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Representa¸c˜ao gr´afica e alarmes

No documento Beyond Human Senses (páginas 111-117)

4.2 Software

4.2.6 Representa¸c˜ao gr´afica e alarmes

A camada 3 da aplica¸c˜ao (Figura 4.15 - “Layer 3”), para al´em de respons´avel por analisar as informa¸c˜oes obtidas e realizar as suas representa¸c˜oes gr´aficas, ´e tamb´em respons´avel pela gest˜ao de toda a alarm´ıstica (atrav´es de um conjunto de condi¸c˜oes). Ou seja, possui implementadas algumas condi¸c˜oes que avaliam e determinam se as informa¸c˜oes, de alguns, dos sinais vitais obtidos est˜ao dentro do padr˜ao fisiol´ogico humano, e uma simples avalia¸c˜ao da rotina di´aria, baseada no n´umero de horas em que n˜ao ´e detectada actividade dentro da habita¸c˜ao. Quando estas situa¸c˜oes an´omalas s˜ao detectadas, o sistema possui a capacidade de emitir avisos, tanto para

o paciente, como para fora da habita¸c˜ao onde este se encontra.

Gest˜ao de alarmes

Atrav´es de um conjunto de condi¸c˜oes pr´e-definidas, esta parte do software, tem a capacidade de avaliar a informa¸c˜ao, que chegou, ap´os a sua convers˜ao na camada anterior.

As condi¸c˜oes definidas funcionam como um gatilho, ou seja, quando os valores ob- tidos se encontram fora destes limites automaticamente ´e disparado um alarme. Os limites impostos foram baseados nos parˆametros vitais normais, por exemplo, a temperatura corporal normal de um indiv´ıduo saud´avel ´e de aproximadamente de 37◦C, para a avalia¸c˜ao deste sensor estabeleceu-se a seguinte condi¸c˜ao, se a tempe-

ratura corporal obtida estiver 2◦C acima do normal, ´e considerada uma temperatura

anormal que pode indicar uma situa¸c˜ao febril, por outro lado se registado 2◦C abaixo

tamb´em ´e considerada anormal podendo assinalar ind´ıcios de uma hipotermia.

No sensor de oximetria de pulso SpO2, as taxas normais de oxig´enio no sangue humano s˜ao na ordem dos 95 a 100%, assim estabeleceu-se esse limite inferior para detectar as situa¸c˜oes anormais, deste sinal vital.

Por outro lado, esta an´alise prim´aria dos dados tamb´em se revela bastante ´util para informar os pacientes do seu estado sa´ude, por exemplo no caso do sensor de press˜ao arterial, nem todos sabem analisar os valores obtidos, pois o resultado depende da rela¸c˜ao entre dois valores, o da press˜ao arterial sist´olica e diast´olica. A Tabela 4.5

apresenta as classifica¸c˜oes de press˜ao arterial fornecidas pelo dispositivo, foi ent˜ao implementado este conjunto de condi¸c˜oes para que a aplica¸c˜ao possa analisar o estado da press˜ao arterial do paciente.

Desta forma, o sistema ´e capaz de relacionar estes dois dados e determinar a press˜ao arterial do paciente, informando na interface gr´afica que a categoria se encontra: normal, normal alta ou com hipertens˜ao.

4.2. SOFTWARE 81

Categoria Sist´olica (mmHg) Diast´olica(mmHg) Press˜ao normal <80 <120 Press˜ao normal alta 80 − 89 120 − 139

Hipertens˜ao >90 >140

Tabela 4.5 – Classifica¸c˜oes de press˜ao arterial.

como foi descrito, pode informar se uma torneira se encontra aberta ou fechada, no entanto este simples sensor pode ajudar na detec¸c˜ao de presen¸ca humana. De facto, na maioria das habita¸c˜oes a ´agua ´e utilizada de manh˜a quando os residentes acordam, no fundo est˜ao a descrever uma rotina, pois ´e algo que os residentes fazem ou para tomar banho, ou para lavar os dentes, durante o pequeno almo¸co, etc.. Um outro que pode ajudar a detectar a presen¸ca de vida no interior da habita¸c˜ao ´e o sensor de abertura de portas, desta forma a aplica¸c˜ao foi dotada de capacidade de detectar vida no interior da habita¸c˜ao atrav´es deste tipo de sensores, para tal, se o sistema n˜ao detectar nenhum evento de um destes tipos de sensores durante algumas horas, este entende esta situa¸c˜ao como uma situa¸c˜ao anormal, em que pode ter acontecido algo com o paciente (queda, desmaio etc.).

Assim quando o sistema detecta uma situa¸c˜ao anormal, tanto por motivos fisiol´ogicos como de rotina, este tem a capacidade de pedir auxilio ou informar, tanto o paciente, como um familiar ou o centro de assistˆencia de sa´ude, atrav´es de alertas para o exterior e interior da habita¸c˜ao.

O sistema possui trˆes tipos de alertas:

• Alerta Visual (interior da habita¸c˜ao);

• Alerta de Voz (interior da habita¸c˜ao);

Os alertas de voz e visuais, s˜ao alertas que se destinam a informar o paciente que permanece no interior da habita¸c˜ao, alertas n˜ao s´o de situa¸c˜oes anormais de sa´ude ou de rotina mas tamb´em avisos para administra¸c˜ao de medicamentos, e at´e para a substitui¸c˜ao das baterias dos sensores m´oveis. As vozes foram gravadas previamente e quando o alarme ´e disparado a aplica¸c˜ao tem como fun¸c˜ao reproduzir o ficheiro de som correspondente a esse evento.

Os alertas por mensagens curtas (SMS) s˜ao destinados a emitir avisos para o exterior da habita¸c˜ao, avisos contendo relat´orios sobre o problema que o originou, podem ser relat´orios de problemas referentes a anomalias de parˆametros vitais e/ou comporta- mentais, que s˜ao enviados para os familiares ou para o provedor de assistˆencia de sa´ude, que ap´os a an´alise do seu conte´udo podem decidir se h´a ou n˜ao a necessidade de comunicar com os servi¸cos de emergˆencia, para auxiliar o paciente em tempo ´util.

Para o sistema ser capaz de enviar SMS, foi necess´ario conectar ao computador, um terminal GSM neste caso foi utilizado um telem´ovel Nokia 6220, para possibilitar a comunica¸c˜ao entre ambos foi utilizada uma liga¸c˜ao Bluetooth, diminuindo assim a quantidade de fios do sistema.

A fim de controlar o dispositivo m´ovel, foram utilizados comandos AT que maioria dos terminais GSM implementam. No entanto, os telefones GSM, ao contr´ario dos

modems GSM, n˜ao suportam a funcionalidade de enviar SMS em formato texto

atrav´es de comandos AT, pelo que foi necess´ario criar as rotinas para codificar as mensagens no formato suportado, denominado de PDU (Protocol Description Unit).

Para enviar as SMS em modo PDU foi ent˜ao necess´ario criar uma m´etodo, que possui dois parˆametros de entrada, o primeiro ´e o numero de destino o segundo a mensagem a enviar em formato ASCII. Na Figura 4.23 ´e poss´ıvel ver um exemplo da codifica¸c˜ao em PDU necessaria para que a aplica¸c˜ao possa enviar uma SMS com o texto “It’s time to take the pill!!! Clavamox DT at 13:00H ”.

Ap´os realizar a codifica¸c˜ao da mensagem, o sistema envia o comando AT+CMGS = lenPDU mais a mensagem codificada, para que o dispositivo GSM envie a SMS desejada, a Figura 4.24 demonstra o comando que ´e necess´ario enviar ao terminal,

4.2. SOFTWARE 83

07 91 53 91 13 12 13 F4 11 00 0C 91 53 91 33 64 64 21 00 00 AA 33 49 FA 69 0E A2 A7 DB 65 10 FD 0D A2 87 D7 65 10 1D 5D 06 C1 D3 6C 76 28 14 02 0D D9 61 7B B8 FD C6 83 88 54 50 98 0E 8A CD 74 30 18 12

>07 -> Length of the SMSC information >91 -> Type of address of SMSC

>53 91 13 12 13 F4 -> SMSC number (+35193121314)

>11 -> First octet of this SMS-DELIVER message >00 -> Length of the sender address

>0C -> Type of address of the sender number >91 53 91 33 64 64 21 -> Sender number (+351933464612)

>00 -> Protocol identifier >00 -> Data encoding scheme >AA -> Time stamp

>33 -> Length of User data >49 FA 69 0E A2 A7 DB 65 10 FD 0D A2 87 D7 65 10 1D 5D 06 C1 D3 6C 76 28 14 02 0D D9 61 7B B8 FD C6 83 88 54 50 98 0E 8A CD 74

30 18 12 -> SMS text (”It's time to take the pill!!! Clavamox DT at 13:00H ”)

Figura 4.23 – Mensagem de texto em modo PDU.

para que este envie a SMS.

07 91 53 91 13 12 13 F4 11 00 0C 91 53 91 33 64 64 21 00 00 AA 33 49 FA

69 0E A2 A7 DB 65 10 FD 0D A2 87 D7 65 10 1D 5D 06 C1 D3 6C 76 28 14 02 0D D9 61 7B B8 FD C6 83 88 54 50 98 0E 8A CD 74 30 18 12

AT+CMGS=59 >

Figura 4.24 – Comando AT para enviar a SMS.

Aproveitando a capacidade que a aplica¸c˜ao tem para emitir alertas, foi tamb´em criado um dispensador de comprimidos virtual tendo por base um modelo f´ısico convencional (Fig. 4.25), que possibilita ao paciente ou ao gestor do sistema in- troduzir na hora e no dia da semana, o nome e a quantidade dos medicamentos que necessita de administrar. O paciente pode seleccionar a gaveta correspondente ao dia da semana (Segunda a Domingo) e automaticamente esta abre-se surgindo uma agenda, com as horas, onde ´e poss´ıvel introduzir o nome do medicamento que gostaria de agendar.

Figura 4.25 – Dispensador de comprimidos.

Os nomes dos medicamentos introduzidos pelo paciente ficam armazenados na base de dados do sistema. Quando chega a hora da toma de um determinado medicamento agendado ´e enviado um lembrete via SMS para o paciente, alertando-o que est´a na hora de administrar o determinado medicamento.

Representa¸c˜ao gr´afica da informa¸c˜ao

Ap´os a an´alise e tratamento das informa¸c˜oes de alguns dos sensores, como descrito anteriormente, a aplica¸c˜ao procede `a apresenta¸c˜ao dos dados obtidos na interface gr´afica da aplica¸c˜ao. Na Figura 4.26 podemos ver a apresenta¸c˜ao, em tempo real, da onda de electrocardiograma.

4.2. SOFTWARE 85

As informa¸c˜oes dos restantes sensores fisiol´ogicos, utilizados no sistema, s˜ao apresen- tadas como ilustra a Figura4.27, onde podemos observar os ´ıcones, que nos indicam o tipo de sensor a que a informa¸c˜ao se refere. Como estes sensores, normalmente s˜ao transport´aveis, necessitam de bateria, desta forma, ao lado do seu ´ıcone, existe um outro ´ıcone que nos indica o seu n´ıvel energ´etico.

Figura 4.27 – Representa¸c˜ao gr´afica de alguns parˆametros fisiol´ogicos.

Os dados relativos aos sensores da habita¸c˜ao (Fig. 4.28) est˜ao ligados `a rede de energia el´ectrica, existindo ent˜ao um s´ımbolo de uma tomada que representa essa situa¸c˜ao.

Figura 4.28 – Representa¸c˜ao gr´afica da informa¸c˜ao obtida com os sensores residenciais.

No documento Beyond Human Senses (páginas 111-117)

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