o Movimento e seus princípios.

No que tange às ressonâncias da conversão na vida social prática dos adeptos confirmou-se a hipótese weberiana de que a religião orienta as experiências dos indivíduos e suas ações cotidianas. Ao tornar-se um Hare Krishna, o aspecto religioso repercute em todos os aspectos da vida dos conversos. Os próprios parâmetros ético-regulamentares estabelecidos pela ISCKON propõem a adoção de novas condutas, ao passo que os devotos passam a ter uma visão diferente acerca da realidade, modificando suas ações e relações sociais.

Revelou-se, também, uma nova maneira de interação dos devotos com o mundo. Uma vez flexibilizados os processos de conversão, foi assegurada uma maior autonomia para que os conversos desenvolvessem sua experiência individual sem abdicar de atividades tidas como seculares, a exemplo do exercício de suas profissões. Ficou patente que o converso Hare

87 Krishna não ignora o mundo ao seu redor, nem tenta fugir dele, de modo contrário, desenvolve mecanismos de mudança de percepção a fim de sacralizar tudo o que está a sua volta – vivendo uma ascese intramundana, nos termos weberianos. Tal observação também aponta para uma direção diferente da proposta por Weber ao estudar o hinduísmo em formação, no qual sob sua ótica, os adeptos apresentavam-se como místicos extramundanos, inclinados à fuga contemplativa do mundo.

A presente dissertação é uma contribuição para a identificação sistematizada do perfil do converso ao Movimento Hare Krishna – que até então não constava na literatura acadêmica ou nas estatísticas dos órgãos governamentais nacionais, sendo também um texto a partir do qual é possível atualizar a análise de Weber sobre estratificação social e afiliação religiosa em relação a uma vertente específica do hinduísmo.

Finalmente, a pesquisa também trouxe contribuições adicionais aos estudos das conversões religiosas no campo das ciências sociais, especialmente ao ressignificar categorias já consagradas como etapas esquemáticas da trajetória de conversão em geral.

No que concerne a eventuais desdobramentos da pesquisa realizada, consideramos que uma possibilidade é a comparação do caso estudado com as dinâmicas observadas em outras regiões do Brasil, bem como a focalização de aspectos específicos como eventuais tensões nas relações de gênero e nos processos de hierarquização interinstitucionais, revelados às vezes no questionamento da relação de total obediência entre gurus e conversos, a qual tem gerado reivindicações que apontam para uma flexibilização das experiências de conversão à ISCKON.

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